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Yoongi é um diretor muito renomado na indústria do cinema, seus filmes sempre são um sucesso de público e de crítica, exceto por um crítico específico que sempre dá péssimas notas a ele e o critica das mais diversas maneiras pela forma que trata os assuntos nas tramas. Pensando ser apenas incompreendido, Yoongi tem a ideia de convidar Park Jimin para acompanhar as gravações do seu próximo filme. Durante esse tempo, Jimin pode acabar descobrindo mais sobre a vida do diretor que sempre tanto julgou através das lentes das câmeras.


Fanfiction Groupes/Chanteurs Interdit aux moins de 18 ans.

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O desafio cinematográfico

Escrito por: LuhDrama / LuhDramaLS

Notas Iniciais: Olá, xuxus! Estou aqui mais uma vez, agora tendo a oportunidade de dar vida ao plot da Becca (@JRYbc / @JRYbc_). Fico feliz de ter conseguido desenvolver algo que gostasse e espero que quem for ler goste também.

Antes de iniciar queria informar que a fic aborda alguns temas sensíveis. Nenhum deles está tão evidente ou aprofundado, mas existem. Por isso peço que leiam com cautela, caso tenham algum tipo de sensibilidade, ok?

Boa leitura!


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O café que tinha preparado naquela manhã fria e nublada encontrava-se já sem rastros de seu aspecto fumegante, depois que a xícara foi esquecida no porta-copos do sofá em que começou sentado com postura e terminou inclinado para frente, os olhos apertando-se por detrás dos óculos de lentes redondas como se não pudesse acreditar no que lia.

Com um suspiro longo e profundo, Min Yoongi — diretor renomado da indústria cinematográfica e já dono de muitos prêmios de grande prestígio — esticou a mão e tateou de forma cega o braço do estofado até sentir o telefone fixo que gostava de manter ali, por mais que muito pouco se utilizasse em uma era tão moderna de smartphones e mensagens expressas. O último número discado logo foi selecionado e os toques da chamada pouco se prolongaram antes que uma voz ainda carregada de sono atendesse.

Deixa eu adivinhar. O Park avaliou seu filme novo?

Um suspiro do Min foi o suficiente para que a pessoa do outro lado da linha entendesse, por mais que ainda estivesse tentando manter os olhos abertos.

Não deveria levar para o pessoal tudo o que ele diz. Sempre haverá alguém para reclamar de tudo e todos.

— Taehyung, mas é diferente… O modo como ele escreve essas críticas faz parecer que eu não sei o que estou fazendo com meus roteiros, e eu tenho muito cuidado com cada um deles! — resmungou, bebericando o líquido preto e gelado que o faz formar uma careta, levantando do sofá em seguida para jogar a bebida fora.

O que ele escreveu desta vez? — questionou, já preparado para o que viria.

— “O novo filme dirigido por Min Yoongi revela, mais uma vez, um roteiro montado com pouco cuidado e empatia, permitindo que sejam exibidas nas telas formas supérfluas de como abordar assuntos pertinentes e sensíveis”.

Sua leitura imitando uma voz irritante causou risos em seu ouvinte antes de desistir de repetir aquele absurdo em forma de texto.

— E aí ele faz toda uma descrição de como meus personagens são problemáticos e não recebem um desenvolvimento leal à realidade e de maneira suficiente para conscientizar qualquer um que assista, e mais um monte de asneiras escritas em frases formais e cheias de palavras rebuscadas. — Bufou, procurando pela garrafa de café na cozinha. Apenas com um pouco de cafeína conseguiria lidar com mais uma daquelas resenhas críticas sem perder as estribeiras.

Será que não é alguma perseguição pessoal? — sugeriu o amigo do diretor, também pouco entendendo a cisma. Park Jimin era o único crítico que dava notas tão baixas aos filmes e ainda fazia questão de deixar resenhas grandes o suficiente para esgotar toda a paciência de Yoongi. — Inveja talvez?

Yoongi pensou sobre ao conseguir encontrar o que buscava e depositou o líquido com certa raiva na xícara. Não, os atos de Jimin não eram baseados em alguma dor de cotovelo.

— Se ele trabalhasse com algo fora do ramo crítico, eu até cogitaria a possibilidade, mas não acho que seja isso. Talvez ele apenas não entenda o que tento passar e acabe se ofendendo — pensou em voz alta. Ainda que estivesse chateado, não poderia julgar alguém de maneira tão baixa como estava acontecendo consigo.

Você é sempre tão complacente, Yoon. Não sei como o chato de galochas consegue ainda dizer essas barbaridades para você!

— Eu vou tentar descobrir e pensar em algo que possa me fazer provar que ele está errado. Trabalho muito nos meus projetos para ser bombardeado sem chance de retaliação — decidiu, já confiando que tinha tudo sob controle.

Está bem… — Taehyung respondeu, incerto, do outro lado da linha, sabendo como Yoongi era um cara insistente. — Só tome cuidado. Vai saber como esse crítico metido a sabichão se comporta.

Um murmúrio em acordo foi emitido para tranquilizá-lo, ainda que soubesse que Yoongi tinha um apreço muito grande pelos seus filmes e não faria algo que Taehyung aprovaria completamente.

— Eu sou um diretor, Tae. Não tenho medo de desafios.

Sua reação às críticas de Park Jimin surgiu na forma de um e-mail na caixa de entrada do crítico, que reagiu surpreso ao ler o convite para que se encontrassem na cafeteria dentro de uma livraria em que era comum escritores se reunirem para escreverem ou conversarem. Também era um dos lugares favoritos do Min quando precisava pensar e relaxar mergulhado em alguma boa leitura.

Na mensagem vinha descrito o endereço, junto a uma data e hora. Se Jimin estivesse disposto, bastava que ele aparecesse para poderem conversar.

O crítico era jovem, porém muito conhecido por sua sinceridade nas avaliações que formulava. Isto fazia com que fosse sempre indicado para julgar muitos conteúdos cinematográficos, principalmente os filmes que ganharam atenção do público pelos trailers e estavam sendo muito aguardados.

Jimin tinha consciência de seu poder de influência e uma crítica sua era capaz de melhorar ou despencar o desempenho de um filme. Exceto pelos dirigidos por Min Yoongi.

Independente da nota e dos comentários que fizesse, o diretor já tinha uma base fixa e leal de fãs de suas produções, o que acabava não trazendo tantos riscos para sua carreira. Jimin sentia um bolo na garganta sempre que lembrava ou era lembrado do fato.

Não que gostasse de terminar com trajetórias de quem trabalha no ramo, mas também tinha muito apreço pela arte realizada de maneira consciente e correta, ainda mais quando esta tratava de tópicos tão influenciáveis na vida das pessoas.

Então, receber aquele convite foi visto como uma oportunidade para encarar de frente o diretor e talvez ter mais argumentos a seu favor sobre a sua irresponsabilidade em produzir filmes.

Enviando uma resposta ao e-mail confirmando sua ida, o Park viu-se tomado por certa ansiedade, decidindo a roupa antes da hora e organizando todo o seu dia como tinha o costume de fazer involuntariamente.

Acordou cedo de mais uma noite mal-dormida, tomou seu café da manhã sem exagerar nas calorias, respondeu algumas conversas e esvaziou a caixa de entrada de seu e-mail. Ainda tentou exercitar-se antes que chegasse a hora de aprontar-se para o encontro com o diretor, fazendo questão de vestir suas melhores roupas, e saiu com os óculos escuros apoiados no rosto, por mais que o local escolhido por Yoongi houvesse sido uma cafeteria comum da grande cidade, sem muitos requintes ou produtos com preços além da média.

Estacionou seu carro a poucos metros do estabelecimento e puxou o ar ameno daquele dia, com um sol tímido entre as nuvens. Milhares de possibilidades invadiram sua mente antes que pudesse alcançar e empurrar a porta de vidro, sentindo o cheiro de café, chá, livros novos e bolo recém-assado.

O movimento era mediano, permitindo que o ambiente sustentasse tranquilidade e conversas baixas, apesar da maioria estar ocupada com suas leituras ou trabalhos em notebooks. Jimin olhou em volta à procura do diretor e o achou em um canto afastado, assinando um guardanapo para uma atendente muito animada com sua presença no recinto.

Sua aproximação fez com que ela voltasse a assumir sua postura profissional e se retirasse com uma comemoração baixa enquanto ia para trás do balcão.

— Olá, senhor Min — saudou, sentando na cadeira vaga sem esperar por um convite formal e colocando os óculos escuros sobre o cabelo loiro. — O que te fez decidir me chamar para um encontro?

O homem à sua frente pareceu refletir sobre suas palavras, a testa formando vincos entre os olhos antes de ajeitar os óculos de lentes redondas e pigarrear para que sua voz soasse bem.

— Fico feliz por ter aceitado meu convite. Sinceramente, eu não esperava que viesse… De qualquer forma, já que está aqui, quero te propor uma coisa.

Os olhos pequenos pareciam menores por trás das lentes, e Jimin precisou admitir que o homem tinha a postura de um diretor que sabia causar uma impressão forte, ao passo que o diretor paralelamente pensava sobre como o crítico era tão ávido e intenso quanto suas palavras afiadas.

— Que seria? — perguntou Jimin com os braços cruzados em relutância.

— Quero que você acompanhe o processo de filmagem de um dos meus filmes. — Foi direto e sucinto. Não havia o porquê de enrolar para dizer aquela simples proposta. Queria fazer o crítico ver para crer.

A sugestão fez Jimin gelar por alguns segundos. O diretor, então, iria entregar todos os recursos de mão beijada?

— Não vou interferir em suas opiniões e me comportarei exatamente como fiz em todas as minhas outras produções — acrescentou por fim. — Ao final, podemos assistir ao filme pronto e você irá postar a crítica que quiser sobre, desde que seja sincero.

Descruzando os braços lentamente para ajeitar a postura, o crítico esboçou um sorriso receptivo e acenou após alguns instantes de suspense.

— Eu jamais invento além do que vejo, senhor Min. Aceito sua proposta.

...

Na semana seguinte, os dois voltaram a se encontrar, desta vez em uma sala apertada, com a parede adornada com pôsteres de diferentes filmes enquadrados e um vaso de planta sintética em cada ponta. As janelas estavam abertas, deixando a brisa urbana e os sons do trânsito andares abaixo entrarem por ela enquanto a equipe de filmagem de Yoongi debatia sobre o novo projeto.

A reunião barulhenta e animada não era o que o crítico esperava de um encontro importante como aquele, mas logo ele descobriria que, não só o diretor, como toda sua equipe tinha uma ótima relação.

— Certo, certo. Vamos tentar algo mais pessoal desta vez, dar uma impressão maior de estarmos na visão do personagem do que apenas assistindo como quem acompanha uma cena acontecendo. Acho que isso vai trazer uma sintonia melhor com o roteiro — opinava Yoongi, sentado na ponta da mesa em sua cadeira de escritório e conversando tranquilamente com a equipe, por mais que Jimin estivesse em um canto mais afastado acompanhando tudo.

— Esta semana ainda entro em contato com o elenco escolhido e aí poderemos começar as gravações — o assistente de direção pareceu animado e tinha um aspecto tão jovial que mais parecia um estagiário pelos olhos do Park.

De maneira proposital, Yoongi preferiu não revelar o enredo com muitos detalhes durante a reunião, uma vez que os profissionais junto a si já tinham conhecimento do que se tratava e ele não queria especulações e rumores sobre seu novo filme antes da hora. Era direito dele, também, usufruir do poder da dúvida e manter informações em segredo.

Quando a reunião se encerrou em meio a muito falatório e silvos animados, o diretor aproximou-se com um copo de bebida quente nas mãos, pouco se abatendo quando sua gentileza é recusada pelo outro.

— Coloca crianças para trabalhar com você? — Jimin o questionou, os olhos atentos a qualquer passo de Yoongi.

— Deveria aprender a curtir o processo, ao invés de esperar que eu cometa um deslize. — O erguer de seus ombros indicava que continuava despreocupado, ainda que um certo nervosismo o acompanhasse. Aquele crítico parecia disposto a dar um jeito de afundar sua carreira, e ele estava facilitando o processo. — Nós ainda nem começamos realmente e já está me apontando facas. Além disso, Jungkook pode ser novo comparado à maioria da indústria do cinema, mas eu confio muito nele.

Sem outras réplicas, o diretor indicou o caminho para que o loiro conhecesse seu estúdio de filmagem, onde ainda estavam montados alguns cenários de seu último filme e os equipamentos desligados.

— Senti que não gostou muito do meu último filme e, já que estou prestes a começar outro, gostaria que dissesse o que posso fazer para melhorar — murmurou, ligando alguns holofotes para revelar uma mesa quadrada simples e com duas cadeiras.

Ele se sentou em uma e não convidou o crítico a fazer o mesmo, revidando sua falta de bons modos. Erguendo uma sobrancelha e rindo mudo ao perceber o ato, o loiro tomou o lugar que ele lembrava de ser ocupado por um advogado no filme, um homem que precisou lidar com as consequências de uma traição.

— Minha opinião importa agora? Está tão preocupado com o que minhas críticas podem trazer para sua imagem em rankings feitos no YouTube?

É óbvio que Jimin não queria facilitar o bom convívio deles. Ainda que Yoongi estivesse ocupando a cadeira em que a protagonista — que buscava por motivos para as decisões de seu esposo — esteve sentada, o mais velho não parecia alguém que merecia suas respostas.

O diretor e o crítico muito pouco se conheciam para estabelecer uma relação tão íntima quanto um casamento deveria ser, mas Yoongi esperava que dali saísse pelo menos um acordo de paz ou uma trégua. Porém, Jimin era rígido e defensivo, como se suas próprias opiniões fossem a verdade absoluta.

— Não te convidei para que dê cinco estrelas em meus filmes — devolveu em tom sério, quase ríspido. — Só quero que entenda o que faço além de criar conflitos sem fundamento. Eu poderia simplesmente dirigir o roteiro de alguma produtora famosa e ganhar muito fazendo pouco, mas não me faria feliz colocar minha equipe e eu em algo que não me faça ter a certeza de que estou trazendo algo real para o público.

— Então mostre que é de verdade — Jimin não deixou o momento esfriar, trazendo as últimas palavras da breve conversa. — Convença a todos que é capaz de lançar um filme que mostre, até a mim, que não quer apenas ganhar em cima de um assunto que chame a atenção.

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Notas Finais: Muito obrigada ao Demias (Honeyboy__ / @Honeyboy__) e a Noh ( minie_swag/ minie_swag ) pelo cuidado com a betagem e a Grazi ( @xxmoonbear /@xxmoonbear ) pelas capas lindinhas ♥. Obrigada também a quem tiver dado uma chance para a fic e até o próximo capitulo!

3 Octobre 2021 00:16 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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