lanthys Lanthys LionHeart

Irmão... Realmente uma palavra bonita e que pode ter diversos significados, geralmente todos apontado coisas boas, benéficas e agradáveis...Dizem que é bom ter irmãos e que irmãos são os companheiros que teremos por nossa vida uma vez que os pais tendem à partir primeiro pelo menos em teoria, e de maneira alguma discordo dessa visão, porém... Às vezes... Ter um irmão pode trazer dor e sofrimento também, por mais contraditório que seja...


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Irmãos

Irmão... Realmente uma palavra bonita e que pode ter diversos significados, geralmente todos apontado coisas boas, benéficas e agradáveis...Dizem que é bom ter irmãos e que irmãos são os companheiros que teremos por nossa vida uma vez que os pais tendem à partir primeiro pelo menos em teoria, e de maneira alguma discordo dessa visão, porém... Às vezes... Ter um irmão pode trazer dor e sofrimento também, por mais contraditório que seja...

Muitos perguntariam, como ter um irmão pode te fazer sofrer, podem haver desavenças e brigas pueris, mas, dor e sofrimento, na real concepção da palavra? Pois bem, creio que com experiências vividas nessa “área” digamos assim, posso dar uma face de uma possibilidade desse tipo de dor, mas também, posso e quero mostrar, a paz que encontrarmos para essa dor quando conseguimos achar uma forma de contornar essa dor com aprendizado!

No topo dos meus quase cinquenta anos, não sofro mais o que sofria, hoje consegui me livrar da dor, mas houve uma época em que esse sentimento me torturava a alma... Não o fato de ter um irmão em si, isso é maravilhoso, mas sim, ter um sofrimento, mesmo que indireto, não pela existência do irmão, mas pela forma como o tratamento recebido conduziu os dois...

Muito se diz, “mudam os endereços e as famílias, mas a situação é a mesma, o irmão mais novo é sempre tratado com mais mimo que o irmão mais velho...” Eu particularmente não dava muita atenção a isso, mas tudo perdurou por tanto tempo, que quando realmente incomodou e doeu, eu comecei a lembrar de que há tempos isso estava lá, evidente, latente e, eu nunca tinha notado...

Fosse em quando passei em terceiro lugar em um concurso e meu irmão sequer se classificou, mas ao contarmos a notícia ao meu pai, eu ainda adolescente, ansioso pela alegria do meu velho, sequer recebi uma referência ou citação, apenas disparou furioso para meu irmão mais novo: “- Como tu não passou, se até teu irmão conseguiu?” Lembro que fiquei pensativo naquela hora, cogitando, como meu pai podia dizer algo assim... No entanto, deixei de lado...

Também houve a questão do exército, eu consegui servir e fazer uma carreira básica de seis anos na caserna, meu irmão foi dispensado logo na primeira etapa e novamente ouvi meu pai dizer a ele: “- Se teu irmão conseguiu, que eu achei que nunca ia entrar num quartel, tu nem pra inspeção foi, vergonhoso!!” Novamente ouvi, calei e guardei, afinal, deveria ser exagero meu, estava querendo atenção desnecessária pensava eu, meu pai não deveria ter tido a intenção...

Também, quando éramos menores houveram várias outros casos como, quando carregando lenha para o fogo da noite, meu irmão deixou cair uma das lenhas nos pés, e meu pai sem perguntar sequer, ao ouvir o grito de meu irmão, pegou um fio de arame e me bateu nas costas, o vergão ficou por horas ali... Meu irmão nada disse, apenas calou e ficou como se eu tivesse feito algo para ele, o machucado de alguma forma...

E a vez que eu, já adolescente, queria comprar um Playstation 1, meu sonho de jogar Final Fantasy VIII, mas o dinheiro não era suficiente de meu trabalho para tal aquisição... A mãe dizia que era uma bobagem, gastar dinheiro à toa... Meu pai dizia que eu deveria economizar ou ajudar mais nas contas da casa e como ressalva, ainda frisou: “- Não pensa que tu vai usar vídeo game na minha TV, estraga tudo, se tu quer vídeo game, vai comprar tua TV!” Incrivelmente alguns dias depois chego em casa, meu irmão estava no quarto dos meus pais, tapado, usando a televisão deles adivinha com o quê? Exatamente, um Playstation 1... Pasmem, minha mãe ainda chegou a justificar: “- O pobrezinho anda muito sozinho!”

Não era fácil eu admito, parecia que ele sempre tinha preferência em tudo e por algum motivo, meus pais sempre tinham mais cuidados ou atenção para com meu irmão do que para comigo... Como disse, ainda não era um incômodo, a verdadeira chateação, a verdadeira tristeza começou quando um dia, já com mais de trinta, beirando talvez os quarenta não lembro com exatidão, estava em meu serviço e tudo aconteceu...

Eu era (e sou ainda) autônomo, área de manutenção de informática e, amo muito o que faço! Como meu próprio “chefe” sempre tive um orgulho gostoso de poder me sustentar pela minha própria empresa, afinal, uma MEI é uma empresa e querendo ou não, proprietário de MEI é um microempresário! Então eu pensava, “nossa, meu pai deve ficar orgulhoso de apesar de tantos erros eu ter conseguido meu lugar ao sol pelo meu próprio esforço!”

Como meu irmão trabalhava como funcionário e não tinha um negócio próprio ou algum concurso, cogitei que finalmente teria algum destaque diante dos olhos de meu pai, de ter chegado tão longe, uma vez que ele sempre me diminuía... Me ocorreu agora, como a gente necessita da aprovação dos pais, dos amigos, como isso consome tempo precioso, ao ponto de parar para pensar “meu irmão não tem empresa e eu tenho, meu pai vai achar que fiz algo certo...” Até mesmo pensamentos errados e egoístas, tudo para ter a sensação de ouvir um pai ou uma mãe dizer “parabéns meu filho, tu conseguiu!” Acho que o simples fato de tentar ouvir isso acaba nos movendo para tais rumos errados e tais tristezas... Enfim...

Estava eu trabalhando, cinco computadores nas bancadas e atendendo todos ao mesmo tempo, cada qual em seus processos e dando o andamento às manutenções... Meu pai chega pra me visitar, faço um chimarrão para nós (ainda não cogitávamos um dia ter uma pandemia, a gente compartilhava a mesma roda de chimarrão) e ele sentou à sorver a bebida enquanto me observava mexer em um PC, depois em outro, volta para o primeiro, vai para o quinto, apenas me observava, atento...

Penso, finalmente meu pai vai me elogiar e eis que ele faz a pergunta esperada: “- Porque tu fica indo e vindo e mexendo em todos eles?” Eu sorri de orelha a orelha e expliquei, com gosto, que eu conseguia atender todos os PC´s ao mesmo tempo e que assim otimizava meu serviço! Fiquei aguardando o aval dele, feliz com a possibilidade de finalmente brilhar no conceito de meu pai, e eis que ele observou, observou de novo, ponderou, e a resposta foi como uma agulha sendo enfiada embaixo da unha com lentidão: “- Teu irmão deve fazer bem mais ao mesmo tempo!”

Ali, naquela resposta, minha capacidade de normalizar terminou... Me magoou o “ataque desnecessário” tanto, que diversas coisas surgiram na minha mente ao mesmo tempo... Xingar meu pai, falar tudo que sentia desde sempre, do que eu considerava injustiça, que eles me tratavam diferente, ou como aquilo tudo sempre incomodou e, à partir dali, a grande pergunta ecoava sem parar na minha mente, naquela tarde e por várias semanas à fio, as quais sofri intensamente: “- O que eu fiz pra vocês não gostarem de mim?”

Minha esposa foi peça chave para eu suportar as semanas que viriam... Raiva, indignação, vontade de não visita-los mais, mas em contrapartida me sentia culpado por tais pensamentos, por tais cobranças que queria fazer deles, afinal, isso ainda podia ser só egoísmo meu, e ela (minha esposa), sempre me ajudava a acalmar e tentar desviar desse assunto, mas a pergunta continuava... “- O que eu fiz pra vocês não gostarem de mim?”

Creio que aproximadamente um mês depois, fui deitar terrivelmente transtornado com aquele pensamento que me consumia, e pegando no sono após tentar entender tudo sem sucesso, acabei tendo um sonho que mudou meu horizonte... A partir desse ponto, tudo se torna uma questão de como você encara isso... Fé, necessidade de resposta, a mente criando soluções para ajudar, alguém do outro lado que quis estender a mão, não importa a forma escolhida, mas o fato é que este sonho, mudou tudo e já explicarei o porquê...

Eu me via em um quarto antigo, com pouca iluminação, daqueles do tempo da escrava Isaura pra ser exato... Era um quarto de casal, com aquelas camas antigas, aqueles móveis marrons e cheio de curvas que se usavam nas casas grandes naquela época e deitados na cama, estavam, com os devidos “pijamas” da época, meu pai e minha mãe e ambos aos prantos... Eu estava parado próximo da cama deles, eles me viam, e interagiam comigo mas eu não conseguia sair de onde estava...

Minha mãe chorava e dizia: “- Como tu pode fazer isso? Como pudesse agir desse jeito? A gente sempre te deu tudo do bom e do melhor, porque ser covarde dessa forma?” Eu não conseguia entender porque minha mãe me dizia aquilo, mas logo meu pai continuou: “- Matar teu irmão... Por dinheiro... Com facada... Tu não é mais meu filho, eu não te quero mais aqui, vai embora e nunca mais volta, eu vou te odiar pra sempre!”

Como se tivesse tomado um soco no estômago, eu ouvia meu pai e minha mãe me acusarem de ter matado meu irmão, eu dizia que não mas minha voz não saía... Eu comecei a entrar em pânico, eu jamais faria aquilo com ele, a gente tinha diferenças mas eu jamais quis o mal dele e então, eis que meu irmão surge ao meu lado, translúcido, me olhando e sorrindo com tranquilidade...

Eu fiquei sem saber como reagir, se matei meu irmão, como ele estava ali? Como ele podia estar ali a sorrir para mim? Eu queria perguntar, eu queria ouvir as explicações, entender o que acontecia e então ele me diz: “- Fica tranquilo, as coisas acontecem, a gente vem para ajustar os débitos... Eu tinha débitos contigo, a gente acertou, eu te perdoo e tá tu bem... Fica em paz que eu também estou!” E então ele desapareceu!

Logo, antes que eu pudesse fazer qualquer outro questionamento, tudo escureceu, eu me senti sendo puxado pelo vazio com velocidade extrema, enquanto ouvia uma voz que embora eu não tivesse a mínima ideia de onde vinha, me dizia de forma amigável e confortante sem parar: “- Tudo aquilo que passamos, é merecido, seja para evolução, seja para ajuste, seja para ensinamentos... Aceite o que lhe foi dado e seja feliz com o que tem!”

No instante seguinte eu acordei, sentei na cama, acordei minha esposa com meu despertar abrupto e, sob insistência dela e após recuperar a total normalidade de meus pensamentos, relatei tudo a ela, onde ficamos divagando sobre as possibilidades, sobre a mensagem, sobre veracidade ou simplesmente fruto de minha imaginação ansiosa de uma justificativa para minha pergunta de sempre...

Como então encarar isso tudo... Fé? Necessidade de resposta? Minha mente criando soluções para me ajudar? Ou seria realmente alguém do outro lado que quis me tirar desse sofrimento revelando uma verdade? Talvez uma necessidade que me levou a sonhar com uma possível explicação para tais comportamentos, uma forma de explicar tudo mesmo que inventada? Como separar a verdade da ilusão?

Eu diria que de verdade, hoje não importa mais, nem um pouco, porque fé, necessidade, mente ou um amigo espiritual à cuidar de mim de outra dimensão não acessível ao nosso plano físico, a lição que eu precisava, independente de crença ou qualquer outro conceito, uma opção estava lá, para atender a todos essas suposições...

Não havia como eu conseguir a resposta certeira de “porque meus pais preferem meu irmão” isso era um fato, mas, não havia sequer necessidade de compreender tais motivos se eu conseguisse aprender a lição mais importante...

Viemos à este mundo com uma meta, com um projeto, com erros a serem corrigidos e felicidades a serem alcançadas... Viemos para avançarmos pessoalmente e para tal, precisamos de muitas pessoas... Pais para nos trazer ao mundo, irmãos para nos acompanhar (sejam consanguíneos ou não), e uma sociedade inteira à nos dar um espaço para viver e buscar nosso espaço, nosso lugar no mundo, porém, e aqui vem a grande sacada, não devemos colocar essa “jornada” nas expectativas com relação ao retorno de outros...

Amigos são pessoas que surgem para nos ajudar a seguir em frente quando fraquejamos mas não são responsáveis por nosso sucesso ou fracasso! A sociedade está ali para nos dar oportunidade e nos colocar à prova, mas eles só nos elevam ou derrubam, se assim deixarmos... Os irmãos supostamente nos apoiariam como amigos, mas eles não têm essa obrigação ou mesmo responsabilidade... Enquanto isso nossos pais, são colocados como nossos tutores e guias diante de um mundo desconhecido para nós e sim, são responsáveis por isso e somente isso! Desta feita, porque insistimos em esperar alguma coisa de retorno de todas essas pessoas para que só assim possamos ser felizes? Porque simplesmente não vivemos nossas vidas o melhor que pudermos sem esperar agradecimento, reconhecimento, amor ou mesmo compaixão dos outros?

Sem dúvida se algo disso vier, será muito bem vindo e tornará nossa jornada melhor e mais leve, mas, se esperarmos por isso para conseguir seguir em frente, nos tornaremos fracos e dependentes... Devemos renegar todo carinho, amor e consideração que podemos ganhar na vida? Não, claro que não, de maneira alguma, devemos recebe-los se surgirem, de braços abertos sempre que chegarem, mas, jamais, devemos focar nossa vida e nossos dias em tais dádivas como condição de sucesso ou felicidade, de fracasso ou tristeza, porque se elas não vierem, ficaremos à deriva como eu fiquei, buscando respostas que não existem para perguntas que eu nunca deveria ter feito!

Devemos viver, sofrer, sorrir e as dores suportar com resignação mesmo que não recebamos a ajuda de ninguém... Temos de encarar nossos erros, reconhecer que nossos atos errôneos podem causar o desprezo de pessoas que amamos, precisamos encarar os desafios financeiros, as dificuldades de um relacionamento, a responsabilidade de criar e guiar os filhos, com todas as forças que temos sem esperar uma mão amiga!

Aliado a isso, ajudar tantos quanto puder, melhorarmos como pessoa, pensar em como ser úteis, ter uma existência em que façamos alguma diferença neste mundo... Salvar a vida de um animal de rua, demover uma borboleta de uma poça de água, ser o responsável por uma flor vistosa e bem crescida, enfim, que não sejamos apenas alguém de passagem por este mundo...

Não são estes atos que resolvem os problemas, eles apenas nos tornam felizes e úteis, nos fazem sentir vivos e agradecidos, mas o que, de verdade resolve questões como a de meus pais, meu irmão e de todos nós em relação às demais pessoas, é ter em mente que o simples fato de existirmos fará com que pessoas simplesmente não gostem de nós assim como outras vão nos amar pelo menos motivo... Algumas não terão apreço que temos por elas, não nos amarão tanto quanto gostaríamos, ao passo que outras sim, exatamente pelos mesmos motivos e o mais incrível disso tudo é que, tá tudo bem com isso... Muito mais pessoas preferirão outras pessoas à nós, para conversar, reunir, socializar, amar, enquanto outras escolherão à nós preferencialmente da mesma forma, e tá tudo bem com isso... E sabem porquê?

Não é por causa do sonho, da crença, da realidade ou não dos fatos, mas porque esse sonho me fez entender que as relações são assim, as pessoas são assim... Quantas vezes olhamos para alguém e não conseguimos ficar perto daquela pessoa mesmo ela nunca tendo nos feito nada? Na maioria das vezes nem conhecemos a pessoa e mesmo assim, queremos distância...

Se nós podemos ser assim sem qualquer justificativa, porque cobrar dos outros essa capacidade? E porque isso não poderia acontecer entre familiares? Não existe uma resposta exata pra isso, pode ser a mudança cultural, o amadurecimento dos pais, seja lá o que for, mas jamais seremos “evitados” ou “descartados” sem motivo, se não foi agora foi em outro tempo, se não em outro tempo, simplesmente não houve afinidade, a vida é assim e querermos respostas para esses comportamentos, simplesmente tornam nossas vidas um verdadeiro inferno!

Com esse pensamento, eu consegui abandonar a dor de ver meu irmão ser o preferido, isso não fazia mais diferença pra mim, e incrivelmente logo após essa mudança de postura, como que em uma grande coincidência, meus pais passaram à ser até mesmo mais amáveis e interessados em mim... Consegui ouvir vários elogios de ambos e tudo parece que melhorou, simplesmente porque deixei de buscar respostas, deixei de buscar um retorno deles que talvez eles não tenham a vontade de dar e deixei de me magoar por isso, substituindo tudo por uma crença simples... Faço meu melhor dentro da minha sinceridade e capacidade, a todos que posso e o que receber em troca (ou não receber) é simplesmente o que mereço, e vida que segue!

Não tenham mais dúvidas, não tenham mais perguntas, não tenham mais mágoas, se é assim, é porque tem de ser assim... Ame seus irmãos, ame seus amigos e parentes sem esperar nada em troca... Se não fizerem o mesmo, não os culpem, não os cobrem, pois provavelmente não fizemos por merecer este retorno ou simplesmente não é a vontade deles, e precisamos aceitar isso! Não há porque afundar nossa vida em dúvidas assim, pois nossa meta é ser feliz, sem aprovação de ninguém... Ter paz, tranquilidade, se amar... E ao final de tudo, se seguirmos essa ideia menos “possessiva” de querer retorno, vemos que o resultado dessa ação nos liberta de maneira incrível pois, viver é o melhor que podemos fazer por nós mesmos, o resto... Bem, o resto é o que conquistamos com nossas ações pela vida!

28 Mars 2023 19:15 6 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
7
La fin

A propos de l’auteur

Lanthys LionHeart Um cara que, apesar de notar o quanto as pessoas hoje estão abandonando o hábito saudável de ler, ainda insiste em tentar escrever e incentivar a leitura, usando como "armas", mídias inesquecíveis como animes, games, RPG, filmes, tokusatsu e demais séries.

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Amanda Kraft Amanda Kraft
Creio que em toda família há casos parecidos. Temos um amigo cujos pais têm idolatria pelo primogênito, relegando os outros filhos a meros intrusos. E o questionamento é sempre por quê? Minha formação religiosa não me dá essa explicação. Temos que dar a outra face. O sofrimento nesse caso é realmente necessário? É algo que de alguma forma molda a pessoa a uma escolha de vida? O seu sonho deu-nos uma ideia de vidas passadas. Tudo seria uma consequência disso? Muito me alegra que sua escolha foi a de viver sua vida junto a alguém que está contigo e que te ampara. Essa pessoa estava reservada a você. Uma luz a te guiar. Pois é dando que se recebe. É perdoando que se é perdoado. Um relato comovente e forte, amigo.
March 29, 2023, 20:55

  • Lanthys LionHeart Lanthys LionHeart
    Gratidão pela leitura e comentário Amanda, ficou muito feliz em tentar passar alguma mensagem, mesmo sendo algo pessoal, que de alguma forma possamos debater e principalmente ponderar, pois, creio, na ponderação é onde paramos para cogitar, estou certo no que penso? Estou deixando de observar e sendo fechado em meu ponto de vista? Existe algo mais que possa ser feito ao invés de atitude atual que estou tomando? Eu acho essas auto análises incrivelmente importantes para que possamos muito além de achar os erros no que acontece diante de nós, verificar se nossas atitudes não estão causando aquilo que nos incomoda! Simplesmente amei as ponderações e considerações que fizestes, sem sombra de dúvidas, só por esses comentários a participação já valeu e muito a pena! Muito obrigado!! April 15, 2023, 15:04
Norberto Silva Norberto Silva
Na época em que participava de um grupo de jovens na igreja, por já ser um veterano, quando fazíamos encontros com os jovens novatos do grupo era comum os palestranters falarem que é obrigatório amar seus pais ou irmãos, pois assim deus mandava. Assim que eu me reunia com alguns deles, já tratava de dizer que as coisas não eram bem assim... Em alguns casos e eu os conhecia bem, as famílias eram um baita dum ambiente tóxico, por isso eu dizia que, se um pai, uma mãe ou um irmão ou irmã os maltratava, não, eles não seriam obrigados a sofrer em silêncio, ou amar quem os feria demais. A sua maturidade, mostrada nesse texto, foi fruto de muita dor, é perceptível nas linhas que você escreveu. Que você se mantenha firme e que o universo possa recompensar você, pois se tem algupem que eu conheço que merece tudo de bom que possa acontecer, esse alguém é você. Uma história, de fato poderosa amigão! Meus parabéns!
March 28, 2023, 22:14

  • Lanthys LionHeart Lanthys LionHeart
    Bom, lendo essas linhas, não tem como deixar de falar isso... Não é só criar os textos e as situações que ali acontecem que emocionam, mas comentários como esse, ainda mais conhecendo teu posicionamento resguardado sobre atitudes de outros, eu simplesmente me sinto emocionado e valorizado por dispensares essas palavras à minha pessoa! Eu realmente levei um tempo pra compreender isso, feliz encontrei crenças e palavras onde encontrei respostas que se não forem reais, elas pelo menos me trouxeram paz, entendendo que as pessoas podem não gostar de ti, mesmo sendo às vezes um familiar dos mais próximos, e tudo porque compreendi o que explanasse na resposta... As vezes, ambientes familiares são tóxicos e por outras, não é o ambiente, apenas a gente como nossa personalidade, não nos encaixamos ali e então, somos mesmo que involuntariamente, repelidos de tal local, pois simplesmente, não somos compatíveis com aquelas pessoas... Entender isso não impede de sermos prestativos, cuidadosos, carinhosos e até mesmo empáticos e protetores de tais pessoas pois mesmo que a sincroniza emotiva não existe, ainda o laço de sangue nos une, uma coisa não exclui a outra... E, outro ponto importante, essa vitória que tive nessa fase, que bem mencionas em teu comentário, foi reforçada e blindada quando ouvi de ti a frase que de certa forma citastes aqui, "se o ambiente é tóxico, se afaste, simples assim!" Só tenho palavras de agradecimento meu amigo, não só pelo comentário maravilhoso, mas pela amizade desses vários anos e que já me renderam ensinamentos poderosos e mudanças de condutas que me trouxeram gigantesca paz! Grande abraço meu irmão e que sejas sempre protegido e abençoado junto de tua família pelas melhores e mais bondosas energias do universo! Gratidão!! April 15, 2023, 15:11
JIRAYRIDER DECADE JIRAYRIDER DECADE
Grande Lanthys... Esse seu conto auto-biografico me emocionou muito. Mexeu com algo íntimo meu... Vivo uma situação parecida com meu irmão do meio... As mesmas perguntas me faço , principalmente,em relação à minha mãe... Por que , pra ele tudo e pra mim nada ? Por que a rejeição? Assim como você, busquei as mais variadas explicações... Até hoje me vejo mal ,quando lembro disso... Isso é assunto das minhas sessões de terapia... Vou rever várias vezes esse conto... As lições tiradas são muito preciosas... Saiba que você me fez refletir ! Obrigado por esse presente...
March 28, 2023, 20:04

  • Lanthys LionHeart Lanthys LionHeart
    Grande amigo Jirayrider, sem palavras para agradecer tamanho apoio e incentivo que sempre me traz, com tuas leituras e comentários que tocam sempre fundo em minha alma! É cara, esse tipo de "rejeição" como sentimos nos judia por muito tempo... Nos faz perder noites de sono, nos faz considerar "o que estou fazendo errado" entre outros... Entender que, isso é normal, que pessoas podem não gostar de nós independente de não darmos qualquer motivo (pelo menos na nossa concepção) é algo que liberta e nos deixa mais livres (e saudáveis) para podermos ver tudo de outro ângulo de outra perspectiva... Se conseguirmos entender que as coisas são como tem de ser e que devemos simplesmente enfrentar tudo com resignação quando elas surgirem, meu amigo, a mudança é tanta que a gente nem acredita! Fico feliz que o texto possa ter te tocado, agradeço imensamente a leitura e apoio que sempre dispensas à meus trabalhos! Grande abraço meu amigo, obrigado por tudo! April 15, 2023, 15:16
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