Noites infinitas Suivre l’histoire

Sempre observei minha mãe, ela e o relacionamento péssimo que tinha com meu pai, ele não era um homem, sabe? Claro, tinha um p*nto, mas só isso. Ele era um babaca, pra dizer o mínimo. Aos 8 anos eu rezava para a separação deles, queria eles muito longe um do outro. Ele longe da gente. Meu pai era ruim. Ele era legal com todos da rua menos com a gente... Menos com ela.

Depois dele veio um de outro bairro. Acho que ele foi o pior. Ele fazia chantagem emocional/ psicológica com ela, falava mal do trabalho dela, falava mal de mim como se ela tivesse me criado completamente errado. Eu via o sofrimento e não podia fazer nada, só falava:" termina, eu não gosto dele", mas devia ter falado:" ele não te faz bem, só em raros momentos, você não merece isso, já sofreu demais". Tomei raiva do nome dele, só de pensar eu tremo. Ele apertou o botão em mim que já existia a muito tempo, o botão da crise de ansiedade, o pânico de não conseguir controlar o próprio corpo, do coração acelerar e ter medo de tudo e todos ao seu redor, quando o frio não passa e o nó na garganta não sai.