Dificilmente Chanyeol se apaixonava, era conhecido como coração de gelo, mas tudo mudou quando conheceu Yifan na aula de química no terceiro ano. O chinês tinha algo diferente, além da altura que ultrapassava a sua, além do ar misterioso que pairava sobre si, ou seu silêncio que era capaz de incomodar até o maior apreciador da quietude.
Não foi fácil conquistá-lo, mas também não fez muito esforço, deixou que acontecesse naturalmente. Se tornaram amigos e aos poucos soube mais sobre ele, que gostava de hip hop, tinha uma banda cover com a irmã e tinha mania de ouvir música de fones, de cabeça para baixo no trepa-trepa ou gaiola agínica. Ele era peculiar, era único e dificilmente se apaixonava também, sequer acreditava no amor.
Começaram a namorar em um dia de inverno, quando o primeiro floco de neve caiu, Yifan quem fez o pedido surpreendendo o coreano. Mas isso não quis dizer que eles se beijaram, na verdade, apenas sorriram bobos e andaram lado a lado, sem dizer uma única palavra e sentindo seus corações aquecidos.
Chanyeol sentiu o primeiro floco de neve cair sobre a ponta do seu nariz, e lembrou-se daquele que se tornou inesquecível, do seu primeiro amor que não falava mais e por algum motivo tinham terminado, motivo esse que não recordava. Se esforçou muito, mas não conseguiu e isso o deixou curioso. Colocou as mãos nos bolsos e caminhou pela rua vazia, era tarde mas ninguém tinha a intenção de sair por ser feriado, algum que o Park não quis saber qual era. Desde que ele e o chinês terminaram, ele passou a parar de se importar com algumas coisas, ou com os motivos, apenas aceitou o que tinha e seguiu sua vida. E então esbarrou em algo, ou alguém, ergueu o olhar e viu alguém usando boné e máscara. Lhe parecia familiar, mas não conseguia dizer uma única palavra.
— Chanyeol? — estava certo, era Wu Yifan. O tempo o conservou muito bem, continuava do mesmo jeito.
— Yifan! — sorriu e pensou em abraçá-lo, mas se conteve, ainda sem se lembrar porque terminaram.
— Me perdoa... — e então ele lembrou-se, Yifan terminou com ele porque o pai não os aceitava e ameaçou expulsá-lo de casa. Nenhum dos dois tinham para onde ir, então ele meio que entendeu.
— Está tudo bem, é passado. — desviou o olhar, o término foi cheio de lágrimas e a despedida foi numa casa na árvore abandonada. — É passado. — mas o chinês ainda era presente para ele, mesmo que não pensasse nisso o tempo todo.
— Quer tomar chocolate quente? — concordou com a cabeça e andou lado a lado ao maior.
O Park não sabia, mas o Wu sempre pensou nele nos três anos que se passaram, e esperou ter a vida feita para procurá-lo e tentar outra vez, mas temia que este tivesse seguido a vida ou não o quisesse mais. Mesmo sem se falar, o sentimento ainda existia e tudo era questão de tempo, até retomarem o que tinham parado.
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