brendalf Brenda Bezerra

Eu estava de olhos fechados sentindo toda essa gama de sesações quando o primeiro toque me foi dado, a única chibatada contra meu abdome foi suficiente para me tirar do transe e me arrepiar todo o corpo. Abri os olhos de imediato sentindo a musculatura do meu corpo tremer em protesto, enquanto relaxava aos poucos com a visão perfeita de meu mestre à minha frente.


Fanfiction Groupes/Chanteurs Interdit aux moins de 18 ans.

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Pisquei uma, duas, uma terceira vez antes que finalmente meus olhos se adaptassem ao ambiente pouco iluminado. Olhei em volta e do pouco que conseguia distinguir se destacavam as silhuetas de algumas caixas cobertas por lençóis brancos, além de uma poltrona de tecido aveludado, visível graças ao iluminado bruxuleante das pequenas lâmpadas e velas vermelhas que espalhadas ao meu redor refletiam sua luz no tecido macio, dançando tal qual chamas lambendo o óleo viscoso.

Meus pulsos, presos sobre minha cabeça, começavam a reclamar todo o peso do meu corpo sobsi, que mole e cambaleante pendia para frente, os músculos estirados ardendo em protesto. Tentei reunir alguma força para me apoiar no chão, porém apenas as pontas de meus dedos o alcançavam, trazendo pouco alívio ao incômodo. Sentindo uma gota de suor embotar meus olhos, busquei meu tão familiar agressor entre as sombras, me esforcei tentando chamar seu nome, porém apenas gemi sôfrego contra a bolinha de borracha presa entre meus dentes, a garganta seca exprimindo poucos sons e as mandígulas doloridas se negando ao esforço.

Nesse momento, movido talvez por minha tentativa de comunicação, pude ouvir pela primeira vez sua voz, ou quase isso. O estalar ritmado da língua contra o céu da boca foi o som que denunciou sua presença ali, o tom decepcionado me fez me arrepiar em expectativa, a curiosidade cautelosa liberava adrenalina no meu sangue e eu já não me importava mais em esperar seus próximos passos.

— Como você demorou à acordar, noye* — engoli em seco, encarando o chão mesmo que ainda não tivesse seus olhos nos meus para desviar — Não deveria deixar seu mestre esperando — sua voz ecoava como se estivesse em minha cabeça, não vinha de lugar algum, não pertencia a nada — concorda comigo?

Assenti com veemência, como quem sente ser observado, o peso do carrasco sobre mim.

Um longo silencio se seguiu, até que o ambiente se preenchesse com o som, que apesar de leve e cheio de lascívia, me assustou por sua imprevisibilidade.

Pouco a pouco o tão conhecido blues encheu meus ouvidos e tomou para si minha consciência, e mesmo que aquela musica estivesse tão atrelada à boas lembranças para mim, naquele momento ela só me lembrava a luxúria escondida em seus acordes. De olhos fechados eu sentia uma gama de sensações, o corpo antes retesado agora relaxava, o incômodo dos punhos era irrelevante e eu sentia como se pudesse flutuar. Quando o primeiro toque me foi dado, uma única chibatada contra meu abdome, foi suficiente para me tirar do transe e me arrepiar toda a pele. Abri os olhos de imediato sentindo minha musculatura tremer em protesto, na sequencia relaxando aos poucos com a visão perfeita de meu mestre à minha frente.

Recostado sobre a poltrona de veludo marinho, sua tez branca se destacava na penumbra, os grandes olhos atrás de uma máscara vazada em tom negro, os cabelos primorosamente cortados sem uma única mecha fora do lugar, o peito desnudo coberto por algumas tiras de couro que se uniam em seu pescoço e cintura, tudo isso coberto por um grande e pesado casaco que se estendia até quase o chão, em uma das mãos o longo chicote, um retrato de elegância exposto através de seu olhar frio e postura indiferente. Tão lindo quanto eu jamais poderia pedir que fosse, tão meu quanto eu jamais poderia admitir que era, se estendia diante de mim a imagem do anjo.

— Noye, você sabe que terei que te punir por isso?

Sem esperar uma resposta ele cresceu diante de mim, seu andar sedutor fazia de suas curvas hipnotizantes. Quando parou estava à minha frente, segurou meu queixo entre o indicador e o polegar, forçou até que eu sentisse vontade de puxá-lo, porem me contive mantendo o olhar devoto preso ao seu. Meu corpo reagia como podia, as vezes querendo se afastar, instintivo, fugindo do perigo; as vezes querendo se aproximar, quente e necessitado. Sua língua macia percorreu meu pescoço até alcançar minha orelha, os dentes se esfregaram ali antes que o ar quente de sua respiração me atingisse, por fim sendo cravados contra minha clavícula, fazendo com que o sangue morno escorresse sobre meu peito até que o contato aveludado o limpasse. A dor cortante me fez me balançar contra as cordas que me prendiam ao teto, porém bastou que me dirigisse um olhar insípido para que eu me aquietasse, limitando minha reação ao verter de uma grossa lágrima sobre minha bochecha esquerda.

Sério como sempre, não se abalou pela minha demonstração de dor, apenas soltou sua mão de meu rosto para na sequencia passear com ela lentamente pelas minhas costas, pousando-a na minha cintura e me encarando de baixo, os olhos semicerrados e os lábios grossos pendidos.

— A ideia inicial aqui era que eu te punisse, mas você é o tipo de animal que se diverte com o sofrimento...

Seu olhar curioso não me dizia nada, sua mão voltou a subir próxima ao meu rosto sem nunca tocá-lo, ansioso busquei contato, depositando minha bochecha em sua palma, fechando meus olhos enquanto seu polegar afagava a região.

Quando enfim ele se afastou, senti-me como se algo me fosse levado, seus olhos agora completamente foscos não emitiam nenhum traço do conhecido calor que eu amava, como um profissional, endireitando a postura, seus movimentos se tornaram rápidos e fluidos, e retirando o tecido brando de sobre uma das caixas revelou uma grande maleta de veludo.

De lá o vi retirar algumas velas vermelhas, um chicote que, diferente do outro, era menor e possuía algumas tachas metálicas, uma argola de metal brilhante e uma caixa menor, de material acetinado.

Uma sequência de chicotadas foi desferida contra minha pele, as vezes no dorso, as vezes nas pernas, lugares os quais eu sabia que não seriam expostos no meu dia-a-dia, mas que as marcas ali permaneceriam, como um lembrete tatuado em minha pele.

Eu já não aguentava mais a dor de estar preso daquela forma, sentia meus músculos tencionados ao extremo e começava a salivar pelo buraco da bolinha presa entre meus dentes. Ele pegou as velas, acendendo-as uma a uma, paciente, encarando de tempos em tempos meu olhar suplicante, sem nunca mudar sua expressão.

— Eu vou tirar isso, ok? — parou a minha frente assinalando a tão incômoda mordaça — Mas não quero te ouvir resmungando ou gritando sem ela, ou haverá coisas piores ao seu aguardo.

Eu apenas prosseguia balançando a cabeça em concordância sobre o que quer que fosse, eu não poderia irritá-lo e tão pouco queria isso, ele era meu mestre, meu dever era mantê-lo satisfeito e agradá-lo.

Seus dedos frios e hábeis percorreram toda a tala que prendia a mordaça, até chegarem à minha nuca, antes que ele começasse a retirá-la, pôs-se na ponta dos pés, beijando a bolinha de borracha como se através dela pudesse tocar meus lábios, os olhos entreabertos reviraram-se nas órbitas antes que eu me visse livre do objeto. Ele guardou-o dentro da maleta e retornou com um lenço levemente umedecido, me olhando com um olhar de preocupação genuinamente patriarcal, limpou meus lábios com cuidado, selando-os na sequência sem quase tocá-los.

Virou-se novamente e voltou com 2 velas em cada mão, chegando perto de mim sussurrou ao meu ouvido, lembrando-me da minha proibição de gritar ou gemer dali em diante, se afastou e virou vagarosamente o conteúdo liquefeito das velas contra meu peito nu, queimando e na sequencia soprando com seu hálito fresco, fazendo o liquido voltar a se solidificar preso ao meu corpo.

Na hora me encolhi em defesa, mordendo meu lábio inferior, porém a sensação de seu ar tocando a minha pele me causou arrepios e pude sentir meus mamilos se eriçarem em deleite.

— Bom garoto, noye, você quase nunca me decepciona.

Seus olhos por um momento se perderam em meu corpo, e eu novamente vi uma fagulha se pintar dentro deles, seus lábios grossos e rubros ativeram-se ao meu mamilo esquerdo, chupando-o e dando-lhe uma mordida cruel, sua boca foi ao meu pescoço e ali deixou uma marca grande e nada sútil, como quem legitimamente demarca território.

Àquela altura eu já estava completamente rendido, não fisicamente, fisicamente eu há muito estava... Não romanticamente, romanticamente eu sempre estive... Eu estava sexualmente rendido, meu corpo pedia o seu, meu órgão pulsante implorava por sua boca, meus braços imploravam por sua cintura, e isso era a pior coisa que me poderia acontecer, por que agora que ele sabia disso, jamais me entregaria tão fácil assim.

Tal qual lesse meus pensamentos seu próximo ato foi brutal, estendendo sua mão até meu órgão, ele brincou ali, massageando minhas bolas enquanto me sorria, sádico. Meu lábio já estava suficientemente maltratado e meus olhos presos aos seus por tanto tempo, a ponto de eu não ter visto o que me esperava, provavelmente retirado de um dos bolsos do casaco o aro de metal antes na sua mão, agora era vagarosamente colocando contra meu pênis, chegando dolorosamente e com muito esforço até a base.

— Sob medida, bebê.

Ele sorriu mais uma vez, encarando minha feição de dor e dando uma piscadinha sacana, provocando minha sanidade.

— Não, não Kyun...

Fui interrompido com um tapa estalado na cara, forte, doloroso.

— Eu te dei autorização para falar, N-O-Y-E?

Ele cantarolou o já conhecido apelido, divertido, como uma criança arteira.

— Responda seu mestre quando ele falar com você — outro tapa atingiu minha pele, dessa vez mais leve — Eu te dei autorização para que falasse?

Neguei com um menear de cabeça.

— Então você não vai falar, entendido?

Acenei novamente, dessa vez em um sinal de positivo.

Observei-o pegar a caixinha acetinada e se aproximar de mim, porém antes de abri-la se esforçou, arrastando a grande poltrona e colocando-a estrategicamente atrás de mim, quase me senti aliviado pensando na possibilidade de enfim ser solto daquela posição desconfortável, porém ele quem se sentou na poltrona, ainda com a caixinha em mãos, observando minhas costas nuas e me deixando envergonhado.

— Empina essa bunda.

A ordem soou seca, a voz saiu grossa e meu corpo vergonhosamente respondeu a isso, se empinando sem pudor e se entregando por completo.

— Muito bem, um bom escravo é um escravo obediente.

Senti sua presença se erguer novamente, não sabia o que esperar de toda aquela encenação, então quando senti-o me pegando por trás e erguendo minha cabeça com uma mão enquanto a outra se direcionava à minha bunda, eu me assustei.

— Shi, shi, seja um bom garoto, sim? — Sua voz rouca e respiração quente contra minha nuca me faziam perder a noção entre o medo e o anseio — Sabe que eu não vou te machucar... Ou vou?

O frio do metal tocando minha entrada me fez recuar novamente, porem o toque quente de seu peitoral contra minhas costas me fazia me espremer contra si, querendo mais contato. O plug bem lubrificado entrou lenta porém facilmente em mim, eu sentia a parte mais grossa do objeto mais fundo e começava a ansiar por mais, eu queria mais contato, eu queria ELE dentro de mim, não aquele objeto frio e sem vida. Enquanto isso à minha frente meu membro pulsava doloroso, o maldito anel ainda preso a ele, esmagando-o e me lembrando a todo o tempo que eu não poderia gozar, por mais que meu corpo pedisse por isso.

Uma vez que o plug estava completamente introduzido dentro de mim ele se afastou, e novamente sem o contato de sua pele, me senti vazio. Dando a volta ao meu redor ele me encarou de frente uma ultima vez antes de pegar a ponta da corda que me prendia ao teto e puxar de unica vez, com toda a sua força. A gravidade agiu implacável, e eu senti como se meu corpo fosse se chocar contra o chão de uma forma dolorosa e inevitável, porém antes que isso ocorresse sua palma pousou contra meu peito e me empurrou para trás, fazendo-me cair sobre a poltrona macia.

O toque do tecido era mais agradável do que eu imaginava e mesmo com o impacto do meu corpo sobre o plug dentro de mim, eu não me incomodei, apenas respirei aliviado, deixando meus músculos relaxarem.

Meu mestre ainda me observou por um bom tempo, de cima, de um lugar ao qual eu não pertencia. Se livrou do cassaco, deixando-o cair aos seus pés, seguro e sensual, revelando seu corpo quase desnudo, se abaixou a minha frente, sentando sobre os tornozelos enquanto soltava minhas mãos, apenas para voltar a prende-las contra minhas costas. Se ajoelhou por completo em fronte de mim em um gesto incomum ao seu padrão dominante, apenas para me torturar me masturbando lentamente enquanto me olhava com olhos felinos.

Não havia mais o profissional ali, e eu sorria internamente por poder ver que toda aquela situação não afetava somente a mim.

Sua boca macia e carnuda enfim envolveu meu membro, sua língua aveludada deixando um rastro de saliva enquanto percorria a extensão da base até o freio, dando uma volta pela cabeça e por fim a encaixando entre os lábios rubros. Uma sugada habilidosa e eu sentia que poderia morrer, o conceito de prazer e dor se nublando em minha mente, fazendo meu corpo reagir e minhas pernas bambearem, perdendo as forças, enquanto sua mão hábil se enfiava entre elas alcançando a base do plug e o fazendo se movimentar dentro de mim, a confusão era tamanha que eu não sabia mais a que estímulo responder.

Tão inesperado quanto começou, ele decidiu que acabaria, enquanto me chupava e me encarava com os olhos contemplativos uma de suas mãos alcançou o anel e o removeu, com uma agilidade e delicadeza improváveis, me pegando desprevenido. A dor deu lugar a uma sensibilidade que nunca havia sentido, a língua quente e molhada tocou uma ultima vez a glande avermelhada e foi como a ultima gota excedendo o limite de uma represa, os músculos das minhas pernas tremeram involuntariamente e minhas costas arquearam na poltrona, dos lábios entreabertos saíram lufadas de ar quente e um gemido rouco e alto demais reverberou além das paredes do cômodo, lágrimas grossas escorreram pelas minhas têmporas e por alguns segundos eu senti que poderia infartar, forte e de maneira animalesca me desmanchei entre seus lábios, fazendo-me escorrer pelo seu queixo, manchando sua tez imaculada. Sem conseguir olhar em seus olhos amoleci, escorrendo sobre o acento, o sangue retornou rápido ao cérebro e eu sentia minhas têmporas pulsarem, tentei abrir os olhos, porém só enxergava manchas pretas piscantes entre as lágrimas enevoadas e quanto tentei me erguer, voltei bruscamente de encontro a poltrona, quase desmaiando.

Senti o toque quente de sua palma contra meu rosto enquanto ele se aproximava, se aninhando em meu peito e deitando no meu colo, os pé balançando contra o braço da poltrona e seu hálito quente tocando minha face.

— Você foi um bom menino hoje.

Prosseguiu, provocativo, enquanto tentava desatar minhas mãos ainda presas em minhas costas, quando as senti livres o envolvi em um abraço apertado, recuperando um pouco da sanidade perdida pela necessidade de toca-lo. Tentei abrir os olhos novamente, aos poucos a visão se normalizando e focando o rosto delicado tão próximo ao meu.

— Sim, agora você já pode falar — ele respondeu a minha pergunta não feita como se lê-se minha mente.

— Você — respirei fundo uma ultima vez, prendendo o ar por uns segundos, tentando normalizar meus batimentos descontrolados — você vai me matar qualquer dia desses.

— Não exijo de você nada que você não possa suportar.

O som saiu abafado pela face que se escondia em meu pescoço, envergonhada, revelando que o mestre havia ido embora e agora quem estava ali era o meu pequeno Soo. Peguei a mão que se apoiava em meu peito e a beijei, observei-o erguer o olhar desconfiado e voltar a se esconder com suas bochechas rosadas.

— Ainda não acabou, não é?

— Você quer mais?

Ele ergueu a cabeça, surpreso, os olhos grandes e inocentes arregalados.

— Não estou falando de mim.

Apontei o volume discreto preso em sua cueca e observei suas bochechas corarem mais antes de sua expressão mudar mais uma vez.

— Vá! — o tom autoritário retornou a sua voz — Desça até o quarto, prepare um banho quente e se lubrifique bem, em alguns minutos descerei para cuidar de ti.

— Obrigado, mestre!

Fiz um esforço e me levantei com ele em meus braços, coloquei-o de volta na poltrona e desci as escadas do porão até nosso quarto, preparei um banho quente e cheio de sais, ao entrar senti-os arder em contato com os vergões avermelhados que tomavam meu dorso e pernas, enquanto isso a água escaldante me amolecia aos poucos.

Começava a relaxar quando ouvi seus passos rápidos e firmes pelo corredor, sua voz grossa chegou até mim antes de si e quando abri os olhos o vi retirando as ultimas peças de roupa e se aproximando da banheira.

— Eu vou entrar...

8 Août 2019 06:12 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

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Brenda Bezerra Nossa existência deforma o universo, isso é responsabilidade.

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