Respirou fundo, apertou a alça da mochila que levava consigo. Ainda conseguia ouvir a voz de sua tia em sua cabeça, ela gritava consigo apĂłs buscĂĄ-lo na delegacia. Tinha se metido numa briga, nĂŁo era a primeira vez e provavelmente nĂŁo seria a Ășltima. Mas nĂŁo tinha culpa se a confusĂŁo sempre te procurava, nĂŁo entrava nelas eram elas que te puxava, e quando percebia jĂĄ era tarde. Nesse dia nĂŁo foi diferente, vocĂȘ tinha acabado de sair da padaria e levava consigo algumas compras, alguns caras se aproximaram fazendo piadas e comentĂĄrios desagradĂĄveis, e vocĂȘ nunca foi uma pessoa com paciĂȘncia...
Quando percebeu jĂĄ tinha os derrubado, eles estavam desacordados e vocĂȘ era arrastado para longe deles por trĂȘs caras que eram o triplo de sua altura, logo depois foi algemado e levado Ă delegacia. Sua tia foi chamada para pagar a fiança, e ela apareceu somente no dia seguinte.
Passou o dia ouvindo-a reclamar de seu comportamento agressivo. VocĂȘ percebia que ela te temia, nĂŁo sabia a causa jĂĄ que nunca nem mesmo levantou a voz para ela, talvez fosse algum trauma do passado. Ao anoitecer ela lhe disse que seria enviado ao JapĂŁo, o paĂs que nasceu e onde o seu irmĂŁo mais velho mora, especificamente em TĂłquio.
NĂŁo reclamou, nĂŁo tinha um porque, primeiramente aquela nĂŁo Ă© e nunca foi a sua casa, sempre soube que aquele nĂŁo era o seu lugar, em algum momento teria que ir embora... Mas nunca pensou que seria tĂŁo rĂĄpido.
Em TĂłquio, no JapĂŁo. VocĂȘ costumava viver lĂĄ, mas foi durante o seu primeiro ano de vida, depois foi enviado ao Brasil, onde a sua tia reside. Ken Ryuguji, seu irmĂŁo mais velho, continuou em TĂłquio. VocĂȘs mantĂ©m contato por ligaçÔes e rede social, mas nunca se viram pessoalmente.
Resumindo, vocĂȘs nĂŁo se conhecem e vocĂȘ odeia o desconhecido, por nĂŁo poder ter o controle sobre ele e o temer.
NĂŁo, vocĂȘ nĂŁo odeia ou teme o seu irmĂŁo, vocĂȘ nĂŁo gosta Ă© do sentimento, o gosto amargo que sobe para a sua lĂngua, do frio no estĂŽmago, a ansiedade e o medo de ser desagradĂĄvel para a Ășnica pessoa que considera como famĂlia. Teme ser "jogado fora" apĂłs ele perceber que vocĂȘ nĂŁo Ă© o que ele esperava.
Engoliu em seco novamente, mordendo o interior da bochecha, apertando a alça da mochila, deixando os nós de seus dedos esbranquiçados. Respirou fundo antes de bater na porta, ela rangeu enquanto era aberta. Um garoto alto, tendo as laterias raspadas e a parte de cima preso numa trança, seus fios era loiros e seus olhos negros. Teve que levantar a cabeça para olhar direito para o seu rosto.
Sentiu o seu peito bater com força e råpido, sentindo-se ansioso e temeroso, mas não o demonstrava, tendo uma feição indiferente.
â... [Nome]? O que vocĂȘ estĂĄ fazendo aqui?
Ken perguntou confuso ao abrir aporta de seu quarto e te avistar.
O garoto era menor do que pensava, e totalmente diferente de si.
â Acreditaria se eu dissesse que fui expulso de casa?
Indagou com uma expressão inocente, apertou a alça da mochila que usava enquanto forçava um sorriso.
....
â Quem Ă© esse?
Takemichi perguntou confuso ao te ver entrando no cĂŽmodo atrĂĄs de Draken.
â Meu irmĂŁozinho.
Ken diz se sentando numa cadeira enquanto te via se jogar na cama.
â Me conta o que aconteceu... Estou feliz que esteja aqui, mas estou preocupado pela causa que tenha te lavado atĂ© aqui.
â... Hm... Me meti numa briga, a tia jĂĄ nĂŁo aguentava mais... Disse que eu seria enviado de volta ao JapĂŁo para morar contigo definitivamente.
Diz soltando um suspiro e olhando-o pelo canto dos olhos.
â Aah...
Draken soltou um suspiro preocupado.
â Certo. Bem-vindo, irmĂŁozinho.
Diz sorrindo, te fazendo abrir um sorriso verdadeiro e relaxar o corpo.
"Talvez aqui seja divertido..."
Merci pour la lecture!
Nous pouvons garder Inkspired gratuitement en affichant des annonces Ă nos visiteurs. Sâil vous plaĂźt, soutenez-nous en ajoutant ou en dĂ©sactivant AdBlocker.
AprĂšs lâavoir fait, veuillez recharger le site Web pour continuer Ă utiliser Inkspired normalement.