ichygo-chan ichygo Chan

Desde criança Katsuki sonhava em se tornar o primeiro ômega a alcançar o topo, ser o número um, um objetivo que precisou deixar de lado por anos enquanto cuidava do filhote que arranjou sem querer por ser descuidado. Agora, de volta a corrida, ele o persegue com tamanha dedicação e entusiasmo que sequer é capaz de notar o que está deixando para trás em sua ânsia de alcançar o topo. Contudo, ele logo descobrirá que tudo na vida é efêmero, tão fugaz que a felicidade pode escapar por entre seus dedos em questão de segundos.


Fanfiction Anime/Manga Interdit aux moins de 18 ans.

#kiribaku #yaoi #angst #abo #omegaverse #fluffy #finalfeliz #família
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Repentino

Ora, ora, mas vejam quem retorna com mais uma fanfic? Eu mesma rsrs

📷

Um dia de descanso, era tudo o que Katsuki precisava há meses.

Os músculos cansados e tensos agradeceram quando ele deitou-se na rede, a mente vagueando enquanto se atinha ao trabalho preguiçoso de se inteirar nas redes sociais, respondendo comentários e postando algumas atualizações. Ele era um herói importante e estava enfim quase alcançando o topo do ranking como sempre desejou desde que se conhecia por gente, ansioso para chegar ao primeiro lugar e assim poder destronar o estúpido Deku, algo que já teria feito há anos não fosse um maldito percalço em seu caminho.

— Amor, eu vou acompanhar a mamãe a cidade, ok? — Eijiro avisou enquanto entrava na varanda, dando um beijo no esposo que respondia a alguns dos diversos comentários em seu vídeo mais recente — Quer que eu lhe traga algo?

O fato de suas sogras morarem em uma área rural ajudava e muito em seu descanso, livrando-o do stress da cidade grande com seus centros comerciais barulhentos. Era calmo e sossegado, do jeito que ele precisava e merecia, apesar de discutir com o esposo a duração daquele descanso que, seguramente defendia, deveria durar apenas três dias e não mais que isso para não sufocar sua ascenção rumo a notoriedade e primeiro lugar. No entanto era difícil conseguir algo que não fosse previamente planejado uma vez que os mercados mais próximos ficavam a quilômetros de distância.

— Pode trazer alguns potes de sorvete, acho que os moleques vão gostar.

— Tudo bem, eu vou trazer. Algum sabor em especial?

Katsuki deu de ombros enquanto postava uma selfie, concentrado em pensar em uma legenda decente.

— Sei lá, escolhe você, eles vão comer qualquer coisa mesmo, basta ter açúcar.

— Ok. — concordou abaixando para dar um beijo de despedida — Pode olhar o Eikichi enquanto estou fora?

— Onde ele está?

— Na sala com os outros garotos, mas sabe como ele é, basta olhar para o lado e ele some como poeira.

Como esquecer desse detalhe quando era um dos que tornavam tudo em sua vida mais complicada?

— Não se preocupe, eu vou ficar atento.

Katsuki não precisou olhar para o esposo para saber que ele havia acenado em concordância, estavam juntos há tantos anos que podiam se entender sem palavras. Mesmo concentrado em sua tarefa ele ouviu Eijiro entrar e se despedir das crianças antes de sair.

Estava para se levantar quando foi abordado pelas crianças que vieram perturbar seu momento de paz e tranquilidade.

— Tio Katsuki, a gente pode levar o Eiki para ver o lago?

Katsuki parou o que estava fazendo ao escutar o pedido, observando atentamente o olhar medicante de cada um dos fedelhos. Shiro, Takeo e Hajime, trigêmeos que mais pareciam crias do peçonhento de tanta bagunça que arranjavam, filhos de sua cunhada tentavam se passar por anjinhos com as mãos juntas. Kouta e Isao, filhos de seu cunhado sequer se esforçavam a tanto. E no meio deles, com o olhar atento e talvez um tanto abobado demais estava seu filho, Eikichi.

Juntando as mãos ele as moveu em várias direções, conversando com ele na linguagem de sinais.

"Você quer ir?"

Eikichi respondeu com um simples manear positivo de cabeça.

— Tudo bem, mas não cheguem muito perto, eu vou estar vigiando de longe, e isso quer dizer nada de nadar ou de brincadeiras perigosas ao redor a menos que queiram ter seus brinquedos preferidos estourados por mim, ouviram?

Todos concordaram sem pestanejar.

Observou a trupe sair em disparada em direção ao lago que ficava a apenas alguns metros de distância. Precisaria estar atento, afinal os outros adultos da casa aparentemente estavam ocupados demais para ficar de olho na molecada e havia uma área de bosqur ao lado do lago. Guardou o celular para se atentar aos pestinhas correndo ao redor do lago.

A paisagem bucólica era um tanto chata demais. Bonita, sem dúvida, porém muito pacata. As mães de Eijiro moravam em uma região famosa por suas belezas naturais e fazia jus a essa fama. Era uma chácara com piscina, pomar, um lago e um pequeno bosque, um lugar perfeito para criar um monte de crianças. E quantas tinham, Katsuki nunca deixava de se surpreender com a quantidade, mesmo que já os conhecesse há mais de oito anos.

Felizmente ao contrário dos cunhados ele tinha apenas um filho e pretendia permanecer apenas com ele, mesmo que Eijiro sonhasse com mais. O ômega não ligava para os pedidos, afinal, não fosse por um vacilo próprio não teria nem mesmo Eikichi.

O primogênito foi fruto de um pequeno descuido. Um maldito heat fora de hora por causa dos hormônios em polvorosa, falta de medicamentos à vista e pronto, sua carreira teve que esperar enquanto ele gestava, paria e criava um bebê que nem mesmo deveria existir. Foi talvez o momento mais frustrante de toda a sua vida, sem dúvida nenhuma.

Eijiro ficou tão assustado quanto ele, mas não aceitou de jeito algum as outras alternativas. Teria sido mais fácil para ambos, concordava, e não fosse a maldita mania de sua família de adorar a casa lotada de crianças, talvez eles tivessem optado por essa saída. Fato é que ele conseguiu convencer o ômega e Eikichi veio, sua chegada trazendo um longo hiato a carreira de ambos, principalmente a de Katsuki que agora tentava compensar o tempo perdido dando o máximo de si.

Sentiu os olhos pensarem enquanto observava as crianças, embalado pela paisagem tranquila do lugar. Realmente não fazia mal tirar uns dias de folga para se acalmar e organizar os pensamentos.

Escorregou suavemente para um sono leve e sem sonhos, embalado pela brisa e som das risadas das crianças, sendo docemente abraçado pela inconsciência. A tarde amena, o cricrilar dos grilos e farfalhar das folhas balançando ao sabor do vento contribuíram para o relaxamento dos músculos, agindo como uma terapia natural.

Acordou minutos depois, sacudido por mãos insistentes e um tanto pesadas, ainda que o chacoalhar não fosse violento. Abriu os olhos preguiçosamente, bocejando sem desejar se levantar, apenas abanando a mão para afastar quem quer que fosse.

— Suki, onde estão as crianças?

A pergunta o trouxe imediatamente à realidade e Katsuki se ergueu subitamente acordado, se amaldiçoando por ter pego no sono.

— Estavam perto do lago... merda! — levantou assombrado, buscando-as com o olhar.

Não precisou buscar muito, em questão de instantes ouviu as gargalhadas entre as árvores e os convocou com um aceno e alguns berros irados. Uma a uma elas saíram, brincando e conversando entre si, alheias a preocupação dos adultos até verem o olhar irritado de Katsuki que estava pronto pra lhes dar uma bronca por terem ido ao bosque quando parou subitamente, as palavras morrendo na boca.

O coração de Katsuki falhou uma batida ao perceber que Eikichi não estava entre eles.

****

Já podem esperar o que vai acontecer.

24 Décembre 2019 11:50 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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