Agora o som me parece distante.
E meus dedos dormentes
Enxugam, espalham, separam
Qualquer sentido, qualquer sentimento, qualquer calor.
Que me faça lembrar o que é estar vivo.
Meus olhos distantes
Desfocam-se nas memórias.
E as perguntas
As terríveis perguntas perseguem-me.
Sufoco enquanto busco respondê-las
E descubro que não há lugar para mim.
Não enquanto vivo.
Meu rosto
Meu gênero
Meu corpo
Minha mente
Meu amor
Mesmo meu amor
Está podre.
Estou doente (tome os remédios).
Apodrecido (corte o que não pode ser salvo).
Corrompido (somente Deus pode curá-la).
Estou lindo (nunca esteve mais feia).
Sinto-me bem (não lhe pari para isso).
Apaixonado (o senhor não lhe perdoará).
Eu sou um homem (não é).
Bi (não existe).
Livre (não me traga vergonha).
As pálpebras vibram pela última vez
E cada músculo remexe desesperadamente.
Deleito das luzes
As estrelas fascinantes.
Consomem o que me tornei
Os gritos ecoam
Mãos espalmadas sobre o peito
Choro preso na garganta
Lágrimas manchando a pele
Que tremem, tremem e tremem.
Estou no limbo
A dois passos do infinito e apenas um da realidade.
Não há volta, nem a mim nem a eles.
+
Merci pour la lecture!
Nous pouvons garder Inkspired gratuitement en affichant des annonces à nos visiteurs. S’il vous plaît, soutenez-nous en ajoutant ou en désactivant AdBlocker.
Après l’avoir fait, veuillez recharger le site Web pour continuer à utiliser Inkspired normalement.