Histoire courte
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Meu Colo

Amorecos, eu estou tentando trabalhar a minha alma fluffy então fiz essa fic só para isso, escrever um momento de interação fofa e aleatória entre o nosso casal. Sou nova por essas bandas do fluffy, então por favor tenham paciência com essa pobre autora em aprendizado.


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Todos que conheciam a personalidade explosiva, turrona e irritadiça de Bakugou entendiam que conversar com ele era um trabalho perigoso, para poucos corajosos, e a maioria evitava ao máximo irritá-lo ou mesmo trocar muitas palavras temendo se tornarem vítimas de sua fúria desmedida.

Era quase uma lei, uma regra básica de sobrevivência que apitava no fundo da alma de todos que fitavam aquele olhar irritadiço por mais de alguns segundos, sempre sentindo um calafrio ao notar o brilho mortal e o o semblante de poucos amigos.

Mas, como toda regra, essa também tinha exceção. Uma ruiva, sorridente e destemida, que não somente fez o que muitos não conseguiram (ou mesmo se prestavam ao risco), como também se propôs a domar a fera, tornando-se o primeiro ser humano a tocar em Bakugou com a permissão do mesmo, ante o assombro de todos.

No entanto as surpresas não pararam por aí. Eijiro não somente se tornou amigo, como, após uns anos, assumiu o homem mais teimoso e emburrado da galáxia em namoro, pasmando a todos que duvidavam que algum ser humano um dia seria capaz de tal façanha, indo além ao conseguir se casar com ele.

Como ele conseguia era um incógnita, mas ele era o único capaz de acalmar e conversar com Bakugou, com sua voz mansa e de um jeito único e especial que aplacava qualquer ira.

Se precisassem desarmar a bomba Bakugou bastava chamar Eijiro e tudo se resolvia.

— Eu não sei como você consegue, Eiji, por Deus que nunca vou entender — Mina disse enquanto apreciava uma xícara de café na casa do amigo.

— Eu tenho os meus truques — o ruivo se gabou, com um sorriso do tamanho do mundo, orgulhoso de ser o único a conseguir tal façanha.

— Devem ser muito bons mesmo — sorveu mais um pouco do líquido antes de rir atrevida — Aposto que a maioria acontece entre quatro paredes.

— Não necessariamente — chocou-a com a tranquilidade com que falara— Bakugou é um cara bem diferente quando estamos a sós, acredite.

Aquela era uma verdade irrefutável, um segredo de ambos, íntimo, e que Bakugou mataria caso se tornasse de conhecimento público, e Kirshima, seu cúmplice número um temia ser ele a pagar o pato.

A conversa fluiu por mais alguns minutos, enquanto ambos rememoravam alguns acontecimentos da época da escola, e mesmo da vida adulta.

Então, de repente a porta abriu revelando um Katsuki irritadiço, bem ao seu natural, com um semblante azedo e de poucos amigos que logo afugentou a ex-colega de turma.

— Eu acho melhor ir — Mina se adiantou beijando a bochecha de Eijirou que ria da pressa da amiga.

_Não precisa correr, mesmo com essa cara o Bakugou não morde, sabe disso - segurou em seu queixo recebendo um leve grunhido irritado, que calou com um beijo.

_ Melhor não arriscar por via das dúvidas - brincou passando longe do loiro que mirava emburrado - Acho que os dois estão cansados e você precisa domar a sua fera. - saiu correndo antecedendo a fúria do loiro que se revoltou com sua fala, sendo firmemente controlado pelo esposo que o segurou antes que corresse atrás da garota que ria de maneira abafada descendo os degraus, ciente de que o amigo estava segurando o demônio para que não a pegasse.

Bakugou se libertou do abraço bufando chateado, e dando de costas em direção ao banheiro enquanto Eijirou se acabava de rir e fechava a porta, se preparando para a fera que sairia do banho.

Ele sabia que Bakugou exigiria que ele pagasse suas desculpas com muito dengo e carinho e resolveu se preparar, fazendo um lanche gostoso para tratar de seu dengo furioso, utilizando seus dotes culinários para criar o mais perfeito sanduíche que conseguiria, contemplando sua criação por alguns segundos com um sorriso vitorioso no rosto antes de descartar tudo no lixo por admitir que além de feio não estava nem um pouco apetitoso e pedindo uma pizza com bastante queijo. Bakugou reclamaria? Óbvio que sim, mas ele o convenceria.

Sentou no sofá se esparramando enquanto esperava o marido que logo chegou, com o olhar mal humorado como o de um gato ranzinza que foi despachado do caminhão da mudança. Eijirou bateu no sofá, convidando-o com carinho e um sorriso aberto que o loiro encarou em silêncio por alguns segundos antes de ceder e se aproximar, sentando ao seu lado de braços cruzados.

— Amor, vem pro meu colo, vem — chamou dengosamente, esticando os braços na direção do esposo que se fez de difícil.

— Não — resmungou chateado.

— Por favor, Bakugou eu estou com saudades — tentou convencê-lo, mas ele parecia irredutível.

— Eu não gostei que me segurou, sabe que não gosto quando faz isso.

— Eu sei, me desculpe, mas eu tive, você queria matar a Mina.

— Ela riu da minha cara, e você também.

— Como posso provar que estou arrependido? — sentou envolvendo o corpo do esposo aos poucos, como se testasse até onde podia ir.

— Só me deixa quieto e não me enche — empurrou-o para o lado, sem usar força e sentando longe — Eu não tô com humor.

— Poxa, Katsuki, você vai mesmo me tratar assim?

— Vou. Tá merecendo.

— Mas foi uma coisinha tão boba, me perdoa, vai. — pediu arrastado e o loiro bufou.

— Tá me irritando com essa falação, só me deixa quieto — deu o ultimato, trocando o canal da televisão e o ruivo se levantou com os braços erguidos em rendição.

— Tudo bem, não vou te perturbar mais.

Mesmo tentando esconder, Bakugou acompanhou a ida dele até o banheiro, desejando que ele voltasse logo e continuasse a paparicá-lo como gostava, mas orgulhoso demais para admitir isso.

Os minutos se arrastaram e atenção de Bakugou era roubada por cada som que ouvia do corredor, atento ao marido que deveria ter voltado. Por fim desistiu e levantou também, indo ao quarto e o encontrando sobre a cama enquanto mexia no celular, rindo enquanto trocava mensagens de texto e áudio com alguém em um aplicativo de conversa, o que o irritou, afinal porque ele estava conversando com alguém que estava longe ao invés de conversar com ele?

Irritado se adiantou até o guarda-roupa, pegando um colete e se demorando propositalmente enquanto se arrumava, esperando que o ruivo notasse que ele estava incomodado com a falta de atenção, e amaldiçoando os neurônios lerdos do esposo que parecia incapaz de se concentrar em mais de uma atividade ao mesmo tempo.

Ele só queria poder passar um tempo com o marido, era pedir demais? Amava Eijirou, mas as vezes ele era muito lento para entender as coisas.

— Vou dar uma volta — resmungou esperando que ele entendesse o recado.

— Ok — o outro respondeu de maneira mecânica.

Bakugou fechou os olhos e apertou os pulsos com a resposta, saindo com raiva do quarto. Assim que chegou a sala desistiu da tentativa, decidindo confrontar o outro.

— É assim? Você vai só dizer ok? — questionou chateado.

Kirishima abaixou o celular encarando-o confuso.

— Achei que não me quisesse por perto. — se defendeu inocentemente.

— Você é um idiota. Pode ficar aí se quiser — resmungou chateado voltando para sala.

Sozinho no quarto o ruivo riu da careta do esposo. Não era bom forçar contato quando Bakugou estava irritado e o mandava sair de perto, mas era ideal quando ele resmungava pedindo atenção. Se despediu de Mina que riu igual uma gazela quando ele lhe contou do pequeno show protagonizado pelo loiro.

Mina: Vai lá acalmar essa criatura. Beijo.

Ele foi mesmo, sentando no sofá e puxando o loiro para um abraço enquanto lutava contra o mal humor dele, abraçando-o e rindo até que ele se acalmasse aceitando o coo, depois de muito praguejar e falsamente reclamar. Beijou-o com carinho na testa, deitando-o sobre seu peito enquanto fazia carinho nos cabelos revoltos.

— Não pense que isso resolve a nossa situação — Bakugou bufou.

— Sei que não, mas é um começo.

Bakugou não enganava o ruivo. Ele sabia que todo aquele drama era porque desejava ficar em seu colo, sem ter que demonstrar que queria, apenas criando situações em que o esposo o abraçaria e se tinha uma coisa que Eijirou gostava tanto quanto Bakugou era poder apertar o loiro ranzinza em seus braços o mais próximo possível.

E perturbá-lo, claro, pois qual é a graça de viver perto de uma pantera sem cutucá-la de vez em quando só para sentir a emoção da fuga?

— Eu sei que você ficou com ciúmes e quer o meu chamego.

Eijiro contou mentalmente 3...2...1...

Como previsto a fera começou o processo de libertação, rugindo enquanto tentava escapar de seus braços.

— Eu não quero porra de chame-o nenhum! Muito menos de você, Cabelo de Merda traidor!

— Quer sim, e não adianta tentar negar. — fechou os olhos rindo escondido enquanto o abraçava ainda mais.

— Você tá rindo de mim?! Eu vou te matar! — rugiu mais alto, sacudindo-se com mais violência.

— Seja rápido, por favor e deixe eu descansar no teu corpinho lindo. — controlou-se olhando para o esposo com o olhar safado — Melhor, deixa eu descansar dentro de você.

Não tinha jeito, ele era irremediavelmente apaixonado pelo teimoso número um do planeta.

16 Mars 2020 19:32 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

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