A cidade de Elosfouth, capital dos reinos, está localizada a Oeste de tudo, e todas as estradas a Oeste te levarão a Elosfouth. Sendo a maior cidade do continente é habitada exclusivamente por humanos. Sua força vinha dos números, pois seus exércitos, nas histórias de batalhas, eram como as estrelas de uma constelação no céu de um dia negro.
A cidade é, também, o centro político do país e dela emana muito poder. Tal poder é regido pelos governantes dos quatro elos da cidade. O Elo da Força, representado pelo general de batalha Ikaros Lamafet, o Elo da Sabedoria, assumido pelo letrado Manuf Massiko, o Elo da Justiça, coordenado pelo juiz Roland Basílio e o Elo da Fé, este o mais importante, regido pela clériga Valentina Pascoal.
A Fé em Elosfouth é a coluna mais forte de toda sua fundação, dado à devoção de todos, aos Anjos redentores, os padroeiros da cidade. Na época de sua fundação, em um evento foi construído um monumento central das figuras religiosas, representando o poder dos quatro elos, solenidade que tornou os cargos divindados.
A estátua da Justiça é um anjo com a espada e asas apontadas para cima, a Sabedoria é um anjo dedilhando uma harpa-arco, com as asas lhe cobrindo os pés. A Força, um anjo segurando o machado acima da cabeça, com as asas abertas na horizontal, e o anjo da Fé, um deslumbrante anjo com as mãos centralizadas na altura do peito, com as pontas dos dedos ligadas formando um triângulo, vestindo uma túnica caindo sobre o corpo e as asas recuadas, como as de um pombo, ficando quase imperceptíveis.
As quatros estátuas compõem um grande santuário de adoração aos anjos. Muitos fiéis vêm pedir a proteção e a providência, acendendo incensos, velas e trazendo oferendas, rogando pela misericórdia para o dia da Obliteração.
A catedral de Aphanael contém todos os manuscritos das histórias e profecias registradas ao longo do tempo. No passado, muitas histórias foram contadas a respeito dos anjos e muitos mitos acabaram se misturando com a realidade. A igreja teve que publicar um manuscrito canônico e proibir a divulgação de qualquer outra verdade, contraditória ao seu livro.
No entanto, muitos céticos afirmam que a verdade sobre os anjos se perdeu e que muito do que se acredita é fruto das histórias mitológicas canonizadas.
O livro é dividido em pretérito, presente e prelúdio e os presbíteros que viajam o país espalhando os ensinamentos estabelecidos pela lei de Elosfouth ensinam que:
“Há três mil e quinhentos anos o mundo vivia e vivia-se, até que o dia da Obliteração veio.
Nesse dia, a Lua deu um sinal, um halo vermelho apareceu na circunferência interna da Lua, e durante dias inteiros ouviam-se ruídos em todos os cantos, para alguns, os ruídos eram tão fortes que arrancavam-se os cabelos. Um som agudo afligia os nervos demasiadamente e, por não se saber o que estava acontecendo, a loucura era o caminho mais sóbrio para tal dor.
De repente, num dia de céu limpo, um trovão rachou e rasgou o céu, o barulho foi tão grande que derrubou muitas moradas e, num piscar de olhos, o céu escureceu num tom roxo, o desespero tomou conta das ruas. Os viventes corriam e pranteavam-se. E eis que uma luz intensa desceu da rachadura do céu, trazendo as quatro figuras, que desceram à Terra, e o chão onde as criaturas caíram estremeceu e uma cratera se criou, tamanho foi o impacto.
Um dos anjos ergueu a mão e cortou o ar com sua espada. Uma energia emanava dessa espada e percorreu todos os campos e cidades, transformando toda vida em pó, todas as plantações, animais, tudo foi consumido.
Os próximos anjos ergueram suas armas e também cortaram o ar, uma nova aura viajou o mundo e novas vidas foram germinadas, novos animais, nova fauna, nova flora, novos seres.
E ai de quem não foi poupado, lançado à escuridão da não-existência, mas aqueles que ofereceram suas dádivas para os anjos, renascerão das cinzas e viverão novamente”.
Muitas histórias como essa são contadas, mas com tanta variação da mesma história que a real verdade não se sabe, muitos acreditam que as raças mágicas existentes no mundo são sobreviventes da lâmina do anjo, e que a cada Obliteração novas versões de humanoides são criadas, sendo essa última geração, com a megacidade reduzida. Outros acreditam que Elosfouth usou do medo que tem, para estabelecer o medo nos povos e consumiu a sua própria verdade.
Valentina Pascoal é a responsável pela manutenção da fé angelical. Uma figura popular conhecida por sua caridade e temperança. Como líder da Fé, orienta os presbíteros do reino a coordenar as ovelhas no caminho de obediência e doação, enquanto, continuamente, expandem seu poder pelo mundo.
Durante o tempo, todas as pessoas que não proclamaram a fé angelical foram expulsas da cidade, não sendo permitido também magos, meio-humanos, druidas e minguantes, e toda variação não puro humana existente nesse mundo.
A Fé prega que os anjos voltarão à Terra e suplicam por misericórdia no passar da próxima lâmina de Obliteração.
Merci pour la lecture!
Ótimo começo. Muito bom fazer um capítulo especifico para contar a historia do universo e dar uma boa dose da mitologia. A mítica e os dogmas desse seu universo são interessantíssimos, vamos ver o desenrolar da trama principal, mas o seu conceito de mundo ficou excelente.
Capítulo excelente, com uma escrita fluída e sem erros, mostrando o cuidado que o autor tem com sua história. Certamente vale a pena a leitura.
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