Grund-Tharg o bárbaro e Jhon Raven, o guia das almas perdidas guarneciam a porta da taverna ao qual usaram como refúgio, tentando despistar o demônio que os seguia haviam dias! Logo era Tharg quem alertava: “- DEMÔNIO! ESTOU SENTINDO CHEIRO DE UM MALDITO DEMÔNIO!”
Nissa, a feiticeira, nada detectava com seus dons, Jhon nada captava de emanações malignas! Kinseph, o clérigo, ergueu uma barreira divina protegendo a todos tentando que, mesmo invisível, ninguém penetraria ali, mas tudo mudou aterrorizado gritou: “- Alguém invisível… Caminha entre nós… Ele rompeu a barreira sagrada!”
Todos ouvem os passos, um novo tremor foi sentido, assim como portas e janelas foram recobertas por magias agressivas as lacrando em definitivo! O grupo foi jogado ao chão de forma brutal uma vez que era palpável, que a Taverna Orc Morto estava sendo elevada de forma abrupta e veloz às alturas!
A velocidade da subida era vertiginosa e, a iniciar por Grund-Tharg que urrando como um animal acuado, erguer-se do chão, todos fizeram seus mais poderosos esforços para repetir o feito e Kinseph, ergueu novamente a barreira de proteção contra o mal, enquanto todos podiam ouvir uma respiração angustiante e o cheiro terrível de enxofre ao redor deles…
O clérigo aumenta a potência de seu escudo, porém, chegando até o ouvido de todos, como um sussurrar, as palavras eram claras, e ainda assim, sequer um único vulto estranho fora percebido no salão: “- Sua barreira servo de Luuthander… É como uma bolha de sabão para mim!”
Literalmente um estouro de bolha foi ouvido, para logo em seguida, a barreira se desfazer em um estrondo de vidraças sendo destruídas, e Kinseph sentia o poder maligno: “- A BARREIRA FOI DESTRUÍDA! ALGUÉM ESTÁ ENTRE NÓS!”
Com a violência de um meteoro, Kinseph é arremessado por metros diante de todos, vindo a chocar-se contra a parede do lado oposto onde lutavam, com uma costela fraturada, enquanto acreditava estar sentindo estranha atividade na trama além do golpe sofrido!
Grund então entrou em ação, atacando como um búfalo desenfreado à esmo pelo salão, buscando atingir mesmo que de raspão o inimigo, mas era em vão, por mais que se esforçasse nada era atingido! Kinseph sente o efeito seguinte da trama mágica alterada e tentando avisar aos demais, se esforça: “- NISSA, JHON, NÃO USEM…” Uma mordaça encharcada em sangue negro e espesso surge por diante da boca do clérigo, se enfia dentro dela, se amarrando na sequência à cabeça para impedi-lo de dar seu alerta, e então novamente a voz maquiavélica sussurra: “- Não… Ninguém vai ajudar ninguém dessa vez!”
Jhon Raven percebe que não era mais possível ficar aguardando, seus olhos brilharam de forma intensa, girou sua espada de forma furiosa pelo salão, buscando espalhar a energia da sua detecção do mal pelo ambiente, ainda assim, o mal daquela criatura visivelmente maligna não fora detectado... A voz gargalha e se pronuncia: “- Tolos, infantis, crianças brincando de guerreiros… Empunhando seus palitos afiados, saem à esmo para enfrentar o desconhecido!”
Grund urra em fúria e tenta outro ataque sem foco, ele avança, golpeia, atinge nada, urra em fúria novamente e então, uma nova explosão de energia atinge todos! Grund-Tharg é arremessado com violência contra a parede, soterrado pelos escombros da mesma enquanto Jhon Raven curva-se para frente em agonia, para logo na sequência, ser arremetido para o outro lado da sala, se chocando contra a outra parede com força descomunal, cuspindo sangue em abundância... Tão logo bateu ao solo, o jovem guerreiro conseguiu confirmar o que Kinseph tentava avisar: “- ELE USA ESPASMOS DE MAGIA NULA!”
Nissa então compreende, a cada golpe desferido contra o inimigo utilizando magia, essa era subvertida, bloqueada e travada, de forma que seu usuário não tivesse mais qualquer capacidade oriunda da trama mágica …
Akron o tiefling especialista, tenta notar alguma deformação no ar para agir, mas é igualmente arremessado contra o teto e novamente cai ao chão; ao cair, sua perna toca ao solo primeiro, deixando seu corpo cair por cima criando assim uma fratura exposta de seu fêmur! Em terrível agonia, Akron se arrastando para fora do epicentro da luta, vociferava em bom tom tudo que sabia sobre o fato: “- Alguns demônios… Eles conseguem guardar energia morta em si ou em itens... Ao toque de outro conjurador com um deles...”
Uma explosão de energia ocorre por debaixo de Akron e o arremete ao teto novamente de forma brutal o fazendo voar para o outro lado da sala inconsciente, e a voz novamente gargalha por todo o salão: “- Demente traidor de sua linhagem, resolveu colaborar com o inimigo, teve o que merecia... Mas vamos contar, quatro já caíram, falta apenas uma e olhem só… Essa serviria perfeitamente como concubina…”
Nissa dá um passo à frente, gesticula, fala palavras quase incompreensíveis tanto pelos vocábulos quanto por estar quase sussurrando e finalmente ela se detém, e uma energia como névoa púrpura emana dela… Tudo fica em silêncio e a voz novamente se manifesta: “- Acredita mesmo que não lançar magias ofensivas impediria meus dons de bloquear suas conjurações?”
Uma onda de energia cinética então explode, a feiticeira é arremetida para trás como os demais, suas mãos, em uma cena assustadora, se fundem uma na outra com dez dedos agonizantes e misturados, sua boca se fecha como se nunca houvesse existido e, em desespero, Nissa tenta não transparecer o que de verdade tentou fazer.
A voz novamente sussurra: “- Ora, ora, ora… Embora muda eu posso ouvir seus pensamentos... Diga-me o que tem a dizer curvilínea maga, eu a ouvirei em minha mente enquanto degusto esta sensação única de estarmos à sós...” Os pensamentos de Nissa então se manifestam de forma clara na mente do inimigo:
“- Feiticeiros, podem ser engolidos por seus egos, por terem a magia no sangue… Os ególatras, se consideram pares aos dragões embora não se comparem sequer ao esterco deles… Você provou isso feiticeiro, seu ego o impediu de ver a magia verdadeira usada… Prepare-se para tombar!”
Escombros explodem em várias direções, Grund-Tharg ergue-se por debaixo deles com um único movimento, suas narinas se abrem e se fecham em meio à polvadeira criada pela ação e em seu rosto, expressava um sorriso quase macabro: “- Finalmente… Teu cheiro maldito cagalhão, está claro como um porco assando na fogueira…”
Com velocidade absurda, arremetendo tudo que tinha pelo caminho, Grund-Tharg atravessa a taverna, pula sobre o balcão, se arremete em direção ao teto, desferindo um golpe devastador com seu machado, enquanto pedaços da taverna voavam pelo céu e finalmente, sangue espesso, mais negro e pastoso que o normal, voava pelos ares…
Nesse instante, as energias que prendiam Jhon, assim como a mordaça em Kinseph e as fusões das mãos e boca de Nissa começavam a se desfazer enquanto o selvagem continuava o que fazia de melhor, atacar! Um novo golpe em nova direção da taverna e era possível ouvir um terrível grito de agonia acompanhado de uma voz, agora nada sedutora e sim aterrorizada gritando: “- Maldita feiticeira, aumentou os sentidos do fedido bárbaro!”
Grund ignora a falação cansativa, ele apenas avança feroz em direção ao novo posicionamento do alvo, o machado imponente novamente era retesado para trás, enquanto a voz gritava em pânico: “- PARE MALDITO SELVAGEM, PARE!” E Grund rebate ao seu estilo: “- GRUND-THARG NÃO TEM MAGIA, GRUND-THARG TEM… FORÇA… INFINITAAAAAAA!”
Um novo golpe, outro grito da voz ainda sem corpo e mais uma vez sangue espesso voava pelo ar, e mais uma parede era destroçada de forma intensa, então, tudo abruptamente silencia e as travas mágicas colocadas sobre todos os aventureiros arcanos, desapareciam por completo….
Grund-Tharg se mantinha arfando, farejando o inimigo ferido... Kinseph erguia-se atento apesar das condições, e eis que a taverna detém sua subida, começando finalmente a descer, lentamente…
Então é que, os elevados ganhos sensoriais de Grund-Tharg conseguiram captar algo, bastou apenas um olhar para que Nissa movimentasse suas mãos, estalasse os dedos e uma redoma de energia surgisse em um ponto da taverna revelando dentro dela um demônio albino, com chifres curvos e longos, bastante ferido e com expressão de fúria completa... Diante dele, um grupo que teve seus dons retirados e bloqueados também o observa com fúria palpável...
“- Os subestimei... Tem razão feiticeira, o ego pode ser adaga de dois fios, aprendi a lição… Porém, eu aprendo com meus erros, não errarei de novo, na próxima…”
Nissa caminha em direção à redoma energética, uma mordaça mística surge e cala o demônio, enquanto, com expressão odiosa, Nissa finaliza aquela conversa: “- Não demônio... Não haverá outra vez!”
Os olhos da feiticeira inflamam, sua boca profere palavras incompreensíveis, o poder estava de volta e na redoma, a energia aumentou, atingiu rubro intenso, preenchendo-se com fogo letal e destrutivo que ocupou por completo o interior da mesma, incinerando de forma visceral a criatura que os havia quase levado à morte...
A feiticeira vira-se deixando o local, e uma última frase marcaria o ato: “- Nunca mexa nos dons de uma feiticeira!”
Merci pour la lecture!
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