fluttershy Fluttershy 77

A pessoa que você ama pode estar do seu lado? Mas se ela não larga do maldito celular, as coisas ficam complicadas. Quando Ken percebe isso, ele decide se aproximar de sua melhor amiga criando uma conta falsa no Tinder. Que conflitos amorosos isso pode gerar?


Fanfiction Anime/Manga Tout public.

#digimon #Kenyako #Ichijouji-Ken #Inoue-Miyako #romance #kawaii #fofura #primeiro-amor
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Amor Virtual

Capítulo 1 - Capitulo único

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POV Narrador


É verdade que no mundo moderno as pessoas andam mais conectadas online do que pessoalmente. Não era comum que justo, Ichijouji Ken, que nunca gostou de contatos físicos ou tampouco de ser notado por onde passa devido a seu passado como celebridade, estivesse aborrecido com essa conclusão. Pois estava demasiadamente frustrado, irritado, praguejando internamente. E qual a razão?


Há tempos já havia percebido que entre todos os amigos Inoue Miyako e Izumi Koushiro eram os mais apaixonados por tecnologia. Ele até tinha suas predileções em dadas áreas da programação, mas não era tão “viciado’ quanto os amigos. Contudo qual o real motivo de isso estar a irritá-lo tanto?


Não era Izumi. Esse estava focado demais em entrar em uma boa faculdade e quase não se viam, entretanto, “ela” sim a garota dos cabelos lilases, que com o tempo escureceram-se voltando-se mais para roxo,. Sim, era ela o X da questão.


Ken morava em Tamachi, às vezes ficava semanas sem poder encontrar-se com os amigos e quando o fazia… oras! Quando finalmente podiam conversar e curtir um dia juntos, lá estava a garota digitando freneticamente naquele maldito celular e rindo com o que lia.


Como pode? Ela que há tempos atrás fazia de tudo para puxar conversa com ela, fazendo-o rir de piadas sobre química, fisica e matematica, piadas sobre informática. O que de mal ele tinha feito a ela para ser negligenciado por um aparelho sem vida?

Ele estava furioso, sentindo um Kaiser dentro de si, poderia quebrar aquele objeto, imaginou-se tomando o mesmo da mão dela jogando-o ao chão e sapateando sobre o mesmo, mas foi despertado pelas vozes agudas dos Digimons cantando ao karaokê, então apenas deu um longo suspiro lastimado.



POV Ken

— Aposto que é aquele aplicativo novo de namoro virtual. — Daisuke fala próximo ao meu ouvido e me assusto quando me dou conta que ele estava atento às minhas reações.


— Não que seja da minha conta. — respondo tentando passar convicção nas palavras, mas noto em sua forma de rir que não o enganei.


As coisas ficam piores quando ele se inclina e estica o braço alcançado o aparelho.


— O que pode ser mais importante do que está na minha ilustre presença? — toma o celular da mão dela fazendo -a se levantar indignada.


— Motomiya Daisuke, isso é pessoal. Devolva-me agora! — ordenou ferozmente, mas não pareceu meter medo no ruivo.


— Hm… Pessoal, significa que tem macho envolvido? Ah, magricela... a senhorita não ta fácil.— cantarola levando bolsadas de uma Miyako a ponto de alcançar a luz da digievoçução.


— Não tem macho nenhum.— ela responde entre os dentes ainda tentando alcançar o aparelho, ele sobre sobre o sofá e passa por trás de mim e ela vem a minha frente se esticando nem se dando conta de deixar os seios rentes ao meu rosto, o qual sinto arder e baixo no mesmo instante.


— Miyako-san, por favor. — apelo para que ela se dê conta, mas seu foco em bater no Daisuke é maior, de forma que me sinto acuado entre os dois. — Miyako-san, isso não é…


— Não é o que, Ken-kun? — volta um olhar severo para mim. — Ele tomou meu celular, isso é muito pessoal.


— Eu sei, é só que você tá me esmagando com os… — Não consegui dizer, mas ela entendeu pulando para trás e dando um grito escandaloso.


— Kyahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! — colocou as mãos cruzadas sobre os seios, eu me senti “o tarado”, mas não tive culpa alguma.


Na mesa a nossa frente Hikari e Takeru choravam de tanto rir e Iori tinha saído para trazer mais petiscos, acabou por abrir a porta justo na cena em que Miyako pulou para trás gritando e cobrindo os seios e com certeza eu estava muito vermelho.


— Mas afinal...— o mais novo começou tranquilo. — o que aconteceu aqui?


— Ai, ai eu não aguento! Me deu vontade fazer xixi, vou ao banheiro. — Hikari se pronunciou rouca de tanto rir. — Quer ir Tailmon?


— Não Hikari-chan, estou bem. — respondeu atacando os petiscos, logos os Digimons abandonaram o microfone e atacaram também, menos Wormmon que ficou olhando pra mim e Hawkmon para Miyako.


— Por que você está com rosto vermelho, Ken-chan? — Wormmon perguntou-me.


— E porque você está com rosto vermelho e cobrindo os seios, que já estão cobertos pela blusa e pelo sutiã? — Hawkmon perguntou a parceira.


— No fim, a culpa de tudo foi do Daisuke-kun. — Takeru declarou entre risos, chegando a deitar a cabeça na mesa e continuar em sua crise.



— Takeru-kun? — Patamon parou de comer preocupado. — Está tudo bem, você está chorando. — questionou oferecendo um doce.


— São coisas que acontecem quando Daisuke-kun está por perto. — Hikari volta do banheiro e toma o celular da amiga das mãos do ruivo. — Sabe Daisuke-kun, o celular de uma mulher é sagrado...— ela explica, enquanto lê o conteúdo e todos ficamos com gotinhas sobre a cabeça. — Amiga como assim você ainda não tem Tinder?


O silêncio reinou e os risos pararam, Miyako piscou algumas vezes e respondeu em um sussurro.


— Não amiga, isso não combina comigo.


— Ah, bobagens, está perdendo a chance de encontrar seu príncipe encantado. — revele sorridente começando a teclar no celular da outra.


— É? — Perguntamos todos juntos, até os Digimons.


— Pois é, mas vou resolver isso já. Hm, essa foto sua está linda, vai ser ela mesmo, altura, peso, comida preferida, nome do animal de estimação, livro preferido etc…


— Hikari-chan, você tem esse aplicativo? — Daisuke desce do sofá perguntando interessado.


— Óbvio que tenho. Vocês não? — a normalidade com que a castanha fala surpreende a todos, Yagami é como eu, sempre pareceu lutar contra timidez, mas ao contrário de mim ela pareceu ter mais êxito.


— Tinder? — Takeru cantarolou pensativo. — Hm… Talvez seja uma boa ideia, afinal.


— Vamos lá pessoal, se atualizem, se gostar dá um coração e conversa com a pessoa, só conversa, não pode ser tão ruim.


— A Jun-chan tem algo parecido e conversa com vários garotos. — V-mon revela inocentemente.


— V-mon. — repreende Daisuke, sem muito sucesso.


— Está pronto. Olhem não é difícil. — a Yagami nos mostra animada.


— Iori, sua mãe também tem um desses. — Armadimon delata deixando o mais novo do grupo muito envergonhado.


— Armadimon, não comente o que se passa na intimidade da nossa casa. — corrige severo.


— Desculpe Iori. — envergonhado recebe um aceno de cabeça de seu parceiro e volta para a mesa dos petiscos.


— Me devolve isso, amiga. — Miyako finalmente pega seu celular. — Tinder? Talvez não seja má ideia...— praticamente leio seus lábios enquanto ela guarda o celular na bolsa.


A questão é, eu queria voltar a ter a atenção dela, mas ela só dava atenção ao que era virtual, sendo assim… Eu sei que não devia ter feito isso, mas fiz. Procurei uma foto que melhor me representa, obviamente não era minha, fiz o perfil usando quase todas as minhas informações. Comprei um segundo celular somente para fazer isso, mas valeu a pena, ela aceitou meu coração e logo já estávamos conversando.

Pela manhã eu a acordava com uma mensagem, durante o dia mandava coisas engraçadas da internet e a noite perguntava trivialidades como o que ela jantou, como foi o dia, quais as aulas. Quando me dei conta eu também já estava contando-lhe todo o meu dia, aquilo era assustadoramente íntimo, exceto pelo fato dela não saber que era eu.


Nos encontros que tivemos em seguida ela sempre ficava olhando para o celular a espera de alguma mensagem “minha” para manter o disfarce as vezes eu ia ao banheiro e mandava algumas frases. Depois a via comentando animadamente sobre o nosso relacionamento com Hikari, que a apoiava.


A verdade é que mesmo tendo Wormmon e meus pais eu me sentia vazio, algo faltava, de certo, antes eu não tinha ideia, mas essa troca de mensagens bobas todos os dias, saber o dia dela, nomes de professores preferidos, comentários maldosos sobre colegas que a irritam.


Realmente estávamos tão próximos, tão próximos… Aquilo estava me fazendo tão bem, mas ela queria mais, óbvio, como eu poderia ser tão too, essa hora chegaria, ela queria conhecer o garoto da foto, que por sinal não era eu.


O que fazer? Ela começou com as cobranças para NOS encontros. Sem saída, comecei a demorar para responder. Era difícil, me doía o peito, queria teclar com ela, receber emoticons de sorrisos, mas comecei a receber de carinha de sono, tédio e até raiva. Ela estava certa, então o que eu deveria fazer?


Se parasse de vez com o contato, ela falaria com outro e isso eu não podia aceitar. Então me dei conta de que não queria a atenção dela por nada, eu estava apaixonado, perdidamente e esse combinação de palavras nunca fez tanto sentido.

Voltei a responder normalmente e as coisas pareceram melhorar entre nós, mas ela insistia que já era hora de me conhecer pessoalmente. Certo, e o que eu diria a ele? Oi Miyako-san, sou eu Ken para quem você tem contado tantas coisas íntimas da casa e da escola, de todo seu dia-adia, seus planos para o futuro e até suas decepções amorosas.


Não! Se eu fizer isso ela vai me odiar, para começar porque fui fazer algo tão estúpido? O que eu tinha na cabeça? Era uma enganação desde o começo, mas minha gana por ter a atenção dela de volta não me deixou ponderar claramente.


Esse problema que eu mesmo criei começou a me consumir de tal forma que até minhas notas caíram, meus pais e Wormmon começaram a ficar preocupados, mas também eu mal comia, mal dormia, estava tentando parar de teclar com ela, mas cada som que aquele aparelho fazia me puxava para ver o que ela tinha me enviado, eu estava viciado em falar com Miyako sendo outra pessoa e agora já não sabia o que dizer sendo eu mesmo.


Devido a isso, essa besteira que eu fiz, acabei me afastando de todos, como não me sentia em paz com minha consciência, não estava em paz com o mundo e portanto não era boa companhia pra ninguém. Revoltado com tudo aquilo eu simplesmente deletei o aplicativo, fiz o perfil desaparecer como se o problema pudesse evaporar junto com ele, tentei viver com isso, mas no próximo encontro em grupo Miyako não estava presente e Hikari era o espelho da decepção.


— Que cara de velório é essa, Hikari-chan? — Motomiya perguntou sem rodeios e todos fizemos um silêncio em concordância.


— Fiz algo horrível e estou me sentindo péssima. — Hikari revela debruçando sobre a mesa demasiadamente.— Tem a ver com a Miyako-san não ter vindo hoje.


— Se vocês brigaram, bom saiba que isso é normal com a Miyako-san, tenho experiencia com ela de longa data, hoje ela grita e amanhã já lhe sorri e pronto, ela é assim...— tranquiliza Iori, bebendo o refrigerante.


— Na verdade é mais complicado. Lembrem-se que fiz perfil Tinder pra ela, aqui mesmo nesta sala? — Todos assentimos e uma culpa silenciosa começou a me ferir por dentro. — Parece que ela tinha conhecido alguém que se tornou muito especial, com quem trocava mensagens todos os dias e compartilhava muitas coisas que com o tempo foram se tornando mais íntimas.


— Íntimas tipo, foto pelada? — Motomiya fala sem pensar e recebe um tapa na nuca.


— Óbvio que não. Cabeção! — a castanha o repreende, mas continua o assunto. — Coisas intimas, quero dizer segredos, sonhos, planos, acontecimentos diários.


— Mas Isso é muito bom, a humanidade tenta se conectar de todas as formas, que bom que ela encontrou alguém querido assim, mesmo online, era este o plano, não? — Questiona Takeru sem entender o drama.


— A questão é que o perfil do rapaz desapareceu. Sabem, o dia dos namorados está chegando e a Miyako-san propôs se encontrarem, mas agora está desolada com o que houve. Sabem ela está no escura, não sabe se foi uma brincadeira cruel de alguém, se aconteceu algo grave com a pessoa, minha amiga está péssima chorando muito e sem ânimo para sair.


— Miyako confia demais nas pessoas. — conclui Iori. — Espero que ele esteja ferido ou mesmo morto, pois será mais digno do que ser alguém que criou uma conta para jogar com os sentimentos dela.


Ferido ou morto? Ele tem razão, era melhor que eu estivesse assim, fui um imbecil em pensar que destruindo aquela conta, os problemas iam desaparecer. Enquanto todos comentam sobre o assunto minha mente entra em colapso e corroído pela culpa e desespero em saber que Miyako está em casa chorando e sofrendo por causa das minhas atitudes infantis e egoístas.


Me levanto aturdido e deixo a sala de karaokê.


— Ken-kun, o banheiro fica do outro lado. — ouço ao longe a voz de Motomiya, mas estou focado demais e continuo em frente.


O dia estava escuro e frio, a neve já começava a cair, minhas lágrimas começavam a embaçar minha visão. Aquele dia que me senti furioso por não ter a atenção de Miyako, ela estava tão feliz e radiante e eu tirei isso dela, tinha que contar, acabar com isso e ela certamente irá me odiar, mas preciso resolver as coisas, me redimir ou tentar.


As pessoas passam de um lado para o outro e nem me dou conta que o semáforo estava vermelho e tento atravessar, mas sou puxado de volta.


— Tá querendo morrer, cara? — Daisuke me encara sério e ao ver meu rosto ele entende. — Era você. Meu Kami-sama! Porque?


— Porque...— seco as lágrimas com a manga da blusa, me sinto tão envergonhado, mas preciso desabafar. — Antes, quando me juntei ao grupo, ela fazia de tudo para que eu ficasse a vontade, estava sempre puxando assunto, às vezes aquilo até me sufocava, de incomodava, mas era seu jeito de me dar atenção…


— As vezes ela exagera mesmo, a Miyako é assim. — deu um sorriso complacente.


— E muitas vezes eu me irritei, confesso, era chato alguém querendo saber se comi, e bebi algo, se eu estava me divertindo, se acercando de mim e perdendo a diversão como se eu precisasse de uma babá, mas aos poucos ela deixou de fazer isso. Fomos ficando mais velhos e eu me senti sendo deixado de lado como um brinquedo que perdeu a graça.


— Isso não é verdade. Ela queria que você ficasse a vontade com o grupo e hoje você fica, ri junto conosco, as vezes até pentelha os outros com raras piadas, mas faz. Contudo as pessoas mudam, talvez Miyako tenha se dado conta de que estava te sufocando e resolveu te deixar respirar.


— Mas eu não quero respirar.


— Mas você não disse que chegava a te sufocar, te incomodar?


— Sim, porque me acostumei a ser sozinho, mesmo depois de “Kaiser” minha família trabalha muito e as vezes somos apenas Wormmon e eu até tarde e no colégio ninguém quer proximidade com alguém que foi tanto e hoje é só um rosto na multidão.


— Isso não é verdade.


— É sim, mas eu tenho vocês, então está bem… E eu me sentia sufocado, mas quando ela parou de me dar atenção eu lentamente caí em um buraco e fui me afundando a cada dia mais. Não sei porque pensei que essa idéia de Tinder fosse a luz no fim do túnel.


— Você sabia que era um aplicativo para relacionamentos românticos, não é?


— Eu… Não pensei direito. Não era isso que eu queria.


— Não?

— A princípio não, mas agora… Bom, nem importa mais, vou a casa dela contar tudo e acabar com isso.


— Agora não, a não ser que você queira apanhar da família toda e, acredite, ela é grande!


— E o que vou fazer? Deixar ela triste por uma besteira que eu fiz?


— Não, vamos voltar pra dentro, Wormmon ficou preocupado com você, aqui fora está frio e estamos tumultuando a passagem dos pedestres.


— Com a cena que eu fiz, creio que todos já entenderam, não é?


— Pois é, mas relaxa não estamos aqui pra julgar você, se quiser contar seu ponto da história talvez ajude.


Eu não tinha muita escolha no momento, era irônico eu ter criado aquele fake para não me expor ao julgamento de Miyako e agora me sentia em júri. Foi tão vergonhoso, mas meus amigos foram pacientes e compreensivos.


— Cria o perfil novamente e diz a ela que seu celular foi roubado, algo assim, marca o encontro para um dia antes do dia dos namorados, tipo depois da escola naquela confeitaria que ela gosta. Tempo frio, chocolate quente, essas coisas deixam ela menos agressiva. — a forma como Hikari falou arrancou risos de todos.


— Mas será que ela vai querer falar comigo?


— Certamente, ela precisa saber o que aconteceu. — garante a castanha.


— Eu sinto muito por ter feito algo tão estúpido. — me levanto e me desculpo com um cumprimento formal.


— Ah pequeno gafanhoto, passar pela adolescência e não fazer nada estúpido, não é viver. — Takeru brinca e todos rimos, enquanto os Digimons estão mais concentrados na comida, menos Wormmon.


— Então isso é um final feliz, Ken-chan? — Wormmon pergunta animado.


— Ainda não, amigo. Ainda não…


A verdade é que eu nem sabia se teria um final feliz de fato, ia depender de como seria aquele encontro.


Naquela noite quando voltei pra casa criei o perfil novamente a mandei o coração pra ela, bem… Como pensei que poderia acontecer, ela demorou muito para aceitar, pensei que nem aceitaria, com muito custo eu dei a desculpa sugerida pela Hikari, que deu certo. Sei que eram mais mentiras e não era certo, mas era o jeito pra concertar tudo.


Conversamos trocando mensagens quase a noite toda e na segunda feira fui para escola com olheiras, mas me sentia bem por estar a passos de resolver tudo isso, já tinha vários discursos de perdão decorados na minha cabeça, não esperava nada mais do que voltarmos a ser amigos, já me bastava.


A verdade é que eu não esperava tanto apoio do grupo, na data marcada mandaram-me mensagens desejando sorte e muita coragem, Takeru, Hikari e mesmo Iori, todos estavam a me incentivar a resolver a questão com Miyako.


No dia combinado ‘véspera do dia dos namorados”terminei minhas obrigações bem cedo e me arrumei muito antes da hora, eu sei, mas não queria me atrasar. Quando sai do quarto encontrei meus pais na sala sentados no sofá de mãos dadas olhando pra mim com uma expressão engraçada.


— O-O que foi? Eu fiz alguma coisa errada? — Bom eu tinha feito, era um fato, mas não tinha como eles saberem ou tinha? A verdade é que quando se faz algo errado sua consciência te prega peças o tempo todo. — Por favor, estão me assustando.


— É que...— Minha mãe se emociona começando a chorar.— Você está saindo para um encontro romântico. Isso é tão lindo.


— Um grande passo na vida de um homem, filho. Tome meu cartão de crédito e use com sabedoria. — meu pai me oferece o cartão.


— Espera? Encontro romântico, eu não sei se…


— Não seja tímido querido, Wormmon nos contou tudo, por isso você andava estranho e as notas baixaram, a propósito espero que isso se resolva.— minha mãe bronqueia enquanto coloca o cartão do meu pai no meu bolso.


— Claro...— é a única coisa que consigo dizer enquanto procuro Wormmon com o olhar, o vejo se esconder na barra das cortinas, lhe dou um olhar de “conversamos depois” — Bom, não posso me atrasar. Estou saindo.


— Cumprimente a Miyako-san por nós. — Gritam juntos e eu paro enquanto calço meus sapatos. Oras Wormmon precisava ter passado relatório completo?


Respiro profundamente e saio em destino ao local de encontro, para minha falta de sorte era em Odaiba que ficava a confeitaria sugerida por Yagami, enfim eu não tinha o que reclamar, embora estivesse com muito medo, já tinha enfrentado a mão pesada da Miyako antes, mas creio que ela tenha amadurecido e talvez isso não vá acontecer.


Cheguei ao local muito antes do horário combinado, tínhamos feito um trato de que “eu” levaria uma flor para que fosse fácil o início da comunicação, bem teve que ser uma falsa, pois o tempo estava muito frio. Escolhi uma lavanda para combinar com o tom de seus cabelos.


Fiquei esperando em um ponto estratégico, até que ela chegasse. Estava usando um sobretudo marfim, até os joelhos, meias pretas grossas e botas de cano longo e salto baixo, sobre a cabeça uma boina preta, a achei bem bonita e quando ela passou sem me notar, seu perfume doce ficou como um rastro, aquele perfume que eu já conhecia há anos e tanto combinava com ela.


Abriu a porta do estabelecimento e entrou. As vidraças embaçadas não me deixaram ver com clareza a partir daí. Fiquei me enchendo com mais um pouco de coragem. Aquilo não seria nada fácil, mas necessário. Respirei fundo e contei até dez, entrando finalmente.


Era uma bela confeitaria estilo vintage, as paredes em um tom nude, as mesas redondas de madeira, cadeiras americanas com estofado em veludo vermelho, nas paredes fotos de atores antigos, discos de sucesso, as roupas das garçonetes também eram estilo vintage.


Miyako estava sentada numa das últimas mesas, digamos que bem escondida, para o meu azar o local estava bem cheio, parece que alguns casais decidiram adiantar a comemoração de amanhã, eu não sei se o fato do ambiente está lotado me deixava mais seguro, mas enfim… A observei retirando o sobretudo e colocando sobre a parte da mesa que encostava-se a parede, juntamente com sua bolsa, ela trajava um vestido xadrez vermelho e preto de mangas três quartos e decote em V, bem discreto.


Dava pra ver que estava nervosa pela forma com brincava com os fios lilases de seus cabelos entre os dedos. Eu já estava lá e não tinha volta, então… Caminhei até ela e a tirei de seu transe.


— Boa noite, Miyako-san.


Ela olhou para mim e arregalou os olhos âmbares, parecendo confusa.


— Ah, oi… Boa noite, Ken-kun! Que coincidência. — sorriu corando.


— Na verdade. Eu nem sei por onde devo começar. — eu ainda estava de pé. — Será que posso me sentar?


— Bom, talvez possamos conversar outro momento, é que estou esperando uma pessoa, não quero ser grossa, mas...— ela parece muito constrangida.


Suspiro e retiro do bolso do casaco a flor que disse que levaria, colocando sobre a mesa.


— A pessoa que você espera… Sou eu. — revelei por fim e me sentei com o impacto das minhas próprias palavras.


Miyako enrubesceu completamente a arregalou os olhos, algumas lágrimas brotaram escorreram por suas bochechas. Comecei a tentar me justificar imediatamente.


— Eu nunca quis que chegasse tão longe, minha intenção não era te enganar, eu… Eu só queria conversar com você, ter sua atenção…


Ela balançou a cabeça negativamente e já começou a se levantar pegando seus pertences e se retirando, me levantei de pronto segurando-a pelo pulso.


— Por favor, por favor, eu imploro que me deixe te explicar os meus motivos.


— Os seus motivos? OS SEUS MOTIVOS? — Gritou fazendo com que todos no local olhassem em nossa direção e puxou o braço abruptamente. — Eu nunca me senti tão enganada, traída, tão boba. Eu revelei pra você coisas muito pessoais, me abri como que se abre em um diário e você mentindo pra mim enquanto eu era sincera. Porque? Porque brincar com meus sentimentos dessa maneira, o que eu te fiz?


— Não era brincadeira, eu só…


— Só usou outro nome, outra foto, outra vida? Só me fez acreditar que eu tinha encontrado alguém especial pra depois soprar meu castelo de cartas jogando a verdade de que era falso, era tudo falso.


— Outro nome, outra foto sim, mas outra vida não. Eu fui sincero em quase tudo.


Talvez eu não tenha escolhido bem as palavras e como resposta ela me deu um estalado tapa na cara, que me fez virar o rosto acompanhado o impacto.


— Eu SEMPRE fui sincera com você EM TUDO, então pega o seu QUASE e enfia naquele lugar. Eu tenho certeza que você deve ter tido muita diversão às minhas custas, espero que tenha aproveitado, pois eu não quero ver a sua cara NUNCA MAIS NA MINHA VIDA!


Ela me dá as costas e a vejo se distanciando, o solado de suas botas ecoando pelo piso do local era o único som que se ouvia. Eu ainda estava aturdido segurando o local onde o tapa fora desferido. Não tive capacidade alguma de conter as lágrimas e pra fechar a noite com chave de ouro notei que alguns dos casais me reconheceram, não sei se gravaram ou tiraram fotos, não me importo.


Uma das atendente da confeitaria veio até mim e foi muito gentil.


— Acontece sempre, trabalho aqui há muito tempo, acredite que não é a primeira vez. Vocês vão ficar bem.— aquilo não era da conta dela, mas como se pode rejeitar gentilezas em momentos assim? — Sente-se aqui, vou te trazer um chocolate quente, por conta da casa.


— Não, não precisa mesmo, eu já estou indo.


— Não está não, mocinho. Não seja orgulhoso, não é bom sair com a cabeça fora do lugar, sente-se espere o chocolate quente, deixe as idéias voltarem para o lugar, depois vá.


— Por que? Por que está fazendo isso por mim?


— Porque um dia eu já estive no seu lugar e fizeram o mesmo por mim. Às vezes lidamos com muitos rochedos íngremes antes de encontrar a nascente, as melhores coisas requerem trabalho duro.


Então tentei ignorar os cochichos e risinhos de alguns e fiquei pensando sobre o que fazer, o chocolate quente que a garçonete me trouxe realmente me fez tão bem a ponto de eu pedir mais um, dessa vez pago, posteriormente comprei algumas tortas para levar para meus pais e Wormmon.


Confesso que, estava muito perdido, sem saber como concertar tudo isso. Procurei demorar por um tempo até que meus pais se recolhessem para dormir. Quando cheguei, entrei sorrateiro e coloquei os doces na geladeira, me esgueirei até o meu quarto e para sorte meu parceiro estava dormindo.


Era isso, amanhã era dia dos namorados e a garota que eu amo disse que nunca mais quer falar comigo, perfeito! Sentei no chão, apoiando as costas contra a porta e abracei os joelhos, mesmo na minha conta apagada eu tinha salvo todo histórico de conversas, então fiquei relendo tudo, seus desabafos, suas fofuras, as palhaçadas… Desejei não ser eu e realmente ser esse perfil que eu criei então me dei conta de que eu disse a verdade, tudo isso sou eu, menos o nome e a foto.


Depois de muito ler as conversas e me lamentar pelo que perdi, decidi fazer a única coisa certa a ser feita, liguei o computador, abri o e-mail e comecei a escrever desde o começo contando detalhadamente tudo o que fiz e os motivos que me levaram a fazer, como me sinto sobre isso, o que desejo para o futuro enfim.


Prezada Miyako, por favor leia:
Não sabemos valorizar corretamente o que temos até perdermos, é assim com todos os seres humanos e foi assim comigo. Quando me juntei ao grupo você me dava uma atenção diferenciada, por favor não negue, não era algo da minha cabeça. Não vou mentir que no começo eu me sentia sufocado, constrangido, você me tratava como se eu fosse diferente, como se eu não tivesse capacidade de caminhar com as próprias pernas e o excesso de atenção e cuidados que você me dava me sufocava, me deixava por vezes até nauseado, eu queria olhar para você e dizer “chega!, me deixa, me esqueça” Mesmo que eu não tenha dito nada você começou a ficar cada vez mais distante, já não era mais como antes. Educada, simpática, mas… Era como se eu tivesse perdido a graça pra você e a princípio eu só queria saber o porquê, o que eu fiz? Mas era muito além disso, eu precisava, desejava ter sua atenção de volta, não a que dá a todos, mas aquela que me sufocava. Me senti incompleto e sem importância.
Pensar em tudo isso estava me levando a loucura então aquele dia a Hikari-san teve a ideia do aplicativo. Eu não pensei duas vezes, não queria sua atenção de volta. O fato de te ver crescendo, cada dia mais bonita e com novos amigos, enquanto eu estava travado no mesmo ponto, me fez agir como idiota, na minha cabeça logo você estaria namorando e isso eu não podia permitir.
Eu me arrependo de ter usado um nome falso e uma foto falsa, mas não me arrependo de ter te confidenciado e lido suas confidências, ter te divertido e sido divertido por você, ter ficado ansioso a cada barulhinho que indicava que uma mensagem nova tinha chegado. A minha felicidade em ter sua atenção durante todo esse tempo não era falsa.
Talvez você ache bobo, mas você tem irmãos, amigos que moram no mesmo prédio, colegas de escola, sei que é comunicativa então atenção nunca lhe faltou, é inteligente e cativante. Talvez seja impossível pra você, entender tudo o que eu fiz, pois nossas vidas são diferentes.
E se você estiver pensando “mas e a atenção das fangirls” esqueça, essa atenção não é saudável e dessa eu jamais senti falta. Estou falando de atenção de pessoas importantes e você é importante e muito.
E por último, mas não menos importante, me perdoa por ter sido um idiota, mas foi sendo um idiota que eu entendi que te amo.
Ichijouji Ken

Antes que a coragem faltasse cliquei em enviar e deixei o PC ligado a noite toda na esperança de uma resposta, que infelizmente não veio.

Amanheceu em Tamachi, um dia frio e com neve caindo. Mal dormi a noite passada e não quis me levantar tinha medo sobre as perguntas que viriam sobre aquele assunto, me encolhi embaixo do edredom e fiquei alí como se pudesse fugir do mundo. Passou um certo tempo até minha mãe vir bater na porta do quarto pra me chamar para o café.


— Acorda querido, já são quase onze horas.


— Já vou. — Não queria ter que sair dali, mas não queria levar preocupações aos meus pais, nem Wormmon que já me esperava fora da cama. — Bom dia, Wormmon.


— Está passando mal, Ken-chan? Você está com olheiras horríveis. — questionou inocente


— Estou bem.


— Como foi o encontro?


— Não quero falar sobre isso, Wormmon.


— Ah, que pena, eu queria saber. Tudo bem então. — respondeu desapontado.


Saio da cama e nem troco de roupa, estou usando um pijama azul bem quente e confortável, vou até o banheiro e faço minha higiene matinal, quando sigo para tomar o café, chego na sala bem na hora das noticias.


Ótimo, parece que as gravações e fotos do meu contratempo com Miyako caiu em um desses programas de fofocas, com direito a legenda “Ex gênio e prodígio, Ichijouji Ken, leva um fora épico com direito a tapa, na véspera do dia dos namorados”. Bufo contrariado e desligo a TV.


— Quer conversar sobre isso? — Meu pai dobra seu jornal no colo e me olha preocupado.


— Desculpe, acho que não. — respondo devolvendo o cartão que me emprestou.


— Tenha fé nos seus sentimentos e nos dela, se forem verdadeiros e fortes, tudo se resolverá. — Minha mãe fala sorrindo me puxando para me sentar.


— Mas o que deixou a Miyako-san tão furiosa. — indaga um curioso Wormmon.


— Na hora certa eu prometo que contarei tudo. — após dizer isso um silêncio reinou no ambiente.


Pouco comi naquele café, assim como no almoço. Já era fim de tarde e eu estava deitado sob o edredom olhando para o teto, de vez enquanto olhava para ver se meu e-mais tinha sido respondido, mas nada. Wormmon assistia doramas com a minha mãe e meu pai descansava no escritório, a casa estava silenciosa, sempre era.


Então era esse o fim da história? Dia dos namorados terminando e certamente ficará marcado como o dia seguinte da noite em que perdi meu primeiro amor… Err…


Rolei mais algumas vezes, entediado e aflito, quebrado por dentro, sentindo ódio por mim mesmo, até que ouvi batidas na porta.


— Pode entrar mãe.


A porta se abriu e o perfume invadiu o ambiente antes da pessoa, praticamente saltei ficando sentado sobre a cama e lá estava ela, usava uma blusa grossa de lã bege e um short preto, com meias pretas de fio grosso até as coxas, os cabelos estavam sem boina para escondê-los.


— Você está horrível! — brincou abrindo a porta e passando por ela.


— Você também não parece muito melhor. — aponto para seu rosto que também demonstrava que tinha chorado muito.


Da sala ouço minha mãe gritar.


— Ken, nada de porta fechada!


— Mãe! — a repreendo envergonhado e Miyako ri.


— É assim em toda casa,. Quando meus irmãos levam os namorados, meus pais fazem isso e quando eles visitam..


— Mas nós não somos… — a interrompi sem querer. — Nós somos?


— Podemos começar com você me dando um espaço na cama.Está desconfortável ficar em pé olhando pra sua cara de Edward Mãos de Tesoura.


Arredo para a ponta da beliche e ela escala as escadas e se senta colocando a bolsa do lado e meu travesseiro sobre seu colo.


— Então...— digo receoso.


— Então...— repete colocando algumas mechas para trás das orelhas.


— Você leu meu e-mail?


— Li sim.


— E não me respondeu?


— Eu estou aqui. Não?


— Falando comigo, coisa que você disse que nunca mais faria. Acho que é um bom sinal.— estalo os dedos das mãos uma na outra, pela ansiedade.


— Eu não fui totalmente justa, não foi tão sincera como eu disse Sabe porque eu me afastei de você? — a olho confuso. — Porque eu sentia que estava me apaixonando, não queria que isso afetasse nossa amizade. Sei que sou exagerada e sufoco as pessoas, como amiga, imagina como namorada?


— Imagino, mas eu não gostaria só de ter que imaginar. Acho que nós dois já imaginamos coisas demais pelo Tinder, está na hora de imaginar menos e viver mais.


— Hm! Filosofou! — cantarola debochada. — E o que exatamente você sugere?


— Aqueles planos, os sonhos, as raivas e frustrações, se quiser compartilhar comigo pessoalmente? Nós moramos longe, eu sei, mas podemos revezar as visitas.


— Então está formalmente me pedindo em namoro? É isso?


— É isso. — respirei profundamente.


— Está bem então. — ela pega a bolsa e tira um pacotinho de dentro. — Acho que isso é seu.


— Isso é?


— Com certeza é. O chocolate que se dá para o amor da sua vida.


Cobri a boca olhando para o embrulho.


— Nem sei o que dizer ou o que fazer… — meu rosto estava em brasas e meu coração parecia que iria escapar.


— Sugiro que você abra e divida comigo, pois assim que os chocolates que eu trouxe e deixei, Hawkmon e Wormmon, comendo na sala, acabar, eles vão invadir esse quarto exigindo mais.— alertou divertida.


— Tem razão. — funguei constrangedoramente tentando conter as lágrimas que embaçavam meus olhos. — Estão com um cheiro muito bom. — Abri o pacote, mas minhas mãos estavam trêmulas e ela colocou as dela sobre a minha, me ajudando a abrir, em seguida pegou um chocolate e colocou na minha boca.


— É bom? — perguntou com ar de expectativa.


— Sim! Você quem fez?


— Não, eu comprei, ainda não sou muito boa na cozinha. — revelou naturalmente e com certeza eu fiz uma expressão engraçada.


— Pois eu sim, se for do seu gosto, um dia podemos cozinhar algo juntos, posso te ensinar. Sabe se você quiser, se gostar… — ela me calou enfiando outro chocolate na minha boca.


— Eu vou adorar. Agora faz outra coisa em que você é bom. Cala a boca. — e em seguida selou nossos lábios suavemente, bom confesso que engoli o chocolate com a surpresa, sorte que não engasguei e pude retribuir o carinho.


O que a princípio era um doce pressionar de lábios seguia para leves sugadas nos lábios um do outro, o gosto dela era tão bom, quando em meio a tudo isso nossas línguas se encontraram eu senti como se nada mais existisse além de nós e as borboletas em meu estômago explodiram fogos de artifício.


Estávamos mesmo nos beijando, aproveitando, nos explorando naquele contato, que durou pouco, pois como previsto por ela, os chocolates dos nossos parceiros acabaram e eles vieram cobrar mais. A porta se abriu e nos separamos rapidamente, os nossos parceiros ficaram petrificados nos olhando..


— Kyahhhhhhhhhhhhhhhhh! Pai, mãe o Ken-chan e a Miyako-san estão namorando!


Bom, assim meu quarto foi invadido pelos meus pais dando os parabéns e alertando sobre “não fechar a porta” que vergonha! Meus chocolates foram atacados e não só pelos Digimons. E foi assim que a minha melhor amiga virou minha namorada virtual e minha namorada virtual virou minha ex melhor amiga, minha ex melhor amiga virou namorada real, do mundo real e que compartilhando coisas reais, porque o amor é complexo mas não impossível!

15 Juillet 2019 02:23:53 2 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
9
La fin

A propos de l’auteur

Fluttershy 77 Chocolate apimentada, é possível mesclar o mais intenso dos romances e apimentá-lo com as melhores sensações que o erotismo pode oferecer? Talvez seja. Eu, a doce Fluttershy, estou aqui para convidar vocês para meu romântico e impuro habitat natural. Quero te sentir aconchegado em meu âmago suspirando e vibrando a cada parágrafos. Deixa eu te seduzir?

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Aniram Sairaf Aniram Sairaf
Essa fic é muito linda! Nunca é bom começar nada com mentirinhas, pois essas começam pequenas e vão tomando proporções inesperadas. Foi o que aconteceu aqui, o Ken queria a atenção da Miyako só que a teve de modo errado, Perfil fake, obviamente isso ia acabar em desilusão, quando o perfil dele sumiu ela se sentiu enganada e iludida. Ainda bem que os amigos foram compreensivos e ajudaram ele, mesmo que a primeira tentativa não tenha saído como o esperado. Os digimons as vezes ajudam tanto e tem vezes que tanta inocência deixa os parceiros em uma fria 🤣🤣 o e Wormmon passou o relatório matinal 🤣🤣 Amei a conversa deles, primeiro o Ken mandou um e-mail, mas a resposta não veio como ele esperava e sim melhor, a Miyako foi até o apartamento. Como foi fofo esse pedido de namoro. " Nada de porta fechada" 🤣🤣🤣 essa frase me fez ter uma nostalgia 🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰 Amei o capítulo diva
July 16, 2019, 00:42
Lu Inoue Lu Inoue
Essa Fic é maravilhosa e sempre é bom ler novamente e saber que mais pessoas estão tendo a oportunidade. É fofo pois tem muito a ver com a personalidade do Ken, se sentia sufocado, mas sentiu falta de ter a atenção exagerada da Miyako. Ele foi bem infeliz em enganar ela com um perfil falso, mas teve o lado bom. O tapa foi merecido, mas o perdão foi lindo. Beijos, escreva mais.
July 15, 2019, 11:50
~