miewgic Mimi

Quanto mais tentam, mais fundo afundo... ... e mais definho. eu.. só quero que parem. Agora © miewgic | Yasmin de Carvalho 26.06.2019, 21:02hs.


Fanfiction Interdit aux moins de 18 ans.

#kim-namjoon
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einzigartig


Eu só quero que parem. Agora. Por favor...


Não aguento mais esse falatório, essas promessas impossíveis e essas falsas esperanças. É insuportável, é cruel, é desnecessário.


Eu sei que vou morrer, sempre soube. O tempo corre contra mim desde o dia em que nasci, e cresci sabendo que morreria muito antes do que se é considerado normal.


Minha doença progrediu drasticamente com o passar dos anos e chegou a um ponto que tratamento nenhum mais surte efeito. As dores são constantes, às vezes, mal consigo abrir os olhos e é tremendamente irritante ter que ouvir as pessoas me dizendo como devo ou não me sentir sobre a minha vida e a minha morte.


"Não tenha pensamentos ruins."


"Pense positivo, meu bem, você vai melhorar."


"Não fale assim, filhinho, você vai se curar, seja mais altruísta."


Ugh, altruísta o escambau. Não são eles que sentem a dor que eu sinto, não são eles que acordam de três a quatro vezes toda madrugada para vomitar até que suas gargantas queimem por culpa do ácido estomacal, não são eles que vem diariamente o seu reflexo definhando, como se já estivessem mortos.


Minha família, com essa mania hipócrita de religião e fé, pedem todos os malditos dias por um milagre, por uma cura, mas nada disso acontecerá. A cura não virá e eu não vou ficar bem.


Eu vou morrer. Sei que vou morrer. E sei que não vai demorar pra acontecer.


Meu nome é Kim Namjoon, tenho 25 anos e estou há um passo da cova.


É, a realidade dói, mas afinal, o que em minha vida não dói?! Não faço ideia. Na verdade, nem me lembro quando foi a última vez que passei um dia inteiro sem sentir dor, seja ela física, emocional ou psicológica.


Sentado nessa poltrona, em frente à mesma janela do mesmo quarto que passei os últimos anos, só consigo pensar em como minha existência fora completamente desperdiçada.


Nunca fiz nada de realmente produtivo, nunca realizei meus sonhos e nunca dei um propósito a minha existência.


Cada doloroso dia desses longos vinte e cinco anos se arrastou como correntes presas à halteres. Não houve um momento sequer em que eu realmente sentisse esperança. Nem mesmo quando eu era apenas uma criança, pura e inocente... Aprendi desde muito cedo a dissimular meus sentimentos, a mentir, apenas para não magoar as pessoas ao meu redor.


Acontece que eu cansei. Simplesmente cansei. É árduo demais carregar todo esse peso sozinho e eu... Simplesmente não quero mais fazer isso. Não quero mais forçar expressões esperançosas ou dar atenção ao bla bla blá repetitivo de médicos e tios chatos, que insistem na ilusão de que tudo vai se ajeitar e que eu vou ficar bem. Não quero mais isso, não quero mais forçar essa falsidade. Não quero mais afastar o inevitável. Não quero mais insistir nisso, não mais. Assim como não quero mais 'lutar'.


Eu não quero mais fazer isso. Não quero. E eu quero que eles parem.


Não adianta mais, não tem mais porque gastar todo esse tempo e dinheiro comigo, que não tenho mais salvação. Deveriam usá-lo com alguém que realmente tenha chances de cura. Alguém como Jin. Ah, meu doce Jin...


Kim Seokjin era seu nome. 26 anos, rosto lindo, corpo escultural, mente sagaz e os lábios mais lindos que já tive o prazer de encarar. Também era paciente terminal mas, no caso dele, havia uma esperança, mas tiraram isso dele.


Infelizmente, diferente de mim, Seokjin não tinha condições de bancar os melhores tratamentos, dependia da assistência do governo e dos planos de saúde social, que ajudavam com os custos, mas isso não era o suficiente. Há alguns meses, Seokjin piorou e um novo tratamento, completamente experimental e ainda em fase de testes seria sua grande chance mas.... Ele não fora selecionado para as vagas de teste.


Mas eu fui.


Eu fui selecionado para o maldito tratamento e só fiquei sabendo disso uma semana depois que Seokjin...


Eu nunca odiei tanto os meus pais como odiei no momento em que me contaram isso. Porque eles sabiam. Sabiam que Jin precisava desse tratamento muito mais do que eu, sabiam que para ele, havia esperança e principalmente: eles sabiam que eu não queria mais fazer aquilo. E ainda sim, tiraram a chance de vida de alguém que realmente queria viver, para forçá-la a mim, goela a baixo, exatamente como faziam com os comprimidos quando eu era pequeno.


Seokjin morreu pelo egoísmo dos meus pais e é fato: eu morri junto com ele.


Nunca houve uma pessoa, em toda a minha vida, que eu tenha amado como eu o amei. Pois é... A desgraça maldita da minha doença me trouxe pelo menos uma coisa boa e ela atendia por Jin-hyung.


Céus! Como ele era incrível... A risada engraçada e escandalosa me fez sorrir desde a primeira vez que tivemos contato, durante um processo intravenoso. Eu estava enjoado e ele viu alguma coisa no celular e começou a rir, ou melhor, gargalhar. Ele riu tanto que começou a sentir falta de ar, e por consequência, sua risada me distraiu da ânsia que quase me sufocava. Tempos depois, soube por ele mesmo que tudo fora apenas um pretexto para tentar puxar conversa comigo.


É, esse era Seokjin, expansivo, bem-humorado, divertido e terrivelmente esperançoso. Jin tinha uma sede pela vida, um desejo quase ardente de viver tudo o que pudesse e o que não devesse. Era apaixonado pela vida, mesmo com todos os problemas. Ele claramente, sentia tesão em viver. Com ele, tive os meus melhores momentos... Os abraços mais apertados, os beijos mais doces, os toques mais ousados, as memórias mais lindas... E as mais dolorosas também.


Seokjin foi como uma estrela em minha vida, na verdade, ele foi o próprio sol. Ele foi a única coisa que me manteve vivo, verdadeiramente vivo, durante esses últimos meses. O tempo que passamos juntos foi o melhor, sem dúvida o mais perfeito de toda a minha vida.


Não menti quando disse que nunca tive esperanças em toda a minha existência mas, enquanto Jin esteve comigo, eu verdadeiramente cheguei perto do que seria isso.


Depois de sua sutil artimanha para chamar minha atenção, trocamos contato e começamos a conversar. No começo, confesso, tentei afastá-lo. Ele sempre se mostrava totalmente imune ao meu mal-humor ou as minhas pequenas grosserias; sempre respondia tudo com um sorriso de canto e um tom astuto, e quando sorria abertamente, seus olhos se fechavam por completo e eu, num desses raros momentos de tranquilidade, o observei mais do que deveria.


Foram longos segundos admirando seu rosto, até me dar conta que de fato, eu o admirava, não apenas o observava. Ele era lindo, em tantos aspectos possíveis... Foi impossível não cair em seus charmosos encantos.


Com o passar dos dias, nos tornamos amigos, e lentamente, comecei a enxergar a minha vida através dos olhos dele. Comecei a falar mais, a opinar mais, até a sorrir mais. Meus pais pareciam felizes por mim, mas algo neles me incomodava, ainda que eu não compreendesse exatamente o que era.


O tempo pareceu voar, contra ou à favor de nós, não sei ao certo, mas posso garantir que foram necessárias poucas semanas para que eu me visse completa e irrefutavelmente apaixonado por Kim Seokjin.


Quando percebi isso, me senti apavorado... Tive medo, muito medo. Medo não apenas da rejeição, mas principalmente medo por finalmente estar sentindo algo. Sentir sempre fora algo problemático para mim e, ver que com tão poucos esforços, aquele garoto bonito de dedos tortinhos e rosto expressivo me tinha completamente em suas mãos, me deixou terrivelmente preocupado.

Mas aí, já não havia mais nada a se fazer...


Durante uma de nossas longas conversas, Jin me contou como havia se assumido corajosamente para sua família, quando tinha apenas 16 anos e como todos o acolheram e o compreenderam tão bem e sem julgamentos; enquanto ouvia sua narrativa, senti meu peito se preenchendo de um sentimento morno, ao passo que certa tristeza também se fazia presente, pois eu não sabia se isso aconteceria comigo também, se fosse eu em seu lugar.


Em seguida, quando concluiu sua história, ele me questionou sobre como eu me sentia, sabendo agora que ele era gay. Como eu me sentia? Normal, na verdade, me sentia até bastante em expectativa, crendo que talvez eu não fosse massacrado por meus sentimentos.


Obviamente, eu não negaria tais sentimentos, nem queria fazê-lo, agora, dizê-los em voz alta, já era algo bem diferente. Seokjin me observava, em expectativa e eu queria responder-lhe, mas não sabia como. Sentia minhas mãos suarem e minha mente dar mil e uma voltas, achei até que fosse ter uma crise de pânico, mas graças aos céus, tudo se acalmou.


Eu precisava respondê-lo e rápido, não queria que ele tivesse pensamentos ruins por conta da minha demora.


Felizmente, meu subconsciente agiu por mim, dando a ele, minha verdadeira resposta; quando notei, meus dedos trêmulos já eram capazes de sentirem a maciez da bochecha de Jin, que me encarava, ansioso. Seus olhos brilhavam como se fossem duas estrelas e mais uma vez, me perdi em sua beleza. Quando dei por mim, já havia me aproximado um pouco mais, encurtando a distância entre nós. Em certo momento, parei, dando a ele espaço caso quisesse recuar e quase chorei de alegria quando não o fez. Por fim, usando meu último fio de coragem, juntei minha boca à de Jin.


O toque era suave, sutil, mas suficientemente capaz de causar uma histeria dentro em meu peito. Nunca imaginei que um simples beijo pudesse ser tão recheado com tantos sensações e emoções juntas.


Achei que não poderia ficar melhor, mas ficou, quando Jin deliberadamente arrastou seus dedos tortinhos, prendendo-os aos fios da minha nuca, me arrepiando enquanto aproximava mais nossos corpos e aprofundava o contanto entre nossas bocas, causando suspiros em ambos.


Aquele fora, sem dúvida, o melhor beijo da minha vida; era profundo, mas não afobado, intenso, mas cuidadoso, suave, mas não inocente. Foi... Perfeito, simplesmente perfeito.

E, naquele momento, sob o sol fraco de fim de tarde, naquele terraço alto, enquanto nos beijávamos de uma forma que nunca imaginei ser possível, de uma forma que nunca sonhei vivenciar, eu tive certeza: Seokjin era a tradução de perfeição.


Depois disso, fora impossível disfarçar o que eu sentia... E na verdade, nem me importei com isso. Pela primeira vez em toda a minha vida, me senti leve, quase como se estivesse flutuando, e isso tudo graças à ele.


Seokjin me envolvera em sua aura luminosa e eu já não era capaz de me enxergar fora dela... Tudo ao redor parecia tremendamente mais suportável quando ele estava por perto, até mesmo os terríveis remédios pareciam balinhas, quando ele me olhava daquela forma, ingênua mas ainda sim, muito conhecedora do mundo.


O que se deu a seguir fora minha clara aceitação e compreensão referente ao que eu sentia por ele. Curioso, eu nunca havia pensado sobre minha sexualidade, afinal, nunca houvera razão ou tempo para desperdiçar com algo tão banal quanto isso, por essa razão, nunca me questionei sobre o que ou quais coisas me agradavam. Mas, diante daquele garoto eu soube, não interessava o que eu era. Eu amava Kim Seokjin e se isso significasse que eu era homossexual, que seja. Eu seria qualquer coisa por ele. Qualquer coisa.


Dias se passaram e tudo entre nós seguia de forma mansa e tranquila, mas faltava algo e eu sabia o que era. O próximo passo a ser dado também partiu de mim e alguns dias depois movido por uma imensa coragem, eu o pedi em namoro, recebendo como resposta muitos "sin's" e vários beijinhos pelo rosto.


Naquele dia, passamos a tarde toda no terraço do hospital, local esse que se tornara nosso ponto de encontro, o nosso pequeno refúgio, nosso reduto seguro, distante de todas as sujeiras mundanas. Lá, éramos só NamJoon e SeokJin, dois garotos apaixonados, que decidiram deixar de lado a contagem regressiva que marcava a progressão de suas doenças, para apenas viverem o hoje, o agora.


As semanas seguintes foram... As melhores. Simplesmente as melhores.


Seokjin e eu passávamos todo o tempo possível juntos e até estranhei quando meus pais ofereceram o quarto de hóspedes em nossa casa, para evitar que ele gastasse dinheiro à mais com as internações para os procedimentos semanais. Jin morava em uma cidade próxima a Seul, então viajava pelo menos 5 vezes na semana para as consultas e tratamentos. Era uma despesa e tanto e, quando meus pais ofereceram uma estadia permanente, quase chorei em gratidão.


Ele relutou muito até aceitar, mas no final das contas, o convenci.


Nosso convívio daí em diante evoluiu mais e mais, ao ponto de por vezes dividirmos o mesmo quarto, a mesma cama, mas sem segundas intenções, pelo menos não da minha parte. Eu o respeitava, muito mesmo, e pra mim, toda aquela história de relacionamento entre duas pessoas do mesmo sexo ainda era muito nova, mesmo que eu nunca tenha achado isso algo ruim. Era como se um novo universo, colorido e reluzente tivesse se aberto a mim, mas eu ainda não estivesse pronto para mergulhar de cabeça.


Sempre me considerei bastante aberto quanto assuntos dessa natureza, mas confesso que ainda me sentia levemente constrangido com momentos mais íntimos, como um dia, quando ele saiu do banho e nos esbarramos no corredor e eu o vi apenas de toalha. Seu corpo era lindo e por Deus, como eu quis tocá-lo. Naquela noite, tive sonhos nem um pouco inocentes comigo e Seokjin, nus em uma cama.


Daí em diante, se tornou mais complicado lidar com meus desejos recém descobertos, mas não ultrapassamos nenhum limite sem o consenso total um do outro. Éramos lentos no avançar de nossa relação, não só por ele, mas por mim também e principalmente por meus pais, que não sabiam de nada ainda. Não que eu tivesse vergonha, que forma alguma! Eu só ainda não havia achado o momento certo de lhes contar...


Numa noite, quando meus progenitores saíram para uma festa e disseram que passariam o final de semana fora de casa, numa curta viagem até a casa de campo de um amigo, as coisas... Esquentaram bastante.


Estávamos no meu quarto, assistindo um filme qualquer quando, der repente, uma cena romântica começou a ser exibida e por alguma razão, me senti incomodado com isso. Percebendo meu estado, ele perguntou se estava tudo bem e eu assegurei que sim, apenas porque eu não sabia como responder o estranho desconforto que eu sentia no pé do estômago.


Uma das coisas que eu mais apreciava na personalidade de Seokjin, era sua habilidade de ler as situações, mesmo quando elas pareciam nubladas demais. Sendo assim, foi fácil para ele descobrir que na verdade, havia uma parte de mim envergonhada pela cena que discorria na TV, enquanto a outra parte tinha vontade de reproduzir o conteúdo exposto na tela plana.


Sendo assim, ele decidiu tornar as coisas mais fáceis, quando, me observando com cuidado e agindo com lentidão, se acomodou em meu colo e me beijou intensamento. Foi instantâneo, como se fogos de artifícios estourassem dentro de mim.


O beijo progrediu mais e mais e quando percebi, já vestíamos apenas nossas roupas de baixo. Ainda que algo em mim queimasse em desejo, o medo ainda parecia vencer aquela batalha e quando, com coragem extrema, expressei meus receios, recebi em troca todas as certezas que em faltavam.


Naquela noite, Seokjin e eu fizemos amor pela primeira vez...


E nunca, em toda a minha vida, eu sequer imaginei que um momento como esse pudesse ser tão sublime, tão celestial, tão.... Genuíno.


O despertar na manhã seguinte me garantira a visão mais linda que meus olhos já puderam observar: o corpo nu do amor da minha vida, acomodado ao meu, ambos embolados no meio dos lençóis brancos. O quarto, a pele, o ar, tudo estava diferente. Eu me sentia diferente. Meu olfato parecia reconhecer única e exclusivamente o cheiro dele e por toda parte, o nosso cheiro impregnado nos móveis apenas confirmava que a noite anterior não fora um sonho.


Pertencer a Seokjin foi, sem dúvida alguma, a única coisa certa que fiz em toda a minha vida. Aquele garoto foi a única pessoa que amei e seria a única que amaria, de agora ao infinito!


Os dias seguiram calmos... Jin e eu nos amávamos sempre, repetidamente, com sorrisos e juras de amor eterno e tudo ia bem... Mas, como a vida não é um sonho, uma hora, o despertar nos arranca do paraíso.


Era madrugada, quando ele acordou passando mal, uma tremenda falta de ar. O levamos as pressas ao hospital e ele precisou ser internado. Detectaram o princípio de uma infecção respiratória e precisavam tratá-la, com urgência.


Dias viraram semanas e gradativamente, meu amor piorou... As idas constante ao hospital se tornaram uma internação permanente. Nos últimos dias ele mal conseguia ficar acordado.


Disseram que um novo tratamento estava prestes a ser implementado e eu prontamente o inscrevi, totalmente contra a vontade dos meus pais, mas ele não me importavam mais. Depois da reação deplorável que tiveram quando finalmente lhes contei sobre nosso namoro, nada mais que viesse deles me atingia.


Era o que achava...


Um dia, eu estava cochilando quando minha mãe me acordou, havia uma ligação para mim. Era Dr. Choi, do hospital.... Jin havia piorado e.... queria se despedir.


Ouvir a palavra despedida nunca me afetou, mas me destruiu em um zilhão de pedacinhos, quando proferida sobre o amor da minha vida. Naquela tarde, corri ao hospital, desesperado, aos prantos, nem sei como não causei um acidente.


Chegando lá eu o encontrei... O médico me disse que fariam o possível para mantê-lo confortável, mas que.. não haviam boas chances. 'Ele pode não passar dessa noite' ele disse e nesse momento, senti como se não houvesse mais um chão sob meus pés. Quando questionei o que poderia fazer, ele sugeriu que o levasse para casa e eu o teria feito, se os podres dos meus pais não tivessem tido a ideai escrota de dar uma festa. 'Não podemos ter médicos e aparelhos hospitalares em casa, querido, vai arruinar a decoração'. Inferno. Queria eu arruinar a cara deles!


O que me restou foi a aceitação de que não poderia dar a ele, um local mais confortável no que julgavam ser sua última noite. Mas não importava. Eu estaria ao lado dele, até o fim.


No fim da tarde, ele melhorou um pouquinho, até comeu... Pediu para ir ao terraço e mesmo me opondo, por causa da friagem, fomos. Passamos a noite inteira conversando. Ele me contava suas histórias e eu o abraçava apertado. Dormimos sobre as estrelas, ele dormiu...


Quando acordei, o dia ainda amanhecendo, o encarei aflito, e ele permanecia ali, em meus braços, o rosto sereno, a corpulência calma, sem nem um mísero movimento.


Seokjin partiu sob um céu estrelado, numa noite muito bonita.


Depois daquele dia, nunca mais voltei ao terraço. Fora assustador o escândalo que fiz, gritando seu nome enquanto o apertava em meus braços; me tiraram a força e eu quase fui sedado, mas minhas medicação não permitia isso.


O enterramos no dia seguinte. Eu o enterrei, na verdade. Fiz tudo sozinho e apenas eu e pessoas próximas fomos ao sepultamento. Daquele dia em diante, a minha vida parou no tempo.


A minha contagem de segundos para a minha morte voltara a ser meu passatempo favorito e eu simplesmente estagnei. Não sai mais do quarto, apenas para as consultas das quais fui obrigado a seguir.


Uma semana depois de sua morte, fui informado que magicamente, meu nome havia sido escolhido pro tal tratamento e assim, tive a maior e pior briga que já tive com meus pais. Gritei, xinguei tanto que fui parar no hospital com princípio de infarto... Só princípio. Nem mesmo meu coração de merda conseguia parar por vontade própria!


E é assim que minha vida tem sido... Vida não, sobrevivência, porque só vivi enquanto pude ter a felicidade da companhia de Kim Seokjin ao meu lado. Cada dia tormentoso dessa existência fadada ao fracasso, tem consumido as forças que já não tenho.


Não aguento mais... Não há mais nada que me prenda nessa terra.


E aqui, sentado nessa poltrona, no mesmo quarto onde vivi os momentos mais perfeitos da minha vida, me pergunto como teria sido a minha vida se Seokjin tivesse entrado nela antes. Teríamos sido amigos desde o princípio? Ele teria gostado de mim se tivéssemos nos conhecido num universo onde nenhum de nós estivesse doente? Teríamos nos casado? Adotado crianças? Eu bem que teria gostado...


Se fechar os olhos, consigo imaginar... Uma casinha simples, sem tantos luxos supérfluos, um monte de bebês gordinhos sorrindo e marquinhas de mãozinhas sujas de tinta pelas paredes. Eu adoraria ter tido a chance de construir uma família com ele... Seríamos tão felizes.... Eu o amaria todos os dias, todas as horas, minutos e segundos e jamais soltaria sua mão.


Ah sim, se eu fechar os olhos eu posso ver... Seokjin sendo meu futuro, o mais doce, o mais pleno. Meu futuro perfeito.



...



Não sei o que houve ou quanto tempo de passou, mas quando abri meus olhos, tudo ao redor estava diferente. Eu não estava mais em meu quarto e aquela não era a minha boa e velha janela.


Os lençóis sobre meu corpo pinicavam um pouco e o cheiro forte de éter, juntos, só significavam uma coisa. A porta se abriu e meus olhos encontraram os aflitos de minha progenitora.


_ O que... O que aconteceu? - Perguntei, forçando meus músculos a colaborarem com a tarefa de me sentar.


_ Você desmaiou querido. Quando fui ao seu quarto levar seu chá, você já estava inconsciente.


Concordei, demonstrando compreensão, ainda que não me lembrasse de nada mais anormal que o anormalmente normal, que pudesse ter ocasionado isso.


_ Nós conversamos com o médico... - Começou ela. Ah não, de novo não.


_ Mãe, por favor, não vamos recomeçar com isso...


_ Eles já iniciaram os testes, querido. É chegado o momento.


_ Eu já disse que não vou fazer isso, mãe. Entenda e aceite.


_ É o melhor para você, querido.


_ Acho que já sou grandinho o suficiente para saber o que é melhor para mim e tomar decisões sobre a minha vida.


_ Sim, eu sei, mas...


_ Se sabe, então respeite, por favor. Não vamos mais falar sobre isso. Eu já tenho idade, capacidade e consciência suficiente para escolher o que eu quero para mim e eu já escolhi. Não vou voltar atrás. - Falei, irritado; a velha dor de cabeça chegando para fazer companhia, como sempre acontecia em situações onde discutia com meus pais.


_ Querido...


_ Mas que inferno, mãe! Será que você não cansa? Sempre decidindo tudo por mim, como se eu ainda fosse uma criança e não um homem, adulto, em pleno uso de minhas faculdades mentais! Isso é um absurdo! Não sou uma marionete que você e meu pai controlam e guiam como bem querem. Não vou fazer o que vocês querem só para alimentar o egocentrismo de vocês, para sentirem que assim, estão demonstrando um amor que vocês nunca sentiram. Já chega. Estou farto disso. - Bufei, cansado.


_ Namjoon, querido...


_ Eu já falei, mãe. O assunto está encerrado. Eu já tomei a minha decisão. Não vou fazer merda de tratamento nenhum! Pelo amor de Deus, não insista mais! - Me alterei um pouco mais, percebendo que meu pai se juntara a ela e ambos me encaravam sem expressão alguma. Não havia raiva, decepção ou pena, apenas um branco completo. Como sempre.


_ Está bem querido, não se preocupe. Você não deve se estressar... Descanse. Amanhã, você começará o novo tratamento, ok?! - Disse ela sorrindo, como se eu não tivesse dito nada.


Antes que eu pudesse retrucar, meu pai se pronunciou, apressado.


_ Agora nós já vamos, viu filho?! Temos um jantar importante, com alguns acionistas da empresa. Descanse bem para recomeçar o tratamento. Voltamos amanhã. Vai ficar bem sozinho não é?! Eu sei que vai. Durma bem filhão. - Seu sorriso forçado enquanto puxava minha progenitora para fora do quarto era quase hilário, se não fosse completamente repulsivo.


Suspirei, sentindo cada átimo de mim desabar, mais uma vez. Novamente, me sentia um lixo. Mais uma vez, ele escolheram por mim, tomaram uma decisão cabia apenas a mim! Mais uma vez, subjugado às suas vontades. Mais uma vez, escolheram por mim. Mais uma vez, não pude opinar sobre minha própria vida... Ou morte.


Mas dessa vez, as coisas não vão ficar assim. Dessa vez, eles não vão me controlar. Não vão vencer. A situação não precisava chegar a esse ponto, mas foram eles escolheram isso. Então, que assim seja.


...


Os andares mudavam vagarosamente, o elevador se movendo suavemente em sua subida. Cada número sendo substituído pelo seu sequente com extrema vagareza, como se daquela forma, pudessem me impedir de consumar o inevitável.


Mas nada me pararia... Ah não, a única coisa capaz de me fazer mudar de ideia não estava mais ali para me trazer algum alento então... Porque continuar? Para quê seguir em frente? Insistir não valia mais a pena


Enquanto a caixa metálica me levava ao último andar, eu era capaz de sentir as pulsações do meu coração, compassadas e lentas, muito diferente de como eu imaginava que seria.


Incrível como tudo dera certo; extraordinário como foi simples.


Tudo fora ridiculamente mais fácil do que eu esperava. Bastou um pedido à doce enfermeira, meu celular, uma ligação, papel e caneta e... Feito. Estava pronto.


Engraçado pensar como, sozinho e sem temor, arrumei toda a merda que meus pais fizeram durante não apenas minha vida inteira, mas principalmente nos últimos meses.


Meus progenitores sempre se acharam superiores, os donos do mundo, controladores do ar ao nosso redor; eles achavam que podiam ordenar que o tempo parasse, se assim eles quisessem e, para minha infelicidade, muitas vezes, conseguiam o que queriam, mesmo que isso significasse a queda ou prejuízo de algum inocente.

Eu mesmo fui, mais de uma vez, usado e manipulado apenas para que eles atingissem seus objetivos.


Mas dessa vez, tudo será diferente. Esse será o meu tão aguardado gran finale. Eles não achavam que estavam no controle?! Pois bem, eu provo o contrário.


Porque foi extremamente fácil pedir a ajuda de Yoona-noona para gravar um vídeo curto e de alta qualidade, onde eu falava com clareza, sem dúvidas, inabalável; provava estar ciente dos meus atos e, possuindo completo domínio das minhas faculdades mentais, destinava todo o meu investimento em ações, cultivado durante anos, para uma fundação de auxílio ao tratamento de pessoas portadoras de doenças raras, que não eram capazes de custearem as despesas.


Porque foi extremamente fácil escrever e mostrar no mesmo vídeo uma carta, redigida e assinada de próprio punho, onde eu deixava explícitas e inalteráveis as minhas vontades.


Porque foi extremamente fácil ligar para o meu advogado e pedir para que ele providenciasse a autenticação e registro em cartório do meu documento, e o trouxesse para que eu o conferisse e assinasse naquele mesmo dia.


Porque foi extremamente fácil colocar um fim naquilo tudo. Muito fácil.


Enquanto encaminhava meus passos cansados para o último andar do hospital, raciocinava como, pela primeira vez em toda a minha vida eu estava, finalmente, tomando as rédias da situação. Eram as minhas vontades, o que eu queria, meus desejos. Ninguém me tiraria isso e garanti que assim fosse.


Porque quando as portas do elevador se abriram, não havia mais peso algum, nem angústias, nem mágoas, nada. Tudo era puramente silencioso.


O elevador me deixou no último andar. O terraço. O mesmo lugar perfeito e pleno que servira de paraíso particular para minha triste história de amor... Caminhei lentamente, o terraço continuava o mesmo: as mesmas almofadas coloridas no chão, os tapetes emborrachados, os puffs, as pequenas plantas, as luzinhas coloridas nos postes antigos.

Fazia tanto tempo que eu não voltava àquele lugar... A última vez fora... Fora com Seokjin. Fora a última...


Naquela noite, contamos estrelas e juramos nunca nos separar, ainda que soubéssemos que, cedo ou tarde, o adeus se faria inevitável. Prometemos mesmo assim, porque era o que queríamos, era como precisávamos que fosse. E ainda sim, o adeus venho a galope, mas pelo menos, tivemos tempo... Tempo suficiente para gravar eternamente em nossas almas que nos pertencíamos, nos amávamos e que isso nunca, jamais, em tempo, iria mudar.


Tudo estava tranquilo, em paz. Eu estava sozinho, mas sabia que não estava, não de verdade. Era capaz de sentir a sua presença...

Sabia que estaria comigo nesse momento.


Observei aquele céu de fim de tarde, o sol se pondo por entre os arranha-céus... Era bonito de se ver, mesmo que um pouco mórbido. Era quase como assistir a vida morrendo, e achar bonito os tons de despedida. De certa forma, era mesmo bonito, mas de um jeito triste. Tristeza era uma boa resposta pra mim, cabia bem em quase tudo e ia bem com exatamente tudo.


Sentei em um dos puffs, ainda estava bastante claro e eu pretendia assistir um pouquinho as estrelas pintando o céu, antes de me retirar.


As horas que se seguiram foram boas, tranquilas, pacíficas. Me serviram como uma despedida para todas as coisas ruins que haviam mim. Resolvi todas as pendências que eu tinha com o mundo; perdoei a vida; perdoei meu passado; perdoei até a mim mesmo! Estava disposto a realmente esquecer... Tudo.

Dali em diante, as coisas seriam diferentes. Realmente diferentes.


Um novo recomeço era sempre assustador, mas era preciso, era essencial. O amanhã traria algo que jamais imaginei possuir e agora, estava há poucos passos de distância.


Sorri.


Não era um sorriso feliz, felicidade para mim era ter Seokjin em meus braços; ainda sim, era um sorriso especial, de aceitação, de comprometimento. Tudo seria diferente dali em diante...


Quando a noite caiu, me acomodei sob o tapete emborrachado e colorido. Recordei as noites que passara com Jin, sob aquele mesmo céu e me questionei se ele estaria me observando lá de cima.


No momento em que a lágrima embaçou minha visão, soube que era chegado o momento. Era hora de voltar para casa, seguir em frente e torcer pelo melhor.


Porque, quando subi aqueles andares, calma e lentamente, só havia um pensamento em minha mente: eu queria ser livre. E foi exatamente isso o que alcancei.


Porque quando subi naquele parapeito, só desejava voar... E voei.


Porque quando meu corpo atingiu o concreto, meus olhos já estavam fechados e tudo o que eu enxerguei, fora o castanho mais lindo e doce do mundo: Kim Seokjin.






































Nome: Kim Nam-Joon

( 김남준 )

12 de Setembro de 1994,

25 anos

Causa Morthis:

Politraumatismo decorrente de Queda.


















...


Naquela tarde chuvosa, muita gente se reuniu ao redor do enorme túmulo familiar pertencente aos nobres Kim's.


O homem e a mulher velavam o único filho, mas era quase engraçado como nenhuma lágrima havia saído de seus olhos, não naturalmente. Das mais de 200 pessoas presentes naquele cemitério - todas de extrema importância e valor, sendo membros ou acionistas da empresa do Sr. Kim ou amigas do clube da Luva Púrpura da Sra. Kim - poucas eram as que realmente sentiam a perda do morto.


Haviam rostos conhecidos e caros, que sentiam com pesar a perda dolorosa do rapaz tão jovem, mas pouquíssimos desses realmente entendiam o sentido de 'sentir'.


Min Yoongi, melhor amigo de Namjoon, que havia felizmente se curado de um melanoma, graças ao diagnóstico precoce, recebia o amparo de Jung Hoseok, o residente em oncologia por quem se apaixonara logo no início do tratamento. Ao lado deles, encontravam-se Kim Taehyung, irmão de Seokjin e maior apoiador do namoro dos dois, juntamente à Jeon Jungkook e Park Jimin, seus namorados.


Aqueles cinco garotos que choravam copiosamente enquanto a garoa caía persistentemente, aquelas cinco almas quebradas pela partida de mais uma pessoa boa, aqueles sim, eram a família de Namjoon. Eles sim, o amavam de verdade, muito diferente dos progenitores.


Ah sim, os pais. Esses quase infartaram quando receberam a notícia... De que seu filho havia esvaziado uma conta gordíssima no banco e destinado todo o valor à uma fundação de caridade... A recém criada Kim SeokJin's Foundation.


Ah sim, é claro, o choque da perda de alguns bilhões de wones realmente era razão suficiente para um chilique, muito maior do que os miolos do único filho espalhados pela calçada. Ah sim sim, fora um grande choque.


Porque ninguém imaginou que um garoto como Namjoon seria capaz de pular de um prédio de 27 andares. Porque ninguém achou que ele seria capaz de doar tudo o que tinha para uma fundação criada & destinada à ajudar quem não tinha nada.

Claro que não, eles pensavam que o jovem Kim era burro e inconsequente mas, na verdade, ele só era apenas... Singular. Num grau elevado demais para ser compreendido por esse mundo.


Todos o julgavam como incapaz de muita coisa, quando eram eles, os julgadores, a verdadeira podridão do mundo.


Por isso, quando Kim Namjoon, um jovem de 25 anos, com a melhor educação e portador dos melhores modos possíveis resolveu não apenas abrir mão da fortuna pessoal - muito bem gerida e triplicada, graças aos anos na faculdade de comércio exterior, na qual havia se formado com louvor e para qual todos pareciam terem se esquecido, sem mencionar também o inegável tino para negócios e transações financeiras - como também destinou sua vaga para novo tratamento experimental para o pequeno Samuel, de apenas 7 anos, que sofria de leucemia num grau terrivelmente avançado.


Não, ninguém imaginou que ele poderia ser na morte, tão bom e generoso.

A questão é que ele sempre fora isso, isso e muitíssimo mais! Mas ninguém quis enxergá-lo por olhos próprios... Só o viam através dos olhos dos pais ricos e retrógrados.

Cretinos, hipócritas, falsos de uma figa! Todos um bando de abutres midiáticos, que adoravam roer o osso das injustiças e crueldades.


Enquanto os Kim's eram cumprimentados pela alta sociedade, recebendo milhares de sentimentos e sinceros pêsames, os cinco jovens permaneciam naquela bolha de respeito e reverência à vida de Kim Namjoon, dando atenção à única pessoa que realmente merecia.


Aos poucos, todos foram embora. Sr. e Sra. Kim foram os primeiros a deixarem, sob a desculpa esfarrapada de 'estarem exaustos' quando na verdade, pegariam um longo voo para Miami, no dia seguinte, para uma segunda lua-de-mel.


Sob a garoa, apenas os garotos permaneceram. Choraram e fungaram, despedindo-se do bom amigo. Sentiriam falta dele, do riso largo que aparecia sempre quando Jin estava por perto, sentiriam falta dos comentários ácidos e da língua ferina. A dor era imensa, mas no fundo, todos compreendiam seus motivos.


Namjoon estava cansado, realmente exausto. Os pais eram pessoas horríveis e sabiam disso. Sabiam das crueldades que cometiam com o próprio filho, privando-o de sua liberdade de escolha e decisão sobre sua própria vida e pior: privando o garoto que ele amava de ter uma chance.


Sim, o Sr. e a Sra. Kim sabiam sobre Seokjin precisar daquele tratamento muito mais que Namjoon, sabiam que ele tinha uma chance, sabiam que isso poderia salvá-lo. E o negaram isso. Negaram fria e calculadamente, apenas por não quererem o filhinho perfeito, tão querido, tão dispendiosos, tão oneroso, tão caro se envolvendo com alguém como ele. Um homem.


Sr. e Sra. Kim mataram Kim Seokjin... Ou pelo menos, compactuaram com seu declínio voraz.

Eram preconceituosos imundos e sórdidos, ao ponto de concordarem em negar auxílio a um jovem esperançoso e sonhador, para que seu filho não ficasse com ele.


Triste, não?!... É, o destino tem umas que olha... Impossível aceitar.


Mas essa é a verdade, aquela que todos negavam, escondiam por debaixo do tapete, evitavam e fingiam não existir. Aqui, as deixo, claras e cruas, para que você faça com elas o que achar melhor.


Quando a garoa finalmente amenizou, os rapazes que permaneciam ao redor do túmulo, como sentinelas, guardiões de uma alma boa, perceberam que era hora e ir. Era momento de dar à Namjoon, o descanso que ele tanto precisava.


_ Descanse em paz, irmão... Jamais te esqueceremos. - Dissera um quase afônico Yoongi, apoiado pelo namorado.


Os amigos concordaram com as palavras do mais velho, seguindo-o silenciosos.


Sob o cemitério, recaíra imenso silêncio; uma bruma espessa encobriu todas as estruturas de granito, mármore ou concreto. Não havia som, não havia presença ou ausência, apenas a calmaria e o adeus.


Quando o vento soprou, varrendo para longe a nuvem branca que cobria todo o lugar, por entre as árvores, um tilintar soou.




Bem-vindo ao lar, meu amor...





.fin.












Oizinho meus amores...

Espero que tenham gostado!

A ideia surgiu enquanto eu lia uma fanfic incrível no Wattpad, chamada

❝ can you see me? ❞ (podem ir lá ler, é maravilhosa!) e a ideia simplesmente surgiu... Quase me pedindo pra escrevê-la... haha

Enfim... Queria ter postado ontem. como um presente de 24 anos e 1 mês pra mim mesma, mas acabei precisando concluir e ajeitar mais algumas coisinhas e bem, como costumo comemorar meu aniversário (8 de junho) no dia 8 e no dia 9, achei que ainda tava valendo, certo?!


Bem, acho que é isso! Se você chegou até aqui e se sentir confortável, deixa um cometário e quem sabe um coraçãozinho?!

PS: perdão caso ainda haja algum errinho, pretendo re-revisá-la assim que possível!


Nos vemos em breve...

Beijinhos, da tia Mi





| YCK, 09/07/2019, 23:02hs.






10 Juillet 2019 02:08 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

A propos de l’auteur

Mimi Cantora Lírica, escritora e tradutora. Sonserina, cat Lady, cafénatica, musicista. ARMY ao Infinito e mais Além!

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