aloucadoscavalos A Louca dos Cavalos

"Eu fiz uma promessa, naquele fatídico dia, em Westview, e estou disposto a tudo para cumpri-la, pois não permitirei ser acometido duas vezes pela mesma falha." "Quando tudo na vida se transforma num mar de escuridão, a única coisa que retarda o processo, é um simples gesto, ainda que saiba estar predestinada a sucumbir."


Fanfiction Films Déconseillé aux moins de 13 ans.

#scarletstrange
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Desejo muito a sua sombra

"Every night in my dreams

I see you, I feel you

That is how I know you go on."


Toda noite eu tenho o mesmo sonho. Seus cabelos ruivos caindo aos ombros, os olhos claros cintilantes, os lábios vermelhos sorrindo para mim, a magnificência da curva de seu rosto e aquela chama viva de quando lhe conheci. E toda noite te deixo ir. Incerto do que ou como fazer, imaginando mil palavras perfeitas que jamais deixariam minha boca, é assim que eu sou, um perfeito incompetente no quesito de vida pessoal e nos negócios do amor.

Eu perdi você e me culpo por isso, ao lembrar que a última visão que tenho tua é do seu casamento, com outro homem. Mas dessa vez, pela primeira vez em anos, não é apenas sobre você, mas sobre ela.


"Far across the distance

And spaces between us

You have come to show you go on".


Todo dia encaro os olhos apáticos no espelho, como alguém masoquista, após retirar o vapor do chuveiro, que o cobriu. Eles não têm mais vida, sequer brilham como costumava notar com alegria, antes da ruptura. Onde o meu mundo ruiu e desdobrou até formar dois universos. Virei uma pessoa de pares, sendo ímpar.

Duas Wandas. Duas mães. Duas esposas. Duas irmãs. Duas faces. Duas histórias. Uma realidade. A eterna briga, a linha tênue entre o vivo e o morto, e a batalha diária de qual dos personagens vai assumir o controle da casca humana.

Não luto contra isso, sequer tenho forças para tal, deixo tudo me consumir, mas misteriosamente não ocorre com frequência, talvez por causa dele.


"Near, far, wherever you are

I believe that the heart does go on."


Kamar Taj é um ótimo lugar para aquietar a mente e o coração. Os aprendizes estudiosos e animados sob as orientações de Wong, a vasta e enorme coleção de livros, fonte do conhecimento e saber, e a liberdade aqui me atribuída.

O treinamento e a sabedoria não podem e tampouco devem ser negligenciados, como gosto de repetir estupidamente para a razão de minha supressão com a vida social. As páginas dos livros prometem companhia duradoura e exata, não vaga e inconstante como eu sei que você oferece, no entanto, o hábito tornou-se enraizado e tão natural para mim quanto as leituras tornaram.

Se existe um lugar que demonstra os poderes, o outro revela-lhe somente as fraquezas.


"Once more, you open the door

And you're here in my heart."


Por entre os galhos, as flores brancas desabrocham e exalam aromas, e a brisa do favônio sopra por meus cabelos, isso deve ser lindo e belo, no entanto, está além de minha compreensão. Sou um meio-termo vagando na existência, desta forma, sou incapaz de sentir as coisas em suas essências, sem importar quão reais sejam. Sem importar o quanto você diga serem cheirosas.

Muitos lutam em vão por assumirem suas energias no jogo perdido, e não entendo o prazer em se quebrar cada vez um pouco, apenas para garantir que quem está quebrado se conserte.

E apenas o faz por ter a permissão.


"And my heart will go on and on."


Os passos dela são leves, a figura imaculada envolta na brancura das flores, por entre o âmbar dos galhos e os dourados do sol, simplesmente aumentava sua angelitude, o farfalhar das árvores eram a melodia das harpas tocadas pelas exímias ninfas. Nosso cérebro possui uma capacidade intrínseca de memorizar tudo que desejamos mapear e o meu conhecia tão bem como a proprietária, cada corredor de macieira e cada novo pé plantado, pois este era o nosso passeio. E meu segundo lugar preferido no mundo para estar.

Ergo um dos galhos que estava baixo, impedindo de ferir-lhe o rosto e caminhamos lado a lado.


Vejo o reflexo do ramo esticado, os gravetos parecendo pequenas mãozinhas para me agarrarem e então, ele o afasta do caminho, impedindo que me fira, a fragrância de seu perfume brevemente flutua por minhas narinas, seguro o alicate de jardinagem no bolso, revirando-o constantemente. Andamos por entre as árvores de maçãs, daqui a alguns anos com sorte iriam começar a frutificar, mas não eram mais tão esperados quanto uma vez já quis que fossem, muitas vezes alcançamos o que queremos e perde todo o esplendor.

O silêncio era natural entre nós, como tudo aqui, apenas a natureza viva e em sua forma verdadeira, talvez para suprir o artificial que habita em mim.

— Por que está aqui, Stephen? Por que continua indo e vindo ao longo do ano? — Paro, sem me virar, suspirando cansada.


— Quero saber se está bem, Wanda. — Respondo, parando também. Não ousando interferir no espaço dela.


— Preocupado que eu mate mais inocentes, como em Westview? — Digo amarga. Sei que foi um erro e todos me culpam por isso.


— Não, que você volte a se isolar como tem feito. — Vou direto ao ponto, mordendo o lábio rapidamente.


— Não sou a única aqui que não tem vida social, Strange! — Retorno irônica.


— Tem razão, Maximoff. — Dou risada.


Ao escutar o riso dele, reviro os olhos.


"Love can touch us one time

And last for a lifetime

And never let go til we're one."


Solto os braços ao lado do corpo voltando a andar e ouvindo os balidos próximos, do rebanho de ovelhas, a sombra das árvores constantemente cobre nossas imagens nos dando formas estranhas e escuras. Quero seguir sem admitir que me importo, que permaneço com a porta aberta, que as passeatas de observação não são mais as mesmas, sozinha. Talvez nem as flores sejam, sem o público privado das duas figuras espectadoras diariamente por entre elas.

— Sabe que minha afirmação é a mesma, não é? — Finalmente o encaro, para ele poder testemunhar a visão da verdade, por onde é a janela da alma. — Eu não posso lhe amar, Stephen!


— E a pergunta que faço é igual, Wanda. — Não vacilo diante dos olhos dela. Ciente da decisão que me auto atribui desde que soube do ocorrido a anos antes: protegê-la. — Algum dia, serei digno de seu amor, qualquer forma dele?


Ergo os braços e corto um ramo de macieira acima de minha cabeça, tendo o cuidado de deixar a poda na diagonal, e entrego-lhe.


"Love was when I loved you

One true time I hold to

In my life we'll always go on"


E a resolução se repete. A feiticeira sempre corta um ramo de flores e me dá. Sempre pego-o, esperanças se atropelando por minhas mãos, e os guardo. Sou um colecionador e isso é tudo que tenho, galhos e ramalhetes de árvores amontoados em minha casa, alguns plantados ao longo de meu jardim, sem saber o significado, mas crente de que se algum deles brotar e florescer, talvez o coração dela também possa florir mais uma vez e superar todo o luto.

— Elas são cheirosas e doces, darão frutos deliciosos! — Inalo o aroma da pequena flor, sorrindo para ela.


— Billy e Tommy adoravam torta de maçãs... — Confesso, fechando os olhos e apertando-os contra as pálpebras. Meus garotos. Lágrimas começam a pingar. — Assim como Vis gostava das frutas.


— Eles estarão juntos e felizes, brincando de correr pelos caminhos, subindo nas árvores para pegar as maçãs e comê-las. — Expresso o desejo do coração dela, o que toda mãe quer ouvir. Que seus filhos estão bem!


Passo a mão no peito, aflita, desejando ser possível me projetar junto a esta visão dos meus filhos que o mago me faz visualizar. Estava prestes a fazer um ano desde o ocorrido em Westview, desde que perdi meu marido e meus filhos, as únicas coisas que deram sentido a minha vida desde a perda de meu irmão, Pietro, há oito anos. E agora tudo isso se foi!


Apenas gostaria de poder tirar esse sofrimento de cima dela, eu perdi uma pessoa que jamais esqueço e compreendo que existem níveis diferentes de dor e modos distintos de se lidar com ela, mas principalmente, que nada se compara com a perda de uma mãe. Era inocente demais na época para compreender o sofrimento da minha própria.


"You're here, there's nothing to I fear

And I know that my heart will go on."


A parte lógica do meu cérebro insistia em apitar algum perigo próximo ou iminente e sei se tratar do histórico de batalhas de um mago, mas algo em meu coração também estava aflito, sinais claros de perturbação psicológica. Minha bússola natural era magnetizada a direção exata de meu norte e é para onde corro, quando o aviso é sentido como uma dor no peito, o lugar para me encontrar e voltar a ficar em paz.

No momento que cruzo a propriedade alguma coisa se estala diante de mim, algo parecia inconsistente na paisagem tão formosa, algum defeito em seu máster ameaçando danificar o original. Atrevo-me a entrar na casa, como nunca fiz antes.

— Wanda! — Grito preocupado, começando a sentir formigamento nos dedos.

O silêncio me assola, e subo as escadas apressado até o quarto das crianças, seguro-me no caixilho da porta derrapando na entrada, para não ter meu corpo lançado no vácuo de magia do caos.


"We'll stay forever this way

You are safe in my heart."


A mente vagueia por todos os cantos da ilusão, por tudo que me faz estar perto de meus filhos, buscando formas reais de estar com eles, ouvir seus chamados, suas risadas atrevidas, o quanto me amam, poder ouvir isso diariamente. Nem que para isso precise autodestruir minha razão e buscar nos sussurros inglórios da corrupção, o modo de reaver a base da minha vida. Perdi tudo, mas ainda poderia estar completa de novo, havia uma chance, uma última esperança.

Fecho os olhos, me constatando no abismo infinito, encarando-o e ele me olha de volta, sorrindo com seus dentes podres, se divertindo com o vazio dentro de mim onde consegue visualizar e escancarar a dor sob seu olhar cortante. No inconsciente, onde nosso cérebro visualiza a luz mesmo quando tudo está escuro, noto minha magia escarlate pairando sobre tudo, caminho lentamente e irreconhecível na própria consciência, onde avisto um corpo negro agachado no chão, o único ponto escuro no mar de energia caótica, ele murmura, me aproximo para ouvir com clareza e a mão negra agarra meu braço, segurando-me no lugar. Uma versão demoníaca de mim. Quanto mais me debato, maior é o aperto.


Vejo a bruxa levitando em posição de índio e me sinto horrível por não ter imaginado isso, não ter antecipado a data do aniversário da tragédia em Westview, de modo que tudo estaria sujeito a explodir no psicológico abalado de Wanda. A magia do caos vazava de seu corpo, causando interferência em tudo ao redor e num raio de quilômetros. Um próton em carga positiva, um cálculo inexato da probabilidade, um corte no lugar errado, poderia extinguir essa cidade do mapa, sinto um nó formar na garganta e a primeira tentativa falha, pigarreio e tento novamente.

— Wanda! — Chamo por ela. Tentando trazê-la à lucidez.

— Stephen! — Noto seus lábios se mexendo, mas não ouço som.


Escuto a voz que se tornou familiar para mim ao longo do ano. Viro-me para ir embora, mas a força puxa para baixo e então escuto-os, arregalo os olhos e caio de joelhos. "Mamãe! Mãe! Cadê você? Estamos te procurando." “Billy! Tommy!” Volto a chorar desesperada tateando o vazio, procurando de onde vem o som. Sem notar a massa negra que lentamente me possui. “Estou aqui, a mãe sempre esteve aqui esperando por vocês.”

— Eles estão aqui, eu posso ouvi-los! — Sussurro sem voz. Não precisava falar, finalmente o silêncio era benéfico. — Meu Billy e meu Tommy estão próximos. Eles me chamam!


— Não, Wanda. Eles não são reais! — Tento soar claro, passando nervosamente as mãos pelo cabelo.

Giro buscando reunir as palavras certas e então noto-o. O tomo negro. O livro das trevas que pairava flutuando. Conjuro um sigilo mágico utilizando os sinais de mudras para a conjuração, lanço-o no abismo e pulo sobre ele, me equilibrando.

Ela abre as pálpebras e a visão me faz ter calafrios, a esclera de seus olhos estão nítidas com um branco fantasmagórico e então lágrimas enegrecidas escorrem pelos cílios longos, e a única coisa que penso em fazer é destruir aquele maldito livro, mas qualquer intervenção abrupta poderia ser irreversível ou deixar a alma dela presa, e não posso perder as duas mulheres que eu amo.

— Wanda Maximoff! — Apelo exaltado, agoniado. — Olhe para mim. Eu sei que você está aí em algum lugar. Então, me escuta! Não ouse me abandonar!

Conjuro outro símbolo dourado a frente do outro, de modo que fico apoiado uma perna em cada um, tentando aproximar.

— Eles não são reais. Não são os seus gêmeos. Eles morreram, mas estão vivos no seu coração. E eles não iriam querer que a mãe recorresse à magia demoníaca para tentar encontrá-los novamente. — Advirto vociferando.


Escuto-o. Lá no fundo. No extremo da mente. Ouço a risada maléfica, vindo de mim, mas também escuto os sons mais doces da terra. “Mãe!” “Mamãe!” “Você não vem nos encontrar?”

— Eles estão aqui. — Encaro-o com a sobrancelha erguida, exibindo a prova diante do cético. Os dedos negros conjuram a magia vermelha e cada esfera mágica que envolve meu entorno demonstrava uma versão de meus pequenos. — Eles estão vivos e finalmente eu posso tê-los de novo e para sempre!


A magia caótica brilha nos dígitos dela e então, imediatamente lanço um escudo mágico sobre todo o quarto, as bolas disparam pelo local, ricocheteando e explodindo por todos os lados, arremessando-me contra a parede, destruindo a proteção, fazendo com que eu caia no andar abaixo.

— Faça o que deseja então. Se são seus filhos que quer, descubra a verdade. Escute eles! — Digo confiando na cegueira e na teoria do pavor, aquele momento em que a única coisa que podemos fazer é continuar falando e acreditando fielmente que isso seja o suficiente. Levito frente a ela, a capa esvoaçando. Se a magia permitia vê-los, também poderia os ouvir.


Grunho aborrecida e foco nas teias de conexões multiversais, no globo mais próximo observo emocionada, ambos correndo pela casa, rindo e se divertindo, chamando pela mãe, e então, ela aparece, uma versão minha, decididamente alegre e feliz, que os abraça com amor e carinho beijando-lhes a testa, e cada gêmeo diz: “Nós te amamos, mamãe!” “E nunca iríamos querer outra versão sua.”, “Pois, nunca seria de fato você, não é, mãe?”, “E tampouco seríamos realmente filhos seus!” Abro a boca com os olhos esbugalhados, parecendo ter sido atingida por um golpe possante, apoio as mãos no chão, respirando descompassada. Encaro as pontas dos dedos negras e levanto trôpega, compreendendo o que havia acontecido, que a maldade estava me dominando, que a aura demoníaca me possuiu e então grito profundamente apoiando as mãos nas coxas, repelindo para fora toda a angústia acumulada e nunca expressada ao longo do ano, quebrando qualquer intenção maquiavélica de se aproveitarem da minha vulnerabilidade.


Vejo devagar a magia do caos diminuir a vazão, voltando a notar o horizonte límpido sem interferência e então as paredes brancas aparecem, o chão acarpetado demonstrando a queda no fluxo de energia de dominação, sinto meus olhos pinicar pela sensibilidade da situação toda. Ainda que o medo paralise, deve-se aproveitar a inércia para criar a coragem de nunca mais ser parado por ele. Quando o piso todo está revelado, desfaço o sigilo, que some em poeira mágica, e pulo no chão, lentamente o crepúsculo brilha por entre a janela, no exato momento que ela volta a si, dando a impressão de uma auréola sobre os cabelos ruivos, como uma recompensa divina por vencer a prova da tentação de satanás.

— W-wanda! — Sussurro, me certificando.


— Stephen! — Exclamo, caindo no chão, nem sabia estar levitando.

Ele estende a mão e seguro-a me erguendo, olho ao redor grata por estar apenas visualizando o quarto das crianças, sem toda aquela cor rubra, parecendo sangue e fazendo me lembrar do ataque do passado, e principalmente, sem a minha versão fraca que cedeu aquele maldito livro das trevas. Iria destruí-lo. Solto o corpo na primeira cama que alcanço e pego o travesseiro verde sentindo o cheirinho e enterro a cabeça nele.


Sento na cama adjacente, onde as cobertas são vermelhas e com uma rápida olhada noto um B riscado nela e na outra, vejo um T, provavelmente as crianças em alguma briga infantil rabiscaram suas iniciais respectivamente. Pego o outro travesseiro vermelho e estendo para Wanda, ela agarra ambos abraçando a si mesma.


— Obrigada. Por não ter desistido de mim. — A voz dela está abafada contra os tecidos já úmidos, mas consigo entender.

Esperava ouvir sua resposta verbal, do contrário, o silêncio me faz abrir os olhos e olhá-lo. Em um vislumbre, as mechas brancas de seu cabelo pareciam mais claras e seu semblante mais envelhecido.


— E-eu… Eu perdi minha irmã. Estávamos brincando no lago congelado e ela caiu, o gelo cedeu onde estava, por mais que tivesse corrido, não consegui segurar a mão dela… apenas toquei a água gelada. E naquele instante eu reconheci o toque gélido da morte. — Falo baixo mantendo a cabeça pendida. Nunca contei isso a ninguém, mas hoje, foi como se tivesse voltado no tempo.


Estico a mão e ele segura-a, entrelaçando os dedos e acariciando-na. Eu reconheço o sentimento de manter tudo para si, e também, quando está esvaindo do controle da pessoa.

— Eles nunca nos deixam, não é? — Indago, esperançosa.


— Enquanto vivermos estarão conosco. — Afirmo em concordância.

Contente, finalmente absorvo o toque quente da mão feminina em minha palma, que vai espalhando e aquecendo todo meu ser.


"And my heart will go on…


O pomar antes coberto de flores brancas agora exibia frutos rubros e dourados, reluzentes e úmidos do orvalho. E continuávamos a caminhar pelos mesmos corredores, conversando e saboreando as frutas.

— Elas são doces, afinal. — Corto a casca vermelha atingindo a carne branca e aveludada, para então mastigá-las. Penso nos três enquanto faço isso.


— Bem como disse que seria. — Mordo a maça suculenta e crocante, passando o dedo pelo cavanhaque retirando o suco.

E pela primeira vez, a vejo sorrir verdadeiramente pelos olhos. Estremeço-me.


“and on.

12 Juin 2022 00:33 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

A propos de l’auteur

A Louca dos Cavalos "A escrita é como um cavalo selvagem, em que não consegue segurar-lhe as rédeas; porém se surpreende ao deixar livre." By Daniele de Fátima Silva ♞♥♞ Perfil de Daniele de Fatima Silva Sou uma escritora amadora que carrega a mesma paixão pela escrita dos escritores profissionais.

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