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Min Yoongi estava prestes a se casar com a mulher com quem dividiu muitos anos de sua vida e teve pouquíssimos conflitos incomuns para um casal. Porém, havia um assunto que, definitivamente, era motivo inevitável para que brigas acontecessem: a amizade entre sua noiva e Park Jimin. Nunca foi uma questão de ciúmes, e Yoongi não apenas odiava o rapaz. Jimin era simplesmente o principal inimigo de sua relação com a futura esposa, uma vez que todas as opiniões deste iam contra o envolvimento dos dois. No entanto, em uma noite de celebração, tudo pareceu virar de cabeça para baixo, e o Min se viu questionando muitas coisas sobre Jimin, principalmente seus motivos para pensar tão mal de seu noivado.


Fanfiction Groupes/Chanteurs Interdit aux moins de 18 ans.

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Escrito por: @LadyofSomething/@RedWidowB


Notas iniciais: Olá! Primeiramente, gostaria de agradece @Adrift_ pela betagem, @minie_swag / @minie_swag pela revisão e @vitoriasifrid77 e @vitoriasifrid77 pela capa e banner lindos! Muito obrigada por tudo, gente <3
Segundo, peço que tenham paciência com os personagens dessa fic kk assim como qualquer pessoa, eles cometem erros, sem exceção.
Enfim, espero que gostem! Boa leitura!

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Em algum lugar na internet, existia uma explicação muito bonita e poética afirmando que tulipas vermelhas poderiam simbolizar “amor eterno”. Supostamente, aquelas florzinhas fofas traduziam em sua existência a representação do sentimento mais puro e sincero entre os seres vivos e, especificamente, no caso de Min Yoongi, entre um homem e uma mulher.

Porém, ele não realmente tirou parte do seu tempo para ler aquela explicação, ou ao menos se importava com as cores das pobres flores, que morreriam, murchas, em diversos arranjos feitos pela igreja que Yoongi nem frequentava.

Na verdade, o homem estava muito mais preocupado com as olheiras que pigmentavam cada vez mais os arredores dos olhos castanhos de sua noiva, pois, aquilo sim, poderia simbolizar algo: que ela não dormia há dias.

A preocupação era, de certa forma, inútil, uma vez que, ainda que a sacudisse e dissesse “Eu não me importo com a porra das flores, vá dormir!”, ela apenas o ignoraria e continuaria a pesquisar qual a melhor forma de deixar explícito que havia amor entre eles.

Brenda Langdon — sua noiva — sempre se importou demais com o que os outros diriam, assim como odiava quando qualquer coisa saía diferente do esperado, então o planejamento do casamento estava sendo o ápice de seu estresse, e ele nada poderia fazer.

Yoongi realmente não entendia como aquilo funcionava na mente da noiva. Afinal, eles realmente precisavam daquela cerimônia enorme? De tantos convidados e de toda aquela organização que já havia levado meses de suas vidas?

Se pudesse ser completamente sincero, ele diria que não estava tão satisfeito quanto achou que estaria, porque acreditava que faria muito mais sentido apenas estarem desfrutando de suas companhias e de pessoas próximas no dia, já que o objetivo do casamento era exatamente estarem juntos, definitivamente, sendo abençoados por quem amavam igualmente.

No entanto, entre as diversas características que Yoongi conhecia plenamente de sua noiva, a teimosia era a que mais se destacava. Assim, o casamento seria justamente como estava se encaminhando, e eles teriam milhares de fotos para provar que gastaram o suficiente para alimentar uma população inteira de uma cidade pequena.

E depois de tanto tempo ao seu lado, de alguma forma, o Min já havia se acostumado com isso.

Segurando o décimo arranjo de flores que Brenda deu para ele, o homem balançou o pé, incomodado. Sentia que estava perdendo uma manhã de sábado em uma floricultura, somente para ouvi-la reclamar sobre estar fazendo exatamente isso.

— Vão ser tulipas azuis! — a noiva afirmou, virando para ele com o décimo primeiro arranjo em mãos.

— Existem tulipas azuis? — indagou de volta, com genuína curiosidade.

Os cabelos muitíssimo encaracolados e curtos da mulher balançaram, juntamente ao seu corpo miúdo, e Yoongi quis entender se aquele trimilique era de ânimo ou raiva de sua resposta sem interesse no enfeite em si.

— E eu diria que quero uma flor que não existe, Min Yoongi? — ela retrucou, com sua sobrancelha fina arqueada.

O homem apenas assentiu, tentando se distrair com as demais flores que os rodeavam no corredor vivo. Brenda voltou a prestar atenção no vendedor, deixando-o sozinho para divagar.

Faltavam três meses para a data marcada, passaram-se dois desde que a mulher começara o planejamento, e em vinte minutos Yoongi não aguentaria mais a futura esposa indagar o significado das petúnias ou qualquer outra bendita flor.

Estavam realmente fazendo a coisa certa? Ele se perguntou.

Eles estavam tão bem apenas namorando, convivendo com as famílias um do outro, vivendo em suas próprias casas, separados. Será que juntar suas roupas, camas e — o tão clichê — escovas de dentes valeria a pena? Suas vidas realmente combinavam tanto assim?

Bem, ele não tinha muitas pessoas ao seu redor que fossem casadas, com quem pudesse conversar seriamente sobre isso, e o senhor Min, pai de Yoongi, dizia que era assim mesmo. Afinal, que homem gostaria de casar, não é? Que piada genial! Era hilário saber que seu pai não sentia prazer em estar ao lado de sua mãe, não? Bom, ele não achava, entretanto fingia muito bem que sim.

No final, nem com a noiva ele conseguia conversar sobre suas dúvidas. Ela enlouqueceria! Tinha certeza que acabaria com uma marca de soco em um dos olhos e o relacionamento de anos jogado no inferno.

Logo, ele precisava buscar certezas na mesma coragem que utilizou para pedi-la em casamento, quando acreditou que cinco anos de namoro eram o suficiente para dar o próximo passo.

O problema era que essa coragem havia se esvaído no momento em que Brenda demorou trinta segundos para responder e aceitou com um sorriso amarelo.

Por Deus, eles realmente estavam preparados para aquilo?

— Amor, hoje iremos à casa do Minie! — ouviu a noiva afirmar quando finalmente já estavam dentro do carro.

Iam almoçar em um de seus restaurantes favoritos, mas o único ânimo que sentiu no dia foi por água abaixo quando ouviu a alcunha.

— Por quê? — limitou-se a perguntar, sabendo que aquele era um campo delicado.

Ele se remexeu no banco, colocou o cinto e deu partida no carro. Brenda permaneceu calada em todo o processo, e o rapaz soube que não receberia uma resposta direta.

— Ora, pare com isso! — ela resmungou, cruzando os braços. — Nunca entendi o que ele te fez para não gostar dele.

Yoongi não queria brigar, então pensou bem antes de responder. Normalmente diria algo ruim sobre a personalidade do amigo dela, ou citaria qualquer uma das histórias ruins que tinham em comum, mas ele só queria chegar ao restaurante, comer e depois ter algum momento ao lado da mulher que não se resumisse à cerimônia, então fez pouco caso.

— Não tenho algo contra — afirmou, dando ré com o automóvel e finalmente iniciando a fuga da vigésima floricultura em que entraram. — Mas também não tenho algo a favor.

Não estava olhando para a noiva, mas teve certeza que Brenda revirou os olhos pelo tom de voz usado por ela em seguida.

— Pois hoje você encontrará esse algo bom aí! — disse risonha. — Vamos comemorar o lançamento do novo livro dele.

Pensou em responder com algo maldoso, como indagar se o rapaz realmente sabia escrever, mas novamente se limitou, apenas murmurando um “ok” e escutando-a contar em seguida sobre como seria a noite.

Não era um programa ruim para a noite de sábado, principalmente porque ele gostava dos demais amigos que tinha em comum com a futura esposa. Poderia simplesmente ignorar que tudo seria sobre o “Minie”, de novo, e aproveitar. Com certeza.

Minie era Park Jimin, o melhor amigo de Brenda e, sem dúvidas, a pessoa que o Min mais desgostava entre todas com quem tinha que conviver.

Para ele, Jimin era a personificação de tudo o que as pessoas não deveriam ser: um egocêntrico dissimulado.

Sempre que o escutava falar, ou via Brenda falando sobre o outro, tudo era absolutamente sobre o quanto Park Jimin era perfeito. Bem sucedido, bonito, rico, talentoso e outros diversos adjetivos sinônimos de perfeição.

Quando Jimin estava no lugar, o mundo parecia girar ao seu redor, enquanto Yoongi era obrigado a acompanhar o movimento.

Era um maldito egocêntrico, o Min repetia em sua mente.

Quanto a ser dissimulado, bem, era outra história mais longa.

Jimin e Brenda fizeram o mesmo curso de Letras, na faculdade onde os noivos se conheceram.

E Yoongi nunca duvidou de sua bissexualidade, muito menos se envergonhava de sentir atração por homens bonitos como o Park. Logo, na época em que ainda sonhava com sua formatura em Engenharia de Software, permitiu-se admirá-lo de longe, e tinha certeza que Jimin sabia disso, pois retornava os olhares em sua direção.

Porém, assim como sua timidez e medos o impediram de se aproximar do outro, sua sensatez o privou de sentir qualquer liberdade em se aproximar do Park após conhecer Brenda e apaixonar-se por ela.

Por meses, sentiu-se mal, como se aquela história fosse diminuir o que sentia por ela. Entretanto, quando o dia em que conheceu Jimin definitivamente chegou, e o Park fingiu nunca ter o visto na vida, Yoongi bloqueou todas as lembranças daquilo.

Aos poucos, o bloqueio se tornou desgosto, e a admiração se tornou algo que ele intitulava como ciúmes. Brenda realmente precisava andar o tempo todo com um homem bonito como Jimin?

Ele sabia que manter aquele tipo de sentimento até aqueles dias não fazia qualquer sentido. Sabia também que Brenda e Jimin nunca teriam algo. Mas, entre explicar seus motivos e manter sua máscara de homem ciumento, optava pela segunda opção.

E tudo piorou quando o Park falou mal de sua relação pela primeira vez.

Afinal, quem era o escritor para dar opiniões sobre o que os dois viviam? Brenda e ele nem ao menos brigavam! Sua relação era a mais calma que o Min já havia vivido em toda sua vida, e a futura esposa afirmava a mesma coisa.

Parecia um tipo de implicância, ou talvez um padrão de comportamento, mas, sempre que a moça ia ao encontro do outro, Yoongi sabia que ouviria coisas terríveis ou começariam a brigar quando ela chegasse.

Assim, o Min deixou de enxergar Jimin como um amigo qualquer da noiva, ou um rapaz que ele desgostava. Park Jimin era simplesmente seu inimigo, cuja derrota parecia impossível, já que dependia de Brenda afastá-lo também.

E, como sempre fazia quando se incomodava com algo e não podia falar sobre o assunto, Yoongi se perdeu em seus pensamentos, enquanto a noiva o arrastava por lojas e mais lojas no shopping, afirmando que logo iriam almoçar.

Compraram roupas, tapetes para os banheiros de Yoongi — que a mulher insistia em dizer que eram sem graça do jeito que estavam —, produtos que o homem não saberia dizer para que serviam e outras diversas bugigangas que deixaram a noiva sorridente e o homem satisfeito por vê-la de tal forma.

Quando finalmente terminaram as compras e o almoço, o sol já parecia muito mais quente, assim como a vontade de dormir grudava no Min com mais força. De noite não seria possível descansar, ele imaginava, já que as reuniões na casa de Jimin nunca se resumiam a uma curta experiência.

Olhou para a noiva com a expressão mais pidona que conseguiu, mas ela estava distraída.

— Podemos ir para casa? — Puxou levemente o cotovelo dela, para chamar sua atenção, em meio a uma loja de sapatos. — Podemos curtir um pouco mais lá, talvez descansar.

Ele a abraçou por trás, sorrindo contra a pele escura e bela dela. Desviou dos curtos cabelos encaracolados e beijou a lateral exposta do pescoço fino, grudando as costas esguias dela ao seu peito. Levemente, talvez buscando a sutilidade, ela se desvencilhou do toque, sem olhá-lo antes de falar:

— Pode ir, se quiser. Encontro você mais tarde na casa do Minie.

Como sempre, não questionou, apesar de se decepcionar com a resposta. Apenas beijou o rosto dela com carinho, recebendo um beijinho de esquimó de volta e foi embora.

Mais uma vez, sentado em frente ao volante, refletiu. Estavam realmente fazendo a coisa certa?

Chegou a seu apartamento alguns minutos e várias perguntas depois, apenas se livrando de seus sapatos na entrada e jogando-se em sua cama assim que alcançou o quarto. Ligou o ar-condicionado em temperatura amena, somente para se livrar do calor, e percebeu o sono abandoná-lo juntamente. Tirou suas vestes com preguiça, ainda em cima da cama, pensando no quanto gostaria de estar fazendo aquilo acompanhado, com um propósito.

Apenas a cueca sobrou em seu corpo, já que as roupas, calor, sono e noiva o abandonaram.

Começou a contar, já que imaginar carneirinhos pulando cercas o distraía do sono. Quando chegou ao número 456, desistiu de vez e pegou seu telefone para gastar seu tempo em alguma rede social ou joguinho.

Sentiu-se estúpido por gastar seu sábado de folga em curtidas no Instagram, mas gastou pelo menos trinta minutos ali, observando as vidas alheias.

Entre as diversas fotos que viu, parou em uma postada por um de seus amigos, Kim Namjoon. Uma em que Park Jimin estava.

Era uma foto realmente bonita, independente de quem estava nela. Os cabelos dourados médios adornavam o rosto hexagonal de Jimin, destacando as bochechas coradas que empurravam a felicidade em seus olhos gatunos. Jimin segurava seu livro com o maior sorriso que conseguira esboçar, e Yoongi conseguiu sorrir para a felicidade dele depois de ler a legenda gigantesca escrita por Namjoon.

Independente de tudo, sabia que o rapaz merecia alcançar seus objetivos, assim como qualquer um que se esforçasse igualmente.

Curtiu a foto e saiu do aplicativo, decidindo gastar seu tempo com qualquer outra coisa que não consumisse seus neurônios e os transformasse em sopa.

Algumas horas depois, enquanto Yoongi ainda se distraía do mundo, do outro lado da cidade, Jimin começou a conferir pela quinta vez se havia posto todas as louças necessárias sobre a mesa.

— Brenda, Yoongi… — Apontou para as duas primeiras cadeiras juntas, como se o casal estivesse ali. — Taemin, Alice… — Seguiu por mais dois móveis acolchoados cinzas. — Taehyung, Namjoon e eu.

Pensou que um número ímpar não o satisfazia, então contou pela sexta vez e permaneceu insatisfeito.

Quis, então, convidar mais alguém em cima da hora, talvez Jungkook ou Hoseok, quem sabe Seokjin, apenas para completar oito pessoas, mas lembrou que os outros já haviam dispensado o convite, e Jin nem ao menos estava na cidade. Teve que descontar o incômodo nas louças sujas e nos demais móveis pela casa até esquecer o bendito número.

Aquele era o seu dia, mas nem assim podia se esquecer de suas manias.

Quando finalmente conseguiu enxergar seus lábios grossos e rosados na colher que poliu por minutos, a campainha tocou.

Ainda estava cedo, então um pequeno e leve surto de ansiedade o atingiu antes de abrir a porta. Sabia que muito provavelmente era Kim Taehyung, seu melhor amigo, mas pensar que qualquer outra pessoa teria chegado antes de estar pronto e tudo nos devidos lugares lhe causava um minipico de pânico.

Seu perfeccionismo gritando, era o que repetia para si, evitando pensar no quanto tal coisa não fazia bem para ele.

Abriu a porta com a expressão mais neutra que conseguiu fazer, porém Taehyung adentrou o lugar rindo e falando:

— Sabia que você estaria com essa cara de espanto quando abrisse.

Conhecia-o tão bem.

O Kim já sabia que Jimin não queria conversar ainda, porque tinha que estar tudo perfeito antes, então se apresentou como se fosse seu soldado e passou a ajudá-lo exata e estritamente como o loiro havia explicado.

Permaneceram em silêncio por minutos inteiros, apenas fazendo o que ainda faltava ser feito, e somente quando o escritor sorriu e chamou o amigo para o quarto, começaram novamente a dialogar.

— Será que todos virão? — Taehyung perguntou, jogado na cama de casal do melhor amigo.

Do banheiro, Jimin pensou um pouco antes de responder.

Sabia que o questionamento era sobre Brenda e Yoongi, pois eram os únicos convidados que poderiam ter alguma resistência em aparecer mesmo depois de confirmarem.

É claro que tudo era culpa do Min, não da mulher.

Entretanto, aquele era o seu dia, não deles. Não iria pensar em coisas ruins.

— Todos confirmaram — retrucou em voz alta, secando seus cabelos com o secador que mantinha no banheiro.

De repente, a porta foi aberta, e a cabeleira ruiva de Taehyung surgiu pela brecha.

— Se aquele engenheirinho de araque te incomodar hoje, eu tenho uma pá e uns sacos de lixo grandes no porta-malas do carro — disse o ruivo, com o rosto fechado em seriedade.

Jimin arregalou os olhos, antes de gargalhar.

— E deixar a Brenda viúva antes de casar?

Taehyung colocou uma mão no queixo, acompanhando com os olhos o loiro começar a se maquiar.

— Acho que ela ficaria linda toda de preto.

Apesar de achar graça, o escritor não deu espaço para que o amigo continuasse a brincadeira. Como um mantra, continuou repetindo que aquele dia era sobre ele e sua felicidade, e não sobre qualquer outra pessoa. Não iria deixar que qualquer um tirasse o sentimento de satisfação que estava sentindo.

Foram cinco anos lutando para chegar ali. Cinco anos escrevendo uma história só, que continuamente parecia ruim demais, pouco demais, imperfeita demais.

Sabia que seu ritmo de escrita não era dos melhores, assim como se permitia admitir que, caso sua editora desistisse de seu projeto antes que terminasse, a culpa era apenas sua. No entanto, ninguém o convenceria de fazer diferente.

Dessa forma, quando o esboço final estava em suas mãos, não se importou com as críticas que recebeu pelo tempo que levou ou pelas piadas que escutou sobre a demora.

E se entregar o livro pronto havia sido sua recompensa, vê-lo sendo esgotado no mesmo dia de lançamento e tornando-se seu segundo best-seller em pouquíssimo tempo foi um bônus inesperado e gratificante.

Logo, ele se convenceu que precisava comemorar, principalmente rodeado das pessoas que amava, independente de uma delas ter uma bagagem não tão fácil de manter por perto.

Taehyung o ajudou a escolher a melhor roupa, e não demorou muito para que Kim Namjoon e Lee Taemin estivessem batendo em sua porta também, logo o ajudando a escolher os acessórios que usaria.

No momento em que Alice, Brenda e seu noivo chegaram, ele já estava preparado para recebê-los e ingeria sua primeira taça de vinho.

Como de costume, abraçou apertado as amigas e deixou um leve aceno no ar para Yoongi. Incomum, o Min acenou de volta com uma tentativa muito falha de sorriso e entregou a ele uma garrafa de champanhe que trouxe.

Dali para frente, tudo parecia sair exatamente como os conformes. Brenda conversava com Alice, Taehyung e ele, enquanto Yoongi se isolava no sofá ao lado de Namjoon e Taemin, e assim a noite caminhava para a completa calmaria que o Park tanto desejou.

Até não caminhar mais.

Em determinado momento da noite, após comerem e estourar o champanhe caro e presente do único casal ali, Brenda e Yoongi começaram a beber demais. Muito mais que todos ali.

E se Jimin não conhecesse tão bem a amiga, diria que ela estava tentando embebedar o noivo, uma vez que todos ali sabiam bem demais que o Min não era tão forte para bebidas alcóolicas.

— Ei, eu acho que já basta pra ele, não? — Jimin interviu em um momento, ao vê-la encher a taça de Yoongi enquanto Alice e Taemin se despediam.

Não era sua responsabilidade, muito menos se importava com Yoongi para pensar demais nas consequências da sua bebedeira no dia seguinte, mas sabia que os dois voltariam juntos para casa e não confiava em ninguém alcoolizado, ainda mais atrás de um volante.

— E eu, Minie? — Brenda inquiriu. — Já não basta pra mim?

A sala, que já estava silenciosa, emudeceu.

Se a mulher queria dizer algo ou não com aquilo, seus amigos não a estimularam a deixar claro enquanto estava embriagada.

— Está na hora de ir pra casa, Bre — foi o que Jimin respondeu.

— Eles não têm como ir assim — Namjoon comentou com razão.

Brenda não tinha como dirigir mesmo sóbria e mandá-la de táxi seria perigoso, e Yoongi apagou no sofá antes de sequer pegar a taça que a noiva pretendia encher.

— Eu levo os dois — Taehyung se ofereceu.

— Eu quero ir sozinha… — pediu a mulher. — Para a minha casa.

Mais uma vez, nenhum deles fez questão de saber muito mais naquele momento.

— Yoongi fica aqui em casa e você a leva, pode ser? — falou Jimin para Taehyung.

Num pulo desengonçado, a mulher ficou imediatamente em pé e segurou a mão do Kim, puxando-o como uma criança faria para pedir doces.

— Você quer que eu fique? — Namjoon interpelou.

Em meio à confusão que de repente se formou, onde Brenda puxava Taehyung e este falava com ela e despedia-se ao mesmo tempo, o Park negou a pergunta de Namjoon.

— Pode ir com ele também. Eu cuido do baixinho.

Ninguém precisava lembrá-lo que tinha a mesma altura que Yoongi.

Levantou para abraçar ambos os amigos e abrir a porta para eles, e foi assim que, aos poucos, sua casa voltou à calmaria rotineira, ainda que a imagem do homem apagado em seu sofá não fosse nem um pouco comum.

Com a ponta do pé, cutucou a canela do ébrio, que nada fez além de continuar ressonando.

Não queria deixá-lo ali, pois sabia que o encontraria mais mal-humorado que o esperado, pois dormir daquela forma não era confortável.

O quarto de hóspedes não era tão longe da sala, só que também não pretendia carregá-lo até lá. Sua bondade em relação ao outro não se estendia tanto assim. Logo, chutou a canela de Yoongi, acordando-o no susto.

O homem olhou em sua direção completamente confuso, piscando rapidamente os olhos por baixo da franja bagunçada e negra.

— Vem. — Jimin estendeu a mão. — Você não pode dormir aqui.

Sem muita escolha, o Min se levantou desengonçado, tonto por ainda estar bêbado, e o loiro precisou passar o braço alheio sobre os seus ombros para ajudá-lo a se manter em pé.

Com toda certeza, aquela era a primeira vez que ficavam tão próximos, e Jimin não poderia dizer que era a situação mais agradável do mundo. Acelerou o passo o máximo que pôde, para terminar aquela cena o mais rápido que podia.

— Você cheira tão bem — Yoongi sussurrou de repente.

Meio assustado, parcialmente acanhado e completamente confuso, o Park o mirou com os olhos. Igualmente, o rapaz o encarou de volta.

Um frio intenso subiu por sua barriga e, quando os olhos de Yoongi fitaram seus lábios, Jimin teve certeza que se arrependeria de suas escolhas naquela noite.

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Notas finais: Vejo vocês no próximo? :)

5 Août 2022 00:27 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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