boaswain uanine oliveira

Min Yoongi parecia uma musa em cima do palco, com o suor pingando das vestes, o cabelo bagunçado, a maquiagem borrada e, ainda por cima, aquela postura cambaleante de quem bebeu uma os duas doses. E quem olhasse ia fazer uma careta pela bagunça que o platinado era, mas Taehyung capturou-o com o olhar durante a noite toda, porque a bagunça do Min tinha o cativado. Achava aquela desarrumação elegante, cativante.


Fanfiction Groupes/Chanteurs Interdit aux moins de 18 ans.

#bangtan-boys #bts #taegi #vsuga #min-yoongi #kim-taehyung #nsfw #pwp #tae-tops
Histoire courte
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Lindo e bagunçado

Não era o primeiro copo de Taehyung naquela noite, mesmo que houvesse acabado de chegar na boate para se encontrar com os amigos e curtir a madrugada afora. Havia bebido em casa também, um garrafa inteira tentando afogar o Park Jimin de sua memória, e ter a coragem de se vestir decentemente para ir até o lugar com a música alta, as pessoas agitadas e as bebidas quentes. Estava louco para gritar por cima da batida e ficar mais bêbado do que jamais ficara, queria tirar aquele sentimento ruim de estar preso no passado de si, precisa se mover para frente. E isso significava caminhar até a entrada da boate, aceitando o primeiro drink do primeiro garçom que avistou

Havia sentido saudade, afinal. Agora que já estava ali, já começava a se animar com a música pesada que tocavam no palco. Já era tarde, tarde até demais, mas não tarde o suficiente para fazer Jeon Jeongguk, Kim Seokjin e Jung Hoseok voltarem para casa, esses três eram os mais empenhados em fazer Taehyung desencanar do término e partir para uma festa de matar. Finalmente o Kim havia cedido. E se orgulhava por isso, porque o uísque viajando pelo seu corpo o deixava quente e ele adorava a sensação de adrenalina percorrendo por si, como se pudesse fazer algo muito ruim pensando ser algo muito bom.

Nem se importava se o dia seguinte era a tão temida segunda-feira, podia faltar um diazinho de trabalho por causa da ressaca, tinha outros planos, que incluíam sair cambaleando daquela boate às quatro da manhã. Por mais que não parecesse uma ideia boa a ser seguida, precisava espairecer, precisava esquecer que um dia fora um otário babando pelo Park mais velho, queria mesmo era sentir um beijo melhor que o dele, esquecia rapidinho do ruivo.

Ô se esquecia — Taehyung lembrava de como era antes de começar a namorar. Se jogava mesmo nessas noites perigosas para pegar qualquer um que piscasse para si (em todos os sentidos da palavra) e acordava sem saber quem estava ao seu lado, mas com aquela sensação gostosa de estar saciado. Se envolvia em casos e mais casos, eram rostos e pessoas, gente que ele nem se recordava o nome, mas sabia das experiências indecentes que havia aprontado. Sua vida era boa, a vida de todos esses fuckboys é. Ele gostava da selvageria, da habitual paixão por viver e medo de viver errado e perceber tarde demais, por isso mesmo havia se apaixonado por Park Jimin, esse sim era um selvagem genuíno que apostava tudo em nada e acabava com nada achando que tinha tudo nas mãos. Jimin ria dos problemas dos outros e chorava só quando tava bêbado, e Taehyung sempre achou isso lindo, a personalidade de Jimin era quente, excitante, explosiva como uma música boa e elétrica, mas não era aquele tipo de selvagem certo para si, e, terrivelmente, só havia percebido depois. Dolorosamente depois.

Mas a missão da noite era encontrar alguém só selvagem o suficiente, não precisava saber seu nome ou conversar muito, só queria sentir seu cabelo sendo puxado, unhas nas costas, gemidos roucos, um aperto necessário e selvagem — para bagunçá-lo na cama, não importava de onde. Alguém, de preferência, mais bagunçado que ele.

Avistou os amigos no canto, rindo e se balançando ao ritmo pesado da canção tocada ao vivo. Acenou para Seokjin, este apontando para ele e sorrindo tão amigavelmente e cortês que nem parecia que já estava soluçando, bêbado. “Já” era um termo erroneamente pelos habitantes noturnos, já que a madrugada se fazia presente, escurecendo cada canto da cidade.

— Curado? — Hoseok perguntou.

Taehyung franziu o cenho, este estava sóbrio o que era impressionante, mas logo deduziu que o amigo que faltava ali, Jeongguk, deveria estar no palco, com sua banda, tocando bateria, e havia uma coisa sobre o mais novo: ele tinha que beber para subir ao palco, sendo assim, a responsabilidade de dirigir de volta para o campus onde os três faziam Engenharia de Produção. O que os três sem-futuro estavam fazendo estudando algo assim? Ele não sabia, não fazia faculdade, achava besteira, trabalhava numa loja de discos, mascando chiclete e passando o dia no kakao, era tudo o que precisava para encher a geladeira de cerveja. Por mais que as pessoas o julgassem pelo estilo de vida despreocupado, marginalizado e talvez até vagabundo, mesmo concordando, Taehyung gostava. Era dentro do apartamento sujo, fedendo a cigarro, desarrumado e simples que tinha sua liberdade e paz. Reunia uma tinta ou outra e pintava uns quadros, gostava do que saía, era um artista, só nunca assumiu para si mesmo.

— Procurando um remédio bom; o Gukkie foi pro palco hoje?

— Olha só o nível dele — Jin gargalhou, apontando.

O Kim ficou na ponta dos pés, se curvando para enxergar o palco, onde encontrou o baterista Jeon super animado furiosamente jogando as baquetas contra os pratos. Seus cabelos estavam molhados de suor e, na verdade, ele se encontrava com os olhos fechados, só curtindo o que quer que tivesse usado para ficar naquela vibe, mas a atenção de Taehyung não se demorou no melhor amigo. Agora que podia visualizar o palco, o olhar bateu no vocalista da banda, o dono da voz que cuspia o rap forte e rápido pelo microfone, fazendo todos pularem e se balançarem no ritmo de hip-hop.

Era uma presença forte, instigante e interessante. Taehyung gostava desse tipo: bagunçado.

— Quem é ele?

— Yoongi, eu acho — Hoseok deu de ombros.

Pois Yoongi era divino. Mesmo de longe era notável a suavidade da pele branca, como as luzes neons descansavam sobre a tez brilhosa pelo suor excessivo. Estava com os braços descobertos, balançando-os incessantemente ao som da música que cantava, das palavras sujas que soltava e mostrando claramente que não se importava em ser repreendido. Taehyung adorou a selvageria em suas expressões, atos, jeitos. Yoongi parecia um animal indomável em cima daquele palco, suado, ofegante, bagunçado. Uma bagunça linda de ser apreciada.

Maquiagem borrada; a maioria das pessoas ali estava maquiada impecavelmente para disfarçar defeitos minúsculos em sua aparência, mas o rapper parecia ainda mais bonito com o lápis preto borrado no canto dos olhos, escorrendo. E o batom leve um pouco saltado para fora da boca, provavelmente pelos seus gestos enquanto cantava e sua mão não parar quieta sempre gesticulando a letra.

O cabelo emaranhado; usava uma bandana, assim como o Kim, mas essa não serviu para manter os fios platinados no lugar, havia, sim, contribuído para as mechas tão bagunçadas e deixado o visual do rapper ainda mais bonito e excitante. Era lindo, com os cabelos daquela forma, cobrindo o rosto, fazendo com que o menor passasse a mão por eles vez ou outra, teimando em tentar ajeitar a teimosia dos fios. Taehyung quase o avisou de que estava perfeito daquela forma.

A postura desleixada; com os ombros relaxados e braços moles, nesse estilo swag que os garotos gostam de usar para tentar impressionar, combinada tanto com ele, não precisava nem se importar com aquilo, era realmente a melhor silhueta a ser vista na boate toda. O corpo dele, estando em pé, sentado, curvo, ereto, ainda era terrivelmente apreciável.

Camisa amassada; porque era visível que uma hora, talvez no começo daquilo tudo ele estava arrumado. Uma jaqueta com estampa militar jazia no canto do palco, e Taehyung apostava que pertencia a ele. Só podia ser. Devia ter ficado calor demais e ele a havia tirado, e seus movimentos no palco acabaram por deixar a regata branca amassada e enrugada, além de molhada pelo suor.

E suava. Deliciosamente suava. Suava como se estivesse no inferno, fazendo a franja grudar na testa e a pele brilhar, mas o Kim achava lindo, estava sorrindo porque na sua cabeça, via uma criação divina. Yoongi estava um trapo, mas Taehyung achava-o lindo, daquele jeito em específico — não o conhecia de outro —, acabado e bagunçado, queria tê-lo. O visual do rapper era tão sexy, não mudaria nada, nem mesmo a quantidade de anéis nos dedos do platinado, imagina sentindo o toque gélido na pele desnuda. Céus, já estava com a mente nublada de desejo. As coisas acontecem rápido assim quando a noite cai e você está embriagado numa boate. Quem era Park Jimin? Taehyung não se lembrava.

Sabia, apenas, que queria se lembrar de Yoongi. Tinha certeza, não esqueceria da voz rosnando um “Foda-se você, eu sou um filho da puta que não consegue ser doce” ou da fala apressada e cheia de sotaque, quase passando por cima das palavras ao mandar um “eu vou te deixar excitado com a tecnologia da minha língua” e nem do dedo do meio sendo levantado para a plateia indo à loucura. Também não esqueceria do corpo esguio que fazia movimentos tão sutis e, ainda assim, tão absurdamente sensuais aos olhos do Kim. Estava adormecido na figura do mais baixo, queria-o olhando para si, sem ter que se preocupar com a aparência. Deixaria o rapper solto, mas preso a si.

O objetivo da noite agora era conseguir arrancar algo do rapper (ou melhor, tudo!), por isso não perdeu tempo com os dois amigos. Mesmo não tendo nenhuma tática para aproximar o outro de si, assim que a música acabou e a banda se reuniu ao fundo, foi até lá, prestigiar o baterista e talvez parabenizar a música boa do rapper também.

Jeongguk sorriu ao vê-lo mesmo que o sorriso parecesse muito bobo e deselegante naquela situação. O namorado, baixista da banda, Choi Hansol, o distraia e acalentava, como se beijinhos pudessem fazer o Jeon ficar mais sóbrio. Mais afastado, Yoongi tomava um gole longo de água, se preocupando em ajeitar os cabelos e limpar o suor com uma toalha velha. Os olhos do Kim brilharam; os gestos do rapper eram traduzidos por suas pupilas como uma dança natural de flerte. Ele sabia que estava sendo desrespeitoso esbanjando aquela sensualidade toda?

— Ele tá bem? — perguntou para Hansol.

— Vai ficar, aish, menino idiota — resmungou para Jeongguk.

— Aquele é o vocalista de vocês?

— Min Yoongi, 24, solteiro, passivo, pode aproveitar — riu, murmurando. — Ele tá de bom humor, é seu dia de sorte.

Taehyung deixou o sorriso vitorioso crescer no seu rosto, arrumando a postura ao caminhar até o platinado que estava dobrando a jaqueta militar — ahá, ele estava certo! — e encarando o reflexo em um espelho borrado onde tentava arrumar o lápis de olho borrado. Yoongi não precisava se arrumar, ele ficava perfeito quando era um caos, tão quente e belo, assim como o inferno — fodidamente atraente e errado. O que mais cativava o Kim, teimoso para ir atrás de um problema miúdo (desculpem a arrogância pela piada com o tamanho do rapper) era a face de poucos amigos que ele tinha estampado. Fodendo deveria ficar tão mais bonito, com a boa entreaberta, soltando gemidos tão roucos quanto seu rap. O que aquela língua ligeira conseguia fazer?

— Você fica bonito assim, desleixado, combina contigo — disse, gostando do seu reflexo ao lado do Min. Aliás, a diferença de altura dos dois conseguia ser adorável o bastante para ser notada com graça, mas a rudeza na silhueta suada do platinado dissolvia o ar suave da atmosfera. — Kim Taehyung.

— Não perguntei — sorriu, faceiro, soando claramente arrogante mas mandando-o um sorriso furtivo.

— Disseram que você estava de bom humor — Taehyung acusou.

— Volte outro dia e tente novamente.

Yoongi lhe deu as costas, voltando a organizar as coisas em sua bolsa. Taehyung não pôde reprimir o sorriso escapando dos lábios, como se estivesse feliz por levar um fora, mas na verdade estava adorando observar o jeito difícil e dominador, um pouco arrogante, assim por dizer, do Min. Selvagem como um rapper, bagunçado como um adolescente, cativante como um stripper. Ah, era exatamente disso que o Kim precisava.

Suspirou, ainda próximo, vigiando silenciosamente os movimentos de Yoongi, a forma como dobrou os joelhos, se abaixando para fechar o zíper da bolsa, a maneira como sacudia a camiseta para se livrar do calor insuportável. A ideia de Taehyung era outra — fazê-lo sentir ainda mais calor, fazê-lo explodir como um vulcão.

Encontrou-se novamente com o corpo em alerta quando o platinado levantou-se, virando-se de supetão e acabando por ser surpreendido pela figura ainda em pé de Taehyung, o observando quieta e atentamente.

— Ainda está aqui — resmungou.

— Eu quero ficar com você — confessou, abrindo seu melhor sorriso cafajeste. Quase reconheceu um brilho indecente passar pelo olhar do Min, antes desse descansar a postura e mudar o semblante.

— Tem que fazer mais do que isso, então — disse, tentando sair da frente do maior, mas sendo bloqueado pelo mesmo

— O que eu preciso fazer?

Yoongi odiava os que insistam, porque na maioria das vezes não queria perder tempo com alguém só por diversão. Era mais do tipo que só sentava e observava enquanto bebia, raras as vezes em que ia para um lugar como aquele no objetivo de conseguir alguém, era pelo dinheiro das apresentações e pelo open bar, em sua maioria. Ficar bêbado era sua especialidade, seu hobby. Mas, naquela hora, agradecia estar sóbrio para poder gravar os detalhes do Kim insistente tentando ter o que, obviamente, ele não merecia.

Afinal, Yoongi nem o conhecia. A beleza do mais alto realmente era estonteante e ele apostava que quando desse seu não definitivo haveriam outras pessoas babando atrás dele, implorando para ser sua diversão naquela noite, mas se fosse facilmente levado por beleza já teria se dado mal muitas vezes na vida, e uma foi o suficiente para ele aprender. Yoongi não gostava de se meter em problemas, e era isso que Taehyung era: um problema. Com aquela carinha de bebê de quem vai ligar no dia seguinte.

— Caçar alguém mais fácil e me deixar em paz. Ou até melhor: já pensou em criar um pouco de juízo? — atacou.

Taehyung sorriu com a birra do platinado. As respostas afiadas e sempre prontas para serem expelidas pela aquela língua quente — que ele adoraria provar — apenas serviam para que fosse mais fácil descobrir a personalidade do Min, e era isso que ele queria: queria tê-lo todo para si naquela noite. E Yoongi não estaria errando se apostasse que Taehyung iria insistir em umas noites a mais.

— Não precisa ficar na defensiva, Yoongi — avisou, com um divertimento aparente. — Só diga não.

De um modo que não sabia descrever, tinha quase certeza absoluta de que o mais velho não diria não a si. Talvez fosse porque ainda o respondia quando a opção mais simples era simplesmente ignorá-lo, ou aquele sorriso modelado tão belamente quando podia só expressar uma carranca para afastar o Kim. Quanto mais falava “não”, mais seu corpo pronunciava um singelo “talvez”. E Taehyung adorava essa possibilidade.

Adorou mais ainda quando o Min esboçou um bico contrariado, cerrando os olhos como se declarasse guerra àquele atrevimento do mais novo. Bufou, sem uma única reposta decente para o outro, saindo da sua frente para alcançar os outros membros da banda. Taehyung sorriu, satisfeito, era resposta o suficiente. Arrumou a bandana entre os cabelos, entretendo-se com os fios em seu caminho de volta aos amigos na pista de dança, não sem antes lançar um olhar para o platinado só para encontrá-lo olhando de volta; tinha feito um bom trabalho dando a Yoongi o benefício da dúvida. Tinha, enfim, instigado o mais velho.

Vale ressaltar que era apenas porque os lábios do Min eram realmente poderosos e ele odiava quando se contraía em alguma coisa — e apesar de realmente não ter nenhum interesse em ficar com o desconhecido (descobrira depois de sua saída que era amigo do baterista), iria odiar se aquilo acontecesse após ter afirmado sob todas as condições que não queria. Não duvidava do destino e simplesmente não suportava quando coisas assim eram jogadas contra sua cara.

Taehyung parecia tão seguro de si, com aquela bandana presa entre os cabelos, o olhar fixo no Min, aquele sorriso convencido... Aish, a cabeça de Yoongi repetia: problema, problema, problema.

— Se eu fosse você — Hansol mordeu os lábios.

— Não quero saber — resmungou, já prevendo o que o outro falaria. — Eu não tô no clima de arrumar encrenca hoje.

— E que encrenca, hein!

— Vernon — Jeongguk reclamou, meio zonzo.

Taehyung riu da situação toda quando chegou a Hoseok, o sorriso de orelha a orelha com a (quase) certeza de que havia conseguido o que queria. A mente, àquela altura, já estava nublada de pensando nada decentes que envolviam beijos estalados e meter as mãos embaixo da roupa de Yoongi. Diria, até, que estava apaixonado, porque não era só desejo que sentia pelo rapper, não queria apenas tomá-lo, queria tê-lo, e havia uma sutil diferença nisso. Uma diferença que ele ressaltaria assim que conseguisse ter o Min em seus braços.

Aceitou uma bebida do garçom que por ali passava, não dando muita atenção ao que Hoseok gritava ao seu lado, mais interessado em observar os passos de Yoongi de longe, vendo-o se distrair com coisas simples. Não era tão convencido assim, mas admitia de si para si que a causa era ele, era que o platinado começava a ceder.

Como se ouvisse seus pensamentos, Yoongi virou-se, procurando alguém na multidão de jovens e parando no garoto de bandana. Os olhos conectados, presos, entrelaçados, se sobrepondo a melodia da música tocada pelo DJ. Taehyung estava bêbado de desejo, iria desmaiar, entrar em coma de tanto admirar Min Yoongi. O platinado era sua musa noturna. Impressionou-se, no entanto, quando a onda de selvageria afastou-se da banda, descendo os degraus do palco para afundar-se na pista de dança. O corpo de Taehyung se enrijeceu quando viu o mais velho caminhando em sua direção, a boca ficou seca de repente e as palmas formigaram.

Passou como um foguete e deixou um toque suave e quase imperceptível entre os dedos, mas Taehyung percebia — porque seu corpo era como um imã. E quando Yoongi passou por si, virando a cabeça apenas para lançar um olhar e um sorriso, ele foi praticamente puxado para seguir o platinado até onde fosse. E saiu assim, sem satisfações para Hoseok, que já tinha perdido Seokjin para a pista de dança, agora perdera o outro para o diabo.

Um diabo com nome, sobrenome e um andado frouxo e relaxado que deixava-o ainda mais elegante, cativante. Os olhos de Taehyung passearam pelas curvas escondidas dentro da jaqueta militar, mas pararam na cintura bem marcada pela calça jeans apertada. Mapeou mentalmente onde grudaria os dedos, onde apertaria, qual era o melhor local para acariciar. Cambaleou pelo corredor, tropeçou em alguém, notou que uma luz estava queimada, mas seguiu o platinado. Ia derrubando a bebida de um cara, e quase se jogou contra a parede quando a luz foi ficando escassa demais. Não tinha ideia de para onde estava rumando, mas não se importava, só a silhueta de Yoongi já lhe era norte o suficiente.

Parou no momento exato em que Yoongi também parou, tão absorto que estava nos movimentos do mais velho. Onde estavam não possuía luz alguma, mas graças a uma luz vermelha que fugia por entre os buracos do cômodo um pouco deteriorado, provavelmente pertencente ao letreiro de alguma outra boate, Taehyung podia visualizar a face do Min, encarando a si enquanto mantinha o corpo contra a parede, parecendo mais confortável daquela forma. Ventilação nenhuma suavizava o clima pesado e calorento que perpassava os corpos, ainda que estivessem afastados, um em cada extremo do cômodo.

O Kim podia jurar que apenas por ser observado pelas pupilas curiosas e atentas do platinado, perdia todo o fôlego, gelando pelo sentimento estranho que tomava conta de si. Não demorou muito para que os movimentos começassem outra vez — Yoongi levou o mindinho até os lábios, roendo as unhas, mantendo um sorriso de deboche no rosto, trocando o peso do corpo de uma perna para a outra, ajeitando as mechas partidas no meio, fazendo todos esses pequenos gestos para provar a atenção que tinha do Kim em si.

Havia algo nele que era completamente excitante, Yoongi não saberia explicar o quê — a fala, talvez, firme e rouca, totalmente calma e sem exageros, capaz de fazer até mesmo a mais esperta das raposas se render a um belo sussurro; talvez fosse a postura confiante, inabalável, ou só o rosto bonito, uma mistura de bela aparência com um charme único, daquele moço que tem todos mas gosta de se manter clássico, refinado. Tudo aquilo e mais um quê de mistério que rodeava a aura do Kim, levou Yoongi a pensar que talvez lábios como os dele fosse exatamente o que precisava antes de encarar a faculdade no dia seguinte.

— Eu faço faculdade de Química Industrial, de segunda à quinta, o final de semana é meu melhor amigo — disse, enfim, parando de roer as unhas.

— Deveria estar dormindo, então.

— Deveria? — levantou a sobrancelha sugestivo e de uma maneira lindamente apreciável, vulgar.

Taehyung passou a língua nos lábios, ofegando. A luz pintava a pele do rapper de vermelho, era sexy em um nível exagerado. Era sexy e enlouquecedor. Min Yoongi sorriu, depravado, dando as costas ao maior; seu corpo se movia lentamente, como se estivesse preso em uma velocidade torturante para ser acompanhada, mas Taehyung não deixaria um mínimo detalhe escapar e Yoongi sabia, por isso mesmo o sorriso colado nos lábios, porque era observado e admirado e mesmo que o ego estivesse inflado como se fosse um bolo cheio de fermento, não se daria o gostinho de tê-lo já ganho. Gostava de conquistar o que tinha — tirou a bandana lentamente dos cabelos, deixando o pedaço de pano cair ao chão, passando também as mãos da nuca até os ombros, fazendo com que a próxima peça a ir ao chão fosse a jaqueta militar.

— Eu vou faltar amanhã — murmurou.

Apenas os dois, o tom de voz poderia ficar naquele volume: baixo, rouco, sexy. Kim não se aguentou, o prazer distante não lhe era suficiente, queria se embriagar de uma maneira diferente naquela noite, lábios nos lábios, por isso aproximou-se uns passos, mesmo constatando que o movimento era ousado demais, até mesmo para ele, e grudou Yoongi contra a parede sem escapatória, preso pelos braços postos cada um de um lado do rapper. Mesmo assim, o platinado não soltou um pio para reclamar da aproximação, bem ao contrário disso, ele inclinou a cabeça para que pudesse ver Taehyung pelo periférico ocular.

— Por quê? — acabou perguntando contra o ouvido do menor.

— Porque você vai me deixar com dificuldade de andar — sorriu. — Eu espero.

Umedeceu o lábio com a própria língua, refletindo um ato impulsivo e quase automático de encostar o mesmo músculo molhado no lóbulo da orelha do Min, aproveitando para deixar ali uma mordida generosa que produziu um ofego melodioso. Riscou uma linha com sua saliva pelo pescoço do platinado, apertando mais o toque sutil em sua cintura. A pele tinha um toque salgado e doce ao mesmo tempo, com um aroma de álcool e perfume masculino — Taehyung adorava, por isso afundou mais naquela região, prensando o coitado contra a parede e ganhando, como prêmio, um gemido repentino. Sugou a pele do rapper sem dó, deixando-se ser levado pela paixão alucinante. Era como se, mesmo de costas Taehyung ainda estivesse recebendo os olhares secretos de Yoongi, tão carnais.

Passou os dedos pela tez exposta, aguçando o tato pelo suor do mais baixo, era tão prazeroso tê-lo nos braços.

O platinado remexeu-se, encostando a mão trêmula na bandana do Kim para adverti-lo, parando o ato do outro. Seu corpo relaxou com o calor presente, resfriando após o súbito afastamento de Taehyung, mas foi bom, foi bom sentir o ímã forte o atraindo para os músculos do mais novo logo que centímetros o separavam. Yoongi precisava de mais; ofegou. A respiração pesada, fazendo-o encarar avidamente e faminto os lábios entreabertos do outro que tremia as mãos na sua cintura, ansiando. Taehyung era adorável — todo aquele visual selvagem não servia de nada para esconder os olhos admirados contemplando a boca do Min.

Yoongi dedilhou a nuca do maior, procurando apoio para suas fraquezas sexuais que se encontravam todas juntas num pacote só: olhos escuros, maxilar travado, lábios rosados, pele fatalmente bronzeada, encrenca, encrenca, encrenca. Proclamava alto que não fazia o seu tipo, mas, merda, Taehyung era um tipasso universal, quem não se derretia por ele? Roçou os lábios nos dele, ficando na ponta dos pés antes de puxá-lo para baixo com as mãos em seu pescoço, cativando o beijo do Kim.

Tocaram-se tão levemente que sobrou espaço no contato suave e casto, mas não demorou muito para entre arfares, o menor aprofundar o beijo, fazendo valer a letra do seu rap. A língua do Min era quente, rápida, curiosa e esforçada, se meteu na boca do outro com agilidade, desvendando todo o céu deste e roubando gemidos por sua agonia e avidez. Ele não sabia fazer devagar, era tudo rápido, como um rap. Já Taehyung, se movia elegantemente sob as luzes escuras, deixando o vermelho pintar suas costas quando Yoongi puxou sua jaqueta para baixo, agarrando-se nos braços fortes.

Não demorou mais do que alguns minutos, o fôlego lhe faltou e este rumou para a incrivelmente sedutora pele pálida do platinado, torturando-a com seus dentes — queria ver marcas suas espalhadas pelo garoto todo. Não que desejasse fazer Yoongi seu, tornando-o patrimônio particular, mas apreciava a visão pública de aventuras noturnas questionáveis e inesquecíveis. Assim veriam o Min — um jovem escandaloso que deixava que fizessem marcas brutas como aquelas em si pelas noites.

E ele adorava, ela verdade. Meteu os dedos por dentro da bandana, incitando o Kim a continuar o trabalho delicioso que fazia. Seu corpo tremeu com o choque dos dentes prendendo sua carne e ele quase deslizou, sem forças, pela parede — ofegava mais do que um perdido, estava delirando de prazer. Não sabia que Taehyung era tão bom assim, parecia cocaína de tão alucinante. Yoongi tentava manter os olhos abertos, mas aquela língua em contato com sua pele sensível o fazia revirar os olhos.

— Aqui?

— Tem outro lugar? — exasperou Kim Taehyung, preso no corpo de Yoongi preso contra a parede.

— Se alguém aparece... — Controlou o mais novo, trazendo-o de volta para seu alcance com aquele sorriso pervertido no rosto.

— Fingindo que se importa? Não combina com você — falou, atacando-lhe os lábios em outro beijo que Yoongi não conseguiu resistir.

Jogou as mãos sobre os ombros do Kim, retribuindo o impulso que levara nas nádegas e subindo no colo do mais novo, a tempo de ver seus olhos brilharem quando o acomodou na borda da poltrona velha que ali residia. Ansioso, Yoongi meteu as mãos por debaixo da camiseta de Taehyung, gemendo contra seus lábios ao se deparar com os músculos bem desenhados no seu abdômen — era loucura o quão gostoso o acastanhado ficava a cada minuto que se passava —, ganhando um aperto forte na coxa que o fez relaxar em um gemido rouco vergonhoso.

— Porra — xingou com a alta dureza que já tinha entre as pernas.

Taehyung passou a camiseta por cima da cabeça, despindo seu tronco para o ar gelado daquele cômodo e os olhos frios de Yoongi que trataram de esquentá-lo com um olhar lascivo em sua direção, mas não se demoraram na tensão de olhares e logo estavam juntando as línguas outras vezes, com cada vez mais selvageria e volúpia, puxões de lábios e mordidas intensas que ardiam como o inferno, mas eram prazerosas como o pecado.

O platinado apertou-o contra o tronco, fazendo com que se encostassem deliciosamente e um roçado gostoso entre as ereções. Yoongi não demorou a meter a mão curiosa dentro das calças do seminu na sua frente, segurando o membro endurecido do outro para retirar um ofego de surpresa deste que o fez sorrir, indecente, começando seu trabalho em uma masturbação apressada e extremamente prazerosa para o Kim, que não pôde ao menos segurar o gemido rouco contra a orelha do rapper, ato que só o incentivou a continuar forte e rápido.

— Você tá limpo? — murmurou, desajeitado, estudando a face de Taehyung quando esse assentiu, sem fechar a boca que deixava escapar gemidos mudos. — Eu também, vamos logo com isso.

Parou a masturbação no outro, se apressando, desta vez, para tirar a própria camiseta. Como já é de conhecimento geral, Yoongi estava quase o tempo todo pronto para explodir, faltava uma fagulha apenas e a da vez era Taehyung, com seus olhares sutis, lábios charmosos e mãos grandes, mas ele quase nunca sabia aproveitar, coisa que o maior sabia muito bem, porque gostava de desfrutar do que tinha, por isso mesmo, após se dar por derrotado perdendo a atenção de Yoongi em seu membro, prendeu os punhos do menor sobre a cabeça deste, o impedindo de continuar com a velocidade excessiva. Observou o abdômen do hyung, sentindo a boca salivar pelo visão apetitosa do banquete que estava tendo. Com a direita, desabotoou a calça e livrou-se apenas um pouco daquele aperto desconfortável ao descer o zíper, encaixando-se entre as pernas do platinado.

— Quietinho aí, eu quero aproveitar você sem pressa — falou ao roubar um beijo nada suave dos lábios de rapper, contrariando sua fala sobre “velocidade” ao descer rapidamente a mão pela lateral do corpo dele, fazendo com que o Min se arrepiasse inteiro, arqueando para si. — Você é absurdamente lindo.

— Obrigado — disse firme, indiferente. Taehyung não era a primeira pessoa que lhe dizia isso, mas saindo dos lábios dele o elogio parecia muito mais verdadeiro, talvez porque eles grudaram no pescoço do Min logo após isso, e foram molhando toda a pele apaixonadamente até capturarem os mamilos já eriçados. — Caralho, Taehyung.

Uma mordidinha não doía tanto assim, mas aquela fricção em seu membro já o incomodava para um caralho. Queria sentir o prazer agora, imediatamente. Retirou, sem jeito, a bandana da cabeça do Kim, bagunçando seus fios mais livremente, enterrando o rosto do mais novo na sua pele, queria a dor, queria o prazer, tudo misturado em um pacote só. As unhas se enterrando na cintura de Taehyung, puxando-o para se encaixar completamente entre suas pernas. O acastanhado repetiu o movimento, fingindo uma penetração lenta que roubava arfares pesados do Min, arqueando o corpo de encontro com o tronco do maior.

Mas aquela lentidão não era com ele — estava extasiado com os beijos, a língua, os dentes e mãos de Taehyung, mas cansado de ficar por baixo do corpo musculoso do outro, apenas esperando seus movimentos, ele era mais do tipo que controlava como fazia. Abocanhou o lóbulo do Kim, seu ponto fraco, descobrira naquele instante, ganhando espaço para inverter as posições e colocá-lo embaixo de si, espatifado na poltrona velha.

Yoongi ajeitou os fios desarrumados, jogando-os para trás e tentando ajustar a respiração, passando a mão no canto da boca para disfarçar. O movimento das mãos de Taehyung na sua cintura o pegou desprevenido.

— Não se arruma, não, eu vou te deixar todo bagunçado mesmo — sorriu, ganhando o sorriso do Min como prêmio.

— Você tá ouvindo? Tão tocando Taemin — murmurou, ouvindo MOVE abafada dentro do cômodo e vendo as luzes fortes passando pelas brechas das paredes. Remexeu o corpo no ritmo timidamente, se distanciando um pouco do outro para começar uma série de movimentos na melodia da música, balançando o quadril na direção de Taehyung. Tão logo sentia a música entrando e tomando conta de si, fazendo-o ir deslizando a calça pelas pernas, saindo de dentro dela rapidamente.

Foi pego em cheio pelos movimentos excitantes do Min, os gestos elegantes, a expressão sexy, quase cintilando sensualidade pelos poros ao morder os lábios e rebolar aquela bunda linda para o Kim. Taehyung tinha certeza, seria abençoado por apenas tocar aquela divindade — Yoongi era bem mais do que precisava, mas era exatamente o que queria. Não apenas aquele remédio citado, mas o tratamento inteiro e até um pós.

— Ainda bem que não bebi tanto assim — Taehyung agradeceu, extasiado com a visão perfeita do corpo de Min Yoongi coberto de um vermelho neon sexy e cativante. Também tratou de tirar as calças, deixando-as na altura dos joelhos e masturbando o falo gritando por atenção. — Tira mais.

O platinado sorriu, parando a dança para se aproximar novamente do acastanhado e sentar-se no colo deste, bem confortável com uma perna de cada lado do corpo atraente do Kim, este que tinha olhos apenas para si, como se Yoongi fosse uma estrela em combustão bem na sua frente, hipnotizante, quase mágico.

— Tira você.

Taehyung sentiu um calor gostoso correr o corpo quando Yoongi o tocou tão brevemente quanto um floco de neve faria, mas bem mais alucinantemente; não pôde evitar o sorriso cafajeste que exibia para outros brotar nos lábios, mas este com muito mais desejo e vontade, levando-o a colar as mãos na barra da cueca do rapper, olhando-o como um lobo olha a presa, um devoto encara um santo, um criminoso encara seu parceiro: intensamente.

O menor respirou fundo, estava aprendendo a gostar daquela velocidade reduzida, porque não sabia lidar com as mãos quentes de Taehyung em seu corpo, se remexia aqui e ali, balbuciava algumas coisas, mas nada fazia, se sentia mole, como se fosse derreter, mas tinha algo em si que estava duro, bem duro. Segurou os cabelos do Kim ao sentir o pano da peça íntima deixar seu corpo, não demorando para que se levantasse e retirasse completamente o tecido de si. Ajoelhou-se no chão, apoiando-se nas coxas torneadas do acastanhado que o olhou todo impuro, sabendo o que o Min faria com aquele conteúdo na sua frente.

— Temos tempo para isso? — perguntou, encarando rapidamente o corredor por onde tinham vindo.

— Você que escolheu ir devagar — murmurou, segurando o membro de Taehyung de uma vez e beijando o topo melecado de pré-gozo, limpando a área dali para logo começar um oral apenas naquela região. — Vamos combinar assim: eu te faço um favor e você me retribui depois, sim?

Taehyung assentiu rápido, doido para sentir os lábios do platinado em seu pênis pulsante outra vez. Assim que o hyung engoliu metade do seu falo, abriu a boca, impressionando-se com a quentura dentro da cavidade bucal do Min, mas ele não o deu tempo para gemido nenhum sair de sua boca, com aquela pressa já estava chupando e lambuzando todo o seu pau, fazendo Taehyung rugir de prazer e enfiar a mão naquela bagunça platinada, deixando-o no cantinho bem quieto enquanto fodia sua boca.

— Porra, hyung — murmurou atropelando sílabas quando os gemidos não tinham freios. — Yoongi...

Abusado, e incrivelmente experiente, o Min apenas deixou que sua saliva escorresse pelo membro do outro, facilitando sua tarefa e passando a mão para os testículos do mesmo, massageando com força e fazendo Taehyung revirar os olhos do prazer bruto que sentia com aquela boca tão linda e tão imoral o sugando com força. Yoongi levantou o olhar quando deixou seu riso atrapalhar sua aparente diversão, e quando Taehyung teve a visão daqueles olhos levados o mirando tão intensamente enquanto aqueles lábios o chupavam ainda mais intensamente, achou que fosse morrer de excitação.

Talvez aquele baixinho fosse demais para si.

— Como vai me retribuir? — O mais velho perguntou quando soltou por alguns segundos o pênis do Kim, um fio de saliva ainda o ligando a cabeça do membro deste. Mas não demorou muito para que a sucção barulhenta voltasse a acontecer, fazendo Taehyung contorcer-se todo.

— Eu vou começar brincando com suas áreas mais sensíveis, passando minhas mãos por todo o seu corpo, eu quero te machucar de uma forma boa, maltratar sua pele, morder seus mamilos, bater nessa bunda gostosa — ofegou, sem poder falar muito, já que os dentes de Yoongi maltratavam sua extensão. Aquele rapper era mesmo uma loucura, com toda aquela tecnologia na sua língua. — A-ah, isso, assim, me-eu Deus, hyung. E-eu vou gozar na sua boca, ah!

Yoongi estava faminto, pelo menos era o que parecia pela veemência com que chupava Taehyung, o coitado que apenas tinha gemidos e puxões de cabelo para oferecer, se controlando mais do que precisava para segurar o clímax até onde podia, sem saber que o Min estava ansioso para sentir seu gosto, saber se era tão bom e viciante como os lábios do acastanhado. Por isso mesmo, masturbou a base enquanto distribuía beijos, dando mais do que arrepios para o mais alto ao produzir aqueles estalos excitantes.

Era uma perdição, os dois juntos, nus, nas preliminares, tão expostos um por outro e para o perigo de realizar o ato em um lugar tão público como aquele, mas exatamente dessa forma, cada mínimo sentimento parecia ficar mais quente delicioso, extasiante. Ainda mais com aquela melodia suave tocando ao fundo.

Taehyung esbarrou suas mãos nas de Yoongi ao remexer-se, mesmo que contrariando seus extintos e desejos, havia algo que queria fazer pelo platinado, para ganhar sua recompensa no final daquilo tudo. O Min não questionou ou chiou, apenas endireitou o corpo, não aguentando ficar com a boca vazia, ao beijar naquele seu ritmo meio atropelado, o mais alto. De si para si, imaginou se o Kim seria mesmo capaz de fazer todas as coisas que disse que faria, e só de pensar todos os pelos do seu corpo se eriçavam; a resposta final não tardou a aparecer: Taehyung desferiu uma tapa na sua bunda, pegando o mais velho de surpresa.

— Posso repetir?

Desnorteado pela excitação, Yoongi apenas assentiu rapidamente, segurando com força os ombros do Kim ao ser acertado com a palma do outro novamente. Era bom pra um caralho. Não que fosse muito fã desse lance de masoquismo, mas ter as mãos grandes de Taehyung contra suas nádegas, produzindo aquela ardência gostosa, justamente quando já estava tão duro, era tão bom.

— Mais uma vez. — pediu.

Sem hesitação, Taehyung repetiu o ato, agora maltratando, também, a pele do platinado, deixando chupões e lambidas em seu pescoço, como disse que faria, tendo o menor saltando em seu colo e atritando as ereções. Yoongi era saboroso, mesmo que o paladar do Kim não fosse o mais requintado, ele saberia dizer que, de longe, Yoongi era o melhor que tinha tido em um bom tempo, talvez até o melhor de todos. Cada centímetro de seu corpo encantava, prendia magicamente, a si, a ponto do Kim se preocupar com a hora que teria que soltá-lo. Ali, grudados por suor e uma camada adicional de excitação, era tão bom.

Curvou-se sobre o corpo de Yoongi do jeito que pôde, já que o móvel não os deixava exatamente confortáveis, mesmo assim conseguiu alcançar o mamilo atraente para si, sorrindo por assisti-lo endurecer apenas com a proximidade. Passou a língua, preso nas reações inéditas de Yoongi, focado em descobrir como o platinado se sentia quanto a isso, mordeu o biquinho, puxando-o para isso e tendo, imediatamente, as palmas do Min em seu rosto, o corpo arqueando embaixo do seu.

— Merda, isso dói — reclamou, sentindo logo em seguida o afastamento do Kim e tratando de parar o mais novo no ato. — Não para.

Taehyung riu, mas não demorou a acatar as ordens do menor. Yoongi rodeou o acastanhado com suas pernas, grudando-o em si e tocando-o da forma como podia, para impedir que este teimasse em se afastar com seus resmungos, gemendo pela estimulação bem no ouvido do Kim. Se sentia em uma combustão estranha, acontecendo de dentro para fora, um calor intenso tomando conta do seu corpo, apenas por ter aquele corpo sobre si, aquelas mãos o tocando, aqueles lábios envolta do seu mamilo.

Queria chorar por mais, mas achava vergonhoso — permanecia caladinho, na sua mente aquilo mantinha seu orgulho. Segurou os cabelos soltos e desgrenhados de Taehyung com força, seu corpo toda tremia e esquentava de uma vez só, e agora entendia a obsessão do mais novo em sua desarrumação, ele também ficava lindo todo bagunçado: os lábios vermelhos, olhos brilhantes, rosto corado, fala entrecortada e respiração ofegante, como uma obra de arte. Yoongi tinha inspiração para compor uma dúzia de raps de cunho sexual e ainda nem tinha sido penetrado ainda.

Ainda.

Sentia, sutilmente, o Kim fingir estocadas em si enquanto se remexia sobre seu corpo, e aquilo o enlouquecia — não tinha chegado a sentir o gosto do prazer de Taehyung, mas havia, ao menos, sentido toda a extensão na sua boca, até sua garganta, fazendo-o engasgar e queria sentir isso por baixo. Precisava fazer sexo, literalmente, com Kim Taehyung, mal se aguentava naquela poltrona.

Um gemido nada discreto escapou dos lábios quando, ao ignorar os mamilos e partir para beijos, mordidas e lambidas no tronco pálido de Yoongi, Taehyung enfiou um dedo dentro do menino. As paredes internas do Min o apertaram, mas logo que o menino relaxou da surpresa gostosa de ter o mais alto o fodendo com o dedo, Taehyung pôde explorar seu interior, adicionando mais um dígito ali. Subiu os olhos, notando cada reação de deleite na face de Yoongi, até mesmo a de incômodo que o branquelo parecia sentir, junto com a boquinha aberta, a língua para fora. Tão fodidamente excitante que o Kim não resistiu a provar daquela língua apenas mais uma vez, não parando os movimentos com o indicador.

— Coloca mais — impôs, firme, rebolando em busca de mais contato e prazer. Taehyung o obedeceu prontamente com mais um dígito ali dentro, esquentando o Min, mas ainda não o suficiente. — Não, Tae, eu quero você dentro.

Os olhos de Taehyung brilharam, observando o corpo completamente nu do mais baixo, belo e sexy, encarando-o e agarrando-se nos braços dele para deixar marcas. Com esse mesmo intuito, o castanho segurou a bunda do outro fortemente, o impulsionando para cima, com o olhar preso nos de Yoongi. Era a primeira vez que sentia aquela vontade de estar dentro de alguém tão fortemente e porra, estava quase babando pelo rapper platinado. Era seu maior desejo.

— Vou te preparar antes, okay?

O menor assentiu rapidamente, respirando fundo e se agarrando mais ainda no corpo musculoso do Kim. O suor dos dois se unia devido a força com que se atavam, a cada instante na intenção de colar pele na pele, aumentar o calor que já compartilhavam, a chama que eles mesmos tinham acendido. Taehyung abaixou o rosto, ficando de joelhos no carpete da sala escura, deixou a saliva escorrer até a entrada de Yoongi, vendo o hyung tremer todo, e então segurou-o bem antes de avançar sobre ali com a língua e os dedos, espalhando o lubrificante improvisado. Sentiu os cabelos serem puxados e intensificou a penetração com a língua, levando Yoongi à loucura.

— Já chega, Taehyung, para de me torturar.

— Agora eu vou te recompensar, hyung — provocou, passando a língua pela virilha do branquelo, postando um beijo rápido na glande e subindo com beijos e mordidas pelo tronco. — É isso o que você quer?

Ondulou o quadril contra a entrada do Min, fingindo uma estocada lenta que fez o outro suspirar, agarrando-se nos ombros largos de Taehyung. E outra vez, provocando ainda mais o menor que parecia impaciente a cada nova investida. Queria ver o quão bagunçado e selvagem Yoongi se tornava quando não tinha o que queria e admitia que quem estava no controle ali era o Min e não ele, um pedido mais manhoso ou mais firme e Taehyung se rendia, também mal se aguentava para sentir o interior quente do rapper. Bastou aquele platinado capturar seu olhar com mais seriedade e agarrar-lhe pelo queixo.

— Me fode — agonizou, raspando os lábios nos do Kim, se satisfazendo ao sentir a extensão começar a entrar em si, um sorriso de prazer e masoquismo. Beijou Taehyung como recompensa, prendendo a língua na sua para que seus gemidos não saíssem rápidos demais. — Isso, tão bom.

— Ah, Yoongi — gemeu, se movimentando lentamente. — Porra.

Tão quente e apertado, de uma forma que deixava Taehyung preso ali, como deveria ser, se acostumando com a sensação esmagadora de ser acomodado pelo interior do rapper ousado e selvagem. Dali podia ter uma visão ampla das marcas feitas: as mordidas, os chupões, a marca de suas mãos pela pele pálida agora avermelhada. Caralho, aquilo sim era uma obra de arte, se pudesse tirar uma foto, ganharia milhões. Nunca tinha visto algo tão bonito como aquilo, até tinha: o próprio Yoongi.

Segurou a perna deste e a levantou em seu ombro, indo mais fundo dentro dele e mais rápido, daquela forma era ainda melhor. O platinado gemeu, extasiado pelo misto de sensações, segurou o próprio membro, bombeando-o quando o maior foi mais forte contra si, produzindo aqueles sons excitantes enquanto o alargava todo. Era maravilhoso.

O suor acumulado na testa do Kim fazia a pele bronzeada dele brilhar, como uma joia, e Yoongi se sentiu realmente atraído àquela imagem, a rebeldia e juventude que queimava sobre si, no corpo atlético e sexy de Taehyung. Por isso mesmo, puxou-o para si, todo desajeitado, fazendo como podia naquele cantinho curto do sofá, porque precisava, naquele momento, desesperadamente, sentar e rebolar para o castanho.

— Ah, porra, Yoongi — o maior gemeu, segurando-o pela cintura quando este sentou de uma vez, acomodando todo seu pau no interior apertado, atingindo a próstata.

— Isso, droga, isso, Taehyung!

Apropriado e dominador, o platinado segurou o falo do Kim encaixando-o perfeitamente em si, rolando os olhos de puro prazer que sentia ao ter toda a extensão dentro de si. Sustentou-se nos ombros largos do mais novo, mesmo que as mãos na cintura e na sua bunda o segurassem bem até demais, e, gradativamente, começou a rebolar, quicando junto à música nas coxas firmes de Taehyung. E, por Deus, como era bom. Tão bom que a dor desaparecia e a única coisa na mente de Yoongi era quicar mais rápido, fazer aquele pau ir mais fundo, ser fodido com mais força, porque aquela pressão única que o pênis do mais novo fazia naquele seu ponto especial era deliciosamente prazerosa. Como nenhum outro jamais fez. Taehyung era bom no que fazia, mas Yoongi era destruidor. Sentava com vigor e não deixava aquilo o paralisar: apertava o Kim, beijava-o com volúpia e deixava sua língua se desenrolar com a do outro, mordendo-o e o atiçando ao gemer em seu ouvido.

Que se fodam quem passasse e ouvisse aquele remix, era exatamente o tipo de música que Yoongi gostava, o fazendo se mexer mais avidamente naquele ritmo que apenas os dois conheciam.

Taehyung o agarrou com força, elevando o quadril ao passo que o platinado quicava, produzindo a melhor das sensações para ambos.

— Merda — o baixinho xingou. — Vamos continuar assim.

O Kim lambeu os lábios, concordando e fazendo seu melhor para que saíssem mais gemidos com o seu nome da boca do platinado. Não existia expressão fácil ou frase para descrever tudo o que Yoongi era: uma fera, selvagem, livre, belo, cativante. Com os olhos predatórios e lascivos, a boca sedutora e mortífera, as mãos quentes, rápidas, garras afiadas. Taehyung analisou bem a face do mais velho, extasiado com o prazer, brilhando no suor e nas luzes da boate, movendo-se no ritmo da música, e ele mesmo estava enfeitiçado com o corpo e a personalidade do rapper, repetindo os movimentos que este o mandava, com autoridade e sensualidade.

Jorrou-se dentro da entrada do Min, grunhindo de prazer ao sentir o sêmen ser liberado por si. Yoongi, satisfeito, se aconchegou no peito do maior e respirou fundo, alcançando o próprio membro enquanto rebolava, desta vez, devagarinho, gozando com uma súplica esganiçada pelo Kim. Estava destruído, nu e acabado, parecendo uma bagunça perfeitamente alinhada ao olhos do maior. Mordeu o lóbulo da orelha de Taehyung, fazendo com que os pelos do mais novo se eriçassem e sorriu por isso.

A melodia mudou drasticamente, Yoongi capturou os lábios do outro avidamente, como se não estivesse exausto e Taehyung correspondeu na mesma intensidade, tentando, no entanto, deixar o interior do hyung.

— Aah — o Min gemeu, sensível, sentindo a falta do tamanho do outro dentro de si. Mas logo que o solo de bateria foi ouvido, teve que pular do colo do acastanhado, perdido no escuro do recinto. — Merda. Caralho.

— Ei, o que foi? — Taehyung perguntou, confuso com a cena.

— Preciso voltar pro palco — murmurou, se vestindo o mais rápido que podia, também o mais desajeitado possível. — É sério, Tae!

— Tudo bem, tudo bem, hyung, eu te ajudo — disse, levantando-se e se vestindo rapidamente, auxiliando o menor a achar suas peças de roupas. Sua maior vontade era encarar aquele corpo todo marcado para o resto da vida, na verdade. Estava muito romântico. — Aqui sua bandana.

— Obri-

Yoongi foi beijado repentinamente, mas fechou os olhos — estava atrasado para um caralho e corria o risco de levar uma bronca da banda e chatear a plateia, mas não conseguia resistir ao charme de Kim Taehyung — e pôs as mãos atrás da nuca do maior.

— Me deixa ir — riu.

— Quando nos vemos de novo? — perguntou, prendendo o hyung em seus braços pela cintura.

— Não vamos nos ver de novo, idiota — respondeu o Min com uma carranca, mas se derreteu ao ver a expressão fofa no rosto do Kim, pedindo uma chance. — Aparece no bloco B da DUE amanhã à tarde.

— Eu vou estar lá.

— Vou esperar por isso — disse rápido, correndo para o palco em disparada.

Taehyung exibiu seu sorriso satisfeito. Porra, tinha tirado a sorte grande naquela noite. Park Jimin who? Ele queria ver de novo aquele rapper do cabelo platinado que vivia xingando nas suas músicas, se apresentava como uma musa selvagem e bagunçada e que tinha movimentos tão cativantes que prenderam o Kim em si. Era assim que gostava de Min Yoongi: naquela desarrumação elegante, cativante.

16 Décembre 2019 13:20 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

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uanine oliveira i was a little bit lost, but i'm not anymore

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