jace_beleren Lucas Vitoriano

Vanessa achou que, por ser vampira, sua pós-vida seria apenas diversão, matando e quebrando todas as regras. Ela, porém, descobre que haviam aqueles que caçavam sua especie. Esses caçadores chegam a ser mais apavorantes do que muitos vampiros.


Fanfiction Anime/Manga Interdit aux moins de 21 ans.

#hellsing #terror
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Capítulo único

Vanessa apertou com força seu ombro direito, mordendo o lábio para não gritar. Aquilo doía muito. Uma arma comum não a teria machucado daquele jeito. A lâmina que a cortara devia ser específico. Algo feito especialmente para ferir um vampiro.

Ela estava sentada no chão. Sua respiração era acelerada e, se ainda estivesse viva, seu coração estaria batendo a mil em seu peito. O que havia acontecido afinal? Aquilo era surreal demais. Vampiros eram para ser os caçadores, não as presas. Essa era uma das leis que regiam o universo.

Foi por isso que ela ficou tão feliz quando tornou-se uma vampira, o que não havia sido a muito tempo. Desde lá, passara três anos matando e trucidando a seu bel prazer. Rasgava corpos humanos apenas por diversão, fodia com alguns caras, ou mulheres, e depois bebia o sangue deles até ficarem totalmente secos.

Era tudo muito bom, tudo muito simples. Apenas diversão e nada de responsabilidade. E era isso que ela havia feito naquela noite. Junto com o resto de seu covil de vampiros, Vanessa invadiu aquela escola exclusiva para mulheres. Um local requintado, aonde as adolescentes, lindos brotinhos com seus seios macios e suas bucetinhas rosadas, estudavam em regime integral.

Então os vampiros fizeram a festa. Mataram e estupraram aquelas putinhas. Banharam-se no sangue delas e as foderam novamente, afinal, quem não gostava de prolongar a diversão? Estava indo tudo muito bem. Mas tudo mudou quando ele apareceu.

Vanessa riu daquela figura estranha e excêntrica quando o viu entrando na sala do refeitório do colégio. Ela e seus amigos estavam fodendo com algumas garotas. Estava uma ótima foda, mas ai aquele cara alto e esquisito, com óculos elegantes e vestindo um pesado sobretudo começou a porra de uma reza.

Sim, foi hilário. O cara estava assistindo um bando de meninas sendo estupradas por vampiros e começou a rezar! Vanessa nem ligou para o tal cara. Estava decidida a ir matá-lo depois de terminar sua foda, mas foi então que a reza terminou... e o massacre começou.

Ela não sabia de onde, mas aquele cara esquisito retirara duas espadas afiadas e avançou como um raio matando J.J., um dos vampiros do bando de Vanessa. Foi só quando seu sangue rubro manchou o chão e sua cabeça rolou sem vida que ela e os demais vampiros levaram aquilo a sério.

Eram cerca de quinze deles, todos bem alimentados e com fúria nos olhos. Eles deixaram de lado as garotas e avançaram, todos ao mesmo tempo, contra aquele cara bizarro que parecia ter saído de um livro de ficção de segunda categoria.

Ele era para ter morrido. Vanessa pensava nisso enquanto voltava apertar a ferida em seu ombro. Com um sorriso de puro prazer no rosto, aquele demônio em forma de gente começou a se mover. Suas espadas dançavam no ar em movimentos tão rápidos que era impossível acompanhar. Braços, pernas e cabeças rolaram. Vanessa teve sorte, sua única ferida foi aquele corte no ombro, mas só aquilo já havia sido letal. A lâmina pareceu queimar a sua pele, deixando uma marca avermelhada ao redor da ferida.

Vanessa recuou, gritando. Movida por um medo intenso a vampira correu. Ouvia atrás de si os gritos de seus companheiros, mas o estranho não gritou uma vez sequer. Ele apenas ria. Ria enquanto rezava pelas almas de seus inimigos. Era algo macabro.

Agora, Vanessa estava no corredor da escola. Seu ombro latejava de dor, mas ela não podia se dar ao luxo de gritar. Não podia sequer gemer de dor.

- Pai nosso que estais no céu...

Era a voz sinistra do homem, pelo seu tom nem parecia uma reza, e sim uma cantiga macabra produzida por uma mente doentia. Vanessa ficou apavorada. Temerosa, espiou pelo corredor lateral e o viu caminhando lentamente. A escuridão da noite o rodeava de sombras, seus óculos reluzindo como duas luas brilhantes. As mãos estavam estendidas para baixo, segurando aquelas espadas estranhas.

-... venha a vos ao nosso reino... – ele caminhava lentamente. Seus passos ecoando no silêncio da escola. As espadas estavam tingidas de vermelho, sangue pingando de suas pontas.

Vanessa sentiu seu corpo todo tremer. Tinha que sair dali, agora. A porta da saída da escola não estava longe. Ela só precisava seguir pelo corredor. Não era preciso se mover mais do que quinze metros e fugiria dali. Ela engoliu em seco e, então, correu.

Não se importou em ser silenciosa, correu com todas as suas forças. A cada passo que dava via a porta mais próxima, logo chegaria lá. Se conseguisse sair dali poderia fugir do homem. Ele não conseguiria persegui-la a céu aberto.

Ela ouvia os passos do homem atrás de si. Ouvia que ele dizia algo. Embora não conseguisse entender as palavras, sabia que ele estava a rezar. A porta estava perto, tão perto. Ela só precisava de mais alguns passos...

Foi então que ela sentiu a lâmina perfurando-a por trás. A espada atravessou seu pescoço cravando-se na porta. O corpo de Vanessa chocou-se contra a porta, ficando encostado nela. Sua bochecha direita estava a tocar na porta e isso doía, doía muito. Vanessa ouviu seu grito de desespero. A espada havia atravessado sua garganta, fazendo os sons que ela produzia saírem distorcidos e esganiçados. Ela não entendia o porquê, mas o simples contado com a droga daquela porta a estava causando uma dor dos infernos.

Ela estava presa. Debatia-se com as poucas forças que lhe restavam, mas era em vão. Fitando por cima do ombro, Vanessa podia ver o homem aproximando-se calmamente. A reza continuava, mas embora fossem palavras gentis soavam com uma crueldade sanguinária. O homem parou atrás dela, a apenas dois metros de distância. A reza terminara e ele a fitava com um olhar calmo, assustadoramente calmo.

- Eu abençoei a porta logo que cheguei aqui, além de trancá-la claro. Você não poderia usá-la para fugir... mas acho que percebeu isso certo? Sua cara está queimando não está?

Sim, estava. A metade de seu rosto que estava tocando na porta ardia muito. A pele ficara avermelhada. Vanessa gritava. Lagrimas de pavor escorriam de seu rosto.

- Me perdoe, eu não me apresentei – disse o esquisito com uma leve reverencia – sou o padre Alexander Anderson, enviado do vaticano – ele sorriu gentilmente, levantando a mão que segurava uma de suas ameaçadoras espadas – tenho algo a lhe dizer minha menina.

Vanessa murmurou algo. Ela não queria morrer, era ainda tão jovem! Nem sequer completara uma década desde que se tornara vampira! Aquilo não era justo. Ser vampira deveria ser algo divertido, passe livre para matar a vontade. Ninguém havia lhe falado de padres loucos portando espadas, caçando-a como um animal enraivecido. Ela chorou mais, mas, para um padre, Vincent era bastante insensível.

- Amém – disse o padre. A lâmina desceu com força, rapidez e precisão.

A cabeça de Vanessa rolou no chão. Em sua face, havia uma expressão de puro terror.

18 Novembre 2019 22:02 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

A propos de l’auteur

Lucas Vitoriano Sou escritor, tendo alguns contos publicados. Além disso, sempre que possível posto alguma coisa aqui também. Amo animes, filmes da disney e mitologia grega. Para acompanhar meu trabalho visitem meu perfil no instagram @l.vitoriano ou meu perfil de literatura @pensandoescritor. Espero vocêsl á!

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