noahblack Noah Black

Sehun tem uma certeza nessa vida felina: ele é o ser mais sensato daquela casa - e, por isso mesmo, sabe que Park ChanYeol é muito melhor para o seu Baekkie do que o Do KyungSoo e cabe a ele mostrar para o dono como esteve certo esse tempo todo. E quem sabe, um dia, conquistar o direito de silenciar JongDae, a cacatua branca.


Fanfiction Satire Interdit aux moins de 18 ans.

#exo #chanbaek #mençãokaisoo #mençãobaeksoo #hunhangatos #sehun #o-gato
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Sehun não gosta do Do

   E lá vamos nós de novo escutar os gemidos desses dois enquanto eu reviro os olhos do outro lado da porta.

   Ao contrário do Do, eu sei que meu amado dono está fingindo; afinal, quando ele estava com o orelhudo desastrado, nunca pediu para ir mais fundo.

   Se é que vocês me entendem.

   Bocejo no meio do que eu já sei ser o orgasmo do menor e ponho minhas preciosas patinhas para a cozinha, porque se tem uma coisa que esse Do KyungSoo não tem é condicionamento aeróbico para dar conta do meu amado dono. Então, notoriamente, ele vai todo peladão para a cozinha para abrir a porta da geladeira sem nem se importar com aquela coisa meio molenga balangando entre as pernas em busca de água.

   – Ah! – observo o atual ficante se assustar com essa carinha dos deuses que eu tenho enquanto minha cauda balança de um lado para o outro bem lentamente. – Você vai me matar do coração um dia, Sehun.

   Quem me dera.

   Mas sou um gato felpudo e lindo de palavra e a última coisa que preciso é de um corpo frio pelado com o pinto meio duro perto da minha areia. Poupemos essa imagem. Luhan e eu temos um pacto e eu não posso pôr um fim nessa situação do jeito que eu gostaria.

   Observo o Do tomar dois copos de água, coçar o saco e dirigir aquelas pernas que ele acredita serem torneadas para o quarto do meu amado dono.

   – Seu gato não gosta de mim, BaekHyun.

   – Às vezes eu não sei se ele gosta de mim, Soo. – Meu amado dono não pode estar mais enganado.

   Eu amo Byun BaekHyun. Mais que a minha mãe; mais que o dono do petshop que sempre escova meus pelos no sentindo de que eu gosto. Amo tanto esse ser humano que estou disposto a mostrar para ele que o Park é muito melhor que o Soo.

   – Ele fica me seguindo pela casa.

   – Para de ser neurótico, Soo. Olha que gatinho mais lindo – e BaekHyun me pega no colo, afundando seus dedinhos cumpridos na minha cinturinha e esfregando nossas caras enquanto eu ronrono.

   Claro que essa cena seria extremamente mais fofa se não fosse o breve detalhe dos dois seres humanos estarem nus enquanto um deles me aperta e me ama e está quase me pondo entre suas pernas.

   Eu salto dali antes que tenha outro contato com aquele negócio porque, da última vez – bem lembro eu – aquilo ali cresceu de tal maneira que fui reprendido instantemente dei uma patada naquele treco. Era o efeito ChanYeol agindo nas partes mais estranhas do corpinho do meu amado dono.

   Saudades, Park ChanYeol.

   – Agora, vem aqui você que a nossa noite não terminou – BaekHyun puxa o menor pelo pescoço para cima de mim e só fico aqui, sentado na cama, com esses olhos desenhados por Deus, encarando e rindo internamente do quão frustrado o Do está.

   – Ele vai ficar aqui, Baekkie?!

   – Sehun é um gato, Soo. É igual quando fazemos na frente do Xiumin.

   Ah, sim. Esse detalhe: Do KyungSoo aparentemente tem um cachorro fedido o suficiente para maltratar minhas narinas toda vez em que pisa nessa residência de família.

   – Mas é que o Xiumim fica deitadinho do canto dele vendo as luzes do aquário… seu gato parece que está me julgando.

   – Ai, Soo, você fica tão lindo com essa mania de perseguição. – E eles voltam a se beijar, e muito, e aquelas coisas balenguentas ficam em riste de novo e eu preciso muito me controlar para não dar uma patada neles.

   No meio desse processo cansativo deles, preciso ser ágil para pular para a cabeceira da cama para não ser esmagado por esses dois corpos suados – e nem vou comentar sobre o odor que esse negócio que eles estão fazendo exala. Eu até ficaria excitado se – e somente se – isso não exigisse um gasto enérgico desnecessário de minha parte.

   Vai ser mais uma noite com esse Do KyungSoo achando que manda muito nessa cama e comigo encarando e julgando sim sua performance.


~whiskers~

   

   No dia seguinte, logo de manhãzinha, meu amado dono acorda, coça os cabelos, o saco e busca por uma cueca qualquer. Sem acordar o outro cidadão que não quero mais citar o nome, ele vem até mim, que estou lindamente encolhido em minha caminha almofadada e bem posicionada para conseguir pegar o sol da manhã quando tiro meu primeiro cochilo do dia, me pega no colo e me dá bom dia.

   Toma essa, Do. Eu recebo bom dia muito antes de você.

   – Como foi sua noite, Sehunnie?! Dormiu bem?! – Mio longamente e esfrego minha cauda em seu pescoço. – Foi tão boa assim?! – E ele ri. Não, BaekHyun. Não dá para ter sonos reparadores quando esse projeto de ser humano fedendo à chow-chow está aqui na nossa casa.

   É perceptível que eu sou o morador mais sensato.

   BaekHyun me leva para cozinha e eu rapidamente escapo para a área de serviço a fim de colocar as necessidades fisiológicas em dia. A areia forma umas bolinhas muito engraçadinhas com o meu xixi e eu até empurro uma com a pata, mas ignoro o procedimento assim em que sinto aquele cheiro.

   O cheiro de um bom leite integral tipo A sendo derramado na minha tigelinha azul para depois BaekHyun abrir o saquinho da comida úmida e quase me hipnotizar com aquele aroma.

   Que Bastet abençoe a brilhante mente de quem deixou minha ração úmida. Tenho minhas orelhas afagadas enquanto como essa belezura e também recebo o olhar de reprovação por querer mais.

   Poxa! Eu tenho uma barriguinha linda demais para ser deixada vazia!

   O projeto de ser humano olhudo se arrasta para a cozinha com tamanha letargia que me pergunto se ele não deveria procurar um neurologista e marcar uma tomografia. Vai saber, pode ser câncer.

   Mio baixinho pelo meu próprio sarcasmo. E vai saber se é também.

   – Que horas eles vão chegar?!

   – Nini disse que viriam um pouco depois das dez para ajudar nos preparativos.

   Ergo as duas orelhas e pulo no colo do meu amado dono, prestando muita atenção nessa conversa enquanto recebo os mimos dele. Encaro Do KyungSoo.

   Me veja recebendo a atenção que ele não vai te dar, otário.

   Ao que me parece, Kim JongIn virá para um almoço entre amigos e almoço entre amigos significa duas coisas: que Park ChanYeol estará presente – mesmo que sobre a alcunha de namorado do Kim – e que Luhan, meu melhor amigo, dentro do possível, passará a tarde toda comigo para fazermos vários nadas e tirarmos nossos cochilos reparadores juntos.


~whiskers~


   Eu não sei qual a diversão do Do em apontar esse treco na parede só para me ver caçando a ponta vermelha. Eu juro que um dia vou mostrar para ele como sou capaz de esconder para todo sempre essa budega… mas é tão difícil! Ela sempre escapa das minhas patinhas.

   Todo pomposo, escuto os passos pela calçada e me ponho na janela para ver o meu namorado preferido se aproximando – mesmo que de mãos dadas com outro ser humano. Acho bom Luhan e eu colocarmos nosso plano em ação ainda hoje, porque eu cheio do Do e ele cheio do Park.

   Não que eu entenda essa parte; afinal, como alguém consegue não gostar dele?! ChanYeol me levava com ele para andar de carro, comprava o biscoitinho que eu gosto, um ratinho de brinquedo e até ficou feliz quando eu trouxe aquela barata morta para casa.

   Sabe o que o Do fez com o meu inseto morto? Jogou no lixo.

   Ele. Jogou. Meu. Presente. No. Lixo.

   Só o Luhan para gostar dele com o fedor de cachorro molhado.

   – E aí? – Luhan, com toda sua pelagem branca, se aproxima de mim e rapidamente nossos corpos se tocam, mas é muito breve o contato.

   – Vai levar o Do pra sua casa hoje?!

   – Já tá encrencando com ele de novo?!

   – Não – e lhe dou às costas. – Mas não dá para ser fã do cidadão.

   – Ainda bem… porque ele combina muito mais com o meu Nini.

   – Acho bom mesmo que combine, e de preferência combine bem longe dessa casa de família tradicional.

   E por família tradicional quero dizer meu Baekkie e eu, na ordem hierárquica inversa.

   Nós dois pulamos no parapeito da janela para depreciarmos o ser irritante que esgoela no outro jardim.

   – Se eu morasse aqui, já tinha dado um jeito no JongDae.

   – Ah, Luhan… você sabe que eu tentei. Mas fui severamente punido por isso. A única coisa que posso fazer é esperar ele morrer com os tímpanos perfurados.

   Pior que é verdade.

   Quando eu tentei trazer paz para aquela vizinhança no meio da noite, meu amado dono me puniu e me deixou tomando leite desnatado de saquinho e sabe Deus se pasteurizado por uma semana inteira, além de me obrigar a me alimentar daquela ração seca intragável.

   E nem quero mexer nessa delicada questão que é para mim o fato do meu Baekkie ter tirado ChanYeol dessa casa e, consequentemente, de perto de mim – maior castigo dessas minhas sete vidas. Tudo na mesma semana. Achei que não daria conta.

   Olho para a sala e vejo os quatro seres humanos interagindo, com bebidas nas mãos, sorrindo e rindo de algo totalmente sem graça.

   – É patético – reclamo, revirando os olhos e bocejando. – Olha como Channie interage muito melhor com o meu Baekkie.

   – Acredita que meu Nini tentou ontem e na hora H errou o nome?!

   Balanço duas vezes meu rabo de um lado para o outro.

   – Você tem a minha atenção, Xiao Luhan.

   – Pois é. E foi horrível de ver.

   – Ver? Você estava lá?!

   – Claro que estava. achando que eu vou deixar o meu Nini num quarto sozinho com o orelhudo do Park?!

   – Olha quem fala… – E no instante seguinte estamos nos estapeando.

   – Hey! Hey! – Meu Baekkie se aproxima de nós, mas quem me pega é Park ChanYeol, me aconchegando em seu colo quente e acolhedor, sem qualquer cheiro de cachorro sarnento anti-higiênico.

   Não dá para confiar em animais que dependem de outros para tomar banho, sabe?! E seres humanos filhotes estão inclusos nessa lista.

   Ronrono baixinho entre os dedos dele, me aconchegando cada vez mais e sentindo todo o amor que esse ser humano ainda sente por mim. Será que ele não percebe que fomos feitos um para o outro?!

   – Parece que o Sehun gosta de você, ChanYeol – o zoiudinho vem para perto de nós, acabando com meu clima perfeito.

   – Sehun é um gato manhoso, Soo. Só precisa de carinho – e recebo um belo afago entre as orelhas que até me faz fechar os olhos. Ele me entende, Do KyungSoo.

   Abro meio olho a tempo de ver o Do se aproximar de Luhan e de Bakkie e, rapidamente, defiro uma patada com meia unha de fora, causando um leve arranhão em seu braço.

   – Ele me arranhou!

   Me aconchegando de volta em ChanYeol enquanto lanço meu olhar maligno para o outro. É hoje que o Do KyungSoo volta pra casa com Kim JongIn.

   Se eu não acreditasse tão piamente que Park ChanYeol e eu nascemos para conviver no mesmo teto, dividindo a preciosa atenção do meu amado dono, e para me alimentar de todo afeto e amor que mereço, eu até consideraria a remota possibilidade de trazer o Kim para essa casa.

   Mas, devo confessar: JongIn e KyungSoo combinam. E muito. É quase fofo observá-los juntos, se eu pudesse gostar de alguma coisa do menor.

   – Que os jogos comecem – Luhan mia para mim, e ambos sorrimos, cúmplices.


~whiskers~


   Muita coisa aconteceu naquela tarde. Toda vez em que Do tentava beijar meu amado dono, eu me colocava no meio, espanando minha cauda linda em seu rosto de coruja assustada até que ele desistisse dessa ideia absurda.

   Luhan, por outro lado, tratou de brincar entre as pernas de JongIn, o levando, casualmente, para perto do Do enquanto eu me jogava entre os colos de Park e do meu Baekkie. Meu amigo felpudo conseguiu se trancar com Do e Nini na cozinha enquanto eu atrapalhei ao máximo o processo do outro prestes-a-ser casal em tentar abrir a porta.

   Eu arranhei o Do.

   Luhan arranhou o Park.

   Eu subi no colo do Park miando por comida para ele ir até a cozinha, local que, coincidentemente, meu amado Baekkie estava sozinho, meio choroso porque o Do estava implicando comigo.

   Imaginem vocês.

   Tsc, tsc, tsc.

   Que decepção, Do KyungSoo.

   Eu só precisei ficar parado olhando toda a aproximação. Fofo-ChanYeol foi até o meu Baekkie, envolvendo-o pelos ombros, trazendo para um abraço e perguntando o que tinha acontecido.

   É, Byun BaekHyun, o que aconteceu?! Eu nunca mais tentei cortar o pescoço do JongDae, por que então ChanYeol não pode voltar para casa?!

   Meu Baekkie então contou sobre como o cara de coruja sempre reclama de mim, que acha que eu sou o pior gato do mundo – ah!, tá – e que eu não gosto dele. Devo dar os créditos nessa parte.

   E no segundo seguinte, ChanYeol estava cabisbaixo e soltando as pitangas, falando sobre como o relacionamento está desgastado e que o Kim até mesmo gemeu o nome de KyungSoo na última transa.

   Meu rabo se movimenta por vontade própria e eu me ponho nas quatro patas, dirigindo esse corpinho esculpido pelos deuses egípcios para me enroscar naquelas pernas tortas. Se o Luhan estiver fazendo bem o trabalho dele, semana que vem Park ChanYeol se muda para essa casa, meus amigos.

   ChanYeol me ignorou – audacioso! – e no instante seguinte observei dali debaixo o colar das bocas dos dois seres humanos mais lindos desse mundo. Estufei o peito e miei logo em seguida, ouvindo aquela risada típica sobre a boca do meu Baekkie enquanto o maior se abaixou para me pegar no colo.

   Esfreguei meu rosto ao dele e depois saltei para os braços do meu Baekkie, que me beijou no focinho.

   – Acho que sei porque o Sehun não gosta do Soo…

   – Se te conforta, Luhan também não gosta de mim.

  

 ~whiskers~


   Agora à noite, estamos só nós dois deitados no sofá. Meu Baekkie assiste à qualquer coisa chata enquanto desliza preguiçosamente os dedos sobre minha pelagem cinza até eu escutar JongDae começar a se esgoelar do outro lado do quintal.

   – Não, Sehun! Deixa o Dae pra lá.

   Mio em resmungo e encaixo minha cabeça sobre seu ombro, mas ainda olhando a janela que dá para ver o maldito poleiro da cacatua branca histérica.

   – Ainda bem que tudo acabou numa boa… nunca pensei que o Nini ainda sentisse alguma coisa pelo Soo. Faz tanto tempo, Hunnie…

   Você nem tem ideia do quanto tempo, Byun BaekHyun! Nunca pensei que tentar trazer paz para a humanidade pondo um fim nessas cordas vocais desafinadas fosse me punir por todos esses meses.

   Mio em concordância – aos meus pensamentos, não às filosofias vãs que meu amado dono está se propondo agora.

   O importante é que Luhan tem o Soo de volta e eu tenho o Channie.

   E a melhor parte é que, assim em que o Park voltar, notoriamente eu serei o ser mais sensato que habita essa casa.

14 Août 2018 01:11 1 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
7
La fin

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