badbyekim Mandy

Quando Taehyung é transformado em vampiro, seu mundo inteiro vira de cabeça para baixo. Por sorte, Namjoon, um vampiro mais experiente, acolhe Taehyung e decide ensiná-lo tudo que há para saber sobre os vampiros. o que Taehyung não esperava era que Namjoon fizesse seu coração parecer estar batendo novamente.


Fanfiction Groupes/Chanteurs Interdit aux moins de 21 ans.

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Meu nome é vermelho

Era azul.

A visão de Taehyung era azul com toda a neve cobrindo os prédios e caindo pelo seu rosto como pequenos beijos congelados. Não se movia para economizar o que restava de sua energia, pouco a pouco não sentia mais o próprio corpo, apenas o ar gelado saindo pelo seu nariz. Certamente não iria passar daquela noite, era a mais fria do ano, a neve o envolvia e convidava a se juntar a ele. O único pensamento que passava por sua mente era:

“O céu está tão lindo, deveria olhar mais vezes.”

Ouviu passos perto de onde estava, não acreditava que alguém iria vê-lo, todos o ignoravam e seguiam com sua vida, mas, ele não. O estranho se agachou e o virou de frente para poder olhá-lo. “Pobre criatura. Você está sozinho, ninguém veio te ajudar, ninguém pode te ajudar, todos tinham oportunidade passaram reto. Você está sozinho em sua própria miséria. Contudo, estou aqui para cessá-la, irei te dar um único propósito antes que morra.”

O estranho abriu a boca e cravou suas presas no pescoço do jovem deitado. Taehyung não resistiu, não sentiu dor. Sentiu um líquido quente subindo pela garganta e o tossiu, percebeu que era seu próprio sangue. Sua consciência pendia entre aqui e o além, esperando a confirmação de que deixaria este mundo oficialmente. O homem se levantou, o olhava com pena. Pensou que fosse um anjo para o levar. Era mesmo um anjo, de tão belo e monstruoso. Uma voz do além o chamou, insistia para que dissesse sim e tudo estaria acabado.

Porém.

Seu anjo mordeu a própria língua e agachou-se, o beijou para que bebesse o seu sangue. Seus olhos brancos eram a sua última memória antes de a voz o levar.

※※※

Acordou ao sentir seu estômago doer violentamente, era a fome, mas do tipo incomum, mais visceral. Seu nariz o deixava louco. Focou num cheiro bom, era delicioso, estava por todo ele. Passou a língua envolta dos lábios, era sangue, precisava de mais.

Antes de sair, se escondeu para que ninguém o visse. Queria colocar seus dentes nos transeuntes, contudo, controlou-se, foram os segundos mais longos de toda sua vida, podia sentir que estava sufocando ali mesmo.

Correu, correu e correu até a floresta, até o monte onde ninguém o acharia. Um pequeno animal passou perto, era um passarinho, pegou-o com uma mão. Não tinha ideia do que ele estava prestes a fazer. Foi rápido e certeiro, finalmente sentiu que seu estômago se enchia.

※※※

Não tinha mais noção de quantos dias, semanas ou meses, talvez anos estava ali escondido se alimentando de pequenos animais, comia-os por inteiro para não desperdiçar, mas pouco o satisfazia, era mais um gesto de retribuição por alimentá-lo, por mantê-lo vivo. Entretanto, estava cada vez mais difícil achar os pequenos animais, encontrava um e alimentava-se de pequenas partes pelos dias.

Taehyung via sempre aventureiros e esportistas pelas trilhas, ficava escondido observando quando iria atacar, mas nunca o fazia. Até que um jovem se perdeu de seu grupo e segui-o até os dois estarem isolados, o jovem notou sua presença, mas apenas o encarava. Ele era alto, não suava muito, estava acostumado a fazer longas caminhadas, tinha um porte atlético, pensou no quanto seu sangue seria saboroso.

“Olá, desculpa incomodar, mas estou perdido, poderia me ajudar?” O jovem sorriu sem saber o que esperava, se aproximou devagar, o sorriso aos poucos se desfez ao ver a expressão faminta do vampiro que andava lentamente em sua direção, o jovem começou a correr desesperado gritando por ajuda. Taehyung foi mais rápido, pulou em cima dele e o imobilizou sentando em cima do jovem. Fez um pequeno corte com o dedo em seu pescoço e provou o sangue que saia. Era muito diferente dos pequenos animais, apenas umas gotas o satisfaziam, imaginou como um ser humano completo acabariam com sua fome. Suas presas saíram institivamente e drenou o sangue de sua presa. Ele se debatia tentando se soltar, porém, em vão.

A vida deixou o corpo do homem. Taehyung levantou-se abruptamente não aguentando mais beber o sangue, sentiu-se alimentado, porém, uma culpa passou por cima de si como uma onda. Sentiu-se covarde por não conseguir terminar e levou-o para uma área isolada, cavou uma cova com suas próprias mãos, levou 3 dias para cavar uma que fosse funda o suficiente. Quando enterrou o corpo, murmurou “Obrigado.” Sem sua voz sair.

Taehyung voltou para seu pequeno buraco, sua mente estava uma loucura. Era o passo final para aceitar o que havia se tornado. Um monstro? Um assassino? Um predador? Talvez todos em uma única criatura.

O sono veio sem perceber, seu sonho era uma reprise do fatídico daquele fatídico dia. Dessa vez era o jovem que fez de alimento e os olhos brancos de seu algoz o observavam e sorriu. Abriu os olhos ainda tonto da péssima noite de sono e não notou que alguém estava se aproximando. Virou-se para observar e não havia ninguém.

Olhou para frente e um homem agachado apareceu. Taehyung assustou-se e rosnou. “Olá, estive procurando por você.” Taehyung o encarou ameaçador, mas o homem não recuou ou demonstrou medo. “Eu sou como você, um vampiro. Você está sozinho, provavelmente assustado. Entretanto, não tenho intenção nenhuma de machucá-lo.” Taehyung ainda o olhava desconfiado. “Eu peço que venha comigo, para que você não viva aqui mais sozinho. Eu lhe darei alimento e abrigo.” O vampiro se aproximou do outro, examinando-o. “Estou realmente falando a verdade, tivemos muito trabalhando procurando-o. Não somos muito, por isso temos que cuidar um dos outros.” Taehyung rosnou para o homem e estendeu sua mão aceitando seu convite.

※※※

Quando Taehyung despertou, o único momento que se lembrava de seu sonho era os olhos de sua presa ficando brancos e correu para longe deles. Abriu os olhos e estranhou estar em uma cama, confortável e quente, a seda fazendo pequenas cócegas em sua pele sensível. Estava noite, não sabia por quanto tempo havia dormido. Lembrou-se de encontrar uma pessoa na floresta convidando-o a ir com ele, entraram em um carro e lembrou-se de adormecer.

“Está acordado, nosso mestre espera por você, mas primeiro vamos prepará-lo.” Uma moça muito bela chamou uma equipe, eles o esperavam que se levantasse.

Ficou de pé e seguiu o rebanho até uma sala enorme com cheiros de flores, adorou o banho quente que haviam preparado, insistiram por espuma, rejeitou porque o cheiro era muito forte e escolheu o mais delicado possível. Sentiu um pouco de dor com as manicures tratando suas unhas. As pinças pinicavam um pouco sua sobrancelha. Enquanto vivia nas montanhas sua única forma de se manter limpo era nadar pelo rio. Até nos dias mais frios adorava a água gelada pelo seu corpo, não era perigoso, o deixava mais alerta. As vezes nadava de baixo de lagos congelados explorando a infinitude.

Quando terminou a sessão de banho veio a da vestimenta. Experimentou muitas sem pressa, esquecendo que havia alguém o esperando. Escolheu por um suéter vermelho vivo, blazer preto e calças preta com sapatos de mesma cor. Gostou como ficaram. Foi até a moça, que pôs a mão gentilmente sob suas costas guiando-o, ela o apresentou por toda a casa, que não parecia ter fim, havia perdido a conta de quantos quartos havia e até mesmo onde estava no momento.

Andaram por corredores e corredores até chegar a um salão enorme muito bem decorado com uma mesa, havia apenas duas cadeiras e um homem sentado. Na mesa havia um banquete, cheio de comidas muito deliciosas que infelizmente não despertavam sua fome.

“Aqui está ele mestre.” A moça o anunciou e saiu silenciosamente. O homem levantou-se e puxou a cadeira para Taehyung se sentar. Observou confuso por todo o lugar cheio de quadros e esculturas.

“Sirva-se.” O homem apontou para a taça uma jarra a sua frente com um líquido vermelho. Pegou imediatamente a jarra e bebeu direto do gargalo sem desperdiçar uma gota. “Vá com calma, beber muito sangue causa indigestão.” O estranho avisou gentilmente.

Taehyung ignorou o aviso de seu anfitrião, não aguentava mais esperar para sentir o sabor de sangue humano. Quando terminou sentiu uma queimação na garganta, vomitou todo o líquido que havia ingerido. Os criados iam ao seu encontro, mas o anfitrião os parou. “Eu lhe falei.” O homem limpou com um guardanapo o rosto do outro vampiro. “Até sangue, se ingerido em grande quantidade, pode ser danoso a nós.”

※※※

No outro dia Tae acordou lembrando-se da noite passada e como sentiu seu estômago sendo atravessado por uma espada após se exceder ao se alimentar.

“Toc. Toc. Posso entrar?” Ouviu uma voz familiar, era a do anfitrião. Assim que abriu a porta Taehyung escondeu-se debaixo das cobertas, arrancando uma risada baixinha do outro. “Você não quer me ver? Então posso ir embora.” O homem declamou prestes a sair, mas seu hóspede saiu das cobertas deixando apenas seu cabelo ondulado e rosto inchado de sono amostra. O anfitrião foi até a cama e sentou-se ao seu lado. “Como foi sua noite? Dormiu bem?” Taehyung respondeu sim balançando sua cabeça. “O café da manhã está servido, estarei te esperando.” O homem saiu deixando Taehyung só.

O vampiro foi até a sala de jantar acompanhado da mesma moça que conheceu desde que chegara. O anfitrião o esperava e fez o mesmo gesto cavalheiro de ontem. Puxou a cadeira para seu convidado e foi ao seu lugar.

“Eu não me apresentei devidamente, me chamo Namjoon, peço desculpas, deviria ter feito antes, mas com o incidente de ontem...” Taehyung afundou em sua cadeira ao relembrar o evento do dia anterior. “Não se sinta envergonhado, é comum em vampiros recém-transformados.” Namjoon ordenou que o mordomo trouxesse uma garrafa e duas taças. “Imagino que esteja com fome.” Serviu a si e serviu a Taehyung, que bebeu calmamente saboreando sua refeição. “Desde que chegou você não articulou uma palavra. Posso saber seu nome?” Namjoon estudou o outro vampiro, notou que seus lábios haviam cortes que nunca saravam por completo, ele não sabia como retrair suas presas ainda. Sua feição era de desconfiança, muito compreensível por estar na casa de um completo desconhecido. “Você não confia em mim? Entendo, leve seu tempo.” Taehyung olhou para Namjoon escuso.

“Qual a sua idade?” Namjoon sorriu para o homem a sua frente. “Você é bem direto. Tenho 3189 anos.” Taehyung fixou seu olhar em Namjoon chocado com o que acabara de ouvir. “Como me achou?” Taehyung pôs apenas um pouco de sangue em sua taça e bebeu. “Estávamos à procura de um suposto predador nas montanhas, como lá se tem apenas animais pequenos, predadores de grande porte são incomuns e achamos você.” Taehyung processou a resposta, aceitou-a como plausível. “Podia ser um predador por causa da invasão da cidade nas florestas.” Namjoon concordou. “É verdade, mas decidimos arriscar mesmo assim, não queria que um vampiro recém transformado estivesse sozinho. Temos uma convivência pacífica com humanos, e a mantemos assim cuidando um dos outros.” Taehyung sentiu a sinceridade do mais velho lembrou-se vagamente que havia o dito mesmo em seu primeiro encontro. Namjoon levantou-se e estendeu a mão para o convidado. “Aceita caminhar comigo? Está um dia lindo e poderemos conversar mais.” Taehyung aceitou.

O céu estava com nuvens que cobriam o céu, não estava muito quente e nem muito frio, era um dia perfeito, Tae vir para atrás e viu a casa de Namjoon, era um verdadeiro palácio visto de fora. “Quem o transformou em vampiro? Você se lembra?” Taehyung quebrou o silêncio enquanto caminhavam. “Não muito, lembro de ter sido atacado e quando acordei achei que tinha morrido, mas sobrevivi.” Taehyung deu um salto enquanto caminhavam por uma trilha. “Eu lembro que a pessoa que me transformou tinha olhos brancos.” O tom de Taehyung era austero, mas Namjoon percebeu a raiva escondida em seu tom de voz. “Olhos brancos? Que curioso...” A mente de Namjoon divagou para o que sabia sobre um vampiro de olhos brancos, entretanto, não sabia nada sobre e decidiu que iria procurar. Taehyung andou um passo à frente e virou-se. “Há quanto tempo estou aqui?” Taehyung a mais. “Dois dias, desde que o encontramos. Você dormiu bastante no primeiro dia.” Namjoon andou rápido para acompanhar o ritmo de Taehyung.

“Eu sou obrigado a ficar aqui?” Tae emitiu enquanto andavam. “Apenas se quiser, posso deixá-lo onde desejar caso queira sair. Você tem em mente quanto tempo quer ficar.” O mais velho respondeu. Taehyung parou de andar, Namjoon foi de seu encontro. O hóspede fez um gesto e inclinou a cabeça dizendo que o suficiente. “E seu nome?” Namjoon perguntou de frente a ele. Tae colocou um sorriso travesso no rosto. “Qual o seu sobrenome, Namjoon?” O mais velho o sondou. “Kim, Kim Namjoon.” Taehyung sorriu de canto. “Kim, meu nome é Kim Joo, é o nome que temos em comum.” Namjoon riu da brincadeira. “Você é muito peculiar, Kim.”

※※※

Taehyung havia pedido a Namjoon materiais de pintura e este deu todos que poderia imaginar juntos de um quarto desocupado que transformou em um estúdio. Taehyung agora passava horas fazendo quadros. A maioria, eram desenhos abstratos, deixava sua consciência fluir sem nada concreto para passar a tela.

Resolveu fazer um retrato de Namjoon, porém, não gostou do resultado e o refez, não conseguia chegar a um consenso da pessoa que estava pintando, como se não o conhecesse mesmo o vendo todos os dias. Resolveu que, em vez de tentar pintar Namjoon a partir de sua mente, o convidaria para ser seu modelo.

Andou por todos os corredores observando os outros residentes, andava devagar para não ser notado, foi até a sala de jantar e Namjoon não estava lá, o procurou por toda a mansão até chegar no andar onde estaria o quarto do vampiro mais velho. Ouviu um diálogo abafado, havia mais alguém dentro. Taehyung decidiu olhar pela fechadura. Um homem muito bonito de cabelos pretos estava sentado na mesa enquanto Namjoon lia e anotava nos papéis.

“Gostei do que fez com a decoração. Seu gosto é tão refinado, diferente de alguns de nossos irmãos que adotam um estilo burlesco que me dá náuseas, odeio como abraçam estereótipos sobre nós.”

O homem começou a andar pelo quarto percebendo que não teria a atenção de Namjoon tão facilmente.

“Você trabalha muito sabia? Não devia descansar?”

Não houve resposta por parte de Namjoon.

“Por quanto tempo você vai continuar a me ignorar?”

Namjoon levantou-se para pegar uma pasta na estante atrás de si.

“Eu senti sua falta.” A voz do estranho era meiga.

“Eu não.” Namjoon retrucou ríspido depois de muito ignorar.

“Aí está ele. Senti falta desse você.” O estranho suscitou.

“Você realmente não se enxerga?” Namjoon começou a falar enquanto ria desacreditado.

“O que eu realmente não acredito é esse você. Quem está querendo enganar?”

Namjoon o ignorou.

“Eu o conheço melhor do que você mesmo. Você pensa que mudou, mas eu vejo a verdade. Você está se escondendo por que virou um covarde.”

Namjoon ficou em silêncio.

“Quem acredita nessa farsa que você virou? Eu sei que, no fundo, você sente falta do poder, de quando todos o temiam.”

“Você é o único que prefere viver no passado.”

O homem riu alto.

“Passado. Presente. Futuro. Você sabe que nenhum dos três faz diferença para nós. Nós somos eternos.”

Namjoon estava arrumando uns papéis em sua mesa e o homem misterioso estava atrás dele o abraçando e beijando seu pescoço.

“Você parece tenso, eu posso ajudá-lo com isso. Ninguém pode satisfazê-lo como eu.”

“Você deveria ir!” Namjoon virou-se controlando seu tom para não explodir. O telefone tocou e Namjoon foi atendê-lo.

O homem andou pelo quarto enquanto Taehyung observava Namjoon falar ao telefone. Até ver um olho e caiu para trás de susto. Ficou parado esperando que a porta se abrisse, porém, nada aconteceu. Os instintos de Taehyung o diziam para sair dali, contudo, sua curiosidade era maior.

Voltou a olhar pela fechadura. Namjoon parecia mais calmo e receptivo aos toques do desconhecido, mas ainda relutante, o estranho sussurrou algo no ouvido do vampiro que se virou e o beijou, sentando-o na mesa. O homem enigmático arrancou a camisa de Namjoon revelando seu físico atlético, possuía ombros largos, a cintura fina e os músculos dos braços torneados. Por de baixo das roupas e agir, falar, andar, elegantes escondia-se um trabalho de arte esculpido. Taehyung sentiu um leve pulsar em seu ventre. Engoliu em seco quando viu Namjoon retirar as calças do estranho. O outro abriu o zíper de Namjoon e gemidos começaram a preencher o recinto. Taehyung viu que o desconhecido fazia contato visual direto, dizendo para que não desviasse o olhar, convidando-o a ser parte da cena. Uma gota de suor escorreu pela sua testa à medida que a cena ficava mais frenética, agora estava totalmente imerso e imóvel, como uma estátua.

※※※

Taehyung foi para a cozinha, a geladeira estava cheia de alimentos normais. “Esperava encontrar bolsas de sangue?” Namjoon apareceu atrás de Taehyung chocado com a leveza de seus passos. “Um pouco.” Namjoon riu. “Eu não armazeno o sangue aqui.” Taehyung se perguntava como Namjoon fazia para se alimentar. “Venha comigo.” Namjoon estendeu a mão. Taehyung o acompanhou. Namjoon o levou para os andares mais abaixo da casa. Entraram em um quarto frio, Namjoon acendeu a luz e viu um ambiente limpo. “É aqui que é armazenado. Eu consultei médicos e especialistas. Muitos de nós, preferem fazer acordos com hospitais para receber doações voluntárias de humanos em troca de investimento.” Taehyung andou pelo cômodo admirado. “Então você não caça.” Namjoon concordou. “Existe muita controvérsia em torno de caçar, alguns preferem pagar humanos para serem seu banco particular outros fazem como eu e tem uma pequena parcela que prefere sangue de vampiros.” Taehyung franziu o cenho surpreso. “De vampiros?” Namjoon acenou positivamente. “Existe alguma diferença, no sabor...?” Namjoon demorou alguns segundos para responder. “Alguns dizem que a diferença é muito grande, uma experiência quase catártica.”

※※※

Namjoon chamou Taehyung para um pequeno treinamento, o mais novo estava muito animado sobre o que iriam fazer, chegaram a um corredor que havia um espelho no fim com uma mesa. “Notei que você ainda não sabe retrair seus caninos, então iria ajudá-lo.” Namjoon apontou para a presa de Taehyung que fechou os dentes mordendo o dedo do mais velho de brincadeira. “Cuidado com elas.” Namjoon brincou. Taehyung soltou o dedo e focou em retrair seus dentes afiados. Olhou-se intensamente no espelho esperando que os dentes sumissem, Namjoon observava pelo reflexo atento. Taehyung tentou por várias horas, fixou sua atenção para seu reflexo. “Ordeno que suma, presas!” Pensou. Usou seus dedos para pressionar até seus dentes retraírem, mas acabou furando seu dedão. Namjoon foi até o mais novo. “Não se preocupe, irá sarar em alguns minutos.” E acariciou a mão de Taehyung para o confortar que retribuiu com um olhar gentil.

Depois de muito tempo olhando-se no espelho viu suas presas retraindo lentamente, para Namjoon animado e pulando de alegria. O abraçou muito feliz e lembrou-se do pequeno machucado. Seu dedão estava completamente curado, sem o pequeno furo. “Falei que iria sarar.” Quando olhou para Namjoon percebeu que estavam muito próximos e ele o segurava pela cintura e desvencilhou-se. “Obrigado pelo treinamento.” E correu para seu quarto nervoso deixando um Namjoon confuso.

※※※

No dia seguinte Taehyung fingiu que seu pequeno constrangimento do outro dia não aconteceu. Namjoon o convidou para outra caminhada. “Teremos outro treinamento hoje?” Taehyung andava mais inquieto que o normal, Namjoon teve de correr para alcançá-lo. “Não pensei nisso, o convidei por que queria ... Aproveitar o dia.” Taehyung levantou a sobrancelha pensativo. “Mas podemos fazer um pequeno jogo.” Toda a atenção de Taehyung voltou para o mais velho. “Vamos brincar de quem é o mais rápido. Quem chegar o mais longe ganha, vovô.” Taehyung procedeu para correr antes que Namjoon pudesse falar.

Taehyung correu até onde não se via mais a casa, não sabia onde estava e aproveitou para explorar. Andou, andou, andou até chegar no topo do penhasco e lá sentado estava Namjoon. Que se virou e acenou para Taehyung.

“Você demorou.” O mais velho enunciou. Taehyung sentou-se ao seu lado. “Na verdade, estava te esperando.” Namjoon começou a rir, Taehyung era impossível. “Só quem não aceita a derrota diria isso.” O mais velho expôs e o outro torceu o nariz.

Taehyung sentiu o toque de Namjoon em sua mão e levantou imediatamente. “Estou com fome, vamos voltar.” O outro vampiro ainda estava sentado e confuso. “Você não quer aproveitar a paisagem antes? Está tão calmo e lindo aqui.” Taehyung mudou de ideia e sentou-se bem perto de Namjoon e apoiou-se em seu ombro. “Antes eu não tinha tempo para apreciar a paisagem, era um mundo tão a distante.” Taehyung parou por um momento e continuou. “Agora sinto que finalmente faço parte dela, que finalmente estou vivo com ela. E você?” Taehyung olhou para Namjoon que olhava fixamente a floresta a sua frente. “Eu sinto que sou maia recebido pela natureza que no mundo dos humanos.”

Na volta Taehyung estava perdido em seus próprios pensamentos. Durante o jantar o mais novo nem havia tocado sua taça. “Taehyung, você está bem?” Namjoon o chamou preocupado. O mais velho estava atônito, parecia que tinha acabado de despertar. “Sim, sim, apenas pensando.” Namjoon o olhou com dúvida. “Eu estava pensando no que você sobre se sentir mais acolhido na natureza. Eu sinto o mesmo, mas também penso que a natureza não gostaria de um monstro como eu. Como nós.” Taehyung viu o perfil de Namjoon, ele entendia exatamente onde queria chegar. “Se existimos então devemos pertencer a algum lugar, talvez esteja a nossa espera. Eu nunca acreditei em monstros, minha mãe me falava sobre eles, contudo, eles nunca estavam lá para ver. Então, nós, não somos monstros, mas criaturas como todas as outras.” Taehyung se sentiu abraçado pelas palavras de Namjoon, ele esteve onde o mais novo estava nesse exato momento, perdido e sozinho. Mas era difícil de acreditar, Namjoon parecia estar em um lugar tão alto que quando se abria para Tae como se abriu hoje, viu no mais velho, um amigo.

※※※

Todas as noites Taehyung sonhava com Olhos Brancos, como havia carinhosamente apelidado o seu criador. Os pesadelos terminavam o mesmo: um grande par de olhos o perseguindo.

Noite passada teve um sonho e lembrou-se de suas palavras, com piedade mascarada de desdém. “Olhos Brancos se enganou.” Taehyung sentiu a raiva subir ao lembrar de seu algoz, seu criador. Dia e noite, pensava em como seria caso o encontrasse e o que faria, seu primeiro pensamento foi: vingança. Iria fazer com Olhos Brancos o que foi feito consigo, iria humilhá-lo e o fazer implorar, pensou que estaria sendo mais generoso que seu inimigo fora consigo.

Um bater na sua porta o tirou de seus pensamentos vingativos, era a governanta chamando-o para almoçar. Taehyung notou que Namjoon quase não parava em casa e começou a sentir falta do mais velho, as refeições solitárias sem sua presença silenciosa era como um martírio. “Por que Namjoon está tão ocupado?” Perguntou ao mordomo que não movia um músculo, podia ser confundido com uma estátua. “Ele está ocupado resolvendo assuntos da nossa comunidade como membro influente.” A governanta respondeu. Taehyung não havia tocada na taça com sangue a sua frente e saiu.

O cômodo que passava com frequência e via Namjoon, mas não entrava era a biblioteca, pelo que lembrava da pequena excursão com o vampiro mais velho, a sala de leitura era o maior quarto de toda a propriedade. O recinto mostrava a paixão do dono pela leitura e conhecimento com sua vasta coleção de livros. Circulou pelo lugar até achar livros cujo título conseguia entender. Pegou o primeiro que estava a sua frente, jogou-se no sofá e começou a ler.

Uma mão em seu ombro o balançou levemente, Taehyung ainda no mundo dos sonhos e a pegou. “O quê?” Tirou o livro que cobria o seu rosto e viu Namjoon, com seus olhos gentis e afiados. “Me falaram que você estaria aqui. E que não comeu hoje.” Taehyung levantou-se e soltou a mão de Namjoon. “Não estava com fome.” Taehyung tirou a remela que havia se formado em seu olho, havia perdido a noção do tempo e dormiu o dia inteiro. “Você se juntaria a mim no jantar?”

Na mesa Taehyung não parava de pensar que antes de acordar de seu típico pesadelo, não viu aqueles temidos orbes brancos, quase transparentes como água, mas, sim, as írises como madeira de Namjoon. Reparando um pouco mais perto no mais velho notou que havia inúmeras pintinhas espalhadas. Taehyung se aproximou mais do outro chegando a se apoiar na mesa. Namjoon ficou aturdido com o mais novo o encarando intensamente. Taehyung sorriu de orelha a orelha ao ver as bochechas de Namjoon corar.

※※※

Taehyung ficou o dia inteiro lendo na biblioteca, estava no final do livro. Namjoon foi ao seu encontro e sentou-se à sua frente. “Está gostando do livro?” Namjoon notou que Tae estava lendo Felicidade Conjugal. “Um pouco. Você já foi casado?” A pergunta pegou Namjoon de surpresa. “Uma vez.” Taehyung arregalou os olhos de surpresa. “Você, um vampiro de três mil anos de idade foi casado apenas uma vez?!” Namjoon riu alto diante da afirmação. “Sim...foi depois da minha transformação, eu estive com ela até seus últimos dias.” Taehyung notou a tristeza no olhar de Namjoon. “Me desculpa, não queria ser insensível...” Namjoon sentou-se ao lado de Taehyung. “Está tudo bem, foi uma memória feliz. Alguém me revelou uma vez que pessoas que amamos ainda vivem enquanto nos lembramos delas.” Taehyung ficou em silêncio. “E você? Já foi casado?” Namjoon mudou de assunto para afastar a tristeza. “Não, não. Namorei apenas 3 pessoas. E pensando agora não foram os melhores relacionamentos, acho que nunca amei de verdade ou amado de verdade.” Namjoon procedeu para abraçar Taehyung. Os dois ficaram em silêncio por um bom tempo deixando o gesto falar por si só.

※※※

Taehyung estava andando pela casa, havia vários cômodos que não conhecia, se fosse para mostrar todos levaria ao menos 3 dias de acordo com seus cálculos mentais. Entrou em um quarto em que a porta estava trancada e desistiu. Andou pelo corredor encontrou uma porta secreta. Antes que pudesse abrir, Namjoon o chamou. “Você está ai! Eu estava o procurando.” Taehyung ficou surpreso e voltou sua atenção ao mais velho. “Preciso, perguntar algo, quando é seu aniversário?” O mais novo ficou surpreso com a pergunta. “31 de dezembro.” Taehyung ficou curioso sobre quando Namjoon havia nascido, mas por ter mais de 3000 anos, seria difícil estabelecer uma data. “Estou chocado que me disse sua data de nascimento, mas não o seu nome.” Taehyung ponderou. “Eu lhe falei.” Namjoon arqueou uma sobrancelha, mas claramente não acreditava. “Vampiros comemoram aniversário?” Namjoon o chamou para que fosse com ele. “Sim, muitos ainda o fazem, ou escolhem uma data para si e comemoram como se fosse seu aniversário.” Os dois foram até a sala de estar, o segundo maior cômodo da casa. “E você, escolheu uma data?” Namjoon ficou sério. “Não, o conceito de aniversário para mim, perdeu o sentido.” Taehyung parou chocado. “Não é possível! Aniversário é como um feriado apenas para você! Você deveria escolher uma data!”

Namjoon sentou-se no sofá e mirou o mais novo olhar o calendário. Namjoon pensou no quanto a relação dos dois havia evoluído, entretanto, possuía um longo caminho a percorrer, sabia que eram amigos, mas não sabia seu nome, se conheciam, mas Taehyung ainda era um mistério para Namjoon. E pensava no cenário que evitava, se um dia Taehyung resolvesse partir, não o impediria, óbvio, mas ninguém poderia substituir a alegria que Taehyung havia trago. Ele era energético, beirando ao caótico, mas amoroso. Talvez estivesse se apaixonando.

“O que você acha da data 19/7.” Taehyung virou-se e estalou os dedos chamando a atenção de Namjoon. “Ótima! Desculpe, me distraí.” Namjoon voltou a analisar o calendário. “Tem alguma data que você ache especial?” Taehyung perguntou e Namjoon levantou-se, apoiou o queixo no ombro do mais novo e lentamente envolveu seu braço em volta da cintura do outro apontando para 12/9.

“Porquê?”

“É uma longa história.”

“Eu tenho bastante tempo disponível.” Taehyung riu.

“Nesse dia eu escolhi viver. Eu estava cansado depois de alguns séculos, pensava que a eternidade não fosse para mim. Eu havia viajado até onde não poderia mais. Então, descobri que vampiros também poderiam morrer. Um vampiro havia me dito que fogo dado pelos deuses era capaz de nos dar um fim. Então fui a Hélade, naquele ano estava em guerra com o Império Aquemênida, atualmente se chamam as Guerras Médicas. Foi no período da segunda, em 480 antes de Cristo. Enquanto investigava um jeito de ir até o monte Olimpo, fui ganhando atenção e influência entre os gregos e alcancei o status de general.”

Namjoon pausou a história. “Está bem tarde. Hora de ir dormir.” Taehyung fez bico, queria ouvir a continuação. “Mas você mal começou!” Namjoon gostaria de continuar, contudo, sentia-se cansado. “Amanhã eu continuo, prometo!” Taehyung sorriu. Se pudesse, Namjoon faria de tudo para esse sorriso nunca deixar esse rosto.

Taehyung foi para a cama pensando se um dia se cansaria de viver pela eternidade como Namjoon. Não havia pensado ainda no que faria já que dispunha de muito tempo. Então fez uma lista, a primeira, seria visitar todos os países existentes no globo. A segunda, as maravilhas do mundo. A terceira escalar o monte Everest.

Um pensamento recorrente que Taehyung evitava era sua antiga vida, era um jovem com muitos sonhos que haviam dado errado e talvez essa fosse uma segunda chance de maneira errada. Poderia fazer tudo que não tinha conseguido, mas aquele era seu antigo eu, e o havia deixado para trás, havia renascido. Uma nova criatura cujo mundo não iria mais intimidar, não havia mais medo de desbravar o que havia esperando por ele.

Na manhã seguinte Taehyung acordou animado. Avisaram que Namjoon o esperava no jardim. Ele sentou-se à sua frente esperando pela continuação. “Então como era ser general na Grécia?” Namjoon balançou a cabeça pensando na resposta. “Quando chegou a Batalha de Maratona minha vida virou se cabeça para baixo, tinha momentos que não sabia se ia aguentar, mas os atenienses venceram, e eu estava destruído por dentro. Até conhecer a pessoa que me convenceu a continuar vivendo. Ele era o comandante do exército persa, eu o havia visto em algumas lutas. Um dia eu o vi no centro de Atenas, ele me olhou, pedindo para que o seguisse. Ele foi até uma montanha e entrou numa caverna, ele havia desaparecido.” Namjoon parou a história, novamente estava ficando tarde. Taehyung havia se acostumado. “Gostaria de jantar aqui fora comigo?” Taehyung levantou uma sobrancelha. “Se você continuar a história.” Taehyung desafiou. “Estava sozinho andando pela caverna, completamente perdido sem saber por aonde ir, até ser atacado pelo comandante. Ele me prendeu contra o chão e segurava uma tocha com o fogo dos deuses, era carmim, ele colocou muito próximo ao meu rosto e pude sentir minha pele se desfazendo. “É isto que você procura?! Eu o conheço, você é um de nós, mas quer desistir, porquê?!” Ele estava com muita raiva e não conseguia entender o porquê, tentei me soltar, porém, ele era mais forte do que eu. “Diga que quer abrir mão de sua vida e eu o farei.” Tentei dizer algo, mas as palavras ficaram presas na minha garganta. Ele saiu e pude me soltar. “Não existem muitos de nós, muitos consideram nossa existência uma maldição, contudo, somos vida tanto quanto os humanos, nós sempre poderemos ver a luz no fim. Esse é o fim” Taehyung quase caiu da cadeira, não acreditando na história de Namjoon. “Eu não acredito. Ele o deixou ir? Qual era o nome dele? Você nem mencionou. Ainda existe esse fogo dos deuses? Minha cabeça está girando.” Namjoon apenas riu da incredulidade do mais novo e solicitou uma jarra com duas taças. Taehyung pensou em Namjoon ainda tinha dúvidas se podia confiar nele, não tinha sido nada além de gentil e solícito. Mesmo respondendo a todas suas perguntas até então, possuía algo a esconder. Porém, uma sensação de aperto estava crescendo dentro dele, fazendo-o se sentir eufórico toda vez que ele olhava para Namjoon e via seus olhos brilhando como o céu estrelado. Taehyung falava a si mesmo que era apenas sua imaginação, mas poderia contar que era para ele.

“Notei que você sabe bastante sobre mim, mas gostaria saber mais sobre você.” Taehyung mirou Namjoon, possuía um sorriso misterioso. “Por quê? Minha vida não é tão interessante quanto a sua.” Namjoon sorriu. “Cada vida é como um círculo gravitando neste mundo, tenho certeza que você possui vários momentos interessantes.” Isto era o que Taehyung mais evitava se atrair por Namjoon, seu jeito calmo de falar, cada palavra que saia de sua boca era tão doce e envolvente como um feitiço. “Eu nasci em um vale em que o sol nascia entre as montanhas e a luz o beijava, ao amanhecer e entardecer. Eu saí de casa e fui a capital, tentar conquistar o mundo, mas o mundo era mais forte que eu e fui derrotado. Acabei sem nada e não liguei aos meus pais, não queria que eles vissem o filho derrotado pela grande metrópole. E o resto você já sabe fui transformado, você me achou e aqui estamos.” Namjoon pegou a mão de Taehyung, ele não exprimiu com palavras que o entendia e não precisava.

Algo que Taehyung poderia dizer com toda a certeza é que Namjoon era sincero com suas ações, Namjoon pediu apenas que Taehyung visse o que queriam dizer. E viu todo o amor e cuidado por trás delas.

※※※

Pela primeira vez Taehyung não sonhou com Olhos Brancos. O sonho dessa vez foi com uma mão estendida, quando estava prestes a pega-la, acordava. Levantou da cama e foi até a janela, o dia estava lindo e decidiu caminhar.

Após terminar, foi informado que Namjoon o esperava no jardim. Ele lia um livro, na maior parte do tempo Taehyung encontrava Namjoon lendo, pensava em se juntar a ele, mas desistia por achar que estaria invadindo seu espaço e decidia fazer outra coisa.

“Bom dia, como foi sua caminhada?” Taehyung sentou-se. “Ótima.” Namjoon parou sua leitura e bebeu seu chá, Taehyung achou curioso, no primeiro dia que chegou havia um banquete com comida humana. “Como foi a sua transformação?” Taehyung foi direto como sempre. “Eu pedi para ser transformado.” Namjoon replicou. Taehyung franziu a sobrancelha desconfiado. “Por quê?” Namjoon parou alguns segundos antes de responder. “Achei que eu e ele ficaríamos juntos para sempre.” Taehyung ficava mais curioso sobre a figura de Namjoon, primeiro foi a sua humildade e timidez, agora era uma parte romântica que não imaginava. “Você transformaria alguém para os dois ficarem juntos por toda a eternidade?” Taehyung percebeu o mesmo semblante triste que viu na conversa sobre relacionamento dos dois. “Eu pedi uma vez, mas ele disse não, queria continuar humano, disse também que foi muito feliz comigo.” Namjoon tinha um tom melancólico, mas ainda grato. “E você? Foi feliz também?” Namjoon acenou que sim. “Eu gostaria de poder escolher. Fico pensando no por que de Olhos Brancos ter me transformado. Se ele queria se alimentar apenas, ou se arrependeu de me deixar para morrer e decidiu me transformar.” Namjoon entendia a raiva em Taehyung. “Ele brincou de deus com você, entendo o seu sentimento. E sobre isto, era o que gostaria de falar com você sobre.” Taehyung ajustou sua postura na cadeira preparando-se para o que ia vir. “Olhos Brancos tem sido um problema para a nossa comunidade. Ele vem criando vampiros novos a séculos e é difícil rastreá-lo tanto quanto os recém-transformados que podem sinalizar aos humanos nossa existência.” Taehyung afundou as unhas em seu punho. Imaginava vários cenários em que finalmente o encontraria. “Infelizmente é a única informação que tenho no momento, perdão.” Taehyung percebeu que o mais velho gostaria de lhe dar mais. “Você já fez mais do que deveria, eu sou muito agradecido a você.” Namjoon corou e ficou em silêncio sem saber o que dizer, Taehyung era o único capaz de fazer isso com ele.

Taehyung passou pela biblioteca e encontrou Namjoon, queria entrar, entretanto, continuou a andor silenciosamente para não chamar a atenção do mais velho, porém, Namjoon o notou. “Para onde está indo?” O mais novo parou e esperou que Namjoon o esquecesse, todavia, ouviu passos indo até ele e virou-se rapidamente. “Eu o vejo passando quando estou aqui e nunca entra, mas quando não estou aqui está lendo. Porquê?” Taehyung tentou desviar o olhar enquanto pensava na resposta. “Não queria interromper.” Namjoon sorriu confuso. “Você não iria. Para ser sincero, adoraria companhia.” E sorriu com as covinhas impossíveis de desistir. “Está bem então, irei me juntar a você.” Namjoon sorriu e abriu passagem ao mais novo.

Taehyung não era ávido leitor como Namjoon, andou e andou a procura de algum livro. Queria pedir sugestão a Namjoon, mas este estava muito concentrado na sua própria. Tinha terminado de ler o livro que havia pegado, a leitura fora divertida.

“Precisa de ajuda?” Namjoon manifestou por trás, Taehyung tomou um leve susto. Namjoon era alto e grande, mas também silencioso, o que deixava Taehyung confuso. “Não consigo escolher o que ler, todos parecem tão bons.” Namjoon pegou a escada que ficava acoplada a estante e subiu. Pegou um título de cinco prateleiras acima e desceu. “Imagino que vá gostar deste.” O título era “Meu nome é vermelho” Taehyung o examinou curioso. “Parece interessante. Muito obrigado.” Namjoon sorriu e voltou a sua leitura. O outro foi atrás logo em seguida.

Antes de começar a leitura, Taehyung examinou a figura elegante de Namjoon ao ler, sua postura era ereta demonstrando disciplina. Decidiu copiar a mesma antes de embarcar em sua jornada literária. O primeiro capítulo dava título ao livro e se espantou que uma cor narrava uma história. Ficou tão imerso em sua leitura que não notou a quebra de sua imitação e voltou ao seu eu tipico quando lia, e, que, Namjoon havia saído.

Parou e foi atrás dele. Andou por toda a mansão até chegar no escritório de Namjoon que havia uma discussão.

“É apenas uma questão de tempo até o conselho parar de fazer vista grossa.”

“Eu não devo nada à aqueles desgraçados.”

“Eu sei, mas- por favor, eu quero ajudá-lo. Apenas apareça uma vez ao jantar e tudo ficará bem.”

“Eles querem apenas que eu me ajoelhe e seja um dos bajuladores que tanto amam.”

“Você sabe que precisa fazer isso depois que- “

A porta foi aberta e Taehyung quase caiu, mas se equilibrou rapidamente. Namjoon estava conversando com um homem mais baixo que ele de cabelos pretos e olhos assustadores. “É isso que queria dizer, tenha um bom dia.” O homem saiu e passou ao lado de Taehyung que sentiu calafrios, olhou para Namjoon e seu semblante era vago. Sua mente gritava que deveria correr dali e nunca mais voltar.

Um silêncio que quanto mais se prolongava mais aumentava a tensão. Namjoon foi a porta e a fechou. Taehyung continuava imóvel, pensava em tudo e, ao mesmo tempo nada, queria sair, mas seu corpo não obedecia.

“Eu sei que nesse momento você tem muitas perguntas, irei respondê-las, porém, antes gostaria de pedir seu perdão por esconder algumas coisas de você. Eu não lhe falei do conselho vampiro, pois vivemos em constante atrito. Eles querem que eu os apoie, mas não concordo com nenhuma de suas ações. Eles têm medo de perder a influência por que muitos outros também estão infelizes com suas atitudes. Desde o começo não queria que você fosse envolvido nos meus problemas sem pedir.” Taehyung notou que Namjoon estava hesitante, esforçando-se ao máximo para não perder a compostura.

Taehyung não conseguia deixar de se surpreender sobre Namjoon. “Eu tenho algumas, mas você não precisa se desculpar. Quero apenas uma resposta. Posso confiar em você?” Taehyung saiu de perto da porta. “Sim. Você pode.” O mais velho redarguiu imediatamente. “Você não precisa me proteger para sempre. Posso fazer eu mesmo.” Taehyung continuou, com a voz um pouco trêmula e andou para perto do mais velho, ficando de frente para ele. “Entretanto, não sei quanto tempo mais você irá ficar...” Namjoon rebateu. Taehyung pegou nas mãos do mais velho. “Eu ficarei, contanto, que você não me deixe sozinho como estava antes.” Namjoon abraçou Taehyung apertado, para o mais novo não o deixá-lo.

※※※

Os convites do conselho para o jantar chegaram a Namjoon a presença do mais velho seria era a mais aguardada daquela noite. Havia um para Taehyung também, que faria sua primeira aparição pública na sociedade vampira.

Namjoon encomendou um terno para o mais novo. Quando o alfaiate vinha tirar as medidas Taehyung não aguentava ficar horas parado com um monte de pano sobre si segurados por alfinetes. “Quanto tempo mais tenho que ficar aqui?” Taehyung perguntou irrequieto. “Está quase acabando.” Namjoon respondeu acalmando-o.

Na próxima manhã, Taehyung estava pronto, procurou por Namjoon que ainda estava em seu quarto. Taehyung bateu na porta e Namjoon o chamou para entrar. “Você está lindo.” Namjoon atestou diretamente, deixando o outro desconcertado. “Diga que ele está lindo também idiota!” O cérebro de Taehyung mandou, mas não conseguiu obedecer então andou até Namjoon e começou a arrumar o seu blazer e ajustar a sua gravata. “Agora está perfeito.” Taehyung respondeu.

Taehyung agora se via no papel de evitar contato visual com Namjoon, ele pegou em sua mão e o puxou para mais perto de si e começou um beijo gentil, Taehyung sentiu como se fosse uma brisa de primavera. Tiveram que parar com o aviso de que estava na hora de ir. Taehyung nunca se sentiu tão feliz em toda sua vida.

O jantar tomaria lugar num palácio entre as montanhas o acesso era permitido apenas à aqueles possuíam o convite. Foram de carro e durante o trajeto Taehyung apreciou a paisagem, lembrou-se de que algum tempo atrás vivia ali. Pegou o envelope vermelho que estava o convite com os seguintes dizeres:

“Kim Joo convidado”

E nada mais em letras garrafais com tinta dourada.

A entrada possuía uma fila enorme, mas um funcionário abordou Namjoon e Taehyung para que os dois fossem a frente. O mais novo riu por ter o privilégio de entrar a mando dos próprios anfitriões.

O salão era enorme, com um lustre de cristais grande iluminando todo o recinto. Tae se sentiu maravilhado com a decoração cheia de estátuas e quadros. Não reconheceu ninguém exceto pelo mesmo desconhecido que estava na casa de Namjoon dias atrás, este infelizmente o reconheceu de volta, mas era tarde demais para fingir que não o conhecia.

“Namjoon.”

“Seokjin.”

“Que surpresa ao vê-lo aqui, espero que da próxima vez não queira me expulsar quando o visitar já que finalmente está caminhando em paz com o conselho.”

Namjoon apenas sorriu e seguiu em silêncio. Taehyung olhou para trás e viu o homem o encarando como se fosse jurado de morte. O mais novo se agarrou ainda mais forte ao braço de Namjoon, que, notando desvencilhou-se e o puxou pela cintura para ficar mais perto de si.

Taehyung notou que havia mordomos servindo comida humana. “Por que estão oferecendo comida humana?” Tae sussurrou ao ouvido de Namjoon. “É uma pequena convenção, não nos satisfaz, mas ainda sentimos o gosto.” Taehyung aproveitou e pegou um canapê de camarão, era delicioso e a primeira vez que comia um, aproveitou e pegou outro. Resistiu a sua vontade de pegar a bandeja toda, não queria passar vergonha não quando Namjoon estava ao seu lado.

O mais velho foi chamado por outro vampiro, Tae quase o reconheceu, mas este estava muito distante. “Você vai ficar bem? Não vou demorar muito.” Tae acenou positivamente. No canto do olho notou que estava sendo observado por um homem loiro muito bonito. Tae decidiu ir para a mesa em que doces estavam sendo servidos. Pegou um bombom trufado e achou uma lástima que havia provado um quando não podia mais comer nada humano.

Ao pegar outro doce uma mão o levou até pequenas tortilhas dispostas ao lado de uma cesta de frutas. “Você deveria experimentar essas.” O loiro se apoiava na mesa e pegou uma das pequenas tortilhas. Taehyung seguiu seu comando, eram melhores que todos os outros doces. “Eu o vi se entretendo com os canapês.” Taehyung estava pronto para ir embora, porém o loiro, mais baixo que si, o deteve. “Só quero dizer que compartilho do mesmo sentimento. Muitos de nós começamos apenas a viver se verdade depois da transformação. Você entende o que falo?” Taehyung acenou que sim. “Por que é tão quieto?” Taehyung não respondeu e o homem riu. “Bem, eu estou aqui para me apresentar. Sou Jimin. Eu e seu namorado somos amigos.” Taehyung corou com a afirmação. “Não finja que não é verdade! Bem, melhor você não ficar sozinho enquanto Namjoon está ocupado, venha comigo.” Jimin o levou para onde ele estava com outros amigos e Seokjin. Taehyung parou atônito. “Eu sei que Namjoon provavelmente lhe informou para você o evitar. Mas! Comigo aqui. Ele irá se comportar.” Sentaram-se e Seokjin estava ao lado de Taehyung. “Eu irei á adega pegar um vinho decente que esses mãos de vaca escondem.” E saiu.

O grupo conversou bastante, Taehyung permaneceu em silêncio. “Então, como aconteceu?” Jimin perguntou e todos os olhos estavam a sua volta. “Como o que?” Taehyung estava confuso. “Você e Namjoon.” Jimin sorriu de canto. “Preciso responder?” Todos caíram na risada pela resposta de Taehyung. “Você é direto, eu gosto. E não, não precisa se não quiser.” Jimin ofereceu uma taça a Taehyung. “Aconteceu naturalmente.” O loiro observava atentamente. “É raro ver Namjoon apaixonado. Faça-o feliz por mim.” Taehyung acenou positivamente. Faria Namjoon feliz do mesmo tanto que o mais velho o fez.

Namjoon retornou, e sentou ao lado de Taehyung. Jimin havia saído, Seokjin o havia chamado. “Está gostando? Daqui a pouco teremos o jantar.” Taehyung respondeu que sim e foi para maia perto do mais velho. “Eu pensei que poderíamos pular o jantar.” Sussurrou ao ouvido do mais velho e levantou-se. “Me encontre no andar de cima, final do terceiro corredor.” Taehyung saiu. Namjoon seguiu com os olhos o mais ir embora.

Antes da chegada de Namjoon, Jimin havia feito um convite. “Nos andares acima há vários quartos para ter um pouco de diversão. Tem um livre no terceiro no final. A chave está atrás do quadro com um retrato.” Taehyung chegou e foi até o único quadro com um retrato. Era Namjoon. Atrás havia uma chave pendurada, abriu a porta. O cômodo era maior que seu próprio quarto na casa de Namjoon, andou até a cama e encontrou um robe de seda vermelho com um bilhete.

“Divirta-se.”

—J—

Taehyung retirou todas as suas roupas, colocou-as longe e vestiu o robe, deitou na cama esperando por Namjoon. Não demorou muito para que escutasse um bater na porta. O cômodo era iluminado apenas por duas velas. A figura bela e esguia de Taehyung chamou pelo mais velho que andou e tirou seu blazer, blusa e sapatos com a meia, se aproximou da cama e colocou Taehyung em seu colo, beijou sua pele macia no pescoço e mordeu um pouco, apenas para brincar, passando suas presas afiadas pela superfície, causando leves arrepios no outro.

Taehyung também queria se divertir com o outro, antes que pudesse começar, Namjoon pegou seus pulsos e o deitou na cama e começou a marcar todo seu corpo com mordidas, a dor causava êxtase no mais novo que ansiava por mais, o outro controlava-se para não se render ao seu instinto voraz.

Taehyung olhou pelo seu corpo e viu as várias marcas de dentes, enquanto Namjoon se divertia, era privado de o tocar, a ansiedade fazia sua mente ir á loucura, queria liberar todo seu impulso na pele dourada e imaculada de Namjoon. O mais velho abaixou-se e começou a tocar levemente com sua língua a glande do mais novo, provocando-o mais, testando seu limite.

Tae faz um som mais alto de prazer quando Namjoon cobre todo seu volume com sua boca, o mais novo então começa a empurrar seguindo o ritmo de Namjoon, mas este segura seus quadris na cama, aperta tão forte que suas unhas adentram a carne do outro. "Você é mau." Tae diz em meio aos gemidos abafados. Namjoon parou no momento em que Tae estava prestes a ter o seu orgasmo. Subiu e agarrou o membro do mesmo. "Eu sei." sussurrou em seu ouvido e mordeu o lóbulo da orelha. “Você gosta da dor, não gosta?” Namjoon falou baixo, com sua voz rouca e doce como mel. Taehyung mal pôde responder, as palavras engataram em sua garganta. Namjoon libertou o órgão deixando Taehyung respirar.

Ele continuava belo, e o beijou, não o deixando respirar, mordeu forte o lábio inferior fazendo que sangrasse e dali bebeu o sangue do mais novo, o sabor era tão doce quanto o próprio. Taehyung aproveitou e puxou Namjoon para mais perto de si e o envolveu com suas pernas. Um pouco do sangue escorria de sua bochecha até o pescoço, Namjoon parou e lambeu o rosto do mais novo. Taehyung o moveu até seu pescoço, Namjoon acatou o pedido. Não poupou na mordida e liberou tudo que estava segurando. Taehyung gritou de prazer e de dor. O liquido viscoso era viciante. Queria embebedar-se nele para sempre.

Namjoon para e pega o braço de Tae e morde e bebe por toda sua extensão. O lençol branco agora estava pintado de carmim. Ele saboreia e lambe apreciando cada gota. Namjoon vai para o torso do mais novo e o morde, dessa vez arrancando um pouco de sua pele e a engole, era como veludo. Taehyung grita mais alto e chora com a dor. Quanto mais Namjoon experimentava de Taehyung mais queria dele não o satisfazendo por completo, nunca havia provado alguém tão delicioso como o mais novo.

Notou que havia privado Taehyung de muito e sorriu pela obra de arte que fez, o sangue escorrendo de seu corpo, o peito em carne viva e o quanto seus olhos pediam para que o deixasse tocá-lo, beijá-lo e mordê-lo. Namjoon cortou sua língua e beijou o mais novo deixando-o deleitar-se de seu sangue. Taehyung não poupa o mais velho de seu fôlego. Seu sangue era amargo e forte como absinto, deixou-o tonto, quase alucinado.

Namjoon começa a introduzir seu membro no mais novo que o agarra para mais perto de si com suas pernas. Namjoon continua a se deliciar com o sangue do mais novo enquanto seus movimentos são cada vez mais erráticos e frenéticos. Taehyung morde o ombro do mais velho arrancando sua pele e finca suas unhas nas costas de Namjoon sentindo o sangue na ponta de seus dedos, brincando com sua viscosidade e pinta as costas do mais velho. O orgasmo veio para os dois, Namjoon libertou Taehyung do beijo deixando-o respirar. Os dois estavam suados e banhados em sangue.

O mais novo deita-se sobre o peito de Namjoon que começa a acariciar suas costas. “Taehyung. Meu nome é Taehyung.” Ele diz.

5 Février 2022 18:15 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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