Meus passos eram receosos, meu corpo se movia sem que eu conseguisse controlar. O lugar em que eu me encontrava era escuro, cercado por uma floresta e bem no meio, havia uma espécie de cabana. O céu estava escuro, as nuvens estavam pretas, como se fosse chover a qualquer momento. No chão, tinha grama morta, cinza e sem vida, como as árvores em volta e as plantas no quintal da cabana.
Eu não fazia ideia de que lugar era aquele, mas a sensação de que havia algo errado ali me apavorava. A única coisa que queria fazer era voltar para casa, mas eu não conseguia. Meu corpo continuava se movendo sozinho, como se outra pessoa o controlasse.
O que está acontecendo? Onde estou?
Por favor, me leve de volta…
Implorei, tentando voltar a controlar o meu corpo. Não adiantou, quanto mais queria voltar, mais me aproximava daquela cabana.
Meu pé direito pisou no primeiro degrau da escadinha. Uma onda de angústia, tristeza e tudo de ruim percorreu meu corpo no exato momento. Senti meu corpo estremecer ao pisar no outro degrau, a sensação era horrível.
A porta se abriu sozinha assim que pisei em frente a ela. Observei o cômodo por fora, tudo parecia abandonado, as luzes estavam apagadas e a decoração era toda em preto, além de ter algumas teias de aranha por todo o lugar que só deixava tudo ainda mais nojento e angustiante.
Entrei no cômodo e meu nariz coçou com o cheiro de poeira. Fechei meus olhos ao ouvir um barulho alto ecoar por todo o cômodo, minha respiração acelerou e meu braço levantou sozinho. Engoli em seco quando alguém pegou na minha mão e apertou levemente.
Não abra olhos...
Não abra olhos…
E a pessoa riu, uma risada completamente familiar e eu abri os olhos, agora cheios de lágrimas. Encarei a pessoa em minha frente enquanto tentava abrir a boca para falar algo. Sem sucesso.
Mamãe...
Ela parou de sorrir e olhou para algo atrás de mim, soltou minha mão e foi um pouco para o lado dando espaço para uma mulher desconhecida por mim ficar ao seu lado.
Ambas as mulheres eram extremamente parecidas, de olhos azuis e cabelos escuros, com roupas pretas e maquiagem escura. As duas se posicionam na minha frente e se entreolham, como se estivessem conversando mentalmente, e então, me encaram. Um cheiro horrível se espalha pelo o cômodo, fazendo meu estômago revirar, completamente enjoado e eu deixo um soluço escapar junto com uma lágrima.
— Estávamos te esperando, Alec. — A mulher desconhecida por mim, diz, abrindo um sorriso obscuro nos lábios ressecados.
Foi a última coisa que eu ouvi antes de tudo ficar escuro e meus olhos se abrirem.
Observo o teto do carro, piscando devagar enquanto tento acalmar meus batimentos. Ainda meio atordoado, me arrumo no banco e rolo os olhos, olhando para a janela assim que ouço meu pai cantarolar uma música qualquer.
Solto um suspiro aliviado ao avistar uma placa de madeira escura, velha e desgastada, surgir em meio os matos e árvores da floresta. O nome "Lakewood" estava em branco, destacando o nome da cidade estranha e isolada.
È, parece que chegamos.
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