Isabella... Giro e giro no seu mundo e nos meu castelo ela gira e gira no meu.
É noite fantasmagórica e nós duas fomos visitar a Catedral que com suas gárgulas nos protegiam dos azares dos vivos apesar de sermos duas criaturas da noite, eu vampiro e ela bruxa.
Impressionava-me a beleza ímpar dela que cadavérica e pálida e esquálida, brilhava com seus cabelos ruivos nas noites da Catedral; lá tomávamos cálices do nosso sangue e no campanário, havia um cemitério de corvos e morcegos onde eu e ela nos deitávamos juntas.
Mas um dia tudo foi diferente, voltamos da rotina da madrugada e fomos para o meu castelo que no meu quarto quase cheio de anjos, era o lugar mais aprazível e sacramentado para nossos ossos e carnes comerem todo o calor que exalava de nossas peles.
Nessa madrugada então, uma surpresa: a Morte entrou suave pelas vidraças e com sua voz grave e baixa deu o seu Decreto santo: "as duas se amaram muito durante oitocentos séculos, agora é hora do Apocalipse visitar vocês".
E o céu se abriu em línguas de fogo que com destreza, pela Morte, nos cravou sua foice e tirou nossos espectros dos olhos da lua negra que só conseguiu com saudades, fazer um sepulcro para nossos veludos pretos e abençoados.
Hoje eu e Isabella estamos nas altas Trevas dançando ao som do órgão que nosso mundo agora tem e nossos veludos, esses, não existem mais, ficaram no sepulcro da lua negra rodando e rodando e rezando pela Via Crucis.
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