brina Sabrina Leone

Prestes a completar dezesseis anos, a jovem Amélia Cooper, é obrigada a tomar uma decisão crucial que mudará sua vida para sempre. Ela deve escolher entre o mundo das bruxas e o mundo dos mortais, enquanto luta para proteger a família e os amigos de forças sombrias que os ameaçam. Ps: Essa é a quarta história de uma cronologia inteira. Então, caro leitor, sugiro que leia a história que antecede esta, para que possa ficar por dentro dos acontecimentos recentes desde universo que está dando seus primeiros passos. Antes de iniciar essa grande aventura, sugiro que leia: Imortais


Fantaisie Fantaisie sombre Interdit aux moins de 18 ans.

#bruxas #fantasia #universoleone
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O Piloto


>Cemetery Lane/ Inglaterra.

Era um fim de tarde de segunda-feira quando o carteiro Joey iniciou sua primeira entrega. Ele havia trabalhado a manhã toda e notou que a única carta que faltava era uma endereçada aos Cooper.
Ele foi até a rua em questão, ao chegar do outro lado da rua, percebeu que era a primeira vez que parava para observar a casa dos únicos que moravam naquela rua. Nem se quer podia chamar de rua, era como um campo morto com um casarão bem no topo da colina cinza. Era uma casa enorme feita de madeira, haviam portas e janelas antigas do tipo circular compridas, na frente uma coluna se destacava como uma masmorra e as vinhas mortas ao redor das paredes deixavam um clima mais velho no local. Era como um casarão mal-assombrado de filmes antigos. Havia também algumas árvores mortas ao redor, aves negras sobrevoando e, por de trás da casa, ele podia ver poucamente uma grande área com algumas estátuas de pedra.
Ele sentiu um leve calafrio, mas logo criou coragem e empurrou os pesados portões de ferro que rangeram horrivelmente. Atravessou o medonho jardim morto e parou em frente à porta. Na varanda, o chão de madeira rangia sob seus pés e ele preferiu ignorar os sons.
Seu dedo automaticamente tentou apertar a campainha, mas tudo o que encontrou foi uma parede gélida. Não havia uma campainha, então Joey teve que bater com o enorme puxador da porta.
Por um instante, silêncio. Ele achou que não tinha ninguém na casa, que já fosse abandonada há alguns anos, mas uma garota abriu a porta. A garota estava inteira de preto, como se estivesse vestida para um funeral, ela era pálida e seus olhos eram tão sem vida que parecia que o funeral era o dela. Ela tinha também longos cabelos negros, presos por duas finas tranças.
Sua aparência, apesar de ser só uma garota com um pouco mais de 15 anos, era amedrontadora. Tão amedrontadora que fez Joey recuar um pouco. Eles se encararam por um momento até que :
-Tia V, é mais um daqueles caras do correio. Posso acabar com ele?- ela perguntou para dentro do casarão.
"Acabar?!", ele pensou e engoliu em seco.
-E-eu só preciso lhe dar isso- ele entregou a carta para a menina e correu o mais rápido que seu corpo gordinho permitia. Ele estava chegando próximo ao portão quando viu o mesmo começar a se fechar sozinho, imediatamente ele apertou o passo e correu mais ainda, passando por um triz pelos enormes portões que se trancaram atrás dele.
A garota entrou no casarão. Primeiramente, ela passou pela sala espaçosa que abrigava duas escadas de madeira em lados opostos, haviam duas portas opostas naquela sala também. A primeira porta, à direita, dava para a sala de estar e a segunda, à esquerda, dava para a cozinha. Ela subiu a escada do lado esquerdo, ignorando as portas e indo diretamente para o segundo andar. Contraditoriamente às maiorias das casas, esta em questão não possuía um teto ou chão que separava o primeiro andar do segundo. A primeira sala tinha o teto bem longe do chão, com as paredes retas em retângulos gigantes, as escadas eram ligadas diretamente nas paredes e davam à salas com portas duplas para outros cômodos.
A escada do lado esquerdo deu diretamente para pequeno corredor com quatro portas e uma ao final. Ela foi para a última porta e saiu em um escritório. A sala não era muito grande. As quatro paredes de tinta preta estavam cheias de estantes com os mais diferentes objetos. Ela podia ver desde um crânio, a livros antigos, a potes empoeirados e vários papéis. Na parede contrária à porta, havia uma vidraça com visão para o cemitério de estátuas que ficava no fundo do casarão. O vidro continha poeira exceto em uma parte, onde induzia que alguém havia o limpado com a mão para observar algo. Em frente a vidraça, havia uma cadeiraforrada de veludo, ela era velha, porém bem confortável e limpa. E a frente dela, havia uma grande mesa de madeira cheia de papéis, livros e arquivos em pastas.
Quando ela entrou, a cadeira estava de costas para a mesa, virada para a vidraça. O encosto dela era tão absolutamente exagerado que seria fácil cobrir alguém ali com o mínimo de esforço.
-Tia V?- perguntou ela encostando a porta. A cadeira se virou de frente para ela, com Verônica Cooper bem acomodada nela, com uma folha em mãos e seus óculos de leitura sob o nariz. Ela abaixou o que quer que estava lendo e levantou a cabeça, demonstrando interesse -Isso acabou de chegar do correio
-Deixe-me ver- Verônica solta o que lia na mesa e pega a carta, abrindo-a com a unha de seu indicador -Amélia, me dê o copo ao lado de sua mão
A garota nota que estava com as mãos na mesa e que realmente havia um pequeno copo quadrado perto de sua mão esquerda. Ela entrega o objeto para Verônica e sente algo bater em sua panturrilha, ela se vira e vê uma cadeira de rodinhas parada atrás dela, tocando sua perna.
-Sente-se- sugeriu Verônica ainda lendo, passando sua mão livre em seu cabelo loiro platinado quase branco.
-É da minha mãe?- perguntou a garota, atenciosamente enquanto se senta.
-Não, Amélia... É uma carta do Concelho Bruxo de Salem. Falam sobre os inconvenientes dos últimos meses
-Quer dizer sobre aquele Nêcron e o tal Anjo da Noite?- questiona Amélia, pensativa.
-Não, não. Isso a RDM pode muito bem dar conta- ela solta o papel sob a mesa, remove seus óculos e encara Amélia seriamente -Falam de você.
-De mim?
-Sim. Sua mãe, Elizabeth, sempre temeu que esse dia possa chegar. Mas ela anda ocupada cuidando da diretoria da Academia das Artes Místicas. Sua mãe viveu metade da vida no mundo mortal e, segundo ela, seria o mais adequado para você também. Estudar e viver com mortais e depois passar para o lado das criaturas místicas....
-Mas?- ela coloca os cotovelos sob a mesa, tentando ler a tal carta, mas curiosamente o papel estava completamente branco.
-Mas o Concelho Bruxo, e eu também, acreditamos que o melhor para sua formação é ingressar diretamente numa escola de bruxas... Já que, por culpa de sua mãe, não é uma bruxa legítima e precisa se tornar uma.
-Eu não sei não...- ela se levanta meio em dúvida -Quer dizer, eu gosto de ser uma bruxa, mas algumas coisas me causam... Um tipo de medo. Eu tenho alguns amigos mortais e não queria deixá-los
-Pense nisso- ela faz um gesto com as mãos, fazendo o papel desaparecer num sopro de pó azul -Afinal, seu batismo de sangue está próximo, falta apenas uma semana para que se torne uma bruxa de verdade
-Sim, tia V... Estarei em meu quarto caso precise de mim, está bem?
-Pense bem em tudo, Amélia... Pois você é uma Cooper!
Amélia Cooper subiu caminhou pelo corredor, virando na terceira porta, entrando em seu quarto. Ela foi até sua cômoda de madeira e pegou seu notebook, pulou em sua cama e deitou-se de barriga para baixo, cruzando as pernas para cima enquanto liga o aparelho e começa uma chamada de vídeo.
-O que estava fazendo?- ela pergunta.
-Sentindo sua falta- um garoto moreno, de cabelos negros e olhos verdes respondeu do outro lado da tela.
-Até parece- ela sorriu -O que você realmente estava fazendo?
-Sanduíche de pasta de dente- ele disse rindo de si mesmo.
-Que nojo- ela começou a rir.
-Era o desafio de um amigo- ele riu também -E você?
-Falando com minha tia sobre minha... Transferência de escola...
-Não quero que mude de escola
-Nem eu... Mas... É complicado
-Me conta...
-Acho que é mais complicado do que eu poderia dizer
-Amy, você nunca me conta... Estamos namorando há quase dois anos e eu não sei nada sobre sua família...
-Eu sei que é difícil, mas... É realmente muito complicado...- ela desviou o olhar.
-Tudo bem- ele deixou um sorriso escapar -Eu respeito seu espaço e posso esperar pelo seu tempo...
-Obrigada, Barack- ela riu meticulosamente.
-De novo isso- ele tampou o rosto e começou a rir -Eu não me pareço com o Obama!
-Você é igualzinho ele!- ela insistiu e ambos riram.
-Quisera eu ser como ele...
-Pelo menos você não é como o novo presidente
-O que há de errado com o presidente atual?
-Ele é todo laranja!- ela responde causando um ataque de risos nele.
-Talvez tenha tomado Sol demais... Embora você seja tão branca que parece ter sido afogada
-Hey, isso é preconceito!- ela exclamou fingindo estar ofendida.
-Não, é seu charme...- ele soltou um sorriso que a contagiou no mesmo instante -Vai para a escola amanhã?
-Pretendo- ela respondeu cerrando os dentes -E você?
-Vou sim. Ouviu falar dos boatos no grupo?
-Bom...- ela encarou o celular e viu que no grupo da sala do Whatsapp estava com mais de 700 mensagens que ela não teve nenhuma vontade de ler -Mais ou menos...
-Parece que a conselheira da escola foi demitida
-Dona Sônia? Por quê?
-Ninguém sabe... Ela só parou de vir e uma outra mulher entrou no lugar dela e virá pela primeira vez amanhã
-Que estranho... Sabem o nome da nova conselheira?
-Não... Ninguém sabe quem é ainda
-Ah...- um barulho na janela fez ela desviar o olhar rapidamente.
-Tá tudo bem aí, Amy?
-Tá sim. Mas eu vou ter que ir jantar agora, está bem?
-Claro
-Ok... Tchau, Robbie- ela sorriu e mandou um beijo.
-Até mais, Amy...
-Eu te amo- ambos disseram em coro e fecharam seus notebooks.
Amélia foi até a janela e viu que havia uma pedra brilhante no vidro, ela o abre e, rapidamente, a pedra voa diretamente para a parede contrária à janela, grudando na mesma sem perder a intensidade do brilho. Amélia se aproxima do objeto e o vê, pelo que parecia, resfriar. Ele ficou gelado, como se congelasse até se tornar ainda mais sólido do que já era, perdendo totalmente seu brilho e se tornando apenas uma pedra roxa sem um formato próprio que caiu no chão.
Amélia tenta pegar o curiosos objeto, mas ao tocar ela é queimada superficialmente. A pedra estava tão fria que chegava a queimar a pele da garota. Com a ajuda de uma camiseta de lã, ela consegue envolver a pedra e a pegar, colocando-a em uma pequena caixa retangular de madeira. Sem ter a mínima ideia do que possa ser ou do quê fazer com aquilo, Amy apenas guarda a caixa em sua estante e se prepara para dormir, já que, está noite em especial, ela estava sem nenhuma fome.

5 Septembre 2021 16:00 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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