oi_k4w4 Nyco Oikawa

Harry estava desesperado e Draco era o garoto que poderia lhe dar os melhores conselhos. ↬ Fanfic iniciada em 2019 ↬ Essa história segue o sistema de classificação indicativa do Governo Federal Brasileiro.


Fanfiction Livres Déconseillé aux moins de 13 ans.

#hp #harrypotter #dracomalfoy #TorneioTribruxo #hogwarts #universoalternativo #drarry #yaoi #lgbtqi+ #BailedeInverno
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Harry Ferrado Potter

Harry Potter estava em total pânico. Era a véspera do Baile de Inverno e só então ele se deu conta que provavelmente beijaria uma garota naquela noite, bom, era o que Nevile dizia em um tom sonhador enquanto bailava abraçado nos seus trajes pelo quarto.

Céus, ele jamais tinha feito aquilo, nem sentido tanta vontade de fato. Harry estava lascado e sabia muito bem que a irmã Parvatil que levaria como par ficaria decepcionada ao ver que ele não era um príncipe superexperiente como Cedrico.

E o pior, ele estava tendo essas reflexões no meio do grande salão fazendo alguns companheiros de sua casa lhe olharem com interesse. Antes que alguém perguntasse o que estava se passando na cabeça confusa de Harry, Hermione se sentou ao seu lado com uma expressão raivosa que foi transformada em preocupação quando viu o estado pálido do amigo.

- Harry, o que aconteceu?

- Mione, amanhã eu tenho que beijar uma garota. – Sussurrou para amiga naquele tom de desespero com coisas simples que só Harry conseguia ter.

- E o que tem demais nisso?

- Mione, eu nunca fiz isso!

- Oh Harry, isso é horrível... – Disse em tom de lamento se virando para montar seu prato.

- Por favor, me dê alguma dica. – Implorou colocando as mãos nos olhos por baixo dos óculos.

- Desculpe Harry, eu nunca beijei um garoto antes...

- Oh merda... Onde está o Ron quando eu preciso dele? – Choramingou enquanto tentava pensar em alguma coisa.

- Por que não pede algumas dicas com o Draco? – Hermione sugeriu como quem não quer nada.

Harry a olhava abismado, sua amiga definitivamente estava enlouquecida. De onde ela tinha tirado que ele deveria ir pedir algo daquele tipo para Draco, logo Draco que tanto esperava ansioso por seus pequenos deslizes para o humilhar à maneira Malfoy.

- Oras não me olhe assim, todo mundo sabe que o Malfoy é o cara que mais beija pessoas na escola.

- HERMIONE!

Completamente louca. Era esse o estado atual de sua amiga.

- Pare de gritar Harry.

- Hermione, é o Draco! Draco Malfoy. Não é possível que você está me sugerindo isso. – O garoto falou alto o suficiente para atrair a atenção do dito cujo que agora olhava a dupla com curiosidade.

- Harry, não vai te arrancar pedaço. – Ele a respondeu com um olhar de desgosto a fazendo revirar os olhos. – Se ele fizer alguma coisa, você azara ele. Se ele contar pra alguém, é só mentir, o chamar de louco, a gente inventa alguma coisa. Achei que estava desesperado. – Ela deu de ombros e Harry apenas negou com a cabeça encerrando o assunto.

O jantar se seguiu e Harry continuou matutando sobre aquela questão, e chegou a conclusão que ele também estava completamente surtado por estar concordando com aquela ideia imbecil de Hermione. Novamente se questionou onde diabos estava Ron pra lhe salvar de fazer a coisa estúpida que ele estava quase fazendo. Harry deu mais uma olhada ao redor querendo muito encontrar o amigo ruivo, mas de ruivos só viu os irmãos e irmã do mesmo.

Com um suspiro Harry concluiu que sua única opção de fato seria ter que ir até o Malfoy. Merda.

Antes que os avisos fossem dados, Harry deu uma última olhada em Hermione que transmitia todos os sentimentos conflitantes dentro dele. Um aceno de cabeça e um boa sorte sussurrado foi tudo que recebeu da garota antes de se levantar reunindo toda coragem que tinha.

Ensaiando um discurso na cabeça e mordendo os lábios, Harry caminhou até a mesa da Sonserina, na esperança que nenhum de seus colegas vissem o que ele faria. Harry não olhava para Draco por saber que se o fizesse sua coragem sumiria e ele mudaria o rumo indo direto para a cama, por isso apenas olhou o garoto quando já estava em pé ao seu lado com o rosto tão vermelho quanto o brasão de sua casa.

Draco acompanhou Harry desde o momento que saíra de sua mesa e agora o encarava com uma expressão de deboche com uma sobrancelha levantada e um sorriso maldoso nos lábios. Harry respirou fundo uma, duas, três vezes, a essa altura todo o grande salão já o encarava.

- O que quer Potter?

- Posso falar com você?

- Estou ouvindo. – Draco não sabia o que diabos aquele idiota estava fazendo, mas ele estava amando cada segundo daquilo. O seu peito estava se enchendo de um sentimento de satisfação por torturar o garoto, agora, ainda mais vermelho.

- Aqui não... Lá fora... – A voz dele era baixa, mas pelo silêncio, era ouvida por pelo menos mais dez sonserinos, incluindo os amigos de Draco.

Mais uma arqueada de sobrancelha foi feita, Harry a essa altura já nem existia mais, ali presente só estava seu corpo. E aquele maldito silêncio deixava tudo pior, porque ele sabia que o grande salão inteiro agora queimava em curiosidade, ele podia sentir os olhos azuis do diretor sobre si o avaliando com aquele sorrisinho que sempre dava quando estava se divertindo às custas dos outros.

- Okay, vamos lá. – Depois do que para Harry pareceu uma eternidade Draco respondeu.

Ele também estava curioso afinal.

O pânico de Harry quase se sobrepôs a vergonha enquanto ele seguia Draco pra fora do grande salão, o garoto só olhava para o chão se mortificando pela cena patética iria protagonizar assim que saísse das vistas de todos.

Draco o levou para longe das portas do grande salão por não querer ser interrompido por nada nem ninguém. Ele parou no meio de um dos milhares de corredores desertos de Hogwarts e se virou para Harry com os braços cruzados sobre o peito e com uma cara que exalava “explique-se”.

Harry voltou a olhar o chão com uma vontade imensa de chorar de vergonha, definitivamente tinha chegado ao fundo do poço.

- Se não falar logo eu te azaro por me ter feito perder o jantar e escondo seu corpo. Fala logo Potter.

Harry fechou os olhos e respirou fundo mais uma vez suplicando à Merlin piedade.

- E-eu preciso aprender a beijar. Me dá umas dicas... – Disse tudo de uma vez com os olhos bem apertados e o calor da vergonha queimando como brasa dentro de si.

Um, dois, três minutos de puro silêncio. Draco estava incrédulo e Harry sentindo a própria vida se esvaindo do corpo. Então a risada do loiro ecoou pelo local fazendo Harry se encolher e corar ainda mais.

Era um idiota por ter seguido aquele conselho de uma Hermione louca.

- Que plano bizarro é esse Potter? Perdeu o juízo foi?

É, Harry estava se sentindo ainda mais patético, não teria ajuda de Draco, ficaria ainda mais nervoso e tornaria o beijo com sua acompanhante ainda mais desastroso.

- Não tem plano nenhum Malfoy. – Murmurou baixinho sem coragem para levantar a voz.

E Draco notou a sinceridade naquelas palavras, não que fosse menos bizarro, pelo contrário.

Mais longos minutos de silêncio foram feitos, Harry já tinha desistido e só faltava forças para que saísse dali, quando deu um passo para trás a voz de Draco soou alta e firme.

- Eu te ensino, mas vai ser do meu jeito.

Harry quase chorou de alívio ao ouvir aquilo, mas logo levantou a cabeça para encarar o rosto sério do outro.

- Como assim?

- É pegar ou largar. Do meu jeito ou boa sorte. – Disse inflexível.

Novamente Harry se perguntou o que ele tinha feito de errado em sua vida para merecer aquele calvário diário. Soltando todo o ar dos pulmões tomando o restinho de coragem que ainda lhe restava enquanto secava as mãos suadas nas calças do uniforme sussurrou:

- Tudo bem, só me ensine.

Draco novamente estava incrédulo, Potter ia mesmo fazer aquilo e não estava de brincadeira. Céus, os deuses pareciam ter ouvido suas preces.

- Ótimo, olhe pra mim. – Harry o fez se sentindo ainda mais constrangido ao olhar o outro que aproximou consideravelmente o corpo do seu e agora o olhava de cima. – Feche os olhos. - Antes de obedecer Harry o olhou apreensivo. – Só relaxe e me imite.

Harry iria perguntar o que diabos Malfoy queria dizer, mas sentiu uma pressão nos seus lábios e ele soube que era a boca de Draco. Algo dentro de Harry morreu, talvez tenha sido sua heterossexualidade ou quem sabe só sua alma se desprendendo do corpo pelo susto da ação.

Sentindo Harry todo tenso, Draco colocou as mãos na cintura dele e fez um carinho suave na área próxima à voltinha que os músculos davam, demorou um pouco, mas ele conseguiu fazer o garoto se sentir confortável o suficiente, foi então que aproveitou para morder o lábio inferior do outro.

- Abra a boca e me imite. – Sussurrou sabendo que o outro precisava daquelas ordens.

Com receio Harry o fez repetindo para si mesmo que já tava no inferno e abraçando o capeta, o que era abrir a boca pro beijo acontecer perto daquilo?

Harry rapidamente se deu conta que permitir Draco invadir sua boca como ele fez e o retribuir como conseguia foi um erro. Um erro delicioso e excitante. Um erro completamente viciante e certo, mas ainda assim um erro. Por algum motivo que o moreno desconhecia cada célula de seu corpo estava mais que viva, era como jogar quadribol.

Já Draco... Ele conseguia até ouvir as trombetas e o canto dos anjos na sua cabeça... O começo foi estranho pela falta de experiência do outro, mas quando Harry pegou o jeito... Foi simplesmente glorioso. O Malfoy sentia como se tivesse ganhado o posto de ministro da magia.

Foi impossível não se empolgar com aquele beijo e antes que se desse conta, Draco empurrava Harry contra a parede o colocando com as pernas ao redor de sua cintura. A essa altura o beijo estava em seu ápice e os dois empurravam o fogo que tinham dentro de si sobre a boca do outro.

Draco segurava e apertava as nádegas de Harry sem saber por quanto tempo ia conseguir se segurar pra não tocar o garoto onde queria, no membro duríssimo que lhe cutucava a barriga. Por todos os bruxos que existiram, eles iriam perder o controle.

Entretanto, eles queriam perder o controle. Harry por querer saber até onde ele conseguia ir com o loiro que aparentemente já não odiava tanto e Draco por querer finalmente extravasar com Potter do jeito que sonhava toda maldita noite.

O Malfoy tinha apenas uma certeza, jamais conseguiria sentir aquilo com outra pessoa, não importava se fosse pra aliviar ou coisa do tipo, ele sabia que nada seria como beijar Harry. Por isso, ele sabia que estava mais fodido que antes, Potter era todo complicado pra querer continuar só com encontros sazionais para aliviar o desejo.

Foi o som do falatório nas escadas que os trouxe de volta daquela bolha de prazer que tinham se enfiado com tanto fervor. Por um momento eles só ficaram se encarando, digerindo todas as informações daquele curto, não tão curto, beijo.

Harry estava desacreditado que Malfoy era realmente bom naquele negócio de beijar, e, com certeza ele conseguiu aprender o que queria. Harry achou que aprendeu bem até demais, seu pau que nunca antes ficara duro por algo além de vontade de mijar concordava plenamente consigo.

Malfoy colocou Harry no chão com cuidado ainda um tanto atordoado, seu pau doía horrendamente e seu corpo estava quente demais, ele sabia que não chegaria a transar com o garoto a sua frente, mas seu corpo parecia não perceber algo tão simples.

- Espero que tenha aprendido. Pode ir Potter.

Harry percebeu como a voz de Draco estava diferente e ele gostou muito de ouvir ele o chamar naquele tom, um arrepio cruzou seu corpo o fazendo pulsar e esquentar mais na área embaixo da sua barriga. A vergonha impossibilitou que ele abrisse a boca para agradecer então apenas mexeu a cabeça antes de sumir da linha de visão de Draco em uma velocidade invejável.

O loiro só sabia resmungar pragas ao outro. A que mais se repetia era “Sonhe comigo te fodendo Harry, mas sonhe todas as noites a partir de hoje. Sofra o que eu sofri, babaca.”

E ele sonhou, assim como Malfoy, mas ele sofreu, ainda mais que Draco.

Harry estava a ponto de ter uma síncope e não eram nem oito da manhã. O que ele poderia fazer em vista que o dia já tinha começado péssimo? Até ele abrir os olhos estava tudo bem, mas então ele se deu conta com o que tinha sonhado, Harry podia nunca ter feito nada e nem saber a prática da maioria daquelas coisas, mas ainda dividia o dormitório com outros meninos que eram mais ousados e curiosos com essa parte da vida então ele sabia muitíssimo bem o que sonhar com Draco e ele se tocando significava. Então ele se deu conta que seus amigos o ouviram gemer porquê ele sabia que falava dormindo e no sonho ele gritava. Céus, até onde ele iria sofrer? Logo em seguida um Ron todo vermelho colocou a cabeça para dentro das cortinas de sua cama e disse que se não se apressasse perderia o café e que os outros meninos tinham saído antes deles. Mas tudo bem, com aquilo ele poderia lidar.

O problema mesmo foi chegar no grande salão e ouvir Simas praticamente berrando que não tinha dormido direito e que iria ficar horrível no baile. Foi aí que o problema começou, porquê a Gina, honrando seu título de curiosa, perguntou o motivo de tudo aquilo. E o que Simas fez? Falou bem alto pra quem quisesse ouvir o motivo de sua indignação com todos os detalhes importantes para aqueles urubus curiosos e para melhorar, foi bem na hora que Draco passou ao seu lado entrando no salão.

Harry sabia que não tinha sido de propósito e que o amigo era escandaloso por natureza, mas na hora ele quis muito azarar o garoto com o pior feitiço que conhecia.

Merlin com certeza odiou e amaldiçoou os seus ancestrais quando estava vivo.

Harry fechou os olhos e respirou fundo absorvendo aquela vergonha e raiva com todas as suas forças tentando não se desesperar e ver o lado bom da situação, entretanto, não tinha lado bom e a risadinha que Draco deu deixou mais que claro o quão patética era sua existência e que longas humilhações viriam.

O grifinório não ficou para ouvir o desfecho daquela situação ou as piadinhas dos sonserinos e foi logo se esconder na enfermaria afirmando que estava tonto e a ponto de desmaiar. Não era mentira, mas o motivo que dera para justificar não era bem verdade.

Ficou ali o dia inteiro, depois de implorar a Madame Pomfrey para não deixar ninguém vir falar consigo, com receio demais de sair e encontrar os outros alunos que a essa altura já deveriam estar todos sabendo que Harry Potter geme o nome de Draco Malfoy nas horas livre. Contudo, ficar ali não foi de todo ruim, Harry teve muito tempo pra pensar em como ele levaria a vida dali pra frente.

Normalmente, ele odiava muito ser “Harry Potter, o filho do grande auror Tiago Potter e da exímia pocionista Lilian Potter heróis da primeira guerra bruxa" porque isso chamava a atenção das pessoas para si e ele odiava ser o centro das atenções sempre tendo que lidar com aquela pressão bizarra, mas ter sido convocado erroneamente pelo cálice de fogo fez com que sua vida já infernal se tornasse impossível. Realmente, aquele era o pior ano da vida curta de Harry Potter.

Harry olhava seu reflexo e achou que estava mais que de parabéns. Os trajes que a Senhora Weasley tinha lhe comprado de presente em seu último aniversário ressaltava seus melhores pontos e caía perfeitamente sobre o corpo dando uma liberdade gostosa para se movimentar. E ele iria precisar de toda mobilidade possível para fugir de todas as perguntas e pessoas possíveis naquela noite já que decidiu que iria sim ao maldito baile e ignoraria tudo e todos.

Com um simples feitiço de transfiguração, transformou seus óculos em um par de lentes e as colocou. Sorriu com o resultado, realmente, sem óculos ele ficava lindo demais.

Era isso que Harry queria. Ficar lindo de morrer enquanto morria de vergonha por dentro.

Ele caminhou sozinho até o local onde todos os outros competidores do Torneio Tribruxo estavam concentrados e esperando para entrarem no salão, a Parvatil que seria seu par estava deslumbrante no vestido indiano e lhe esperava apreensiva. Quando os outros competidores e seus pares colocaram os olhos sobre Harry perderam o ar com a beleza que o rapaz tinha lutado pra conseguir sozinho pela inexperiência no assunto.

Harry não sorriu nervosamente como queria, apenas se colocou ao lado de seu par com o rosto sério, mas sempre transmitindo a gentileza de sempre. Ele estendeu o braço que logo foi pego pela garota ainda muito atordoada e sem saber com lidar com o fato que estava acompanhando Harry Potter em sua melhor versão.

As portas se abriram poucos segundos depois e mantendo ao menos a postura Harry seguiu os outros campeões com o rosto em chamas e lutando para permanecer sério não transmitindo todo seu nervosismo. A dança foi o quão agradável poderia ser com Harry sendo tão ruim em guiar alguém, mas pelo menos não pisou no pé da garota nenhuma vez. Era uma conquista pessoal.

Depois da dança ele guiou a garota a uma mesa afastada de todos e ficou dando sua atenção completamente a ela na tentativa de ignorar os olhares, os cochichos, tudo que vinha de outras pessoas que não seu par que falava pelos cotovelos com uma expressão feliz permanente no rosto. Quando a garota pediu para dançar de novo ele foi mesmo que por dentro estivesse querendo só sair correndo daquele lugar.

Foram preciso cinco danças para que eles finalmente se cansassem e saíssem da pista para comer alguma coisa. Nesse meio tempo, muita gente veio falar com Harry que apenas ignorava fortemente, assim como ignorou Ron dançando agarradinho com Zabini, Hermione beijando Vitor Krum e Draco engolindo uma tal de Pansy para logo depois o encarar fixamente, mas ele sabia que antes de dormir tudo iria voltar instantaneamente para mente dele.

Eram quase meia-noite e agora era o momento pelo qual toda aquela confusão com Draco começou. Harry estava na parte de fora do castelo sentado num banquinho ao lado da bela companhia que tinha e fazia um carinho suave nos cabelos dela. Só faltava o beijo para ele ir embora. Tomando aquilo como motivação ele se aproximou e beijou a menina do jeito que Draco tinha feito consigo.

Algo estava errado.

Harry não se sentia bem.

Ele não se sentia vivo, nem quente, nem nada.

Ele odiou aquilo.

O beijo era agradável, mas não era como ele queria que fosse.

Certamente o de Draco era mais gostoso.

Ao constatar isso, o choque tomou todo o ser de Harry o fazendo se separar da menina com um olhar arregalado, ela logo entendeu e deu um sorriso meio triste pro outro, suas esperanças tinham ido para o ralo.

- Está tudo bem. Eu sei que você gosta de outra pessoa. Obrigada pela noite e pelo beijo maravilhoso Harry, nos vemos por aí. – Então ela simplesmente foi embora deixando um Harry confuso e abismado sozinho.

E ele ficou ali assustado demais pra se mover durante longos minutos, ele apenas encarava seus pés não sabendo sobre o que surtar primeiro. De forma automática, ele foi pra cama, conjurou todos os feitiços de privacidade que conhecia e dormiu aterrorizado demais para sequer se importar com o que viu no baile ou pensar sobre qualquer coisa.


Rita Skeeter estava enlouquecida com todo aquele material que coletou em apenas dois dias de trabalho, definitivamente seguir Potter para todo canto na forma animaga foi a coisa mais inteligente que fizera em séculos. Ah, e esperar para juntar as imagens do corredor com as imagens do baile foi a coisa mais incrível que fizera.

Sua pena escrevia na velocidade máxima a próxima matéria da capa do Profeta Diário, ela andava de um lado pro outro com a caneca de chá na mão e um sorriso enorme no rosto. Era a melhor matéria do século! E sequer estava preocupada com o estardalhaço que os Potter e os Malfoy fariam com ela por saber que eles estaria ocupados demais lidando com as ações dos próprios filhos para lembrar de caçá-la. Depois de quatro horas a matéria estava pronta e encaminhada para o Profeta. Cinco horas depois o mundo bruxo possuía uma versão prontinha e polêmica daquela matéria absurda.


Harry achava que nada podia dar mais errado do que já estava dando, mas quando as corujas chegaram naquela manhã ele só tinha certeza de uma coisa. Que nunca mais iria sair de casa, é isso, viveria dentro do próprio quarto pelo resto de sua vida. Então a coruja de sua mãe chegou e com ela um belíssimo berrador, Harry sequer tentou esconder as lágrimas antes mesmo de abrir a carta com uma cara de derrota jamais vista naquele rosto.

- HARRY TIAGO POTTER! – Puta merda, era a voz de seu pai.

Oh deus, ele levaria o sermão do ano e tudo que ele queria era só aprender a beijar uma garota.

25 Avril 2020 00:03 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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