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Cansado de ter nunca ter ido a uma festa de Halloween no estilo americano como nos filmes que assistia, Jimin acaba aceitando o convite para participar de uma no dia 31 de outubro. O que o recém-formado advogado não espera é ser detido na manhã do dia 1 de novembro, suspeito de ter assassinado uma jovem durante a tal festa. O Park é inocente e tem como provar. Seu álibi tem nome, sobrenome e pode confirmar que Jimin estava com ele no horário do crime. E qual seria o problema nisso, afinal? Bem, Min Yoongi é o único em quem Jimin confia para pegar o verdadeiro assassino, mas, para isso, o investigador da divisão de homicídios não pode revelar o relacionamento que tem com Park sem colocar o caso e sua carreira em risco.


Fanfiction Groupes/Chanteurs Déconseillé aux moins de 13 ans.

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Innocence

Escrito por: @Hannaella06 | @HannaMinn

Notas Iniciais: Sejam bem-vindos a essa pequena história que, apesar de ter como tema o Halloween, não em nada de assustadora. (Pelo menos para mim kkkkkkk')

E a pessoa que foi sorteada como meu amigo secreto, espero que goste 🥺😁


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1 de novembro - 13:20h

— Boa tar… Bom dia? — Jungkook saudou assim que passei pelas portas duplas da delegacia. Minha cara de sono e o copo de café morno na mão o fizeram ficar meio confuso. — Não me diga que acordou agora, Yoon.

— Infelizmente sim — respondi logo depois de dar um bocejo, por ainda estar sonolento, e caminhei até a minha mesa, a qual mantinha perfeitamente organizada.

Ao me sentar na cadeira giratória desconfortável da unidade, notei o silêncio incomum do mais novo, direcionei minha atenção a ele e pude perceber que observava atentamente meu pescoço, provavelmente notando a marca que tomava tons esverdeados pouco acima do ombro.

Pigarreei, puxando a gola da jaqueta de couro, que mal cobria a marca, para fazê-lo distanciar seu olhar dali.

Eu me orgulhava de ser bastante discreto com a minha vida particular, mas tinha certeza de que o meu status de relacionamento era tema de fofoca entre os agentes.

— Achei que tivesse tirado a noite de folga ontem para descansar — disse, retornando ao assunto anterior. Eu sempre agradecia pelo moreno respeitar meu espaço e não vir com perguntas intrometidas. — Nem pude desejar um feliz Halloween.

— Foi exatamente por isso que eu fui embora mais cedo, para não ver sua cara — declarei, tomando mais um pouco do líquido escuro.

— Poxa, Yoon, o que eu te fiz? — perguntou de forma magoada, totalmente fingida.

— Preciso mesmo dizer? — retruquei, retórico, porém isso fez com que surgisse uma expressão de sonso na cara daquele pestinha. — Jungkook, ano passado você contratou um ator para encenar seu assassinato para depois fingir que era um zumbi pela delegacia — relembrei a brincadeira que ele planejou para assustar a todos no Halloween do ano passado. — Sorte que o homem estava usando um colete ou eu teria matado um inocente.

— Mas quem poderia imaginar que você ia atirar no Tae? — defendeu-se pela milésima vez.

— Qualquer ser humano com um cérebro. O que você achou que ia acontecer com um homem que dá uma facada num policial na frente de seus colegas e continua segurando a faca?

— Ele seria desarmado e preso? — De certa forma, ele estava certo, mas no calor do momento eu não pensei em mais nada, só peguei minha arma e mirei no meio do peito.

— Não sei como você ainda teve cara de pau de o convidar para sair — desviei um pouco o assunto, não querendo destruir a pequena centelha de justiça correta do moreno. — Certeza que o garoto ainda deve ter pesadelos comigo, pois, toda vez que ele vem aqui, fica me encarando.

— Que nada. O Tae disse que, toda vez que olha para você, ele lembra de como você ficou gostoso apontando a arma para ele todo sério — falou como se estivesse falando sobre o tempo.

— Pelo bem da nossa amizade, vamos parar por aqui — decretei, arrancando risadas do mais novo.

— Interrogatório, sala 7 — o capitão apareceu na sala informando nossa próxima tarefa.

Eu odiava conduzir interrogatórios, ainda mais quando não havia detido a pessoa. Porém, tomando o resto do meu café, levantei-me e fui em direção à sala 7, com Jungkook na minha cola.

— O que é dessa vez? — perguntei, entediado. Depois de um tempo, poucas coisas nos surpreendiam nesse trabalho.

— Parece que conseguiram pegar o assassino da festa à fantasia ontem — contou, lendo por alto os inúmeros papéis da pasta parda comum em todos os casos. Sinceramente, fiquei surpreso por isso, geralmente demorava alguns dias para se ter um suspeito e reunir evidências. — Uau, realmente tem muitas provas contra ele.

— Vai ser moleza então — declarei feliz por ter um trabalho fácil hoje e abri a porta, encontrando quem eu menos esperava ali. — Que porra é essa? — perguntei, irritado e confuso ao mesmo tempo, ao ver meu namorado sentado na cadeira, com as mãos algemadas sobre a mesa.

— Oi, baby! — Se esse pirralho estivesse brincando comigo, eu mesmo iria matá-lo. No entanto, algo nos olhos de Jimin e seu sorriso forçado me deixou alerta para a situação.


30 de outubro - 16:35h

A melhor parte do dia, sem dúvidas, era chegar à minha casa depois de todo o estresse do trabalho. Passei as últimas horas desejando deitar na minha cama, podia até sentir o conforto da coberta me esquentando. Nem fome eu tinha, queria unicamente tomar um banho rápido e dormir.

Normalmente, ao entrar no meu apartamento, eu encontrava o escuro e o silêncio que era quebrado por miados famintos do meu companheiro de quarto. Porém hoje à noite, ao abrir a porta, a luz da sala estava acesa e meu gato apenas se espreguiçou no sofá após o reconhecimento da minha chegada. Ao lado da porta, havia um par de sapatos menores que o número que eu usava e tudo isso só poderia significar uma coisa…

Park Jimin.

Passei alguns segundos encostado no batente da porta, observando-o andar entre o guarda-roupa e o espelho de corpo inteiro sem notar minha presença. Algo estava o incomodando porque, geralmente, Jimin não aparecia sem mandar uma mensagem antes, sem contar no seu comportamento repetitivo que só aparecia quando estava nervoso.

Ele teve um pequeno sobressalto quando eu pigarreei, continuando na mesma posição. Seus olhos meio assustados não combinavam com os xingamentos que soltou por ter sido pego desprevenido.

— O que você está fazendo? — indaguei, aproximando-me e ignorando as pequenas ofensas que ele lançava contra mim. Jimin bufou e voltou ao guarda-roupa, colocando de volta no cabide uma das minhas jaquetas.

— Só testando uma ideia de fantasia que tive — respondeu quando achei que teria que refazer a pergunta. Inconscientemente franzi a testa, estranhando suas palavras.

— Achei que já estivesse certo da roupa que vai usar — falei meio que para mim mesmo, mas pude ver que ele me ouvia enquanto voltava com outra jaqueta em mãos, uma de couro marrom. — Espera um pouco, com as minhas roupas? — Eu fiquei momentaneamente indignado.

Ele riu um pouco da minha reação enquanto vestia a jaqueta e se olhava no espelho, no entanto seu sorriso se esvaiu ao analisar sua imagem. Deixou a jaqueta cair com um suspiro resignado. Aproximei-me dele e o fiz ficar de frente para mim, ainda que não olhasse em minha direção.

— Jimin, por que você está tão nervoso assim? — perguntei, segurando suas mãos entre as minhas, notando como elas estavam geladas e levemente trêmulas.

— Sei lá, Yoon. Eu sempre quis ir em uma festa de Halloween, sabe?! E se eu fizer tudo errado? — começou a me contar, ainda sem olhar diretamente para mim, e continuei fazendo um carinho singelo em suas mãos. Parecia que isso o estava acalmando. — Cresci assistindo filmes com essa temática, e pareciam tão divertidos que me fizeram querer participar deles pelo menos uma vez. Mas agora eu estou com medo, eu ainda nem acredito que recebi o convite, nem na faculdade estou mais.

— Você acabou de sair da faculdade, Jimin. Não é como se não tivesse mais amigos lá, porque, como alguns dizem, você faz amizade até com o vento se deixar — falei o óbvio, tirando risadinhas dele, e, finalmente, tive aqueles lindos olhos castanhos me encarando mais uma vez.

— Mas e se não for como eu espero? — revelou o que tanto o incomodava.

— Vai ser uma experiência incrível para você, Jiminnie. E se não for, ano que vem eu mesmo faço uma festa de Halloween do jeito que você quer — brinquei, sabendo que no fundo seria verdade, eu faria muita coisa por esse menino.

— O que eu fiz para te merecer? — questionou de forma retórica, deixando-me feliz por ter trazido o sorriso de volta a seus lindos lábios.

— Deve ter salvo algum príncipe em uma das suas vidas passadas — respondi, ganhando em seguida um tapa no ombro, ao mesmo tempo que ele me chamava de idiota. — Só falei a verdade, porque eu sei que salvei um reino inteiro para te merecer. — Realmente, eu era um idiota por Park Jimin e ficava ainda mais evidente a forma como meu coração era fraco quando ele me beijava com carinho como fez naquele momento.


1 de novembro - 15:32h

— Alguém pode confirmar seu álibi, senhor Park? — Fazia cerca de uma hora que estávamos no interrogatório de Jimin. Jungkook realizava praticamente todas as perguntas enquanto eu lia e relia o relatório sobre o assassinato ocorrido durante a madrugada. Para mim, nada estava fazendo muito sentido. O laudo do legista ainda não havia saído, porém diferentes testemunhas diziam praticamente a mesma coisa, o que apontava como uma placa luminosa para Jimin.

Ao ouvir a pergunta, levantei meu olhar do papel e esperei ansiosamente pela resposta que eu já sabia. Jimin me encarou por poucos segundos antes de negar com firmeza, senti que faltava pouco para perder de vez a minha paciência.

— Você tem certeza de que não tem ninguém? — perguntei antes que o interrogatório continuasse.

— Tenho! — Jimin estava tentando me enlouquecer, só pode.

— Certeza absoluta?

— Sim! — afirmou, mas pude ver que ele queria falar algo com o olhar.

— Yoongi, o que você está fazendo? — Jungkook cochichou, sem entender o motivo da minha insistência.

— Eu só não acredito que ele possa ser tão idiota assim — respondi sem desviar o olhar de Jimin um segundo sequer. Estava sendo profissional? De maneira alguma. Mas quem seria? Estava pronto para acabar com essa palhaçada. Sabia muito bem que não havia sido ele a cometer esse crime.

— Yoongi, não assassinei ninguém, apesar do que dizem — Jimin falou em meio ao silêncio depois da minha fala anterior, seu advogado estava pronto para fazê-lo se calar. — E sei que você pode pegar o verdadeiro culpado.

— Como pode saber disso?

— Porque minha liberdade agora depende de você. — E ele estava certo. Se o verdadeiro assassino não fosse encontrado, Jimin poderia ser condenado. Não apenas isso: a cada minuto, sua imagem ficava cada vez mais maculada.


31 de outubro - 22:16h

Eu nem conseguia acreditar que estava aqui. Sério, de todos os lugares que imaginei aproveitar minhas horas de folga, um dos últimos foi uma festa de Halloween. Não é como se eu odiasse ter que desviar de pessoas bêbadas e fantasiadas a cada cinco passos — essa frase contém altas doses de ironia, a verdade era que não via a hora de encontrar Jimin e sair desse mar de gente.

— Yoon! — Deu para sentir o alívio que me invadiu ao ouvir a voz melodiosa do homem que procurava desde que cheguei ali. — Baby! — chamou mais alto, saltitando até onde eu estava, seu sorriso fofo não combinava com a fantasia que usava.

Seus fios cinzas estavam praticamente escondidos pela boina francesa de veludo preto. Ele ainda usava calça social, blusa listrada em preto e branco, junto dos suspensórios e luvas brancas, deixando claro que se fantasiou de mímico. Porém, o pequeno punhal embainhado que tinha em uma das mãos mostrava que não era para ser uma alusão comum.

A maquiagem perfeitamente executada o deixava até com um ar assustador. Todo o seu rosto estava com tinta branca. Na região de cada olho, havia uma estrela de quatro pontas em preto fosco que combinava com o batom em seus lábios. Em geral era uma fantasia simples, mas que em Jimin ficou incrível.

— Quanto tempo mais vai ficar me encarando assim? — perguntou de maneira petulante, sem conseguir esconder a alegria por trás de suas palavras. — Desse jeito vou acabar achando que se apaixonou por mim, Yoon.

Revirei os olhos antes de beijar brevemente seus lábios pintados. Diferente de todas as outras pessoas no recinto, eu não estava usando nenhum tipo de fantasia ou de maquiagem, só que, ainda assim, parecia chamar tanta atenção quanto qualquer outro convidado.

— Me lembra o motivo de eu estar aqui mesmo? — Ainda estava um pouco chateado por ter saído do conforto da minha cama. Jimin deu uma risadinha antes de segurar minha mão e voltar pela mesma direção que veio antes, evitando graciosamente cada pessoa que passava em nosso caminho.

— A ajuda chegou — anunciou quando nos aproximamos de três homens que me avaliaram de cima a baixo. — Baby, os alunos do curso de Direito nos desafiaram a desvendar um mistério e eu, na minha máxima inteligência, pensei: quem seria melhor nisso que meu amorzinho detetive? — Jimin era um manipuladorzinho descarado quando queria, e eu assumo que era fraco por ele.

— O que eu não faço por você, viu… — resmunguei, virando para o pequeno grupo que me encarava com grandes sorrisos idiotas. — Qual é o mistério?

— “Dentro da casa, existe um corpo escondido. O assassino se encontra entre vocês. Conseguem resolver esse enigma?” — Um dos rapazes leu um cartão que estava segurando como se sua vida dependesse dele.

O caso não parecia ser tão complicado. Era mais como um daqueles que se via no Scooby Doo, com pistas bem óbvias, só que de algum modo estava divertindo os rapazes. Talvez o fato de estarem um pouco bêbados ajudasse nisso.

— Alguém já procurou dentro da casa? — questionei, pedindo para ver o pequeno pedaço de papel. Eles assentiram; não haviam encontrado nenhuma pista aparentemente. A propriedade onde a festa acontecia era grande e, com tantas pessoas andando de um lado para outro, seria praticamente impossível manter alguma porta fechada. — E a casa da piscina? — Olhei para eles, estranhando o silêncio que se seguiu à minha pergunta.

Aparentemente nenhum deles havia notado a pequena casa no lado oposto e mal iluminado da grande piscina. Não era possível. Fomos até lá, e não foi nenhuma surpresa ver que, apesar da porta estar fechada, o local não estava trancado. Após abrir a porta e acender a luz, encontramos um manequim vestido de noiva com algum tipo de líquido vermelho que imitava sangue por todo o vestido branco.

— Encontraram o corpo — falei meio entediado, mas não deixei passar o sorriso orgulhoso que Jimin me dava enquanto todos entravam em busca de pistas. Meia hora depois, eu estava com uma garrafa de algum conteúdo alcoólico na mão, enquanto Jimin e seus amigos comemoravam o fato de terem solucionado o mistério.

— Obrigado pela ajuda, baby — Jimin murmurou antes de beijar meus lábios. Apesar de parecer bobo, confesso que acabei me divertindo com eles.

— A seu dispor — respondi, começando a ficar mais solto pela bebida, antes de devolver o beijo. Jimin sorriu maliciosamente para mim depois disso e, em poucos segundos, vi-me novamente sendo arrastado pelos corpos suados dos outros convidados.

— Você não pode me falar uma coisa dessas no meio de tanta gente, Yoongi! — exclamou. Assim que passamos pela porta do banheiro, ele foi rápido em trancar a entrada antes de me puxar e devorar os meus lábios com afinco. — Droga de luva, não me deixa sentir você — reclamou, tirando-as rapidamente para voltar a me beijar.

Não sei dizer quanto tempo ficamos ali dentro, lábios colados um no outro, línguas se entrelaçando e compartilhando respirações. Só sei que, em algum momento, tivemos que nos separar e notei como a maquiagem de Jimin estava borrada. Branco no preto, preto no branco. E ele ainda continuava bonito.

— Tem mais batom em você do que em mim. — Sorriu, sem demonstrar um pingo de arrependimento.

— Tenho certeza que sim — murmurei, juntando novamente nossas bocas antes de direcionar meus beijos para o seu pescoço. Os pequenos suspiros que ele dava me encorajavam a continuar.

Comecei por um dos lados, apenas arrastando meus lábios por sua pele quente antes de morder onde dava para sentir seu pulso, fazendo o caminho de volta para ir em direção ao lado oposto.

Com seu maxilar preso por minha mão, direcionei seu olhar para mim enquanto a minha destra se movia por cima de seu abdômen e cintura, prolongando o caminho para chegar onde ambos queríamos.

— Acho que mereço alguma recompensa por ter vindo lhe ajudar. — Era evidente que a sessão de amassos dentro daquele banheiro havia me deixado excitado.

— Não achei que teria que pagar por esse favor, baby. — Jimin também estava, seus olhos banhados em desejo eram minha perdição. Com a mão, então, dentro de sua calça ficava mais fácil tocar sua crescente ereção ainda presa pela cueca boxer que usava.

— Nada vem de graça, querido — disse, beijando-o novamente, com mais fome. Talvez alguém tivesse batido na porta naquele momento.

— Não ouse fazer isso. — Jimin segurou meu pulso quase de forma dolorosa quando ameacei tirar minha mão de sua calça, e seu olhar tão escuro não deixava margem para desobediência. Alegremente, voltei a seus lábios convidativos e inchados.

Mesmo depois que continuei com as carícias, Jimin não soltou meu pulso. O fantasma da sua mão continuava enquanto o movia para cima e para baixo sobre o algodão de sua cueca.

Paramos de nos beijar, mas continuamos nos encarando. Olhos nos olhos enquanto ele soltava pequenos gemidos que ficaram um pouco mais longos quando finalmente toquei a pele ardente de seu pênis.

— Será que podemos libertá-lo daqui? — questionei, puxando de leve o elástico de sua cueca.

— Faça o que quiser, baby — respondeu, ao mesmo tempo que respirava pesadamente. Sorri com sua resposta, beijei uma última vez sua boca e ajoelhei em sua frente, observando Jimin se apoiar na pia enquanto me observava. Eu conseguia sentir seu olhar nos meus movimentos.

A calça aberta ainda estava presa pelos suspensórios, então soltei primeiro um e depois o outro antes de puxar a veste em direção ao chão. O som metálico dos grampos se chocando no chão não foi capaz de desviar minha atenção daquelas belas pernas. Corri a ponta dos meus dedos superficialmente por elas, provocando arrepios em Jimin por onde passava.

Chegando à peça que aprisionava meu objeto de desejo, olhei para cima sorrindo ladino. Jimin estava uma bagunça me deixando mais instigado. Abaixei sua cueca o suficiente para deixar sua excitação de fora e a cabeça rosada me deixou com água na boca.

Circundei com cuidado o membro, fazendo uma leve masturbação. Para cima e para baixo; uma e outra vez, até ouvir o doce som de seu gemido ecoar pelas paredes daquele banheiro. Coloquei somente a ponta em minha boca enquanto minha mão continuava seu trabalho, com o gosto salgado invadindo minha língua.

— Se toque para mim, baby — pediu com a respiração pesada, escovando meus fios para trás com sua mão. Não pensei duas vezes antes de fazer o que estava me pedindo, abri minha própria calça e peguei minha excitação com a destra, testando os movimentos sob o olhar afiado de Jimin.

Eu estava tão duro quanto ele e deu para ver sua satisfação em me ver acelerar os movimentos da minha masturbação. Puxando de leve meu cabelo, Jimin segurou sua ereção na frente da minha boca e esperou eu a abrir, colocando apenas um pouco antes de tirar e colocar novamente até ambos encontrarmos o nosso ritmo.

O peso de seu pênis em minha língua, o puxar cada vez mais forte de meu cabelo, o som dos gemidos dele, o movimento de minhas mãos… Eram muitas sensações ao mesmo tempo. Eu me encontrei rapidamente na beira do abismo e não estava sozinho.

— Estou perto — avisou antes de tirar seu membro de minha boca e perseguir sua liberação com sua mão. Eu não gosto de ter esperma em minha boca, e Jimin respeitava isso.

Gozei ajoelhado no chão poucos segundos antes de ele vir, espirrando acidentalmente na porta. Jimin olhou para mim e refleti seu sorriso satisfeito, ainda descendo do orgasmo com os músculos moles.

— Acho que podemos terminar isso em casa — falei enquanto o ajudava a vestir novamente a calça. O chão e a porta foram limpos com papel higiênico, e ambas as mãos, lavadas.

— Uma ótima ideia. — Ele me beijou antes de pegar suas luvas no balcão da pia e abrir a porta para a festa, que continuava a todo vapor do lado de fora.


1 de novembro - 16:22h

— Essa é a arma do crime? — Quase não conseguia acreditar no que estava vendo: dentro de um saco de provas, a adaga que Jimin tinha ontem como parte de sua fantasia estava coberta de sangue.

— Sim. E o acusado afirmou ser dele quando foi preso. — Jungkook não conseguia imaginar a raiva que eu estava sentindo por ter que ouvi-lo chamar Jimin dessa forma, mas eu compreendia, era o nosso trabalho.

Depois que saímos da sala de interrogatório, eu quis entender exatamente o que estava acontecendo, por que essa manhã meu namorado saiu do meu apartamento rindo do meu estado sonolento e horas depois o encontro detido por assassinato. Parecia até uma piada de mau gosto.

Vamos aos fatos: às quatro horas da manhã, a polícia foi chamada depois de uma denúncia sobre um corpo em um dos quartos da propriedade onde estava tendo uma festa. Aparentemente, era o quarto do anfitrião que estava indo dormir com a namorada.

Eles encontraram uma garota esfaqueada em cima da cama. Ela usava uma fantasia de sereia, indicando que era convidada da festa. Dessa forma, foi fácil fazer a identificação: era uma caloura do curso de Jornalismo.

Às sete horas, depois de tirar as fotos, tentar coletar provas e retirar o corpo da adolescente da cena do crime, os policiais começaram a ir atrás de amigos e familiares da vítima. Uma das amigas identificou a arma do crime como sendo de Jimin.

Por volta de onze horas, quando chegava ao próprio apartamento, Jimin foi detido e levado à delegacia como principal suspeito de ter cometido o crime. Porém, não foram encontrados motivos para que ele o cometesse. O que tinham até aquele momento era a arma do crime, que continha suas digitais, e a ausência de álibi.

— Como ela foi morta? — questionei olhando as fotos tiradas naquela manhã. A cama onde ela foi encontrada estava estranhamente arrumada.

— Golpe único no peito. Ela sangrou até a morte, que ocorreu por volta das 2:30h da manhã — Kook leu o obituário que havia saído há pouco tempo. — Sem marcas de brigas ou de defesa, sem evidência de estupro. O assassino deve ter chegado de surpresa.

— Mas qual o motivo? Não é estranho que ninguém tenha ouvido um grito sequer? — Havia algo errado e este era o meu lado detetive falando.

— Talvez a música alta tenha abafado o pedido de socorro.

— Talvez… — Não adiantava bater nessa tecla, pelo menos naquele instante. Peguei o exame laboratorial da garota, assustando-me ao ver os resultados. — Ela estava com alta dosagem de álcool no sangue, além de resquícios de maconha e ecstasy.

— Não me admira que tenha sangrado até a morte — Jungkook sussurrou, voltando em seguida a ler o relatório.

— Mais alguém foi chamado para depor? — perguntei, sentindo que naquele instante poderia ter uma direção para o verdadeiro culpado do crime.

— Não. O capitão não achou necessário quando já tinha prendido o Park.

— Está brincando comigo?! — falei, irritado, já pegando a pasta e indo em direção à sala do capitão.

Eu me orgulhava muitas vezes da minha profissão, mas devia confessar que o sistema era falho. A corrupção existia e inocentes poderiam pagar por crimes que não cometeram. Alguns policiais pareciam não entender que trabalhávamos com vidas. Descobrir quem cometeu um crime era necessário para colocar o culpado atrás das grades e trazer um pouco de justiça às famílias.

Nem sempre isso era possível, admito. E muito provavelmente o fato de que eu tinha uma relação pessoal com o acusado estivesse fazendo com que eu lutasse com mais afinco para encontrar o real culpado.

— Onde está o capitão? — indaguei a um oficial assim que encontrei a sala vazia. Jungkook estava atrás de mim, talvez com medo de que eu fizesse alguma loucura.

— Foi falar com o juiz. O advogado do Park entrou com um pedido de habeas corpus e o capitão quer que seja negado.

Não ouvi mais nada depois disso. Ele não tinha o direito. Corri direto para o carro pronto para ir ao escritório do juiz.

— Qual a sua relação com Park Jimin? — Jungkook me perguntou antes que abrisse a porta do carro.

— O que você quer dizer? — Apesar de não concordar, Jimin havia pedido sigilo silenciosamente mais cedo sobre nossa relação.

— Eu não sou bobo, Yoongi. Você ficou todo estranho e estressado desde que o viu na sala de interrogatório, sem contar que ele te chamou de baby várias vezes. Acho que nem ele percebeu isso.

— Jimin é meu namorado — revelei, resignado. Não tinha mais por que esconder, e eu confiava em Jungkook. — E ele estava comigo quando o crime aconteceu.

— Tenho certeza de que sim. — Ele olhou para o meu pescoço e depois para mim. — Por que ele não disse isso?

— Porque ele é um idiota, só pode. — Eu estava ficando cansado e senti meus olhos arderem por toda essa situação.

— Você é um bom detetive, Yoongi. Vai achar a resposta rápido — disse, passando a mão nas minhas costas para me dar conforto.

— Espero que sim, Kook. Espero que sim.

4 de novembro - 8:47h

Eu estava há mais de quinze minutos sozinho na sala de interrogatório esperando pela testemunha que identificou a arma do crime como de Jimin. Ela estava atrasada e isso estava me irritando, não que eu estivesse no meu estado de calma ultimamente.

Apesar de não ter antecedentes criminais e ter residência fixa, Jimin não conseguiu o habeas corpus do juiz, provavelmente por causa do capitão. Ele estava há três dias sob custódia na delegacia e, se o novo pedido fosse negado, Jimin seria transferido para um presídio.

A família da garota possuía certa importância no meio social e isso não ajudava no andamento do caso. Eles estavam certos de que o Park era culpado, ainda mais após uma amiga declarar que tinha presenciado Jimin aos beijos com a garota antes do assassinato.

Ela chegou com um advogado na sala de interrogatório juntamente com Jungkook. Fiquei de cabeça baixa, tentando controlar meus nervos, e só depois de todos estarem sentados que olhei para cima e vi a cor se esvaindo do rosto dela enquanto olhava para meu rosto.

— Senhorita, poderia nos contar o que aconteceu naquela noite? — Jungkook deu início aos questionamentos depois de ligar o gravador. Ela demorou para responder sua primeira pergunta, a voz trêmula devido ao evidente nervosismo.

“Onde você estava no horário do crime?”, “Alguém pode confirmar isso?”, “Você reconhece a arma do crime?” Ela respondia a todas as questões, claramente treinada pelo advogado caro que a acompanhava. Estávamos há meia hora ali e não conseguíamos sair do lugar.

Peguei uma foto de Jimin, não aquela que haviam tirado dele antes de ser detido, mas uma entre as tantas dele no meu celular, e coloquei na mesa para ela ver. Ele estava sorrindo de forma fofa para a câmera, com seus olhos praticamente fechados devido à sua bochecha farta, e o cabelo, sem nenhuma direção.

— Você reconhece esse homem? — Todos estavam chocados com a minha ação. Ela olhou para a foto, depois para mim e novamente para a foto antes de dizer que sim. — Você viu este homem conversar com a vítima na noite do crime? — Mais uma vez, ela demorou um pouco para confirmar a pergunta, olhando uma vez para o seu advogado. — Você tem certeza de que este homem subiu junto da vítima para o segundo andar, próximo à hora da morte?

— Tenho — afirmou, tendo ao menos a decência de não me olhar nos olhos.

— Você está mentindo e sabe que eu sei disso — falei, já cansado de joguinhos, pouco me importando para o engravatado reclamando sobre a minha atitude pouco profissional de acusar sua cliente. — Você sabe quem a matou, não é mesmo?

— Não responda mais nada — o homem disse, irritado. Ela começou a tremer do outro lado da mesa, olhando para todos os lados que não fosse para mim ou a foto de Jimin. Peguei a foto tirada do corpo na cena do crime e coloquei na sua frente, vendo como ela se recusou a encará-la antes de cair em lágrimas.

— Olhe para ela! Você sabe o que aconteceu! — gritei, impaciente. Não era só a liberdade de Jimin que estava em jogo naquele momento. Sua vida também estava. Ela negou com a cabeça, fechando os olhos. — Olhe para ele!

— Chega, Yoongi — Jungkook chamou minha atenção, ao mesmo tempo que o advogado se levantava para ir embora com ela.

— Foi um acidente — finalmente ela disse entre soluços. — Não era para nada disso ter acontecido.

— Não diga nada, vamos embora daqui. — Seu advogado o tentou tirar da sala, mas já era tarde, ela fitava a foto da amiga sem vida enquanto lágrimas atrás de lágrimas caiam de seus olhos tristes.

— A gente estava curtindo a festa quando uns rapazes mais velhos nos ofereceram um baseado. A gente nunca usou nada disso, sabe?! Mas queríamos nos enturmar com a galera da faculdade. — Sorriu sem humor.

Todos na sala ficaram em silêncio, não havia mais razão para interrompê-la.

— Depois eu não sei direito o que aconteceu, está tudo muito confuso ainda. Eu lembro que a gente bebeu com esse pessoal e depois eles começaram a tomar uns comprimidos. A Jinri pegou um e tomou, mas logo ela passou mal e fomos ao banheiro. Foi lá que encontramos a adaga em cima da pia — revelou, olhando para mim e depois para a tela apagada do meu celular ainda largado na mesa.

Os olhos dela quase não tinham foco, provavelmente por estar tão perdida em suas lembranças. E, apesar de perceber que havia tristeza e arrependimento nas ações e palavras dela, eu só conseguia sentir alívio por conseguir a confissão.

— A Jinri pegou e eu a reconheci como do rapaz com fantasia de mímico. A gente achou que, se nós guardássemos, poderíamos fazer amizade com ele, porque parecia que ele era bem famoso entre os alunos, já que falava com praticamente todo mundo e foi tão educado quando falou conosco. — Mais algumas lágrimas caíram.

— O que aconteceu realmente? — perguntei depois de perceber que o silêncio estava perdurando demais, ela estava se perdendo em pensamentos.

— Nós fomos até um dos quartos esconder a adaga. Mas quando chegamos lá, Jinri conseguiu desembainhar ela e ficou brincando com a lâmina. Ela estava bêbada, ambas estávamos, só que parecia que ela não tinha noção do perigo… Eu consegui tirar a adaga dela, só que ela ficou furiosa e veio correndo em minha direção e eu não sei como aconteceu, apenas lembro que depois ela estava deitada no colchão com muito sangue. Eu fiquei com medo e saí correndo.

Depois disso, seu choro ficou mais forte, e confesso que senti pena dela. Era apenas uma jovem sem muita noção dos perigos da vida. No entanto, isso não apagava o fato de que Jimin foi preso devido a sua covardia.

— Sinto muito — disse quando me levantei para sair da sala.

— Sei que sente — respondi simplesmente.

12 de novembro - 14:14h

O sol da tarde estava tão gostoso, mesmo queimando um pouco minha pele. Aquele dia era minha folga e consegui viajar com Jimin para Busan. Fazia uma semana que ele havia sido libertado e as acusações retiradas, seus pais ainda estavam assustados com tudo o que aconteceu.

Ele estava do meu lado, tinha um livro em uma mão, enquanto a outra segurava a minha. Depois que saiu da delegacia, nós acabamos tendo uma discussão sobre o fato de ele ter mentido e passado tantos dias detido sem necessidade. Foi preciso algumas horas para que suas razões, estas que eu ainda acho burras, serem esclarecidas e resolvermos tudo.

— Eu acho que sei qual área do Direito quero seguir — falou do nada, chamando minha atenção.

— E qual é? — perguntei, virando-me em sua direção.

— Direito penal — disse, convicto, mas ainda parecia procurar por aceitação. Se dependesse de mim, ele teria o quanto fosse necessário. Eu sempre o apoiaria. — Depois do que aconteceu comigo, eu quero evitar que inocentes sejam condenados, Yoon. Se não fosse por você, eu não estaria aqui hoje.

— Querido, se é isso que você quer, eu tenho certeza que você vai ser o melhor. — Levantei-me, sentando em suas coxas para ficar na sua frente para beijar com carinho seus lábios. — E eu mal posso esperar para ser casado com um defensor da justiça.

— O quê? — Não foi apenas Jimin que me questionou, surpreso por minhas palavras. Sua mãe estava na porta ouvindo nossa conversa. Eu apenas ri deles me enchendo de perguntas e brigando entre si pela intromissão da senhora Park no que seria um pedido de casamento.

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Notas Finais: A capa foi feita por @vpurple e eu super achei que ficou super uma gracinha <3 e a betagem pela @ksjtiny

29 Octobre 2022 02:30 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

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