autoraduuda Eduarda Gouvêa

Eu preciso saber Se esse sentimento é mútuo Antes que eu Me envolva demais Eu te quero muito Você pode dizer o mesmo? Não, eu não quero ter que ir embora Mas metade de você não é suficiente pra mim


Histoire courte Déconseillé aux moins de 13 ans.

#romance #cliche #nacional #brasileiro #friendstolovers #dudaverso
Histoire courte
0
1.2mille VUES
Terminé
temps de lecture
AA Partager

Mutual

Christian


O relógio pendurado na parede do meu quarto marcava 01:00 da manhã. O ar parecia abafado e impressionantemente húmido. Me sentei na cama passando a mão no meu rosto irritado e me perguntei por quê eu não conseguia dormir ? Por quê estava tão difícil fechar os olhos e dormir ? Foi aí que Anelise veio na minha cabeça, me deixando mais irritado ainda.


Eu não a entendo. E eu juro que tento de todas as maneiras. Quando estamos juntos é uma das melhores coisas para mim, mas não sei se esse sentimento é mútuo. Nos conhecemos através da minha irmã Cristal e viramos amigos bem rápido por termos muita coisa em comum e bem... o que eu posso dizer sobre nós dois ? Que apenas fazemos coisas de casais sem ter esse rótulo.


Meu celular começa a vibrar em cima da mesinha de cabeceira e eu sorrio ao ver seu nome nele. Deslizo o dedo na tela atendendo a chamada e meu sorriso se desfaz ao ouvir a voz embargada dela.


- AmOrziNhO. - ela estava bêbada.


- Que droga Ane! Você bebeu ? Ah que pergunta idiota é claro que você bebeu! Caramba você não pode ! - falo irritado e me irrito ainda mais ao ouvir a risada dela do outro lado da linha.


- DesCulpiNhA aMor! - Ela diz toda embaralhada.


- Onde você está? Me diz o nome do bar ou o nome da rua. - falo calçando meu tênis e vestindo meu moletom.


- Tem um cavalinho! - Ela começa a rir. - Ele disse que tá grávido de mim Christian! Ele não pode estar grávido de mim! Eu gosto de você Chris, ele não entende... - Ela disse fungando o nariz e o som do seu choro tomou conta da ligação.


Eu gosto de você Chris. Isso era tudo o que eu precisava ouvir. Mesmo saindo da boca dela em uma situação tensa.


Pego a chave do carro e saio do quarto descendo as escadas com cuidado, chegando na sala, entrando na cozinha e saindo pela porta dos fundos onde dava acesso a garagem.


- Você ainda está me ouvindo Christian ? - Ela perguntou e eu ainda estava com o celular no ouvido.


- Por favor, me diz o lugar que você está Ane...


- Tem um cavalinho com vários cavalinhos eu acho que é uma fazenda mas tem um barzinho no outro lado. - Ela disse, iniciando outra crise de risos.


Já sei onde ela está. É o mesmo bar onde teve a festa que nós ficamos.


Dei a partida no carro saindo da garagem e seguindo até o bar.


(...)



Paro o carro no acostamento e saio rápido, indo até a Ane que estava sentada na calçada segurando uma garrafa com um líquido colorido que eu nem me dei o trabalho de ver qual era.


A levantei e ela cambaleou para frente se segurando em mim e soltando uma risada. Sua maquiagem estava borrada, seu cabelo estava bagunçado mas ela continuava linda. Mesmo parecendo um velho que não se controla quando o assunto é bebidas alcoólicas. Sorri fraco, colocando uma mecha do seu cabelo atrás da sua orelha e ela me abraçou, e eu a apertei ainda mais naquele abraço quando ela começou a chorar.


- Shh. Não chora, eu já estou aqui okay ? Vou cuidar de você agora. - falo dando um beijo na sua cabeça.


- Me desculpa Christian, me desculpa. - Ela diz.


A ajudo a entrar no carro entrando depois e a olho se ajeitar de maneira desengonçada no banco.


- Seus pais não estão em casa hoje né ? - pergunto e ela nega com a cabeça.


Os pais da Ane sempre estão trabalhando e nunca param em casa. Eu sei que ela sente falta de um abraço da mãe ou das conversas com o pai, mesmo que ela fale que não para todo mundo. Minha garota só está machucada por dentro.


- Você está com as suas chaves ? - pergunto ela afirma balançando a cabeça.


Saio do acostamento e começo a dirigir rumo à casa dela. Deixo meu carro na sua garagem e a levo no colo até o seu quarto. Quando chegamos nele, ela tenta ir até a cama mas eu a puxo a levando em direção ao banheiro.


- Tire a roupa Ane.


- Você quer abusar do meu corpinho não é ? Eu deixo. Você é lindo sabia ? - ela falou apertando minha bochecha me fazendo rir.


Ela fica mais doida quando está bêbada.


Deixei ela tomar o banho saindo do banheiro assim que ela começou a tirar a roupa e fui até o seu closet pegando um moletom, um short de pano fino e uma calcinha. Deus, que calcinhas são essas ?


Hey! essa vermelha eu me lembro... Tá Christian, foco.


Deixo as roupas na cama e vou até o banheiro vendo ela já enrolada na toalha. Dei as roupas para ela e me virei para ela poder se vestir. Eu já a vi nua antes, mas ela não está sóbria e eu não acho legal olhar ela nesse estado em que ela se encontra.


- Já terminei Chris. - Ela diz e eu me viro.


Ane abriu os braços e eu fui até ela a abraçando. Nos deitamos devagar na cama, a puxei fazendo ela se aconchegar no meu peito e comecei a fazer um cafuné nos seus cabelos.


- Christian?


- Oi princesa. - respondi beijando sua cabeça.


- E-u te amo. - Meu coração acelerou tão rápido, que ele poderia sair andando pela minha boca a qualquer segundo.


Eu sorri, e quando a olhei, ela já estava dormindo. Fechei os olhos respirando fundo.


Ah Christian, ela não estava em si. Não seja idiota.


Fechei os olhos mais uma vez e acabei dormindo.


(...)

Anelise


A luz do sol batia no meu rosto e eu abri os olhos,mas logo os fechando rapidamente quando senti um grande incômodo com a claridade. Parecia que tinha alguém os segurando para eles não se abrirem. Cocei eles na tentativa de melhorar e os abri vendo Christian ao meu lado, dormindo calmamente, como o anjo que ele é.


O que você fez dessa vez Anelise?


Meu subconsciente alfinetou e o arrependimento me preencheu.


Tentei sair da cama devagar, fazendo de tudo para não acorda-lo mas foi impossível, ele se assustou com o algo que eu pisei que fez barulho e coçou os olhos se sentando na cama.


- Eu fiz muita merda ontem ? - perguntei receosa e ele riu.


- Você disse que o cavalo estava grávido de você, mas que isso não podia acontecer por que você gostava de mim... - ele disse e eu senti meu rosto esquentar. - Isso é verdade ou não Anelise? Eu te quero muito, mas metade de você não é o suficiente para mim.


Eu não soube o que dizer. Ele me encarou triste e se levantou, calçando os tênis.


Vamos Anelise! Diga alguma coisa! Peça para ele ficar! Fale pelo menos uma vez na vida o que sente! Não magoe a única pessoa que realmente se preocupa com você. Eu pediria para ele ficar ? Ou o deixaria ir embora assim ?


Me levantei e alcancei ele na escada. Seguro o seu braço fazendo ele virar para mim e o beijo.


Ele deu um sorriso de lado e eu sorri com isso.


- Christian, eu te amo! - um enorme sorriso se formou nós lábios dele.


Ele aproximou novamente seu rosto do meu, com aquele sorriso divertido em seus lábios.


- Você não sabe o quanto eu esperei para ouvir isso Anelise... Eu também te amo. - nós sorrimos um para o outro e damos início à um beijo feroz.


- Ai que dor de cabeça. - reclamei quando nos separamos e ele riu.


- Você não pareceria estar com dor de cabeça ontem enquanto falava com aquele cavalinho. - disse provocador e eu ri, escondendo meu rosto nas mãos.


- Vem, vamos tomar um banho e depois eu faço o café e você toma algum remédio para a dor de cabeça. - ele disse e eu assenti.


Entramos no banheiro e tomamos um banho rápido, a água estava muito fria. Saí primeiro e fui até o meu closet, peguei uma blusa grande que era de Chris, e vesti um short que ficou coberto pela blusa.


- Christian?


- Oi! - ele disse aparecendo no closet.


- Tem roupas suas aqui. - falei e ele assentiu.


Ele terminou de se vestir e fomos juntos até a cozinha. Me sentei no banco do balcão de mármore e ele colocou a água do café para esquentar.


- Onde está aquela caixinha de remédios? - ele perguntou e eu apontei para o armário.


Ele me entregou uma pílula e me deu um copo de água para eu tomar. Chris sorriu e acaricou minha bochecha, vindo até mim e me cercando em um abraço.


- Namora comigo? - ele perguntou e eu o encarei surpresa com um sorriso no rosto.


- Sim. - ele beijou minha cabeça e voltou até o fogão.


Quem sabe agora tudo se resolve para mim não é ? Com o Christian, tudo fica melhor.


25 Novembre 2022 23:11 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
1
La fin

A propos de l’auteur

Eduarda Gouvêa Escrevo romances clichês

Commentez quelque chose

Publier!
Il n’y a aucun commentaire pour le moment. Soyez le premier à donner votre avis!
~

Histoires en lien