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Audrey é uma jovem de 17 anos que sonha em ser uma grande escritora. Depois da morte de seu pai, ela foi obrigada a viver com sua madrastas e suas irmãs postiças. Quando não está na escola, Audrey está trabalhando na livraria construída por seu pai e em seu tempo livre está lendo ou escrevendo seus pensamentos no diário. Porém, tudo muda quando a jovem encontra um adorável rapaz que parece ter saído de um de seus livros de romance. Só que Audrey não acredita que na vida real se pode ter finais felizes. Como acreditar que ela pode estar finalmente vivendo o seu conto de fadas?


Romance Romance jeune adulte Déconseillé aux moins de 13 ans.

#romance #autoconhecimento #drama #young-adult
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Capítulo 01

  "Tem vezes que me pego pensando se há outras pessoas como eu no mundo. Almas invisíveis que perambulam pelas ruas sem serem notadas, mas que, apesar de saberem que ninguém as enxerga, sentem-se desconfortáveis no meio da multidão, sentem-se erradas, deslocadas. Pensar nisso sempre me faz sentir ainda mais só. Será que só eu me sinto sozinha no mundo, como se fosse apenas mais uma pessoa andando sem rumo por esse enorme mundo?

Em alguns momentos, sinto que tudo vai melhorar, que tudo vai dar certo e que minha vida vai finalmente engatar. Então, pow... a realidade cai com tudo, esmagando meus sonhos, e mostrando que, na vida real, os mocinhos e as mocinhas não são presenteados com finais felizes.

O que acontece quando sua única amiga parece não te entender mais? Sinto que agora estou sozinha para valer. A única pessoa com quem podia contar agora está seguindo o seu próprio caminho e eu fiquei para trás. Tudo o que tenho são os livros. Vidas de desconhecidos escritas à tinta no papel. Estranhos esses que nunca me pareceram tão conhecidos! Personagens que pensam como eu, que me entendem e palavras dançantes no papel que me embalam nas noites escuras e frias. A única coisa que tenho que me dá esperança."


- Audrey! O que pensa que está fazendo aí parada? - Gritou a Sra. Pearson. - Gostaria de saber o que você tanto escreve nesse caderno. Tadinha! Acha que vai ser escritora? Essas prateleiras nunca vão ter nenhum título seu, querida.


Fechei o diário e olhei para minha madrasta.


- Perdão, senhora. Achei que já tinha acabado meu expediente, já são oito e meu turno acaba às sete e meia. - Expliquei educadamente.


- Eu sei, mas Danna pediu folga hoje. Ela tem um jantar com a família do Renato. Não ia arruinar as chances da minha filha com um partido desses só porque você não quer fechar a loja. - Contou com um olhar de desdém.


- É claro! - Resmunguei. - Mas e a Bethany? Ela não poderia fechar a livraria essa noite? - Perguntei sem entender.


- Bethany tem que estudar, amanhã terá uma prova muito importante na escola e quero que ela tire uma nota alta. - Falou enquanto colocava um espanador em minha mão.


- Mas eu também vou fazer essa prova. Preciso dormir cedo para acordar bem disposta amanhã! Como você mesma disse, essa prova é muito importante. Ela vale a maior parte de nossa nota final, quem for mal pode ser reprovado e perder todas as chances de entrar para uma boa faculdade. - Reclamei, abandonando o espanador de pó em cima da bancada.


- Eu não me importo. Isso é problema seu! Agora, pegue esse espanador e tire o pó da prateleira dos fundos e não se esqueça de organizar a estante do corredor de lançamentos. Os clientes deixaram aquilo uma bagunça! - Ordenou, pondo o espanador novamente em minhas mãos.


Antes que pudesse protestar, a Sra. Pearson saiu da loja e entrou em seu carro prata. Sem querer perder mais tempo, fiz o que ela pedira. Desde a morte de papai, as coisas têm sido bem difíceis na livraria. Como a Sra. Pearson e suas filhas gastaram todo o dinheiro que papai deixou para nós com futilidades, tivemos que economizar e minha madrasta decidiu despedir todos os funcionários da livraria. Desde então, nós que cuidamos de tudo na livraria, mas acaba que no final, todo o trabalho sobra para mim. Danna e Bethany são folgadas e não movem um dedo para ajudar na livraria, mas sua mãe age como se as duas fossem as melhores funcionárias da livraria, e colocou a foto delas na parede dos funcionários do mês. Eu nunca recebo reconhecimento por meu trabalho, mas, apesar de todo o sofrimento, continuo a fazer meu trabalho pela livraria, por papai. Ele adorava isso aqui e vinhamos juntos no final de semana para ler alguns livros nos fundos da loja. Tudo ali era tão aconchegante! Por sorte, a Sra. Pearson não ousou mudar a decoração do lugar - acredito que mais por pura preguiça, do que por falta de vontade de destruir tudo que foi feito por papai.


Fechei a loja às 21:30 e peguei um ônibus para casa. Quando cheguei, as luzes já estavam apagadas e todos dormiam. Fui até a cozinha e fiz um lanche, sem nem me importar em acender as luzes. Já estava acostumada com a escuridão. Tentei dormir, mas a vontade de escrever em meu diário venceu o cansaço. 

11 Février 2019 18:20 1 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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Cih Duarte Cih Duarte
Capítulo maravilhoso. E olha que interessante, essa história me lembrou o conto da Cinderella. Já odeio essa madrasta e as filhas.
April 15, 2019, 22:46
~

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