caramelosama Caramelo Sama

Pisoteado, abalado, destroçado, magoado, negligenciado, abandonado e acabado eram ótimos sinônimos para definir Toneri Otsutsuki. Um homem com o coração partido e remendado com bastante álcool, mas que ainda sim suspirava com a lembrança da morena. Aquela ingrata que havia roubado seu coração e fugido com ele para sempre. Se Hinata houvesse mastigado e engolido seu coração a dor com certeza seria menor. Desafio BugBattle | Fanfiction escrita em 2019


Fanfiction Anime/Manga Interdit aux moins de 18 ans.

#BugDoMilênio #bugbattle #naruhina #tonehina #naruto #DesafioNacional
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Um dia eu vou atualizar minhas Fanfics antes de começar outras, mas enquanto esse dia não chega eu sigo plena.

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27 de Junho de 2019

— O quê diabos está acontecendo aqui?

Havia alguém atrás de si, talvez fosse mais de uma pessoa, talvez não. Sabia apenas que alguém estava às suas costas, balburdiando como um chimpanzé. De qualquer forma não se importava nem um pouco. Apesar de querer mandar que o sujeito parasse de estorva-lo, não achava que valia a pena. Que se danasse, não queria saber. Estava de saco cheio, completamente destruído por dentro e não fazia mais diferença continuar a ouvir o barulho que vinha de trás ou não.

— Alguém quer fazer o favor de explicar?

— Primeiro não seria melhor tirar ele de lá? Digo, o termômetro está marcando 10°C.

Ouvia vozes, muito provavelmente era mais de uma. Não entendia com perfeição as palavras ditas, porém também não fazia questão. Não fazia questão de mais nada senão beber até o último gole do que quer que estivesse dentro da garrafa em uma de suas mãos. Não lembrava-se com exatidão como aquela garrafa fora parar consigo, para ser sincero nem sequer lembrava-se de como havia chegado na praia. Isso se realmente estivesse na praia, mas podia jurar que sim. Dava para sentir as ondas se quebrando sobre seus pés descalços.

Não fazia ideia de onde estavam seus sapatos, isso se possuísse sapatos. Todavia não era algo relevante a se pensar, dado em conta que não sentia frio. A água se encontrava relativamente morna, ainda que ouvisse o vento assobiando em seus ouvidos. Ora ou outra atirando areia em seu corpo — não que se importasse também, claro.

Tinha total certeza de que suas roupas brancas estavam imundas. Molhadas pela maré e pegajosas por conta da areia úmida onde estava sentado. De qualquer forma não conseguia olhar, se pela visão embaçada ou a escuridão da noite, jamais saberia dizer.

— Certo, eu vou.

Pode ouvir passos se aproximando de si e, logo em seguida, uma mão tocou seu ombro. Com certa dificuldade conseguiu levantar a cabeça — só então notando que a tinha entre ambas as pernas abertas — e olhar para o sujeito que balançava uma das mãos em frente ao seu rosto, tal qual se fosse algum idiota.

— Toneri? — o homem, parecia um homem, se agachou ao seu lado enquanto lhe encarava. — Vamos embora ou você vai acabar morrendo de hipotermia. Não que eu me incomode com isso, mas não quero ser acusado de negligência com vulnerável ou coisa do tipo.

— Urashiki! — uma voz repreendeu do fundo e a pessoa ao seu lado deu de ombros, desculpando-se. — Ashura, você poderia, por gentileza, ajudar seus primos?

— Claro vó. — não tardou a perceber que outra pessoa parava ao seu lado, essa porém apenas se inclinou em sua direção, sem abaixar-se. — Hey, Toneri? Consegue me ouvir? Olha cara, ‘tá um frio da desgraça aqui. Vamos embora?

Encarou por um segundo o homem ao seu lado, ou o que pareceu ser um segundo. Talvez houvesse sido mais tempo, não tinha certeza. Diferente do que se encontrava a sua direita, podia notar que os cabelos deste eram escuros. Castanhos? Negros? Ah, não tinha importância. Não mudaria nada em sua vida saber a cor dos cabelos daquela criatura.

Eu… — sua voz saiu estranha, embolada. Sabia que era sua por sentir a garganta arder com a tentativa de fala, pois do contrário não reconheceria. — Eu num vô a luga neum contigo, não. Num ti comheçu.

O homem à sua direita riu, retirando a não de seu ombro e colocando-a sobre o abdômen conforme ria de algo. Devia ser muito engraçado, porque ele parecia se divertir bastante. Queria poder rir também, como ele, mas não possuía motivos para rir. No momento, a única coisa que sentia-se capaz de fazer, era beber e chorar. Chorar toda sua dor para fora de seu corpo e, se tudo ocorresse conforme o que estava planejando em sua cabeça, desmaiar por uns minutos para que as vozes ao seu redor se calassem.

— Claro que você me conhece, nós somos primos, lembra? — o cara a sua esquerda voltou a falar, gesticulando para si mesmo. O analisou de cima a baixo, tentando descobrir quem ele era.

Indran? — questionou, novamente sendo atordoado com as risadas do ser que estava do seu outro lado.

— É Indra, não Indran. — uma voz, aparentemente severa, corrigiu lá de trás. — E não, esse aí é o Ashura. Indra sou eu.

Num mi importro! — tentou se virar, a fim de responder diretamente a quem havia se dirigido à si, porém caiu deitado na areia antes que tivesse a chance.

Nesse momento o mundo inteiro girou enlouquecidamente. Era como se houvessem o posto em um globo de neve e chacoalhado o mesmo. Ou então o colocado dentro de uma daquelas bolas para hamster e empurrado-o ladeira abaixo. Sentia seu cérebro balançar dentro de sua cabeça, de um lado para o outro, fazendo com que ficasse atordoado. Seus olhos reviraram nas órbitas e isso causou-lhe uma ânsia horrível. Sua tontura parecia ter se transformado em piche e descido por sua garganta, amontoado-se em seu estômago como uma serpente que se enroscava ao redor de seus órgãos. Havia um nó formado em sua laringe, ou seria faringe? Provavelmente nem uma das duas, mas ainda sim havia algo como um nó. Algo que lhe dava vontade de morrer, tamanho era o desconforto que lhe tomou.

As vozes ao seu redor se tornaram mais urgentes e um par de mãos tentou içalo-lo para cima, sem sucesso. Não conseguia mais sentir os membros de seu corpo. Onde estavam suas pernas afinal de contas? Tinha pernas, não tinha?

Um desespero se apossou de si ao tentar mover as pernas, falhando em ao menos senti-las. Tinha certeza que a meia hora atrás possuía um par de pernas, sendo assim, onde elas haviam ido parar?! Por mais que tentasse movê-las, não conseguia o fazer. Não conseguia sequer sentar-se para averiguar se ambas ainda estavam onde deveriam estar. Tinha ciência de que expressava seu desespero em palavras, sabia que estava falando algo em voz alta, apesar de não ouvir sua própria voz. A tontura era tanta que até mesmo as outras vozes se calaram, tal como som das ondas ou mesmo do vento.

Foi então que, em um ato involuntário de seu corpo, virou-se para um dos lados, atormentado pela ânsia pavorosa na boca de seu estômago, e despejou tudo o que havia ingerido nas últimas horas. O líquido morno que saia de sua boca sem controle, sufocando-o ao impedir sua respiração, fedia e sujava suas mãos. No entanto só o que foi capaz de fazer era continuar colocando tudo para fora, incontrolavelmente. Arfando nos intervalos curtos que existia entre uma gorfada e outra.

Quando terminou de vomitar seus intestinos, estava cansado e com sono, mal dava importância para o peito e as mãos banhadas com seus fluidos estomacais.

— Puta que pariu, que nojo. — Urashiki, se bem se recordava, já não estava mais ao seu lado. Agora ele se encontrava de pé, um tanto quanto afastado. — Ele vomitou nos meus pés!

— Pare de reclamar e ajude seu irmão a levantar. — a voz feminina de antes, agora, parecia muito mais clara ao seus ouvidos.

Issu é tudo cupa dela! Pro que ela fez issi cumigo? Serasse que ela num gotava do meu perfume?

Ainda que cansado, a vontade de chorar permanecia lá, apesar de não saber mais o que o fazia querer chorar. Tinha uma vaga ideia de que havia uma mulher envolvida, mas não podia afirmar nada.

Também não podia afirmar em que momento dois pares de mãos o ergueram do chão e o arrastaram para dentro de um carro — estacionado próximo a um quiosque fechado. Ou então quando foi colocado sentado no banco de trás, com alguma coisa envolta de seu corpo, mantendo-o firme no assento. Assim como não fazia ideia sobre quem eram aqueles dois homens nos bancos da frente. Um deles, o sentado no lugar do carona, reclamando de seu cheiro.

Era tão ruim assim? Talvez fosse por isso que ela o havia largado, não?

— Vó você vem com a gente. De jeito algum que o Urashiki vai entrar no meu carro todo sujo de vômito.

Ainda tinha gente falando?

— Indra, isso não importa agora.

— Fala isso por que não é o seu carro. — Indra respondeu. — Ele não vai com a gente, Ashura.

— Tanto faz, não precisamos brigar por isso. — a voz de mulher surgiu novamente, mas não conseguia vê-la. Não conseguia ver ninguém. Seus olhos pareciam colados, incapazes de se abrir. — Kinshiki eu vou com os garotos, nos encontramos em casa. E você, Momoshiki, pare de fazer essa cara e ligue para meu filho avisando que encontramos o Toneri.

Um resmungo foi ouvido, antes que alguém abrisse uma das portas de trás e se sentasse ao seu lado. Logo o carro já estava em movimento e o vento frio da noite entrava pelas janelas escancaradas. Não sabia para onde estava indo e nem com quem estava indo, não obstante a inconsciência o embalou em pouquíssimo tempo, sequer lhe dando a chance de questionar.

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História escrita para o desafio do Bug do Milênio do grupo/página Fanfics Naruto Shippers. Inspirada na música Renata Ingrata.

29 Juin 2019 01:18 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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