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Jimin finalmente tem sua chance para dirigir um filme, como sempre sonhou. Tudo vai bem até que coisas estranhas começam a acontecer durantes as filmagens e ele começa a pensar que talvez seu filme esteja amaldiçoado.


Fanfiction Groupes/Chanteurs Déconseillé aux moins de 13 ans.

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Capítulo único

Escrito por: @Rahmuharara3/@Rahmuharara/@rahmuharara98

Notas Iniciais: Oi, amores ( ˘͈ ᵕ ˘͈♡)

Quero agradecer a Zelir (@Sra_Lovegood/@SraLovegood), pelas dicas na betagem, e a Inna (@busanjimin/@xbusanjimin) por todo o design maravilhoso que deu toda uma identidade especial a estória que eu criei.


~~~~


Desde pequeno, Jimin era apaixonado por arte. Claro, como uma criança, ele não se apaixonou de cara pelo conceito por trás da arte, mas já apreciava sua beleza e como ela não se limitava às regras da realidade.

Foi no cinema, assistindo a grandes sagas e aventuras, que realmente se encantou pelo que estava atrás das cortinas.

E o pequeno Jimin, que se perguntou como a magia que ele via em tela acontecia, se transformou no jovem Jimin que também queria tornar essa magia real.

O Park não via outro caminho para sua vida que não fosse a vida artística, e logicamente seus pais não gostaram nada disso. Eles queriam que Jimin fosse um policial ou um arquiteto, tivesse um trabalho estável e sólido, nada tendencioso e volúvel como o meio artístico.

Mas determinado como era, Jimin não seguiu o desejo de seus pais e mudou-se para Seul para cursar cinema, mesmo sem ter o apoio deles.

Ele conseguiu se manter bem por um tempo, mas, quando o curso avançou e sua carga de atividades aumentou, os empregos de meio período quase não eram mais o suficiente para sustentá-lo. Contudo, Jimin amava muito estudar cinema e viver e transpirar essa arte.

Jimin queria ver sua paixão pela cinematografia vazando pela tela em cores vibrantes e bordas borradas. Ele estava ansioso para aplicar o que aprendeu observando os grandes diretores e para criar sua própria marca, enquadrar fotos e transições artísticas, com ângulos e perspectivas novas, em vez de quadros planos e cortes rápidos.

Sem dinheiro, ele nunca conseguiria; teria de engolir seu orgulho e voltar para Busan.

Então, uma solução surgiu. Jimin virou ator.

Agências de idols e produtoras de doramas sempre frequentavam a universidade de Seul para coletar talentos e rostinhos bonitos, e, por sorte, ele tinha um rostinho bem bonito.

Começou com figuração, doramas e MV’s, para pontas em dramas, depois evoluiu para um papel com falas, e então, de repente, Jimin se viu sendo um protagonista.

Ele não desgostava da carreira, ainda era uma forma de estar perto do cinema, mesmo que não estivesse fazendo necessariamente o que realmente queria, e foi esse emprego que o permitiu se sustentar e conseguir se formar na universidade. Mas, depois de finalmente conquistar estabilidade financeira o suficiente, ele queria começar a fazer sua magia acontecer.

Mas novamente não foi como ele imaginou.

Apesar de estar tecnicamente na área da cinematografia, ele não estava na panelinha certa.

Jimin era jovem, e em uma indústria onde nome e experiência significam contratos com estúdios, maiores orçamentos, melhores atores, melhores cenários e figurinos, sua "inexperiência" era com toda certeza uma barreira, um problema quase intransponível, que definitivamente também era agravado pelo seu histórico de trabalho como ator.

O rostinho bonito, estrela de doramas e comédias românticas só servia para ser belo e atuar. Os grandes diretores e empresas não o levavam a sério, imaginavam que ele era apenas mais um ator com mania de grandeza que queria aumentar seu status de fama brincando de diretor.

E se tudo isso já não fosse ruim para sua imagem como potencial diretor, ainda havia o fato de que os filmes que Jimin queria roteirizar e dirigir eram considerados muito conceituais para a indústria.

As pessoas queriam filmes bobos com romance e algumas explosões, a velha fórmula do mocinho que vence apesar das adversidades — roteiros nos quais o Park havia encenado em seus tempos como ator —, coisas que pudessem transportá-los para longe das preocupações da vida cotidiana. Mas o filme que Jimin queria entregar era um terror psicológico usando de metáforas para demonstrar a xenofobia sofrida pelos asiáticos.

Foi muito difícil convencer investidores que alguém poderia querer assistir algo assim, mas, depois do Oscar de “Parasita”, as esperanças de Jimin foram renovadas.

De repente, a indústria começou a buscar o “conceitual” e a chance do Park apareceu. Uma empresa se interessou por seu roteiro, porém o sucesso do filme de Bong Joon-ho não garantia que outros filmes — que eram considerados um pouco mais fora da curva do entretenimento usual coreano — o precederiam.

Então, o estúdio ainda impôs algumas barreiras. A verba só seria liberada e o filme só poderia ser rodado se Jimin conseguisse nomes de peso em seu casting, alguém que trouxesse a clientela mais popular, uma estrela de cinema. Para a sorte do Park, ele conhecia a mais brilhante das estrelas da constelação.

E também para o seu azar, a dita estrela também era conhecida por odiar filmes de terror.

🎬

— Hobi-hyung, por favor — Jimin implora novamente —, não vamos gravar terror sobrenatural, vamos gravar terror psicológico.

— E meu psicológico já está aterrorizado com a ideia — Hoseok rebate, estremecendo com o pensamento, enquanto dá um gole do seu ice americano. Jimin suspira e se afunda na cadeira em frustração.

— Tá, isso foi um ótimo trocadilho, admito, mas você não tem com o que se preocupar, é o seu personagem que vai causar o terror nas pessoas.

— Eu não sei, Jimin. Você sabe que filmes assim não são minha praia.

— Sei disso, Hobi-hyung, mas preciso de você no meu filme, a produtora só vai me liberar orçamento para a rodagem se eu encontrar alguém que faça o casting valer a pena, além disso seria perfeito se eu pudesse trabalhar com o melhor ator que eu conheço — Jimin elogia, e o amigo sorri em falsa presunção, como uma brincadeira. Sem exageros, Hoseok é um dos melhores profissionais que o Park já viu em ação. — Você sabe o quanto eu sonhei com isso, e como eu tive que adiar meu sonho. Eu finalmente tenho a chance de me provar, Hobi, mas eu não vou conseguir sem você.

Hoseok era um daqueles que havia presenciado a história de Jimin, pois eles foram colegas de quarto na faculdade e foi o — na época — aspirante a ator, que reconheceu que o potencial e a beleza do Park seriam perfeitos para atuação e o convenceu a tentar a carreira para se sustentar. Foi também através dos contatos dele e de Seokjin que Jimin havia conseguido seus primeiros trabalhos como ator.

— Então, sem sustos para mim? — Hobi pergunta hesitante e desconfiado.

— Não para você — Jimin garante ao amigo. Hoseok leva a mão para acariciar o queixo em um gesto teatral de reflexão. — Vamos lá, Hobi, o estúdio está disposto a te dar um cachê muito bom, você será o rosto desse filme, e não vamos ter fantasmas, ou monstros, ou demônios, nada disso, eu te juro! — o Park implora, com seus melhores olhos de cachorrinho que caiu da mudança, um golpe baixo para o coração de qualquer um, especialmente para o de seu amigo de longa data.

— Tudo bem. — Hoseok levanta as mãos em um sinal de rendição — Vou fazer isso pelo meu dongsaeng favorito.

— Ai, Hyung, eu realmente te amo. — Jimin não consegue conter sua felicidade. Ele finalmente tem tudo que precisa para fazer o filme perfeito, a sua estreia triunfal! — Você é meu hyung preferido, Hobi!

— Vou ligar para o Seok Jin-hyung imediatamente para me gabar disso.

— Por favor, não faça isso. — Jimin se separa rapidamente de Hoseok com os olhos arregalados. — Eu preciso estar vivo para dirigir meu filme.

🎬

— Okay, vamos gravar o argumento*. — Jimin se posiciona no meio do set, pronto para colocar tudo em ordem. Ele quer que esse filme seja nada mais que perfeito. — Eu quero que a primeira cena seja em um take* só. Atenção, fotografia, eu quero câmara fechada nas expressões da vítima, só mostrem o Hoseok no último momento, eu quero a câmera nele contra Plongée* quando a sonoplastia soltar a trovoada, entendido? — Namjoon, seu diretor de fotografia, assente em concordância, e satisfeito, Jimin vira-se para dar o tom da cena aos atores.

Depois de todos instruídos e as câmeras prontas, ele finalmente senta-se em sua cadeira, acompanhando de perto a cena pelo monitor.

Tudo se desenrola perfeitamente e o Park se sente num sonho. A iluminação está perfeita, o cenário impecável, a atuação maravilhosa e os planos de câmera satisfatoriamente bem enquadrados. Jimin acompanha as falas da vítima, a atriz grita de forma estridente por algo que o público ainda não pode ver, mas está prestes a ser revelado. O diretor está com os olhos presos na tela e acena para Namjoon se preparar para mudar a câmera e para a sonoplastia liberar o trovão.

Tudo em foco, tudo perfeito, a transição quase pronta e então, BUM, um estrondo ensurdecedor irrompe e faz todos do set pularem alarmados. Hobi grita assustado e se abaixa, então a cena é arruinada.

Não era assim que deveria soar, deveria ser um trovão inofensivo, um som quase abafado, só um efeito dramático da cena, mas o som que foi produzido foi mais como um anúncio do armagedom.

— Jimin, você me prometeu! — Hoseok grita de onde está encolhido no meio do set, e o diretor corre imediatamente para junto de sua estrela principal.

— Está tudo bem, Hobi, deve ter sido só um problema técnico. Eu vou averiguar o que aconteceu e consertar, tudo bem? — Jimin tenta tranquilizar o ator.

— Você disse sem sustos, me prometeu que eu não iria me assustar e há um minuto eu quase morri do coração. — O Park pode ver como Hoseok realmente está assustado e conforta o amigo, acariciando seu cabelo até que ele se acalme.

— Eu sei que prometi a você, hyung, e juro que eu também não esperava por isso, foi muito estranho. — Hoseok rapidamente levanta os olhos assustados em direção a Jimin.

— Você acha que pode ter sido alguma coisa que interferiu? Tipo... como uma assombração. — O diretor não resiste a rir do amigo.

— Não, Hobi, sem assombrações — Jimin garante, vendo o estado trêmulo de seu amigo. — Estava pensando mais como um erro técnico. — Hoseok suspira aliviado. — Com certeza foi um erro de sonoplastia, não vai acontecer novamente, eu vou me certificar disso. Por que você não descansa por hoje? Podemos terminar essa cena amanhã, tudo bem? — Hoseok assente e sorri fracamente para o amigo.

Depois de guiar até a área de descanso no set, certificando-se que sua estrela — e amigo — está bem, Jimin corre até os técnicos de som, determinado a descobrir a falha e resolvê-la. O seu filme de estreia não poderia ser nada menos que perfeito, e ele não iria medir esforços para conseguir isso.

Quando ele chega à mesa de som não há nenhum dos técnicos que deveriam estar lá responsáveis pelo material e o sangue de Jimin ferve em suas veias por isso, não podendo deixar de soltar um bufo indignado.

Ele se vira, furioso, pronto para encontrar os irresponsáveis que estão atrapalhando seu trabalho quando tromba diretamente com alguém, que, por pouco, não cai de bunda no chão com o impacto.

Jimin o reconhece como seu gerente de produção, Min Yoongi.

Segundo a agência, ele era o melhor do ramo, trabalhou até mesmo no circuito de cinema europeu. O Park o considerava um homem de poucas palavras. Durante as reuniões com a produção do filme, Yoongi dirigiu poucas palavras a ele, e até mesmo evitava seu olhar, mas Jimin resolveu não tomar como pessoal e só o considerou uma pessoa reservada.

O Min havia feito um ótimo trabalho até agora coordenando toda a parte prática do filme e conseguindo as melhores locações e equipamentos que seu orçamento poderia pagar, sempre trabalhando para dar vida às ideias de Jimin.

— Eu… Hum… — Yoongi gagueja quando recupera o equilíbrio, olhando para suas mãos enquanto fala. — Desculpe por isso… eu já arrumei as coisas, os técnicos de som estão trazendo um novo amplificador.

— Oh! Então foi isso que aconteceu? O amplificador deu defeito?

— Bem… sim… — o Min diz hesitante, mas Jimin aceita a resposta rapidamente e com alívio. O problema foi resolvido e o peso tirado dos seus ombros. Então, ele pode finalmente voltar a produzir seu filme sem mais empecilhos, e como suspeitava, nada de fantasmas.

— Espero que tudo dê certo agora. Obrigada, Yoongi-ssi. — Jimin sorri amplamente e vira-se para procurar por sua estrela para seguir com as gravações, não percebendo o forte rubor nas bochechas de seu gerente de produção.

🎬

O dia de Jimin não começa muito bem. Ele tem uma dor de cabeça persistente, fruto de suas poucas horas de sono. O cancelamento da gravação no dia anterior bagunçou um pouco o seu cronograma e o Park teve de rever toda a agenda para correr com o tempo perdido.

Esse filme não deve ser nada menos do que bem feito, pois vai ser a carta de apresentação de Jimin para o público como diretor e a prova para esfregar na cara de todos que duvidaram que ele poderia dirigir um filme.

Então, ele é nada mais do que empenho. Analisa as tomadas que conseguiram gravar em todos os ângulos para verificar sua consistência sequencial até tarde da noite e chega ao set mais cedo do que a maioria para inspecionar se tudo está no devido lugar.

Jimin tem pessoas para fazer essas coisas por ele, e todas elas estão fazendo um ótimo trabalho em seus setores, mas ele ainda gosta de dar uma olhada em tudo por si mesmo.

É bastante simples, considerando que seu gerente de produção já adiantou todo o seu trabalho, mas a dor de cabeça persistente dificulta e afeta o seu humor. O Park está carrancudo ao fim de sua jornada pelo set, forçando sorrisos quando alguém o cumprimenta, mas, quando seus olhos contemplam um copo de café do Starbucks com seu nome, esperando por ele em sua cadeira de diretor, sua tensão vai se dissipando até um sorriso aliviado estar seus lábios.

Para alguém cansado e precisando de uma dose de cafeína como ele, parece com a visão do paraíso e cheira como ele também, o aroma do café imediatamente clareia sua mente. Quando ele leva o copo aos lábios e dá um gole na bebida forte, doce e cremosa do jeitinho que sempre pede, não pode conter o ruído de contentamento que produz.

Jimin olha ao redor, mas não encontra quem poderia ser seu salvador, todos estavam muito ocupados se preparando para a próxima tomada. Ele avista Taehyung, seu diretor de arte, discutindo animadamente alguma coisa com Namjoon, seu diretor de fotografia, alguns técnicos e maquiadores andando de um lado para o outro no set e preparando tudo para a gravação, e um Yoongi parecendo muito concentrado e corado, olhando para sua prancheta de organização.

Jimin acha fofo como as bochechas do produtor parecem estar adoravelmente rosadas.

Não tendo uma dica de quem poderia ter lhe trazido o café, o Park decide apenas se empoleirar em sua cadeira de diretor apreciando bebida e agradece ao universo por seu salvador.

Depois do ocorrido, o dia parece melhorar. Apesar de Hoseok ainda parecer um pouco tenso ao chegar no set, quando ele entra em cena, não pode ser visto como nada mais nada menos que a encarnação de seu personagem. Jimin selecionou cenas mais brandas para o início dessa gravação, não querendo que Hobi encenasse todos os diálogos pesados e cenas mais gráficas depois da experiência ruim que ele teve no dia anterior.

Mas ele não poderia fugir de cenas mais gráficas e de carga dramática gravando um filme de terror. E apesar de sua produção não ter litros de sangue jorrando e monstros assustadores pulando em jumpscare na tela de cinema, elas ainda poderiam ser bem assustadoras pela angústia que imprimiam.

Quando Jimin estava escrevendo o roteiro, a imagem que se desenhava em sua mente quanto ao personagem de Hoseok não era clara. Ele enxergava um oriental, olhos afiados e cheios de malícia, com toda “exoticidade” de um gângster do leste asiático, de camisa com estampa animal e tatuagens coloridas despontando de mangas e colarinhos, grossas correntes penduradas no pescoço e um cigarro pendendo frouxo nos lábios.

As pessoas não associariam facilmente a Hobi, conhecido por seu sorriso e charme, um personagem assim. Porém, Jimin sabia que um dos fatos sobre Hoseok era como ele assumia um papel com maestria, vestindo cada personagem como uma jaqueta confortável.

E o observando pelas lentes da câmera, Jimin pode enxergar exatamente o personagem que imaginou enquanto escrevia, como se eles fossem o mesmo. Suas ideias transformadas em carne e osso através de Hoseok

É claro que ele sabia que seu amigo sempre se encaixava perfeitamente em todos os papéis em que o escalavam. Mesmo quando ainda estavam na faculdade, quando Hoseok subia ao palco o público respirava fundo coletivamente para se preparar para o seu show.

Mas nesse caso, Jimin não pode deixar de ficar embasbacado com a perfeição de sua atuação, aproximando-se de sua tela hipnotizado pela cena, quase como se ele fosse somente um espectador e não estivesse ali para dirigir aquele filme.

Jimin é puro foco na cena, lábio inferior mordido em concentração fervorosa. Ele recita a fala baixinho junto do personagem de Hoseok, sabendo que estão próximos de um ponto de virada, um impasse que o personagem deve enfrentar. Todo o set parece prender a respiração coletivamente, Jimin em especial.

Hoseok começa a dizer suas próximas falas quando as luzes de repente começam a piscar. Primeiro apenas um apagar e acender, para depois começarem a piscar freneticamente como uma lâmpada prestes a queimar. E Jimin vê pela tela de acompanhamento da cena quando Hoseok olha para cima, ainda no seu personagem com a máscara fria e de expressão maníaca que ele vestia quando o estava interpretando, e então as mudanças sutis de sua fachada quando a máscara do personagem começa a cair.

Primeiro um sorriso tenso, depois os cantos dos seus lábios se curvam para baixo, um franzir de sobrancelhas e o medo transparecendo nos seus olhos, mas o estopim da quebra acontece quando a lâmpada acima dele explode em curto, e, dentro de instantes, toda a sua expressão se transformou em puro pavor e o personagem frio e calculista que Hobi conseguiu tirar dos roteiros se torna só Jung Hoseok. Um apavorado Jung Hoseok correndo para fora do estúdio.

🎬

Jimin não estava dirigindo um filme de terror, ele estava vivendo um filme de terror.

O seu sonho de infância saiu pela porta junto com sua estrela principal.

Sem Hoseok, o estúdio desistiria da produção, não tendo mais o peso de seu sucesso para alavancar o filme, e as chances de um fracasso de bilheteria seriam ainda maiores.

Mesmo que conseguisse convencer mais alguém a trabalhar com um diretor iniciante em um filme incerto, ainda havia o fato de que ninguém iria querer fazer parte do caatinga de um filme que estava aparentemente amaldiçoado.

Atores eram muito supersticiosos, ele mesmo viu isso nos seus tempos de atuação. Afinal, todos sabem o que aconteceu com a equipe de O Bebê de Rosemary.

Tudo estava acabado e, por isso, Jimin não sentiu vergonha em chorar.

Ele nem mesmo se dá conta das outras pessoas que devem estar ao redor, de toda a sua equipe presenciando seu colapso, até que uma mão acalentadora começa a esfregar círculos calmantes em suas costas.

— Por favor, não chore. — Jimin ouve a voz rouca do seu diretor de produção. Yoongi segue acariciando suas costas mesmo quando o Park se apoia desajeitadamente em seus ombros largos, muito triste para se importar se algo assim seria inadequado.

— Sempre que eu penso que estou prestes a alcançar o meu sonho, ele me escapa, se desfaz como areia entre os meus dedos sem que eu possa fazer nada para impedir — Jimin desabafa, as palavras arranjadas pelo nó se formando em sua garganta. — Eu deveria ter ouvido o que os meus pais disseram, a arte não é 'pra mim. — O Park funga. — Ou quem sabe não seja esse set que está amaldiçoado, e sim eu.

— Jimin! — Yoongi segura seu rosto para acalmá-lo e fala olhando em seus olhos para fazê-lo prestar atenção. — Você não está amaldiçoado, está bem? O set também não está. Eu, na verdade… — O Min de repente desvia o olhar. — Eu tenho que confessar uma coisa… Eu só espero que você não me odeie por isso, realmente sinto muito.

— O que você quer dizer, Yoongi? — Jimin pergunta, e o Min suspira antes de dar um passo para trás para se afastar.

— Quem fez essas coisas, quem causou esses desastres que estragaram seu filme… fui eu.

Agora é a vez do Park de dar um passo atrás. Ele realmente não esperava por algo assim. Yoongi sempre pareceu tão dedicado ao filme, sendo a primeira pessoa a chegar ao set, resolvendo todas as demandas antes mesmo que Jimin pense que elas podem ser um problema.

— Eu não entendo, por que você faria algo assim?

Yoongi parece um animalzinho chutado, ele olha para os pés e parece estar fazendo muito esforço para proferir suas próximas palavras

— Não consegui evitar, realmente sinto muito, eu sei como isso vai soar estranho, mas… é que… é que eu fico nervoso quando você está perto e acabo metendo os pés pelas mãos. Não fiz de propósito, eu juro.

— Mesmo assim, eu ainda não entendo... Por que você ficaria nervoso quando eu estou por perto?

Yoongi respira profundamente como se para ganhar forças.

— Eu estou apaixonado por você.

O Park não pode conter seu ofego surpreso, e o Min fecha os olhos com forma ao formular suas próximas palavras, antevendo a rejeição.

— E sempre que te vejo, eu me torno um bobo desastrado. Eu provoquei todos esses acidentes porque estava distraído sonhando acordado. — Yoongi ri sem graça. — Jimin, você não sabe o quanto fica lindo quando está concentrado em uma tomada, a paixão pelo que você faz irradia de você… Eu não sei explicar, você simplesmente brilha, e eu não pude deixar de parar para admirar o seu brilho.

A essa altura é Jimin quem está envergonhado, ele nunca poderia imaginar algo assim. A mistura de sentimentos dentro dele faz sua cabeça girar. Há pouco ele estava tão triste e frustrado, e agora seu coração bate descompassado, aquecido pelas palavras do homem à sua frente. As preocupações com o filme são momentaneamente esquecidas.

— Eu nunca quis te prejudicar — Yoongi continua. — Eu, na verdade, admiro muito seu trabalho, desde que assisti seus curtas para o festival de cinema da universidade de Seul.

— Você viu meus curtas...? — Jimin sussurra, e o Min assente com bochechas coradas. — Pensei que ninguém tivesse se interessado por aquelas coisas. Eram só algumas filmagens cruas de coisas aleatórias.

— Não, eram muito bons. — Yoongi parece verdadeiramente convicto. — Toda aquela sua técnica com as luzes em neon e os frames rápidos captaram muito bem a energia caótica das noites em Seul. E aquele com os cortes graduais do pôr do sol em Busan me fez realmente sentir que eu estava naquela praia.

Jimin pode ver o sorriso do seu diretor de produção enquanto fala empolgadamente e não pode deixar de espelhar seu sorriso, sentindo-se orgulhoso com o reconhecimento de seu trabalho.

Apesar de amar o cinema, o diretor ainda duvidava de suas habilidades, a paixão muitas vezes era sobrepujada pela falta de reconhecimento, e sempre o fazia duvidar e pensar se ele era realmente bom no que fazia.

— Sei que você faria um filme melhor ainda se eu não tivesse estragado tudo com minha paixão boba — Yoongi diz, dessa vez cabisbaixo. — Um dia você me perdoaria pelo que causei?

O momento de silêncio perdura após a pergunta do Min.

A cabeça de Jimin trabalha com milhões de pensamentos por minuto para processar tudo o que havia acontecido.

O filme que ele queria produzir estava arruinado, seu set de filmagem amaldiçoado e sua estrela principal provavelmente em fuga até agora.

Mas então, Jimin descobre que o fantasma que estava assombrando suas filmagens, na verdade, era o seu fofo e desastrado diretor de produção que não só admirava seu trabalho e o tinha visto, mas também estava, aparentemente era, apaixonado por ele.

Era muito para se processar.

Porém, logo Jimin percebeu que deveria dizer alguma coisa o mais rápido possível, pois o seu silêncio confuso logo estava sendo interpretado como rejeição, e Yoongi parecia prestes a fugir como Hobi.

— Eu perdoo você — Jimin se apressa a dizer —, mas com três condições.

— Vou fazer qualquer coisa para compensar — Yoongi garante, e o Park sorri contente.

— Então, em primeiro lugar, você vai me ajudar a convencer Hoseok de que o set não está assombrado.

— Eu… eu posso fazer isso.

— Em segundo lugar, se convencermos Hobi a voltar, eu vou precisar que você esteja ao meu lado o tempo todo durante as filmagens, para ficar de olho em você e garantir que não teremos mais nenhum acidente.

— Tudo bem — o Min responde com as bochechas admiravelmente vermelhas. — E a terceira coisa?

— Quero que você vá a um encontro comigo — Jimin diz com uma contração arteira nos lábios.

— Certo, ir a um encontro com… — Yoongi congela percebendo do que se trata a terceira condição. — Você… q‐quer ir a um encontro comigo? — ele gagueja e, confuso, o Min dá um passo para trás surpreso e acaba esbarrando em um tripé que por pouco não cai.

Jimin ri, achando o jeitinho desastrado de Yoongi muito fofo.

— Sim, quero ir a um encontro com você. — Tudo que o Min consegue fazer é abrir a boca embasbacado e o gesto faz com que o diretor o ache ainda mais adorável. Jimin pensa que não seria difícil se apaixonar também por Yoongi, mas antes de pensar, ou levar isso seriamente, ele tinha um filme para terminar. — Vamos lá, meu fantasminha, temos que encontrar nosso ator medroso e convencê-lo a voltar.

E antes de finalmente ir ao encontro de Hoseok, Jimin se inclina para deixar um beijo na bochecha de Yoongi, e, como efeito, o Min se atrapalha e acaba dessa vez derrubando um tripé.




Glossário


Argumento*: É um resumo da obra contendo informações que interessam mais aos participantes (elenco, técnicos e produtores executivos), para apresentar um desenvolvimento dos personagens, e a abordagem que será usada.

Take*: É um trecho de filme ou vídeo rodado ininterruptamente

Contra Plongée*: Recurso de câmera que foca em uma pessoa ou objeto de baixo para cima e dá a ideia ou sensação de poder, ou superioridade.

Jumpscare*: Mudança abrupta de imagem ou evento, geralmente ocorrendo com um som alto e assustador, com intuito de assustar o espectador.

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Notas Finais: Espero que tenham gostado (◍•ᴗ•◍)♡ ✧*。

Quero deixar claro aqui que me identifico com o Yoongi dessa fic. Park Jimin também me desmonta todinha...

Muito obrigado a todes que leram!

Espero que tenham gostado

Até a próxima!

💜

31 Octobre 2021 02:08 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
1
La fin

A propos de l’auteur

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