ichygo-chan ichygo Chan

Não há nada melhor do que o colo do papai, mas ele tinha cada vez menos tempo para lhe oferecer aconchego, e Himawari sentia cada vez mais falta desse contato.


Fanfiction Anime/Manga Tout public.

#naruto #boruto #himawari #Família-Uzumaki #fluffy #pai
Histoire courte
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Aconchego

A ideia surgiu depois de uma revindicação no FNS por mais fic´s do Naruto paizão. 

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Desde que era bebê não havia melhor lugar no mundo do que o colo do pai. Era um bálsamo para tudo desde dores, medo até mesmo dengo. Como a pequena Himawari necessitava daquele aconchego. Sempre que podia não perdia tempo em se ajeitar nos braços dele, fazendo aquela carinha que derretia o coração do pai.

—Assim não vale, Himawari. Sabe que o papai não resiste a esse beicinho pidão. — disse com a voz afável, cheia de carinho e cumplicidade, apertando a bochecha de sua mocinha.

— Só um pouquinho, papai.— puxou as mãos dele indicando que queria que ele fechasse ainda mais o abraço em torno dela, e ele assim o fez.

Era aconchegante. Sentia que ali estava longe de qualquer perigo. Amava estar nos braços da mãe, mas havia algo no colo do pai que lhe atraía de maneira quase magnética, natural. Talvez edsa atração se devesse ao fato dele ter um dorso maior onde podia recostar e dormir, ou mesmo porque acostumara a dormir sobre o peito dele nas suas noites insones desde que tinha apenas dias de vida. Não sabia ao certo o motivo, mas tudo naquele colo a atraia. Amava sentir o cheiro e o calor que dele emanava, ouvir o coração em um ritmo constante, apreciar o som grave de sua voz que reverberava toda vez que falava enquanto ela estava com o ouvido encostado ao peito dele.

Fora o fato de que era sua defensora número um.
Aos seus olhos Naruto era simplesmente o pai mais perfeito de todos e ficava enciumada toda vez que via Boruto querendo lhe roubar seu lugar de direito.

—Você já é grande, ni-chan!— reclamou certa vez quando voltara de uma consulta com a mãe e vira o irmão mais velho sentado confortavelmente no colo do pai enquanto ambos assistiam um filme no sofá.- O colo do papai é meu!— protestou enciumada tentando arrancar Boruto a força, puxando-lhe a parte detrás do casaco que vestia.

—Nem vem Himawari, você monopoliza muito o papai. Ele não é só seu!— rebateu resoluto cruzando os braços e resistindo a força que ela impunha, o que não era difícil visto que ela tinha apenas cinco anos e menos força que ele. — Eu cheguei primeiro hoje, é minha vez de ficar sozinho com o papai.

—Não é não!— a pequena crispou o rosto em mal humor.- O colo do papai é meu!

Naruto apenas olhava para a esposa, sentindo vontade de rir e agarrar os dois protagonistas daquele embate fofo. Hinata sorriu docemente compreendendo a situação dele, sabendo que por dentro ele provavelmente sentia-se envaidecido por ter os dois filhos brigando por sua atenção.

Era muita felicidade para um coração só.

Entretanto, Naruto resolveu intervir quando percebeu que o filho mais velho começava a esboçar o sorriso matreiro que indicava que em breve iria tripudiar com a mais nova.

—Não fica assim, Himawari, tem lugar para os dois no colo do papai. – convidou-a com os braços abertos.

NÃO TEM NÃO!- ambos disseram em uníssono surpreendendo-o.

Eu cheguei primeiro, pai, não é justo!- o mais velho tratou de criar um bico ao cruzar os braços de maneira ranzinza. – É sempre a Himawari, nunca eu!

—É porque ela é a mais nova, meu filho. Ajuda o papai, vai. — rogou enquanto acarinhava os cabelos loiros do pequeno que mantinha o cenho franzido em desgosto.

“Esse daí é tão teimoso quanto eu era quando criança” pensou divertido.

— Isso, seu baka, eu sou o bebê da casa.— A pequena não deixou por menos e reforçou o argumento do pai com as mãozinhas na cintura.

“Himawari não fica para trás no quesito teimosia também, tebayo.” Quase riu ao perceber os olhares azuis que pareciam se fulminar, travando uma intensa guerra. Seus filhos tinham personalidades distintas, mas ao mesmo tempo ambos tinham muito em comum, traços herdados dele mesmo.

— Eu era o bebê antes de você chegar, sua intrometida!— resmungou mostrando a língua.

—Mas já não é mais. Aceite.— ela revidou a provocação.

Colocando Boruto sobre uma perna, Naruto bateu na outra em um claro convite para que a caçula sentasse em seu colo.
No entanto ela negou. O colo era dela, exclusivamente dela, e não iria dividir. Deu de costas de braços cruzados e olhar acusador. Naruto apenas riu divertido com tudo aquilo.

—Vem com o papai, meu amor!- pediu com a voz manhosa, tentando convencê-la. Porém ela lhe dedicou um olhar que desceu para o irmão e voltou a ele, como uma intimação.

—Você disse que ia ficar comigo hoje, pai.—Boruto reclamou. – Não é justo toda vez eu ter que ceder lugar para a Himawari só porque ela é mais nova.

Naruto sabia que ele tinha razão. Ambos eram seus filhos, suas maiores preciosidades, mas como explicar isso para uma Uzumaki emburrada? Pior ainda, para dois Uzumakis inflexíveis e resolutos.

—Eu sou a bebê do papai. – a menina reclamou entredentes com a voz chorosa.

—Então vem pro colo do papai, minha filha. – pediu com o coração apertado ao ver que ela logo começaria a chorar.

—Mas o ni-chan tá aí.— reclamou, agora chorando. – Ele não tem que estar aí. A mamãe disse que ele já é um rapaz, e não mais um bebê.

Ora, ora. Aos olhos de Naruto os dois sempre seriam seus bebês.

Está dizendo que você não quer o colo do papai?— alcançou o rosto dela enxugando as lágrimas das bochechas rechonchudas com as pontas dos dedos.

—Eu quero.— fungava manhosa e Naruto sentiu vontade de agarrar a pequena e coloca-la no colo por vontade própria já que ela não queria por opção. Mas antes de fazer isso, Boruto saiu de seu colo.

—Tudo bem, eu já saí. Pode ficar com o colo do papai pra você.— pronunciou desgostoso por abrir mão de seu aconchego. Não queria admitir, mas no fundo não gostava de ver a irmã mais nova chorar por sua causa.

Naruto compreendeu na hora o ato do mais velho e sentiu os olhos queimarem com as lágrimas de orgulho que empoçaram. Ele afagou a cabeça de Boruto sorrindo para que ele percebesse quão satisfeito estava com a ação, fazendo o menino corar com o reconhecimento.

Sem perder tempo enlaçou a pequena que afundou a cabeça em seu peito ainda fungando, aspirando fundo o cheiro do pai. Depois de alguns minutos estava calma, embora ainda soluçasse.

Era o seu colo, seu cantinho e ninguém tinha o direito de lhe roubar seu aconchego.

Depois de algumas horas e conversas com o pai, acabou percebendo que tinha sido egoísta e convidou o irmão para juntos partilharem do aconchego que era estar entre os braços do pai.

Ao fim da noite ambos dormiam despreocupadamente envoltos no abraço protetor dele, embalados pelo calor e amor que emanavam da figura paterna. Hinata se aproximou admirando aquela relação que eles tinham. Os filhos eram barulhentos e espontâneos como o marido e as vezes ria com as bagunças, brincadeiras e discussões em que se metiam. Era divertida a ideia de ter três “Narutos” em casa. Podiam lhe enlouquecer, mas davam sabor e animavam sua vida.

Abraçou o marido pelas costas e pegando desprevenido enquanto ele contemplava embevecido o rosto de ambos os filhos.

—Eles são lindos, não são? Parecem com você.— sussurrou no ouvido dele, assustando-o. Por pouco não sobressaltou e acordou os dois.

Que susto, Hinata, tebayo!- reclamou esbaforido. Mas se acalmou ao se dar conta de que a culpa era sua por estar distraído. Como ninja não podia ser pego de surpresa, mas acabava sempre se desligando quando olhava para seus bebês. – Parecem mesmo, principalmente na bagunça.— riu ao se lembrar.- Viu só o show que a sua filha fez porque queria sentar sozinha no meu colo?

—Vi sim.— ela deu a volta e se sentou ao lado dele acariciando os cabelos de Boruto que mesmo adormecido sorriu com o toque. — Tão manhosa e turrona quanto o pai. — riu ao ver o olhar incrédulo dele.

—Hinata!— ele a repreendeu.

— Eu falei algo errado?- se defendeu roubando-lhe um beijo. – Admita Naruto, nossos filhos herdaram a sua personalidade obstinada. Não aceitam perder e não desistem do que querem facilmente.

Contra essa verdade ele não tinha argumentos.

—Mas eu entendo o porquê eles brigam tanto pelo seu colo. – Hinata disse apoiando a cabeça no braço dele- É um lugar gostoso demais.

Por mais desinibido que fosse ainda haviam coisas que o constrangiam, e uma delas era ouvir Hinata enaltecer suas qualidades. Era um sentimento gostoso, que lhe preenchia o coração, até porque durante muito tempo acreditou não ser bom em nada, e aquele sentimento de inferioridade ainda lhe amargava. Mesmo que, ainda criança, gritasse aos quatro ventos que era o melhor em tudo, por dentro sempre se sentiu incapaz.

Então veio a família que tanto amava e que sempre dava um jeito de lhe provar que ele tinha valor, algo que por muitos anos achou ser destituído. Mesmo que houvessem mil pessoas ao redor dizendo que ele era capaz, apenas a opinião de seus mais preciosos tesouros era capaz de verdadeiramente o fazer se sentir dessa forma.

Naruto sorria satisfeito por poder aproveitar cada momento com os filhos e a esposa que tanto amava. As vezes tinha que se ausentar por longos períodos de tempo para executar missões em locais distantes, porém voltava sempre o mais rápido que podia para estar com a família.

Mas o tempo passou, seus pequenos foram crescendo e ele se tornou o nanadaime Hokage. O trabalho começou a tomar muito de seu tempo, e Himawari se viu sem seu colo preferido durante dias e dias afinco.

Era como se tivessem roubado seu pedaço do paraíso.

Já quase não via o pai, que a cada dia se tornava uma figura cada vez mais presente na vila e ausente em casa. Quase sempre, quando ele chegava ela já tinha ido dormir há muitas horas. Em alguns dias ele nem mesmo retornava ao lar.

Adoeceu pensando no colo que já não tinha. Vendo o pai entrando e saindo sem tempo para ficar ou lhe abraçar, sempre agitado, atrasado para alguma reunião. Isso quando ele não enviava clones. Ela percebia a diferença. Eles não tinham o mesmo cheiro, nem o mesmo calor que o pai.

Começou com uma febre leve e sem importância, mas em poucas horas já estava beirando os quarenta graus. A mãe ministrou antitérmicos que de nada adiantaram. Assustada com o avançar da temperatura que oscilava entre os trinta e nove e quarenta graus resolveu enfim leva-la ao hospital.

Passaram boa parte da tarde e noite em observação.

Himawari era levada para o banho frio de tempos em tempos, o que ajudava a baixar a temperatura por pelo menos trinta minutos. Sakura estava preocupada, buscando a relação entre os sintomas e as possíveis causas daquela hipertermia repentina, realizando exames a cada hora enquanto acompanhava o quadro de evolução.

A pequena sentia o corpo febril e dolorido, e resmungava a cada toque em sua pele. Percebia a respiração passar quente e errática pelos lábios entreabertos, incomodada com a sensação de calor que parecia lhe inflamar cada minúscula área de sua pele.

Ao descobrir que a filha estava passando mal, Naruto não pensou duas vezes antes de largar o trabalho e ir ao encontro dela, exasperando-se ao saber que ela estava internada.

—Hinata, porque não me chamou na hora, Tebayo!— protestou inconformado ao entrar no quarto como um relâmpago.

Era só uma febre, Naruto. Não tinha porque te incomodar no trabalho. –tentou se defender.- Eu já estava para lhe chamar.

Uma febre de quarenta graus, Hinata. Podia ter me chamado antes. — tentava moderar o tom de voz para não perturbar o repouso da filha, mas estava sendo difícil manter a calma.

Me desculpe. Você ultimamente tem estado tão ocupado que resolvi não lhe preocupar com isso.

— Pois pode me chamar sim, Hina. Vocês vem em primeiro lugar para mim.

Se aproximando, ele se ajoelhou ao lado da cama sentindo o calor que emanava intensamente do pequeno corpo. Apreensivo ele tocou a bochecha rubra da filha, sentindo os dedos esquentarem ao resvalar no breve contato com pele febril.

—Papai?—Questionou com a voz fraca. – É você?

—Sim, sou eu, minha flor.— beijou a bochecha dela gentilmente. Um sorriso fraco se desenhou nos lábios da pequena.

—O senhor veio. Mas não pode ficar muito tempo, não é? Tem que voltar a trabalhar, é muito ocupado.— abriu os olhos devagar e Naruto quase se afogou naqueles orbes cheios de preocupação e saudade, culpando-se por estar tanto tempo fora. – Não se preocupe, eu vou ficar melhor, prometo.

—Eu sei. – ele acariciou as bochechas dela com delicadeza, como se temesse que elas partissem. –Papai vai cuidar de você.

—Mas o senhor não pode, e o seu trabalho?- perguntou confusa e temerosa.

—Não se preocupe, papai sabe o que está fazendo.- afirmou resoluto encostando a ponta do nariz no dela.

Cuidadosamente ele tirou a capa de hokage e voltou para o lado da filha. Naquele momento e por todo o tempo que precisasse não seria o nanadaime, mas somente Naruto, o pai de Himawari e Boruto e estaria ao lado da esposa e filha.

Quando Sakura chegou para ordenar que ela tomasse outro banho afim de baixar a temperatura, foi o próprio Naruto que a banhou, secou e arrumou. Ele ficaria ali ao lado dela como fazia quando ela era bebê e estava sempre a lhe pedir colo com os olhinhos brilhantes. Ignorou os protestos de Sakura e sentou na cama, acolhendo a pequena nos braços.

Duas horas depois já não havia mais febre.

—Mas como isso é possível, Sakura-chan?- Hinata perguntou intrigada com a súbita melhora da filha. Já temia receber uma notícia ruim por causa dos muitos pares de hora que passaram com ela naquela situação febril e agora ela estava bem, sorrindo enquanto dormia aconchegada no colo do pai que também dormia, babava e roncava exausto com a cabeça recostada a parede. As mãos dela estavam firmemente agarradas a camisa dele, como se temesse que o mesmo pudesse desaparecer em um passe de mágica.

Sakura sorriu com a cena.

—O problema da Himawari era simples: saudade. Uma febre emocional. Ela só precisava de um tempo com o pai. — olhou para ambos, sentindo o coração se aquecer. Naruto no final das contas, mesmo ausente por causa do trabalho que exigia muito de seu tempo ainda era um pai dedicado.

Himawari sorria, perdida em sonhos bons enquanto se agarrava com força ao colo do pai, sentindo seu cheiro, ouvindo as batidas de seu coração que parecia ribombar em harmonia, quase no mesmo ritmo.

Não havia lugar melhor no mundo que o colo do papai, e era todo seu.

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Espero que tenham apreciado, porque até eu fiquei com vontade de experimentar esse colinho bom!

22 Avril 2018 11:58 1 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

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Donna Dan Donna Dan
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November 13, 2019, 23:18
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