hyogie Hyogie Han

[ yoonseok | vampire!au ] Hoseok namorava um vampiro. Min Yoongi, para ser mais específico. Nunca se preocupou realmente com a necessidade de seu namorado de se alimentar de sangue, já que este sempre andava bem alimentado. Certo dia, em um passeio no bosque, Yoongi sofre as consequências de passar muito tempo sem se alimentar. E Hoseok será a pessoa que irá lhe ajudar a saciar sua fome.


Fanfiction Interdit aux moins de 18 ans.

#yoonseok #bts #yaoi #lemon
Histoire courte
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I Feel So Alive

Jung Hoseok podia dizer que já havia visto muitas coisas estranhas durante seus dezessete anos de vida. Antes de conhecer Min Yoongi, Hoseok pensava que já vira tudo de bizarro e inexplicável que uma cidade pequena do interior era capaz de proporcionar.

Tudo menos um vampiro.

Não era muito de acreditar em criaturas sobrenaturais. Dificilmente era convencido por histórias de monstros e fantasmas se escondendo nas sombras esperando o momento certo para atacar. Preferia focar-se na realidade e no que era capaz de ver e tocar, ou seja, nada de bruxas e vampiros na cabecinha cética de Hoseok.

Mas é claro, tudo isso mudou quando conheceu Min Yoongi.

Yoongi frequentemente era flagrado encarando Hoseok nos intervalos para o almoço e nas aulas de laboratório as quais dividiam a mesma bancada. Não era como se o Jung ficasse incomodado com aquilo, porém era fato que às vezes esperava que Yoongi tomasse alguma iniciativa. Afinal, achava-o uma gracinha com aquela pele pálida que vez ou outra ficava rosada quando percebia que Hoseok estava encarando-o de volta, e as expressões que lembravam vagamente a de um gatinho.

Aos poucos, passaram a trocar algumas palavras. Eram poucas, mas ainda assim, era um avanço.

Então, certo dia quando Yoongi estava devolvendo para Hoseok o seu caderno de anotações, pôde perceber que havia um pedaço de papel ali dentro que não não estava lá antes de ter emprestado seu caderno. Ao tirar o papel de lá, viu que havia algo escrito com uma letra cursiva precisa e um desenho fofo do kumamon em um dos cantos.

“ Eu queria sair com você.

Você quer sair comigo?

Sim Não”

E Hoseok achou aquilo simplesmente adorável.

Após marcar a opção “Sim” e entregar o bilhete de volta, pôde ver pela primeira vez Yoongi sorrir radiante e deixar uma risadinha escapar. Marcaram de sair depois da aula, em um encontro mais casual em uma cafeteria ali perto.

Aquele encontro poderia ter resultado na clássica cena a qual o vampiro consegue enganar sua vítima o seduzindo e levando-o para um lugar à sós para se aproveitar de sua inocência e beber de seu sangue.

Todavia, aquilo não aconteceu.

Eles apenas conversaram, riram e se beijaram. Hoseok até acompanhou Yoongi até sua casa depois do encontro. E nas semanas seguintes, encontraram-se novamente após a aula. Mais uma vez, conversaram, riram e se beijaram. De fato, se davam muito bem e apreciavam a companhia um do outro; eram assuntos que pareciam nunca acabar, toques que facilmente arrancavam suspiros e arfares que pediam por mais.

Fizeram aquilo por alguns meses, até darem-se conta de que estavam apaixonados. E quando a ideia de namorar veio, Yoongi finalmente contou a verdade para o seu quase namorado.

De início, Hoseok pensou que fosse apenas uma brincadeira. Aos seus olhos, Yoongi era humano demais para ser um vampiro; quando estavam juntos, ele comia normalmente, sua pele era fria, mas não era absurdamente fria como mostrado nos filmes. Ele corava, sorria e até socializava com as pessoas. Era tímido, e não um sociopata como certos vampiros da televisão. Não fazia sentido ele ser um vampiro. Apenas… não tinha como.

Porém foi forçado a acreditar naquilo quando Yoongi conseguiu levantar uma árvore com apenas uma das mãos.

— Meu namorado é um vampiro… — murmurou, atônito. Yoongi só riu e passou as mãos ao redor de seus ombros, puxando-o para perto. Haviam folhas em seu cabelo e terra em seu rosto, mas ele mesmo assim ele continuava incrivelmente bonito.

— É, seu namorado é vampiro. — confirmou, depositando um rápido selinho em seus lábios — Espera… “namorado"?

— É. Namorado. — olhou para o menor, sem entender o porquê de sua surpresa — Estamos namorando, não é?

— Acho que estamos, mas… eu pensei que você não fosse querer namorar comigo depois de descobrir que eu sou um vampiro.

Hoseok sorriu e acariciou os cabelos escuros de Yoongi, momentaneamente esquecendo que há minutos atrás ele estava levantando uma árvore com o triplo de seu tamanho usando apenas uma das mãos.

— Bem… eu confesso que é um pouco estranho e talvez eu demore um bom tempo pra me acostumar com isso, mas… você nunca pareceu perigoso pra mim, sabe? A gente já ficou à sós várias vezes e você nunca me atacou nem nada… então isso meio que me faz ter uma certa confiança em você. — sorriu, vendo Yoongi vibrar em alegria.

— É-É sério? Quer dizer, você não vai fugir e nem sair correndo e gritando que eu sou uma aberração? — Hoseok balançou a cabeça negativamente — Aah Hoseok, você é o melhor!

Yoongi puxou-o para um beijo, sendo prontamente correspondido pelo namorado.

— Só uma pergunta. — separou o contato — Como você consegue ser assim tão… humano? Tipo, você é pálido, mas não aquele pálido doentio dos filmes do Crepúsculo, é um pálido normal. E eu também já te vi andando quando está sol…

— Ah, bem… isso é fácil de explicar. Quanto melhor um vampiro se alimenta, mais “humano" ele é. Como os meus pais trabalham no hospital, eles conseguem pegar bolsas de sangue e no fim nós não precisamos sair por aí caçando pessoas.

Hoseok arqueou as sobrancelhas e murmurou um baixo “Aah”, como se tivesse acabado de descobrir o segredo do universo.

— Acho que faz sentido… — Yoongi sorriu, tocando as mãos de Hoseok.

— É só você não pensar demais nisso que fica tudo bem… — encostou o seu nariz no do maior — Eu quero mais beijos, Hoseok.

E assim teve início o relacionamento dos dois.

Não era muito diferente de um relacionamento comum. Tirando o fato de que as vezes Yoongi se movimentava tão rápido que Hoseok não conseguia acompanhar e ao invés de haver comida em sua geladeira, havia bolsas de sangue. Mas fora isso, nada muito fora do normal. Saíam juntos, se divertiam, as vezes brigavam, se resolviam e faziam sexo.

Eram casal quase normal.

°°°○°°°

— Vai Hoseok, você consegue. — Yoongi falou já do outro lado da ponte.

— Yoongi, essa ponte ‘tá caindo aos pedaços. — murmurou, à procura de algum lugar para poder se apoiar — Por que a gente não fica desse lado e aproveita… hã… a paisagem?

Estavam em um bosque próximo à casa de Yoongi, local este que conhecia com a palma de sua mão. Naquela noite, queria mostrar uma parte daquele lugar que amava com todas as suas forças. Entretanto, para que chegassem naquela determinada parte do bosque, precisavam atravessar uma pequena e velha ponte. E Hoseok estava com medo de atravessá-la por causa dos rangidos que a madeira fazia sempre que seus pés a tocavam.

— Hoseok, se eu consegui passar você também consegue.

— Mas você é bem mais delicado que eu! Você sabe que eu sou todo desleixado e que tem uma grande chance disso cair porque eu não vou saber onde pisar.

— Não fale assim… — colocou as mãos na cintura — Semana passada você praticamente esqueceu dessa delicadeza quando me viu lutando com aquele urso.

Ah, os ursos.

É claro, como Hoseok pôde esquecer dos ursos?

Haviam ursos naquele bosque que vez ou outra atacavam os desavisados e afastavam a grande maioria das pessoas de lá. Porém, Yoongi não fazia parte da maioria.

Ou seja, Yoongi era o terror dos ursos que ameaçavam seus encontros com Hoseok.

— Mas foi diferente! Eu não estava preparado pra te ouvir gritando e rosnando pra um urso por meia hora.

— Tudo bem, tudo bem… — Yoongi deu-se por vencido. Então, atravessou a ponte mais uma vez, ouvindo o rangido da madeira. Foi até Hoseok e segurou em suas mãos trêmulas — Vem, eu vou te levar.

— Y-Yoongi eu não acho que seja uma boa ideia…

— Relaxa, confia em mim… — e antes que Hoseok pudesse perceber, Yoongi estava levando-o pelas mãos até o outro lado da ponte. Suas pernas tremiam tanto que por um momento pensou que fosse cair, porém seu namorado segurava com firmeza em suas mãos para se assegurar que aquilo não iria acontecer. Quando chegaram do outro lado, Hoseok sentiu uma forte vontade de abraçar o chão — Viu só, não aconteceu nada. Agora vamos, eu quero te mostrar um lugar.

Guiado por um Yoongi que não se importava em continuar segurando a sua mão, Hoseok adentrou ainda mais o bosque, observando as árvores que pareciam cada vez mais altas naquela noite de outono. Os sons de seus passos eram abafados pela música dos grilos e cigarras escondidos na penumbra de um céu tão escuro quanto uma obsidiana e iluminado apenas pela lua.

Andaram por aproximadamente quinze minutos até chegarem ao local. E durante quinze minutos, não soltaram as mãos.

— Chegamos. — Yoongi afastou alguns galhos da frente, deixando Hoseok ver com nitidez a clareira que recebia a luz lunar e a luz natural dos vagalumes que rondavam aquele lugar cercado por flores azuis. Na verdade, era o único local em todo aquele bosque onde cresciam flores. Até mesmo as árvores, ainda que estivesse de noite, pareciam mais vivas. Ao fundo, podia ouvir o som de água caindo, indicando que havia um riacho por perto — É bonito, né?

— É lindo, Yoongi! — Hoseok exclamou boquiaberto — Como você encontrou esse lugar?

— Minha madrasta sempre trazia meu pai aqui quando ele era humano. E depois que a gente se mudou pra cá pra morar com ela, ela passou a me levar pro bosque porque queria se aproximar mais de mim. — Yoongi sorriu, falando casualmente — Depois foi aquela velha história: eu fiquei gravemente doente e ela me transformou da mesma forma que transformou o meu pai.

Hoseok não sabia muito sobre a vida de Yoongi como humano. Não porque o Min não gostava de falar sobre aquilo, e sim porque ele não se lembrava de fato de como era a sua vida antes da transformação. A única coisa que sabia era que o primeiro casamento de seu pai não havia dado certo, então certo dia ele conheceu sua madrasta que era uma vampira e se apaixonou perdidamente por ela. Fim.

— Yoongi… esse lugar é simplesmente maravilhoso. — colocou as mãos no rosto do namorado para puxar-lhe para um beijo, entretanto isto não foi possível, pois Yoongi bruscamente afastou-se, passando de um estado de casualidade para um cansaço aparente — Hey, o que foi?

— H-Hoseok eu… — respirou fundo. Suas mãos estavam trêmulas e Hoseok podia jurar que ele estava ficando mais pálido — Droga, eu… deveria ter me alimentado antes de sair…

— O que? — precisou de mais alguns segundos para entender sobre o que seu namorado estava falando.

Yoongi estava com fome.

Tentou aproximar-se para ajudá-lo, porém ele se afastou mais uma vez.

— Não chega perto de mim… eu vou acabar te mordendo.

— Yoongi, há quanto tempo você está sem se alimentar? — o Min evitou olhar nos olhos de Hoseok, como se estivesse envergonhado por algo. E o Jung sabia exatamente o que significava aquele olhar.

— Desde hoje de manhã… — voltou a olhar para o namorado, parecendo um cachorrinho abandonado. Por um momento, Hoseok se sentiu mal por querer dar uma bronca naquela coisinha tão fofa que chamava de namorado. Todavia, precisava manter-se firme.

— Yoongi… você sabe que não pode ficar muito tempo sem se alimentar! Você deve estar faminto… — tocou seu rosto, tentando pensar no que fazer. Ele provavelmente estava fraco demais para voltar para casa, porém se continuasse ali...bem, havia apenas os dois ali. Um humano e um vampiro definhando de fome. O que poderia dar errado? — Hey, Yoongi… você quer beber do meu sangue?

O menor piscou repetidas vezes, parecendo confuso.

— Eu… posso? — Hoseok arqueou as sobrancelhas, surpreso com a reação do namorado. Jurava que ele iria gritar e dizer algo como “Você ficou louco?! Eu nunca poderia fazer isso!” ao invés de reagir com com toda aquela calma.

— Sim, é claro pode.

— Você… não vê problema nisso? — Hoseok balançou a cabeça negativamente — É que… você nunca comentou sobre me deixar provar o seu sangue, então eu pensei que você… sei lá, tivesse alguma coisa contra.

— Bom, é que eu nunca te vi com fome, então… nunca me passou pela cabeça servir como sua bolsa de sangue viva.— Yoongi riu fraco com o termo utilizado por Hoseok. Então, o mais novo sentou-se no chão, puxando o namorado consigo e deixando que se sentasse ao seu lado. Na verdade, nunca viu o namorado se alimentado e no fundo precisava admitir que aquela era uma curiosidade sua — Mas é sério, não tem problema nenhum. Pode me morder.

Yoongi engoliu em seco, deixando que suas mãos delicadas tocassem os ombros do maior, alisando com cuidado a pele por cima da camiseta fina. Suas pupilas estavam dilatadas e os olhos começavam a tomar uma coloração avermelhada e brilhante, enquanto os caninos pontiagudos apareciam nas gengivas. Se qualquer outra pessoa o visse daquele jeito e escutasse sua respiração acelerado, provavelmente diria que ele estava assumindo as feições de um predador nato, quase um animal. Todavia, Hoseok conhecia Yoongi e sabia que por trás do olhar selvagem que aos poucos surgia no semblante delicado, havia um filhotinho fofo e carente que não era capaz de fazer mal a ninguém. Tal conhecimento consistia em um dos maiores motivos para não hesitar em deixá-lo fazer aquilo.

— Eu posso mesmo? — praticamente sussurrou. Hoseok podia reconhecer o receio inocente em seus olhos, indicando ali uma real preocupação.

— Uhum. — não conseguia dizer “não" para aquele rostinho tão fofo. Confiava demais em Yoongi, e sabia que ele precisava daquilo.

Envolveu seus braços ao redor do quadril esguio, divertindo-se ao ver o menor sorrir em uma genuína alegria. Era fofa a forma como Yoongi ficava feliz quando Hoseok era carinhoso consigo, lhe mimava e supria suas carências. Da mesma forma que também ficava feliz quando o fazia sorrir e conseguia lhe agradar. Na verdade, só a presença de Yoongi já tirava sorrisos de Hoseok.

— Tudo bem… — respirou fundo, aproximando-se do pescoço que lhe era oferecido. Inconscientemente, lambeu os lábios, ansiando pelo líquido quente. E aquilo foi incrivelmente sexy ao olhar de Hoseok — Me avise se estiver doendo demais, okay?

Hoseok assentiu, deixando Yoongi aproximar os corpos ainda mais. Foi naquele momento que o mais novo deu-se conta de que Yoongi estava começando a ficar mais quente que o normal; não que a temperatura de seu corpo fosse muito abaixo do normal, mas mesmo assim era difícil vê-lo esquentar como agora.

Lembrava-se de uma vez ter lido algo como “não existe nada mais prazeroso para um vampiro do que se alimentar”. Naquele momento, podia perceber com clareza de que era verdade; mesmo que Yoongi não tivesse de fato começado o ato, a mudança em suas expressões faciais mostrava o quanto queria aquilo mais do que qualquer coisa. O anseio em seus olhos era notável, como se precisasse daquilo mais do que qualquer coisa no mundo.

Yoongi encostou o nariz em seu pescoço e deslizou-o por toda aquela parte, inalando profundamente e sentindo o cheiro de sua pele. Hoseok arrepiou-se por inteiro, arfando quando o hálito quente do vampiro tocou aquela região. Acabou apertando seus quadris, não para impor qualquer tipo de dominação, mas sim para ter onde se segurar. Yoongi era capaz de lhe deixar fora de órbita com o mais singelo toque.

— O seu cheiro é tão bom… — murmurou, inebriado pela ansiedade em mordê-lo. Seus dedos tamborilavam nos ombros de Hoseok, a espera do que estava prestes a acontecer. Raspou os caninos afiados na pele, ameaçando cravá-los ali. Sua mente lhe dizia para perfurar o pescoço de uma vez só, porém sabia que aquilo o machucaria e, se tinha uma coisa que nunca se perdoaria caso o fizesse era machucar Hoseok. Seus instintos afloravam a cada segundo, lhe deixando cada vez ansioso pelo que estava prestes a fazer.

Cuidadosamente, suas presas adentraram a pele, fazendo com que Hoseok por um momento fechasse os olhos por causa da ardência inicial.

Fazia muito tempo desde a última vez em que bebeu sangue direto de um corpo humano. Era um luxo que pouco se permitia desfrutar, já que não era realmente bom em procurar alimento. E, Deus, como sentia falta do calor do corpo de outra pessoa enquanto bebia seu sangue e deixava-se ser abraçado pela luxúria e satisfação que aquilo lhe causava.

Assim que sentiu as primeiras gotas de sangue acariciarem sua língua, seu corpo pareceu ser dominado por um frensei quase histérico. Sentiu um longo arrepio percorrer sua espinha, eriçando todos os seus pelos, quase como uma corrente elétrica. Inconscientemente, apertou os ombros de Hoseok com um pouco mais de força e subiu em seu colo, praticamente colando os corpos. Sentia-se quente e excitado, principalmente porque era Hoseok ali; estava sentindo um prazer absurdo ao provar de seu sangue direto do corpo, ao invés de uma bolsa de plástico. Queria que ele também sentisse algo bom durante aquele ato; seu intuito era tornar aquele momento uma troca de sensações boas, e não apenas algo que só a sua pessoa estava sentindo prazer. Então, rebolou sob seus quadris do jeito que sabia que agradava o namorado, esfregando a sua intimidade já desperta na do outro. Sentia seu pau latejar e doer apenas de ter o calor do corpo do namorado contra o seu.

Hoseok abafou um gemido de dor e prazer mesclados um ao outro. De fato, aquilo doía como tomar várias injeções ao mesmo tempo. Mas ainda assim, era bom sentir os lábios de Yoongi em seu pescoço, chupando a região e sorvendo seu sangue. Ele estava quente da mesma maneira que ficava quando faziam sexo, tão quente que parecia que iria queimá-lo à qualquer momento com aquela falta de espaço entre seus corpos. Estava perto o suficiente para que sentisse o coração do Min bater; coisa que raramente acontecia.

Céus, seria aquilo tão prazeroso assim?

Teve sua confirmação assim que Yoongi afastou-se e gemeu cheio de tesão contra o seu pescoço, começando a beijar e lamber os dois furos que havia feito.

— O seu gosto é tão bom… — murmurou, rebolando com mais força — Eu poderia ficar a noite toda só provando você…

Yoongi puxou a gola da camisa de Hoseok para baixo, encarando a região próxima à sua clavícula. Sem hesitar, mordeu aquela área, voltando a sorver o sangue. Hoseok estava praticamente abraçando o namorado, pois começava a sentir sua visão escurecer e uma certa falta de noção do que estava acontecendo. Queria falar que não se sentia bem, porém seu corpo parecia estar sob uma espécie de torpor, lhe deixando completamente mole.

— … Y-Yoongi… — conseguiu chamá-lo com um fio de voz.

Yoongi afastou-se, olhando para Hoseok, que arrepiou-se com a visão que teve. Suas íris adquiriram uma coloração completamente vermelha e brilhante, adicionando uma selvageria a mais em seu olhar. Suas bochechas haviam enrubescido e os lábios estavam pintados com o vermelho do sangue, contrastando com o branco dos caninos pontudos, que também pingavam sangue. Seu peito subia e descia acelerado devido à respiração desritmada e o coração descompassado.

— Sim? — sua voz saiu como um sussurro rouco — Meu Deus, você está muito pálido!

— E-Eu… eu não… — não conseguia sequer terminar a frase. Sua cabeça estava pesada e o corpo parecia não ter mais forças. Antes que conseguisse formular o resto da frase, desmaiou nos braços de Yoongi.

°°°○°°°

Hoseok acordou com uma certa sensação de tontura, sua cabeça parecia pesar seis vezes mais que o normal. Aos poucos voltava à lucidez, logo percebendo que estava no quarto de Yoongi, deitado em sua cama. Ele estava sentado em uma cadeira ao seu lado, esperando-lhe acordar. Assim que percebeu que Hoseok estava consciente, abraçou-o com um pouco mais de força que o normal.

— Ah, ainda bem que você acordou! — deu um beijo na ponta de seu nariz, enquanto Hoseok lentamente recordava-se do motivo que o trouxe para o quarto de Yoongi — Eu fiquei tão preocupado, eu pensei que eu tivesse te…

O Min não teve coragem de terminar a frase. Jamais se perdoaria caso acabasse matando Hoseok. Seus olhos marejaram ao pensar naquilo; seu namorado era a única pessoa em anos que conseguiu lhe fazer sentir-se vivo como se ainda fosse humano. E Hoseok sabia daquilo. Sabia o quão assustadora a ideia da morte e da perda era para Yoongi. Exatamente por causa disso, o maior gentilmente tocou os lábios do outro com os seus, em um suave selar.

— ‘Tá tudo bem… eu que deveria ter avisado que não estava me sentindo bem… — Hoseok encostou sua testa na de Yoongi e envolveu seus braços ao redor da cintura fina — ‘Tá tudo bem mesmo, Yoongi… acho que a minha pressão deve ter caído um pouco. Foi só isso.

— Hoseok, eu… — escondeu seu rosto no peito do maior — … eu fiquei muito assustado…

Hoseok lentamente acariciou seus cabelos, confortando-o. O predador sedento por sangue há horas atrás parecia ter desaparecido por completo, deixando que a criatura doce e angelical voltasse a aparecer. A dualidade de Min Yoongi era uma das coisas mais inexplicáveis que Hoseok já viu; uma hora Yoongi era todo gentil e carinhoso, apenas para segundos depois transformar-se no pecado em pessoa, lambendo seus lábios róseos de forma provocativa e atiçando em si o seu pior. O anjo e o demônio, o médico e o monstro, esta era a base de funcionamento de sua personalidade.

— Hey… — beijou-lhe os lábios novamente, dessa vez iniciando algo mais profundo ao deslizar sua língua entre os lábios de Yoongi, movimentando-a lentamente para que pudesse sentir a maciez da língua alheia, que instintivamente enroscou-se à sua, entrelaçando-as e depois desfazendo o movimento apenas para fazê-lo mais uma vez. Antes de se separarem por completo, Hoseok lambeu com lentidão o lábio superior do menor, instingando-o a querer começar outro beijo — Vamos só… esquecer a parte que eu desmaiei e… vamos tomar um banho juntos, okay? Pra relaxar, sabe?

Não demorou muito para os dois irem para debaixo do chuveiro, completamente nus e repletos de segundas intenções.

Hoseok estava com as costas encostadas na parede molhada, enquanto Yoongi mantinha-se ajoelhado à sua frente, abocanhando com gosto o seu pênis. As mãos do maior davam leves puxões nos cabelos escuros do Min, gemendo roucamente ao ter a glande inchada e sensível tocada por aquela boca quente e aveludada. Yoongi lambia toda a extensão de sua genitália como se fosse um pirulito, dando atenção às veias grossas e pulsantes; quando o engolia por inteiro, Hoseok praticamente ia ao delírio, puxando seus cabelos e gemendo alto. Aquilo era música para seus ouvidos.

— Puta merda Yoongi… — murmurou quando Yoongi chupou apenas a glande e masturbou com a destra o resto de sua extensão. O menor olhou para cima com uma de suas expressões mais safadas, sentindo uma excitação forte excitação crescendo dentro de si — Eu vou te foder tanto…

— Então vai, me fode. — afastou a boca do pênis e levantou-se, passando os braços ao redor dos ombros de Hoseok. Beijou-o com fervor, deixando que sua língua brincasse com a outra tanto dentro quanto fora das bocas; seu corpo parecia estar derretendo conforme o namorado o tocava desprovido de pudor. Um gemido arrastado escapou por seus lábios ao ter as coxas apertadas com firmeza. As mãos subiram para sua bunda, que foi igualmente apertada. Hoseok podia ser realmente desastrado no dia-a-dia, porém quando estavam à sós entre quatro paredes, ele assumia uma faceta firme, como se soubesse exatamente o que fazer — Me fode bem gostosinho.

Mordeu o lábio inferior de Hoseok, puxando-o enquanto os dedos travessos faziam menção de adentrar seu ânus. Uma das mãos de Yoongi desceu de seu peito para a região onde ambos os membros se encontravam. Encostou-os e iniciou uma masturbação em conjunto lenta e provocante, arrancando ofegos baixo do namorado. Hoseok introduziu o primeiro dedo, fazendo movimentos de vai e vem que alternavam entre rápidos e lentos, ameaçando encostar em sua próstata.

Quando o segundo e o terceiro dedo entraram, Yoongi estava praticamente perdendo a cabeça; Hoseok judiava de seu ponto sensível, acertando-o e várias vezes pressionando por um longo tempo aquela região. O Min já não era mais capaz de controlar os gemidos altos e manhosos que soltava enquanto beijava-o, mantendo um ritmo constante na masturbação. Hoseok aproveitava quando Yoongi inclinava a cabeça para trás enquanto gemia para beijar e marcar seu pescoço, distribuindo uma série de chupões que iam de seus ombros até o maxilar.

— H-Hoseok por favor… — sentiu suas pernas fraquejaram ao que Hoseok acertou sua próstata com força — Eu não aguento m-mais…

O maior riu baixo ao ver o desespero de Yoongi. Então, inverteu as posições e deixou as costas do menor encostadas às suas. Segurou em seus quadris, apertando-os e o fazendo empinar-se em direção ao seu pênis, que aos poucos foi introduzido em sua entrada.

Yoongi encostou sua testa na parede assim que Hoseok começou a estocar. Nenhum dos dois conseguia mais se conter em meio aos sons eróticos que seus corpos produziam ao se chocarem; gemiam alto e sem pudor, deixando que suas mentes fossem à loucura. O Min pegou uma das mãos de Hoseok, tirando-a de seu quadril e a trazendo para sua boca. Começou beijando seus dedos, cada um deles, para logo em seguida morder seu indicador com força o suficiente para perfurar a pele. Sorveu o sangue ali, mesmo que pouco, deliciando-se com o gosto de Hoseok.

De fato, nunca se era tarde demais para tentar algo novo.

Estranhamente, Hoseok estava gostando daquela ardência que os dentes de Yoongi estavam lhe causando, principalmente pelo fato de que ele estava chupando seus dedos como se estivesse fazendo o melhor oral de sua vida.

Debaixo da água morna do chuveiro, gozaram. Cada um em seu tempo.

Hoseok abraçou o corpo de Yoongi, beijando-lhe a cabeça, a testa, o nariz e os lábios. A sensação de calma após o orgasmo era fortemente presente nos dois.

— Hoseok, você me faz tão bem… — sussurrou, completamente mole — É quase como se eu fosse humano outra vez...

— Você também me faz bem, Yoongi. Mais do que imagina.

Naquele momento, não eram apenas o vampiro e o humano; eram Min Yoongi e Jung Hoseok, um casal apaixonado, independente das barreiras que os dividiam entre o normal e o anormal.

Passei todo o meu tempo com você

Eu me sinto tão vivo com você

Baby, você sabe que é verdade

Só tenho olhos para você

Lund Only For You

15 Juillet 2018 03:49 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

A propos de l’auteur

Hyogie Han Fã incubada de boybands e aspirante a escritora, de alguma forma tento me encontrar na escrita através de pequenos desabafos vindos de crises existenciais

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