Estava cansado, não, exausto.
Os nervos doíam e meu dorso permanecia calejado de puxar a carroça.
Hoje parecia ser um dia diferente, meus donos, não, os usuários de minha força, pareciam estar a espera de algo.
Natal o nome. Um momento mágico em que os seres humanos se unem em nome de uma figura antepassada e trocam votos de felicidade e presentes.
Sou colocado na baia pequena e úmida, pois havia goteiras. Me alimentam com feno amarelo, que se embrulham no estômago e que não sei como ainda não me fez morrer de cólica, e bebo a água acumulada da chuva.
Os humanos se reúnem na casa de tábuas roídas pelos ratos e comemoram feliz este dia, a viagem rendeu algumas batatas, que seriam cozinhadas para a ceia e as cascas para a refeição do próximo dia.
Vejo pela janela sem vidraças, tampada com um cobertor rasgado, eles ajoelhados e orando ao redor da mesa.
Balanço meu pescoço jogando meus cabelos para os lados.
Tolice acreditar nas lendas dos homens.
Começo a relaxar semi apoiando o casco ao chão para adormecer, mas antes de obter sucesso, algo capta minha atenção.
Um cheiro divino incendiando a construção precária.
Viro-me para a frente e vejo a criança banguela acenando para mim em frente onde habito.
Nas mãos pequenas uma cenoura estendida e na face suja um sorriso, enquanto mastigava sua batata cozida.
Relincho feliz apontando as orelhas para a frente. Entendo o que é esse sentimento que envolve os bípedes. A esperança de dias melhores, a fé de alcançar essa dádiva e o amor em compartilhar as próprias essências.
Mordo a cenoura, substituindo a fadiga pelo sabor delicioso, a solidão pela companhia infantil e minha fé equina por ensinamentos benéficos da humanidade.
Merci pour la lecture!
Nous pouvons garder Inkspired gratuitement en affichant des annonces à nos visiteurs. S’il vous plaît, soutenez-nous en ajoutant ou en désactivant AdBlocker.
Après l’avoir fait, veuillez recharger le site Web pour continuer à utiliser Inkspired normalement.