ancapucho A. N. Capucho

"[...]Chan conseguiu uma pequena férias para eles, devido à condição do rapper, para que pudessem aproveitar melhor o tempo juntos. Jisung não usava as próprias roupas mais, todas largas de mais pelo peso que havia perdido, e pelo frio que sentia, preferiu por usar as roupas do Bang, tentando se cobrir com a sensação de proteção que o mais velho o traz. O líder sentia seu coração se apertar ao ver Jisung todo encolhidinho em seus moletons, sentado no sofá brigando com Hyunjin como se não estivesse morrendo por um amor não correspondido.[...]"


Fanfiction Groupes/Chanteurs Interdit aux moins de 18 ans.

#chansung #hanahaki #sad #stray-kids
Histoire courte
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Ele se tornou um buquê

Han Jisung ama poucas coisas nessa vida. Ele ama música, os membros de seu grupo, a flor cravo e Christopher Bang, seu líder e amigo. Enquanto todos acreditavam fielmente que o rapper é apaixonado pelo segundo mais velho do grupo, Minho não passava de seu diário de lamentos, seu ombro amigo no qual ele deitava para chorar e falar do quanto ele é boiola pelo Bang. E o Lee, como um bom amigo, deixava o menino desabafar, mesmo achando que pessoas apaixonadas são irritantes, ele sabia que não podia julgá-lo, afinal, fazia até pior quando o assunto era Hwang Hyunjin. E Jisung, mesmo cansado, não deixava de ouvir o mais velho reclamando do hiatus forçado do garoto mais alto, afinal, são o diário de lamentações um do outro.

Para o rapper, é complicado ter que passar boa parte de seu dia junto ao líder, sendo dois viciados em trabalhos, assim como Changbin, pois sabia que Chris não lhe via como algo além de um irmãozinho. E esse sentimento lhe causa dor, lhe deixa ansioso. Ironicamente, quem lhe acolhia e o socorria em meio as crises de ansiedade, era o próprio causador delas. Se sente seguro nos braços do mais velho e se acalma com o cheiro natural da pele dele, ao mesmo tempo que sente os batimentos acelerarem e o sufoco aumentar pela vontade de dizer a ele sobre seu amor.

Não foi surpresa para si quando os primeiros sintomas vieram. A tosse seca chamou atenção dos outros dois membros do 3racha, mas o garoto garantiu que não era nada demais. Eles não protestaram, sabendo o quanto o mais novo é teimoso. Então vieram os enjôos, que deixou os membros do Danceracha preocupados e Minho sabia que Jisung não estava bem. Foi uma questão de dias para que o garoto apresentasse dificuldade respiratória, principalmente durante as práticas de dança e isso foi o suficiente para que o Lee mais velho o arrastasse até um médico.

Jisung odeia hospitais, remédios e ter que fazer exames. Odeia ainda mais por saber que preocupa os amigos com isso, portanto, ver Minho segurando o choro quando o médico contou das possíveis doenças que o Han possa ter contraído, doeu. O rapper tomou os medicamentos receitados e fez o repouso que lhe fora indicado, ajudando com as composições e com os treinos na maneira que podia, mas o ar lhe faltava quando precisava cantar ou fazer os raps, e assim ele entendeu que os medicamentos não estavam o ajudando como deveriam.

O garoto suspirou, sabendo qual a decisão tomaria em relação à própria vida, quando começou a tossir pétalas de cravos, que vinham manchadas pelo seu sangue. Não quis voltar ao médico, se sentia fraco já que se alimentar estava se tornando uma tarefa difícil, mas tentava comer para não preocupar tanto os amigos. Tentava não demonstrar o quão cansado e fraco estava se sentindo, afinal, sabia que tentariam mudar sua decisão. Han preferia morrer a ter que apagar suas memórias com o hyung, não queria fazer os meninos passarem pela perda de o terem saindo do grupo por simplesmente não saber quem é Bang Chan e o que eles viveram juntos. Não queria machucar seu amigo desta forma.

Aproveitava o tempo que ainda tinha com seus meninos, observando ele trabalharem durante o dia e durante a noite ficava deitado no sofá com a cabeça no colo de Christopher, que passou a tirar o período da noite para cuidar de seu esquilinho. Ficavam ali, os oito, assistindo filmes de comédia romântica, com o líder fazendo cafuné nos cabelos do Han. Felix e Minho faziam algo para eles comerem e então travava uma guerra contra seu próprio corpo para poder comer pelo menos um pouco, mesmo sabendo que vomitaria tudo depois junto com as flores. Claro que não gostava de ter que esconder sua condição de seus amigos, porque ficar catando as pétalas e as flores e ainda sumir com os resquícios delas dava bastante trabalho, além de que não era de omitir as coisas para eles. Mas queria poupá-los disso. Pensou até mesmo em sair do dormitório e esperar pela morte em outro lugar, entretanto, queria aproveitar seu curto tempo.

Quando a hora de dormir chegava, sabia que Chan ficava na porta de seu quarto, junto a Minho, como pais preocupados querendo zelar o sono do filho. Han sabia que era isto que estava o matando. Saber que ele só seria visto como o irmãozinho mais novo ou um filho. E por mais que desconfiassem que o líder não tem muito interesse em garotas, a sexualidade do Bang sempre foi um mistério. E Jisung se culpava por não conseguir amar Chan da mesma maneira que ele o ama, sem interesses românticos, apenas um amor de irmãos.

Sentiu o medo lhe atingir quando, em uma madrugada, levantou-se e vomitou uma quantidade maior de flores, quase podendo formar um buquê. Trancou-se no banheiro e chorou sozinho, pensando em como se despediria de sua família, como explicaria para os meninos o motivo de estar os deixando. Não voltou para a cama, mas sabia que alguém estava do outro lado da porta do banheiro, sentado no chão, esperando que ele abrisse a porta e deixasse os sentimentos fluírem para fora em um desabafo. Ao amanhecer, encontrou o líder dormindo sentado na porta e sentiu as lágrimas escorrerem por suas bochechas ao pensar em como está causando preocupação nele.

Se trancou no estúdio naquela tarde, sozinho com seus pensamentos, Han sabia que precisava começar a dizer adeus. Escreveu uma música, se despedindo dos fãs e os agradecendo. Gravaria ela no outro dia, então se dedicou a escrever oito cartas de despedida, sendo que uma foi endereçada a seus pais. Pediu as divindades que, quando a hora chegasse, ao menos não sentisse dor. Não queria deixar os meninos notarem que sofria, se possível, gostaria de fazer a passagem enquanto dormia, para poupar as tentativas dos meninos tentando o salvar. Não sabia se alguém conseguiria ler suas cartas, a tinta da caneta estava borrada, desde a primeira, em diversos pedaços por conta das lágrimas.

Quando os buquês surgiram, não teve como esconder. Minho foi o primeiro a notar e ver o seu suporte perdendo as forças por lhe ver naquele estado fez com que suas estruturas ruíssem ainda mais. O Lee mais velho não chora na frente deles, mas naquele dia, ele desabou, assim como cada um dos membros ao verem o buquê de cravos brancos manchados pelo sangue. Sentiu-se culpado por fazê-los chorar, mesmo que estivesse sendo envolvido em abraço grupal repleto de choro. Havia falhado em poupá-los da dor. Havia os machucado. Fez Minho prometer que não contaria a eles sobre quem é sua paixão não correspondida, não queria colocar esse peso nos ombros de Chan, ainda mais sabendo do quando peso ele mesmo coloca em seus ombros. Pediu desculpas ao Bang por estar lhe dando ainda mais trabalho, sabendo como seriam complicadas as coisas quando morresse e riu triste ao que o mais velho apenas o mandou parar de falar besteiras.

Naquela noite, afastaram os móveis da sala e colocaram os colchões ali, prometendo que dormiriam todas as noites com o Han para que ele não se sentisse sozinho com suas flores o sufocando. E adormeceu chorando nos braços de Christopher, que nem ao menos sabia o que lhe dizer para consolá-lo.

Chan conseguiu uma pequena férias para eles, devido à condição do rapper, para que pudessem aproveitar melhor o tempo juntos. Jisung não usava as próprias roupas mais, todas largas de mais pelo peso que havia perdido, e pelo frio que sentia, preferiu por usar as roupas do Bang, tentando se cobrir com a sensação de proteção que o mais velho o traz.

O líder sentia seu coração se apertar ao ver Jisung todo encolhidinho em seus moletons, sentado no sofá brigando com Hyunjin como se não estivesse morrendo por um amor não correspondido. Sentia-se impotente por saber que não podia fazer nada para ajudá-lo, então se esforçava para o distrair das dores que tossir e vomitar as flores causava. Seungmin estava menos implicante nos últimos dias também, ajudando a tentar amenizar o clima fúnebre que formava na casa sempre que Jisung saia correndo para o banheiro. E Jeongin dava o melhor de si para dar ao Han todo o carinho que ele sempre pedia, não que negasse antes, apenas parou de fingir que não gostava de ter o esquilinho pendurado em si e beijando-lhe as bochechas.

Estavam mimando Jisung, como se ele fosse partir a qualquer momento e bem, quem poderia julgá-los? Uma vez que o garoto se recusava a ir para um hospital para ter seus últimos suspiros, ou tentar prolongar sua vida, apenas podiam mimá-lo e cuidá-lo da maneira que era possível. O Han entregou todas as cartinhas e a música gravada em um pendrive para Changbin e pediu para que o hyung abrisse apenas depois de seu funeral. Também informou ao Seo que Minho saberia o que fazer quanto a isso. Não quis jogar essa responsabilidade nos ombros de Christopher e sabia que depois dele, Minho e Changbin são os mais responsáveis e centrados.

Acordou, naquela madrugada de sexta-feira, sentindo uma forte onda de mal estar, se levantou e seguiu para o banheiro, deixando a porta aberta. Tentou tossir e vomitar, mas a sensação de algo preso em sua garganta, impedindo a passagem de qualquer coisa apenas piorou. Sentou-se no chão e chorou silenciosamente, puxando o capuz do moletom para se cobrir com o cheiro do dono da peça. Chan sentiu um vazio no colchão e acordou em alerta, seguiu em direção a luz acesa do banheiro e se sentou ao lado do pequeno Han, o abraçando. Perguntou o que estava sentindo, mas Jisung apenas conseguia sentir o ar diminuindo cada vez mais, e quando forçou a tosse novamente, apenas pétalas saíram, mas a sensação continuava ali. E foram longos minutos, com Christopher completamente assustado, sem saber como ajudar o mais novo, que aos poucos perdia a consciência e se deixava ser levado pela morte, enquanto sufocava com um buquê de cravos em sua garganta.

Bang Chan tentou massagem cardíaca, respiração boca a boca, fez tudo o que sabia para tentar manter a pulsação de Han, apenas não ligou para a ambulância pois sabia que ele não queria ser levado ao hospital. E quando o corpo do garoto cessou os batimentos, o mais velho permitiu que as lágrimas escorressem sem qualquer restrição, abraçando o rapper já sem vida. Han morreu sorrindo, ainda que chorando e sentindo dor, estava sorrindo porque estava nos braços do seu hyung e sentia-se em paz com a decisão que tomou.

2 Février 2023 03:14 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

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A. N. Capucho @TitiaBunny no spirit, nyah!, ao3 e wattpad

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