Villanelle anda pelas ruas do centro de Londres, uma bolsa na mão, uma garrafa de vinho na outra. A bolsa contendo um presente para Eve. Mas ela está pensando em levar outra coisa para seu primeiro encontro com ela, um jantar. A loira quer algo mais romântico. Ela para em frente a uma floricultura, entra e olha em volta.
— Tenho um encontro. Quero levar algo romântico, mas não faço ideia, então resolvi vir aqui.
— Bem, nós temos algumas flores aqui.
— Eu não tenho ideia do que devo comprar, o que você sugere? Na verdade eu nem sei se ela gosta de flores, mas eu quero fazer algo diferente.
— Rosas são o ideal, são as preferidas da maioria das mulheres.
— Não sei se são as favoritas dela, mas irei levá-las.
Então Villanelle sai da loja e segue para a casa de Eve.
A morena estava um pouco perdida fazendo o jantar. Fazia um monte de coisas ao mesmo tempo e cozinhar não é a sua praia. Eve tinha medo de que tudo tivesse um gosto ruim e Villanelle não gostasse. A campainha toca. A morena ajeita o cabelo, endireita as roupas e vai até a porta. Era a loira.
— Oi, Eve – diz Villanelle
— Oi, como vai?
— Estou bem e você?
— Tudo bem também. Entre.
Eve está um pouco envergonhada, não teve tempo de limpar a casa e está um pouco bagunçada. A loira finge que não percebeu isso.
— Eu trouxe essas flores para você.
Polastri está um pouco surpresa e estranha. Ela nunca imaginou a outra lhe dando flores, mas até que achou fofo.
— Também trouxe vinho e um presente – entrega o embrulho a outra.
Eve abre o presente. É um colar muito bonito.
— É lindo, obrigada. Vou colocar o vinho na geladeira. O jantar está quase pronto. Você pode sentar no meu quarto se quiser, ainda não tenho sofá.
Villanelle vai para o quarto de Eve e começa a dar uma olhada em suas coisas. Suas roupas na cama, algumas fotos e então, ela vê uma foto de Eve e Niko. Com uma cara de nojo e raiva, ela rasga a fotografia em pedacinhos, jogando fora. Com um sorriso de satisfação, ela fica mais tranquila.
A morena segue para o quarto e pergunta: — Naquele dia da dança do chá você estava com uma expressão distante e triste. O que aconteceu?
— Konstantin disse que alguns dos meus parentes poderiam estar vivos. Eu o pedi para encontrá-los e ele o fez, encontrou minha mãe e irmãos.
— Então?
O rosto de Villanelle parece triste, seus olhos um tanto molhados por lágrimas. A morena parece preocupada e pergunta novamente. A loira evita olhar em sua direção.
— Você quer começar um relacionamento, tem que começar a confiar em mim e me contar as coisas, é assim que os casais normais fazem.
— Minha mãe nunca gostou de mim, Eve. Ela pediu que eu fosse embora. Então, dei um jeito nela.
Tomada de preocupação, Polastri pergunta: — O que você fez com ela?
— Eu a matei.
— O quê? Por que você fez isso? – Eve estava ao mesmo tempo surpresa e zangada.
— Ela nunca me amou. Disse que eu trouxe a escuridão para a nossa família. Me colocou num orfanato quando ainda era criança. Ela me rejeitou duas vezes, então eu tive que matá-la.
— Ela era a sua mãe! Você não poderia simplesmente ir embora?
— Você sabe o que eu sou, Eve. Você sabe que eu não gosto de ser rejeitada. Ela merecia ser punida.
— Claro que sim, assim como você fez comigo em Roma. Me atirou pelas costas e me deixou lá para morrer! Eu não sei como estou surpresa com isso. Com o você disse, eu sei quem você é.
— Foi sua culpa, Eve Polastri! Você me fez acreditar que éramos um casal, que tínhamos uma conexão. Então, você quis me deixar, assim como minha mãe fez!
— Eu não sou responsável pelo que acontece na sua cabeça. Agora, como eu vou saber que você não fará novamente quando se sentir rejeitada? Se até mesmo a sua mãe você foi capaz de matar?
— Eu não vou fazer isso de novo, Eve, nunca, confie em mim. Você é a única pessoa que me aceitou em muito tempo, enquanto todo o mundo se afastou de mim. Eu quero cuidar de você, protegê-la. Eu quero ser um pouco normal para você. Eu sei que eu sou diferente, uma assassina e eu nunca poderei ser uma pessoa cem por cento boa. Mas, eu vou tentar ser melhor por você e nunca vou machucá-la novamente.
Eve chora: — E seus irmãos?
— Eu os poupei. Eu queimei a casa com os outros dentro, mas me certifiquei que eles estivessem seguros.
O ar está pesado com a tensão entre ambas. A morena ainda chora, e Villanelle ainda está preocupada.
— Isso vai ser um problema para nós? Você quer que eu vá embora?
— Não, vamos jantar. É que é muita informação para processar. Vou tomar um banho e já volto. – ela diz, enxugando as lágrimas.
A loira se sente mais aliviada ao ouvir isso.
Após o banho, Eve tira um vestido do guarda-roupa e sorri olhando para ele. É um vestido justo com as costas nuas. Ela o coloca junto com o colar que ganhou de Vellanelle.
Enquanto isso, a assassina está inquieta na cozinha, já está com fome e não entende por que Eve está demorando tanto.
— Eve, a comida está esfriando!
— Estou chegando.
Quando ela a vê, fica maravilhada. Eve estava magnífica, diferente do que ela já viu antes. Seus cabelos estão soltos, está usando um batom vermelho e um pouco de maquiagem.
— Você é tão bonita, Eve.
Eve sorri: — Este vestido é igual ao que você me deu, o que eu estava usando naquela outra vez que veio à minha casa. Os sapatos são os que me deu e o colar também. Estou cansada de lutar comigo mesma, Villanelle. Desde que te conheci, não houve um só dia que não pensasse em você. Você domina os meus pensamentos, é a minha obsessão desde então. Eu quero estar com você.
Os olhos de Eve estão lacrimejando, quando ela diz: — Assim como naquele dia, eu gostaria que você tirasse esse vestido.
Surpresa, Villanelle se aproxima e começa a retirar o vestido lentamente. Ela segura aquele vestido sem ainda acreditar.
Eve sorri: — Você vai ficar aí parada?
A assassina então joga o vestido no chão, toma Eve em seus braços e a beija com vontade.
—Não desista de mim, Eve.
Elas seguem para a cama. O jantar ficaria para depois.
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