ichygo-chan ichygo Chan

Muitas foram as encarnações e experiências vividas por Eijiro e Katsuki em busca da evolução espiritual e, em todas elas, eles experimentaram a intensa e visceral necessidade de se reencontrar. Durante séculos eles buscaram um ao outro, as vezes se encontrando, outras se perdendo, vivendo seu amor intensamente ou tendo que aceitar a separação brusca, ocasionada pela morte, distância, preconceito ou destino. E, a cada novo renascer, enquanto seu espírito evolui, Katsuki percebe que não somente é capaz de reconhecer o amado como também passa a se recordar de seu passado, lutando para encontrá-lo, não importa onde ou como esteja para que juntos possam viver plenamente todo o fulgor daquele puro e intenso amor que é capaz de unir suas almas em apenas uma.


Fanfiction Anime/Manga Interdit aux moins de 21 ans.

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438 a.C, Esparta

Olá amores, desta vez eu me superei porque eu já plotei a fic inteira e tenho capítulos prontos, amém. Pretendo lançar um por semana, mas talvez eu me adiante, porque sou descontrolada. Cada capítulo tratará de uma encarnação deles até chegar a atual, e, para não ficar tosco eu vou colocar os nomes de acordo com o momento histórico e lugar. Se preparem para apreciar o nosso KiriBaku em suas mais lindas formas, que são todas, porque Kiribaku é sempre lindo.

Aqui vai a primeira encarnação. Atentem aos nomes.

Basílio: Katsuki, grego

Palópias: Eijiro, espartano

📷

Foram horas de viagem até chegar a Esparta, e por Atena, Basílio jamais imaginou, nem mesmo em seus sonhos mais febris encontrar uma cidade com tamanho apelo a cultura bestial primitiva. Decerto que sabia que todos eles seriam um bando de criaturas peludas, grandes e com carrancas intimidadoras - ora, ele mesmo não era nenhum soldado mirrado, pelo contrário, sabia treinar seu corpo com tanto afinco quanto o fazia com o cérebro -, contudo o que visualizava chegava as vias da barbárie.

Verdadeiros trogloditas.

Que diabos estava fazendo ali, afinal? Seu pai o enviara como mensageiro, uma forma de interligar os dois reinos e o faria, ainda que se perguntasse o que os atenienses teriam para incrementar ao maravilhoso império grego.

Entrar na cidade era ainda mais difícil que a a viagem e, uma vez la dentro, presenciou o que há de mais ultrajante e macabro na arte militar que poderia sequer imaginar.

Surpreendeu-se no entanto quando seus olhos se prenderam em uma figura em particular. Um soldado alto, com porte destemido e muitas cicatrizes espalhadas pelo corpo. Possuía a aura valente de um touro e seu físico muito se assemelhava ao de um, tendo os músculos talhados pelos anos de intenso treinamento.

Seu coração palpitou quando seus olhos se cruzaram, como se transmitissem algo a mais que admiração e surpresa. A sensação era a, de que alguma maneira, já houvessem se visto, ainda que Basílio, houvesse sido treinado tanto em artes militares quanto em filosofia e nunca tivesse atravessado os limites de Atenas para ir ter com alguém em outro reino, muito menos o espartano.

O cruzar de olhos durou mais tempo que o esperado e nenhum deles desviou. O espartano inclusive, deixou de lado o treino e se aproximou com o olhar intrigado, estendendo sua mão em uma saudação estranha ao ateniense.

- Grego? - indagou olhando suas vestes e Basílio ajeitou a postura, querendo dar uma boa primeira impressão.

- Como pode ver, sim.

- E o que deseja em nossa cidade?

- Vim em nome de meu pai, sou um candidato a comando do exército e uma de minhas funções é negociar.

- Entendo - os olhos cor de âmbar do guerreiro perscrutaram a face do grego e seus lábios se ergueram em um sorriso agradável. Basílio sequer sabia que espartanos pudessem sorrir ou manter outro semblante que não fosse o ameaçador - Quer treinar um pouco?

- Não, obrigado. Não tenho tempo ou motivação para isso. - tentou recusar ao mesmo tempo que amaldiçoava o rubor que deveria estar subindo em seu rosto.

- Motivação? - O espartano o encarava curioso como se ele tivesse falado uma idiotice - Vocês gregos precisam de motivação para treinar?

- Obviamente que sim, qual o motivo de passar a maior parte do dia lutando e bradando uma espada?

- Ficar forte, mas é claro? Para nunca ser subjugado por um inimigo. Existe motivação melhor?

- Treinar a mente e espírito me soam mais atrativos.

- Para que treinar a mente se você para derrotar seus inimigos você precisa de força? - ergueu os braços, forçando os músculos.

Era uma afirmativa tão estúpida, simplista e boçal que Basílio quase se deu ao trabalho de rebater, desistindo segundos depois por estar mais interessado em observar o físico parrudo do soldado. De fato o treino constante podia não ser lá muito inteligente, mas produzia resultados interessantes.

No tempo em que passou na cidade, hospedado por um dos generais, ele se encontrou com Palópias outras vezes, conhecendo através dele um pouco mais sobre a cultura e tradições espartanas, considerando algumas belas enquanto outras eram pura barbárie como o descarte de crianças consideradas inaptas ao serviço no exército. Ele podia não ser muito inteligente ou mesmo um pensador como os que estava acostumado a passar seu tempo, mas sua companhia era agradável e interessante, além de, é claro, ser muito bonito.

O que havia começado como uma simples conversa entre homens de culturas diferentes logo se transformou. A relação se aprofundou a medida que partilhavam segredos e experiências. Basílio ensinava ao rude espartano ciência, arte, filosofia e astronomia, arriscando até mesmo alguma matemática, dissertando sobre o panteão de deuses que adoravam em seu reino, alguns dos quais, adorados pelos espartanos também. Antes que percebessem estavam embarcando em um relacionamento mais íntimo, um estágio contra o qual nenhum dos dois lutou contra. Amaram-se sem nenhuma reserva quando já não conseguiam mais esconder o que sentiam um pelo outro, e continuaram a se encontrar sempre que possível, mesmo depois de Basílio retornar a Grécia.

Todavia anos mais tarde, vivenciaram a dor da separação devido a guerra entre as duas nações, denominada guerra de Peloponeso. Em meio ao campo de batalha, ambos pereceram, lado a lado quando seus exércitos se confrontaram. Não lutaram um contra o outro, pelo contrário, lutaram para se encontrar e proteger, incapazes de sobreviver a insanidade e violência da contenda.

Antes de morrer, vendo seu amado já no limiar de suas forças, com os olhos embaçados pelas lágrimas e a respiração errática, Basílio, em um último ato beijou os dedos médio e indicador e os levou aos lábios de Palópias, depositando ali seu último beijo naquela vida, prometendo que em breve o encontraria novamente, enquanto rogava a sua deusa Atena que não permitisse que ambos se perdessem no submundo e pudessem realizar juntos a travessia sobre o rio Aqueronte, levados pelo barqueiro Caronte, para unidos desfrutarem da eternidade nos campos Elísios.

- A-Até breve, amor... não se atreva a atravessar sem mim...

Palópias sorriu fracamente, apertando os dedos de Basílio entre os seus com o que restava de suas forças, entrelaçando-os.

- ...N-Não... ouse de-morar. Vo...u estar te esperan...do...

Seus olhos se fecharam uma última vez e Basílio sentiu todo o seu mundo se apagar. Os sons de gritos e tilintar de espadas cada vez mais distante enquanto observava Apollo em sua carruagem, correndo pelo céu, desejando que ele apressasse as moiras para que cortassem logo o fio de sua vida.

"Não importa onde, eu vou te encontrar"

*********

Antes das pedras, quero adiantar que nem toda vida deles vai terminar de maneira trágica.

24 Décembre 2019 21:14 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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