– Eu sei mãe, eu já to aqui, ta legal? Ta tudo bem comigo. Apenas relaxa e... Oque? Não, não, é apenas o idiota do Arthur do meu lado.
– Vai! Isso! Mete com força!
– Cala a boca, seu imbecil, to falando com minha mãe. Ah, quer dizer, estava. Ela desligou.
– Hahaha! Você deve me achar muito infantil. Sou mesmo. – Um minuto de silencio se passou no carro. Os dois garotos estavam exalando o perfume do conhaque barato – Mas então... Vamos mesmo fazer isso?
– Bem... Já estamos aqui. Ou você vai dar para trás agora?
Os garotos saíram do carro. Na noite silenciosa, a única coisa que se ouviu foi o barulho do alarme de bloqueio. O bordel na outra rua estava lotado. Com o show quase no fim, não havia quase ninguém nas ruas. Quem deveria estar dentro, já estava.
Para pegar os materiais da noite, os meninos foram até o porta-malas do carro. e o abriram rapidamente.
– Mas... Que porra é essa, Arthur? – Um garoto estava encolhido no porta-malas, com um sorriso gigante no rosto.
– Caralho... É o meu irmão. Como ele veio parar aqui?
– Como vou saber, porra? O carro é seu, e o irmão também. Não podemos fazer aquilo agora, com ele aqui. Vamos o levar pra casa e tentar de novo outro dia.
– Calma! Relaxa, ele já fez isso também. Ele é como nós, Miguel. – O garoto falava com uma voz calma, tentando tranquilizar o amigo. Mas apenas o deixava mais confuso a cada palavra.
– Quer me dizer que essa criança já fez isso?
– Não me chame de criança, idiota! Puuuf! – O garoto cuspiu em direção a Miguel, que desviou por pouco, e não deu muita atenção. – Você também é uma criança.
– Eu tenho dezessete anos. Arthur sim é uma criança; tem apenas dezesseis. – Disse com tom debochado, que fez o menino rir.
– Calem a boca. Vamos fazer isso ou não? Vistam as mascaras. Ótima ideia trazer uma de reserva.
– Com o porta-malas ainda aberto, os garotos colocaram as mascaras infantil. Arthur era o Urso, Miguel o Coelho, e o garoto a Raposa.
– Beba isso. – Miguel estendia uma garrafa de conhaque meio vazia para o menino.
Com menos de três goles, o menino tossiu e olhou em direção a Miguel, com certa raiva.
– Isso é horrível!
– Apenas beba, se quiser participar. – Com um sorriso, Miguel viu o garoto tomando todo o resto da garrafa. – Ótima, agora pegue isso. – O garoto deu uma faca qualquer para o menino, que segurava com emoção.
– Vamos, temos menos de quinze minutos.
O grupo fechou o porta-malas e seguiu em direção a rua atrás do bordel, onde apenas dois tipos de pessoas visitavam: Moradores de rua e drogados.
Com passos rápidos, porém cuidadosos. O grupo chegou ao local desejado. Miguel segurava um bastão de beisebol, o menino uma faca; e Arthur estava com as mãos vazias. Mesmo de longe, Arthur viu uma coisa que o fez sorrir. Olhando para seu irmão, ele deu um empurrãozinho em suas costas.
– Sorte grande, amigo. Sorte grande.
– É raro ver uma prostituta por aqui. Esse dia realmente vai entrar para historia. – Os garotos se olharam e permitiram aparecer um pequeno sorriso.
– Quer perder a virgindade, Willy? – Arthur olhava para seu irmão, que acabara de ganhar uma nota de vinte dólares de Miguel.
Nervosamente, o garoto se aproximou da prostituta, que olhou com curiosidade para o garoto. Com menos de cinco minutos de conversa, a mulher estava abaixando a calça do jovem Willy. Depois de um tempo, serviço oral finalmente terminara. A mulher estava se levantando, quando inesperadamente recebeu um forte impacto em sua cabeça, fazendo-a cair no chão desacordada.
– Sua filha da puta! Quebrou meu taco com essa cabeça de merda!
Arthur corria em direção à mulher ainda desmaiada. Sua cabeça sangrava, mas não foi motivo para que as agressões cessassem. Os socos continuaram por certo tempo, o barulho abafado de socos entre carne viva por pelo menos dez minutos, até que Willy terminasse sua parte. Tudo parecia agradável, principalmente para o jovem garoto, que suava como um maldito porco.
Após dez minutos, os garotos estavam sentados no chão, com as costas apoiadas na parede pixada do muro do beco. Todos riam e bebiam, comentando sobre oque acabaram de fazer.
– Caralho, isso foi incrível! – Dizia Willy, que agora não era mais capaz de sentir o gosto ruim do conhaque.
– Agora você faz parte do grupo, baixinho. – Comemorava Miguel. – Ótima ideia acabar com ela rápido, o corpo continuou quente na hora da iniciação do Willy.
Todos riram. O grupo estava finalmente formado. Os participantes ansiosos para continuar, porém as sirenes interromperam. Uma mulher havia visto um garotinho falando com uma prostituta em um beco, e fez uma denuncia.
Antes que a policia chegasse, o grupo já estava na estrada a mais de oitenta quilômetros por hora.
Willy havia se tornado um homem.
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