Boa noite Brasil bom dia Japão. Eu venho aqui com mais uma história pra mais um desafio, dessa vez de dia dos pais (aleluia -n). Pra quem não sabe, Uchiha Fugaku é meu personagem favorito de Naruto e eu tenho uma interpretação completamente diferente do que a maioria vê por aí do personagem. Eu não vou explicar isso aqui, mas eu usei disso pra dar uns twists no canon e escrever uma história usando desse meu ponto de vista. Eu chorei escrevendo. Eu amo demais o Fugaku.
Tipo de pai escolhido foi "Pai quem vê cara não vê coração" que sim tava berrando pra eu escrever sobre o Fugaku. Mesmo com o tempo curto eu trouxe essa história então é isto, espero que gostem. ♥
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Aos cinco anos de idade, Sasuke tinha poucas certezas em sua cabeça infantil- Ele sabia que Itachi era o melhor irmão mais velho que existia, que sua mãe fazia os melhores onigiris do mundo, que amaria para sempre as ruas de Konoha, e sabia também que o pai não gostava dele. Talvez por não ser tão forte quanto Itachi, por não conseguir se formar na academia antes da idade permitida, por não ser um gênio... Ele não sabia o porquê. Mas acreditava, sim, que o pai não gostava dele. Ele carregou consigo essa certeza mesmo quando a mãe disse que o pai vivia falando de si, e até quando finalmente ouvira as palavras que tanto esperara (Você realmente é meu filho).
A mágoa estava enraizada, funda o suficiente para o fazer sentir falta da figura de um pai, e não de Uchiha Fugaku. A saudade no peito, depois do massacre de sua família, era pontual. Ele sentia o coração apertar por não poder mais ouvir a voz doce de Mikoto, por não ter Itachi para o dizer que deveria esperar uma próxima vez, mas não de Fugaku. E talvez, tendo perdido tudo, fosse melhor assim. Era um sofrimento a menos em sua vida.
Mas o tempo parecia sempre querer bagunçar sua cabeça e tudo o que ele acreditava. Crescer o fez aprender que várias de suas certezas eram frágeis e quebráveis.
Aos sete anos, ele descobriu que Itachi não era,na verdade, o melhor irmão do mundo. Ele era o ceifador de toda sua felicidade e estabilidade. A imagem do irmão mais velho carinhoso se tornou a certeza de que o odiaria pra sempre.
Aos nove, quando ganhou de uma garota na escola um bento com onigiris na hora do almoço, chorou escondido por ter comido aquilo e percebido que era melhor do que o que sua mãe fazia (e, para ele, era quase uma traição à memória de sua mãe).
Aos treze, a vila onde sempre se sentiu em casa não lhe era mais um lar onde ele poderia viver. Konoha ficou para trás junto com qualquer laço que houvesse criado, tudo para que pudesse se vingar de tudo que lhe foi retirado.
Quando completou dezesseis, se viu mais uma vez errado sobre o irmão, e a certeza de que odiaria pra sempre o homem que havia matado (com suas próprias mãos) se tornou o arrependimento de nunca ter conhecido sua história e ódio pela vila que um dia chamou de lar.
Mais de um ano depois, no meio de uma guerra que acabava com todo o mundo ao seu redor, Sasuke descobriu que estava errado até mesmo sobre o pai. Quando olhou nos olhos de Itachi (seu irmão, morto, que estava mais uma vez o deixando sozinho) na caverna, logo após derrotarem Kabuto, ele sentiu aquela pequena parte de si que ainda era agarrada à ideia de que não tinha o amor de Fugaku se despedaçar.
A imagem do homem que sempre andava com uma carranca estava ali, na memória que lhe era mostrada com o sharingan. De joelhos, momentos antes de morrer. Ele não implorava pela vida, ele não acusava Itachi de traição. Fugaku parecia se lamentar, e a dor na voz que Sasuke já havia esquecido era tão real e quase palpável que fez com que o Uchiha mais novo se sentisse sem ar.
“Eu não queria ter envolvido vocês nisso. Ou que chegasse onde chegou. Antes de ser um líder para esse clã, eu sou um pai.”
Chega.
“Sasuke é muito pequeno. Ele não merece passar por tudo isso. Mas se eu não seguisse em frente com o golpe, eles o fariam. Essa foi a única forma que eu encontrei de proteger pelo menos vocês dois. Você entende isso, não é, Itachi?”
Ele não queria ouvir aquilo.
“Eu vou levar comigo, pra sempre, o arrependimento de não poder ter sido o pais que você e seu irmão mereciam. De não poder dizer tudo o que eu quis dizer. Mas, Itachi, o peso que você vai carregar é maior do que eu posso imaginar. Eu te peço desculpas por isso.”
Ele queria continuar acreditando que não tinha um pai em Fugaku. Doía menos.
“Itachi? Só me prometa que o Sasuke vai ficar bem. Que ele vai crescer feliz, sem a maldição desse clã, rodeado de pessoas que o amam e vão poder demonstrar isso sem as amarras de uma posição de líder. Eu... nunca pude mantê-lo por perto. Eu não tive tempo de ser o pai dele, e eu sei que ele acha que eu não gosto dele. Mas, essa foi a minha escolha para poder salvá-lo e não o colocar no meio de toda essa história. E talvez seja melhor assim.”
Eu preferia continuar com a certeza que otou-san não me ama.
“Eu só não me arrependo do que eu fiz porque isso garantiu que as duas pessoas que eu mais amo vão continuar vivas. Então, por favor Itachi, lembre-se que você não é o culpado disso.”
Sasuke tinha recém completado dezessete anos quando se deu conta de que todas suas certezas infantis eram apenas emoções incertas de uma criança que não conhecia a vida. E quando o edo tensei foi anulado, levando Itachi embora pela terceira vez, ele sentiu pela primeira vez a dor de ter também perdido o pai. E em meio às lágrimas que escorriam pelo seu rosto, sem que pudesse segurá-las, ele não via as costas largas com o símbolo do clã estampado na yukata verde se afastando (que era a única memória que se permitia ter do pai). Ele via Fugaku com os braços abertos, os lábios se movendo para dizer as palavras que o Uchiha mais novo sempre esperou ouvir: Eu amo você.
Merci pour la lecture!
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