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O caminho da Floresta

A alvorada já ameaçava instaura-se. O pequeno homem abria seus olhos ainda ébrio. Estava tentando pôr-se em pé, mas ainda cambaleava, era muito cedo, todos a sua volta ainda dormiam. Pobre homem! Havia bebido muito, até tarde, varou do crepúsculo até pouco antes do alvorecer surgir no horizonte entre as arvores que subiam as colinas rochosas do vale perdido. Agora ele esbarrava nos próprios pés, violentamente derrubou um pequeno castiçal de três ancoras, por sorte já estava apagado e não restava mais que cera de vela derretida, olhou a sua volta novamente para ter certeza que não tinha acordado ninguém com seu jeito desajeitado e imprudente. – Queria ele tê-lo feito, ele pensaria mais tarde. O homem caminhou até sair da tenda desarrumada, parecia ter passado um grande rodopio de vento, não seria tão grande o exagero em afirmar que estava virada ao avesso, um grande centro de balbúrdia causada pela euforia da festa da noite anterior.

Passando porta à fora da tenda, caminhou até o pequeno píer as margens do lago de água escura, não devia ter mais de 10 metros entre a tenda e o final do píer. Com a visão ainda turva e confusa pela quase luz do dia, caminhava por entre a névoa do alvorecer que pairava baixa pelo lugar gélida e pálida, porém densa o suficiente para escondê-lo. Era inverno e muitas partes do lugar estava coberta por camadas de gelo macio, à algumas noites nevara bastante, mas agora estava mais calmo. Era estranho vê-lo como ele estava em condições climáticas como aquela, devia estar sentindo muito frio. Seguia tonto entre os dois alambrados do píer tentando manter-se firme, não ousaria largar as mãos de lá até que chegasse ao final, era sua segurança agora, sua única! Toda aquela nuvem deixava a visibilidade ainda pior, como se o vinho já não lhe tivesse dando problema o bastante para enxergar e se concentrar com tamanha dor de cabeça. Em fim a sua cambaleante caminhada acabara, conseguiu sentir o final dos alambrados ajoelhou-se e curvava-se cuidadosamente enquanto tomava água gélida em suas mãos para lavar o rosto. Rapidamente arrastava as mãos do queixo ao final de seus cabelos, quase como se estivesse tentando lavar a sua própria alma, e talvez até estivesse. Tomou um susto quando sentiu o gelo penetrando por todos os poros da face, apertava ainda mais os olhos em uma tentativa de melhorar a sensação de congelamento que o transpassara em contato coma água, continuava a passando as mãos nos cabelos longos e brancos que iam até o ombro, por fim deu-se conta da enorme dor que sentia na em sua cabeça, mais recuperado da extasia que se auto infligiu, recobrou de fato a consciência, o homem ficou estupefato ao ver seu reflexo cintilando na água, parecia que não dormira a várias noite. – Não seria estranho de forma alguma, as rugas acompanhavam seu rosto por inteiro, as olheiras de noites de sono desperdiçada saltava antes aos olhos, e aquele rosto marcado e afilado, parecia não está se alimentando direito. O que leva um homem deixar-se chegar em uma situação deplorável, talvez a maneira como tenha escolhido viver seus dias não tenha sido uma boa escolha afinal. Estranhamente enquanto seu rosto espelhava-se trêmulo sobre a superfície do lago, pensou estar louco ou algo ou alguém estava querendo o assustar, pelo mesmo tempo de um breve estalar de dedos seu rosto passou de seu a de um crânio mórbido, o homenzinho esfregou os enormes olhos e depois os arregalou esperando corrigir o que vira, abriu os olhos e o crânio desaparecera tão rápido quanto aparecera. Depois do momento de loucura totalmente curado da embriagues que o sono causara, estava ainda recostado em um dos lados a observar-se. O tecido da sua camisa era demasiado grosseiro, parecia mais com uma cota de malha, mas que não oferecia proteção alguma. Uma calça de couro cozido marrom costurada com pontos marcados nas laterais. Talvez não trocasse de roupas a um tempo, mesmo depois de ter rolado nas estalagens o dia anterior, ou melhor a noite anterior, descuidado e com meia barba por fazer, talvez aparece algumas vezes enquanto crescia emaranhada com um monte de fumo enrolado ou talvez feno. Esforçando-se para levantar e sentindo um pouco de seus músculos resmungava como se estive sentindo alguma dor, ou simplesmente fosse natural de si, reclamar ao fazer algum movimento depois de tentar se recuperar da bebedeira, pôs-se de pé.

– CAVALEIROS DO RE! – Um grito agudo e interrompido foi solto ao ar.

O homem correu para fora do píer tentando fugir da névoa que o deixava com visão limitada, quando terminou sua breve corrida, o fogo já consumia algumas tendas e pessoas corriam para todo lado atônitas completamente perdidas, apenas tentavam fugir o mais longe que as pernas podiam levar enquanto lutavam para manterem os olhos abertos, surpreendidos a maioria ainda ficara dormindo antes do ataque. Os gritos dos feridos soaram sombrios na Floresta dos Esquecidos, ecoavam forte, quase encobria o barulho do aço golpeando-se mutualmente em algumas breves resistências. Eram um grupo de pelo menos 20 cavaleiros treinados e armados com arcos, espadas e seus machados contra 10 exilados-florestais que sequer sabia como usar uma espada para salvar a si mesmo, imagina defender a sua família, o derramar de sangue inocente era inevitável, irremediável e porque não um destino fatalmente selado? O homem de cabelos esbranquiçados e longos, juntou a sua direita uma machadinha à segurou firme mirou no primeiro alvo que encontrou e a lançou de dentro da densa névoa que persistia ainda sobre todo o lago, a curta lâmina voo certo até o encontro do ombro de um dos cavaleiros e o derrubou de cima do cavalo, do susto a animal levantou as duas patas dianteiras e relinchava com o susto do desequilíbrio do homem, por fim o cavalo afugentou-se. Desventurou-se a sair da névoa em um rápido pulo que seguiu em direção do cavaleiro caído que tocava com uma das mãos o ombro atingido e contorcendo-se de dor, ajoelhou-se rapidamente e retirando o elmo que protegia a cabeça do homem, puxou a lâmina revelando a fenda causada pelo arremesso, urrou dominado pela fúria e desferiu dois golpes vorazes com machadinha na garganta do soldado, o choque dos golpes fez jorrar dois longos jatos de sangue atingindo seu rosto. Por um instante ele se desprendeu da realidade do que acabara de fazer. Os gritos ecoavam ainda mais fortes, mas o homem sentado em cima das próprias pernas só conseguir olhar para as mãos manchadas do sangue inimigo e reparar os cabelos que estava tingido com um carmesim vívido que escorria como se fosse água. A realidade o chamou quando percebeu o quanto perto passou uma das muitas flechas que passavam de um lado para outro. Levantou o rosto e demasiadamente observava o campo da carnificina quanto um dos cavaleiros de um salto desceu de seu cavalo e pôs-se ao chão caminhando ao encontro da última tenta de pé, a mesma que ele havia deixado para lavar-se no rio. Aproveitou enquanto os últimos homens mantinham o restante dos cavaleiros ocupados cruzando armas e arrancando das mãos do corpo homem a lâmina pálida e afiada, correu lateralmente entre alguns arbustos tentando chegar à tenda antes do soldado sem ser percebido até a tenda onde havia deixado alguém. Correu o mais rápido e leve que poderia afim de não chamar atenção do homem que seguia na mesma direção, porém à frente. O cavaleiro percebeu a aproximação de alguém, virou-se rapidamente e ouviu-se um agudo barulho da vibração de aço contra aço. O soldado defendeu o ataque do homem de cabelos, agora vermelhos do sangue inimigo, estava forçando o seu peso na espada contra o cavaleiro do Rei, mas não adiantava muito, o homem atarracado não era alto o suficiente para acompanhar seu porte físico, talvez tivesse alguma vantagem se fosse um pouco maior, mas com certeza esse não era o caso agora. Os dois afastaram-se rodopiando as espadas e assumindo posições defensivas enquanto se examinavam atentamente.

– Como, ainda tem um de vocês vivo? – O cavaleiro sabia que havia mais deles ainda vivos. Era possível ouvir por todo lado o brandido do aço empunhado, tudo que ele queria era insultar, talvez tenha conseguido. – Vamos ver quanto tempo você ainda pode continuar! – Completou a frase avançando em passos pesados.

Mais à frente o homem fez sinal de espera e ficou a ponta da espada no chão, levou as mãos ao elmo e o retirou atirando-o para longe de si, tal como algo que o atrapalhava. O cavaleiro de estatura comum entre a maioria deles, era feio e marcado, seu rosto por nada era agradável, o homem parecia ter levado alguns golpes e queimaduras no rosto, talvez em meio a tantas batalhas não tivera tanta sorte, ou tivera muita, afinal continuava vivo mesmo, tão assolado e cheio de cicatrizes horrendas, talvez pudesse assustar alguns inimigos, o homenzinho não parecia se importar ou ter simplesmente não havia reparado. O homem marcado no rosto trajava uma armadura cintilante de aço polido em detalhes de fios de prata falsa. O gorjal alto chegava à altura do queixo e exibia em alto relevo o símbolo da coroa. Armadura montada sobre coro tingido e tecido azuis. O elmo pontiagudo para cima, possuía abertura apenas na altura dos olhos e boca, tinha proteção para o nariz adunco do homem por trás de todo aquele aço.

– Podemos Começar! – Alertou o soldado com um sorrisinho semicerrado e avançou mais. Os movimentos dos dois pareciam sincronizados em que um era impossível atingir o outro, e depois de alguns golpes desferidos e defendidos entre eles, o homem de cabelo de sangue notara que o espaço de tempo entre as investidas do cavaleiro havia diminuído mesmo que por um pouco, ele percebeu que o aço o deixara mais pesado e lento, ao passo em que se ele não atacasse tanto não cansaria de igual modo, ele começou a ficar esquivando para a direita quando o ataque vinha da esquerda e da mesma forma quando o ataque vinha do outro lado. Seguia apenas esquivando do ataques até que esperou a oportunidade em que o soldado já enfurecido das esquivas levantasse ainda mais alto a espada para atacar mais forte, o homem de cabelo de sangue parou o golpe alto da espada do cavaleiro, e trocou a mão da espada pela mão livre se livrando rapidamente da posição de defesa desferindo um ataque em uma das brechas da armadura na coxa do soldado, um urro de dor foi largado ao ar, mesmo que aquele tivesse sido um corte não muito profundo a terra na lâmina com aquele aço frio era a combinação perfeita para a dor, fazia com que o homem sentisse o corte mais profundo do que realmente era. Agora ele se afastava segurando o corte na perna esquerda enquanto apoiava-se com a espada na outra mão. Levou a mão até onde os olhos já conseguia ver, e enfureceu-se ao ver seu sangue manchando suas belas luvas azuis. Trazia agora no olhar a cólera que jamais o homenzinho atarracado havia visto. A essa altura as outras lutas já haviam acabado e os cavaleiros que sobraram estavam a ver se os mortos estavam realmente mortos ou a observar o curso que aquela luta levaria, de um jeito ou de outro não restava dúvidas, se mesmo que por sorte o pequeno homem ganhasse, ainda restara mais inimigos do que ele poderia enfrentar, ele até esperou que houvesse interferência, mas nada fizeram a respeito e por sorte continuaram ali a apreciar aquela “bela” luta.

– Você já foi melhor Yhore – Falou um dos homens de pé olhando! – Está tão velho assim? Não consegue dar conta de um simples exilado!

– Qual sua história? Você não foi sempre um exilado! – Disse Yhore ainda com um sorriso falso – Um homem que sabe manejar um aço pesado e longo como esse, mesmo que um pouco, deve ter tido algum treinamento. Não importa! – O Soldado terminou de falar emendando uma investida. Enquanto o pobre homem defendia um de seus ataques furiosos, o cavaleiro conseguiu uma pequena abertura, e com a outra mão sacou um punhal e desferiu um golpe no peito do pequeno homem. Agora sim, estava perdido, toda aquela bravura se esvaia em sangue. O Sangue jorrava na vestimenta amarela que aos poucos mudava de cor, ele foi ao chão de cansado e ferido. Fechava os olhos repetidas vezes respirando ofegante e mentalizava a imagem que havia visto no lago mais cedo ao olhar seu reflexo.

***

Teria sido aquilo um aviso? Talvez ele fosse viver se tivesse fugido, provavelmente ele não seria o último a morrer inutilmente naquele acampamento. Será que Aldain conseguira fugir, ou aquilo tudo, inclusive sua morte fora em vão? Ele só queria saber se conseguira fazer o que se propôs!

Sua mente agora o enganava, estava completamente embebido em uma penumbra que o assombrava e apenas ele. O homenzinho caia em desgraça a pensar:

Dizem que quando está próximo a morte, você enxerga a luz vindo até você. Mas... onde está?”

Com certeza não era como se ele sentisse ou visse isso, a negritude do ambiente era exageradamente forte e estarrecedora, suas pupilas jamais conseguiriam se acostumar aquela nebulosa escuridão. Pobre homem assustado, sons inaudíveis que vinham e desapareciam rapidamente.

“Será que estava indo ao lugar errado.”

O barulho persistia ao seu redor como flashs que vinham de todos os lados, desesperadamente proclamava!

“Por favor me tirem daqui! Alguém me... ajud..., precis... sair daqu...

– Sua hora ainda não chegou ou ou ou. – A voz no fundo aveluda e calma ecoava no interior de sua mente. – Eles ainda irão precisar de você ê ê. – A voz continuava a fazer eco.

– Quem... vai precis... d... um perded... – Respondeu ele questionando, quase desistindo de cada palavra.

– Não seja fraco, tudo que precisa fazer é abrir os olhos e firmar os pés ao chão, isso não é tão difícil ou é? – A voz falou enfática.

– Eu estou de olho aberto, mas tudo que vejo, é exatamente nada, sinto uma sensação de vazio! – Falou o homem agora conseguindo formular uma frase completa. Ele estava de fato com os olhos abertos, mas não conseguia enxergar nada, nem mesmo uma montanha se a colocassem um palmo à sua frente.

– Assim como não conhecemos o pé dos fiordes encobertos pelas caudalosas águas, existem aqueles que veem o mundo na forma em que ele se mostra, mas não quer dizer que está seja a única forma dele! – Explicava a voz!

– Eu não compreendo! – Disse o homem!

– Como poderá compreender se ainda continua de olhos fechados? – Questionou a voz um pouco mais dura.

– Como posso abrir os olhos? – Disse o homem desacreditado.

– ALFRAIM! Deixe de ser tolo! – A voz o chamou em tom estrondoso. – Isso terá que fazer sozinho, apenas perca a primeira visão para que a segunda lhe seja dada.

A voz agora desaparecera como um sopro ao ar livre. Ele se perguntara o que tudo aquilo significava.

Um tempo vagando entre a escuridão e pensava em cada palavra que a voz falara, e repetida vezes ouvia o trecho:

“o mundo na forma em que ele se mostra, mas não quer dizer que está seja a única forma dele.”

E:

“apenas perca a primeira visão para que a segunda lhe seja dada.”

Fechou os olhos e parou de tentar enxergar qualquer coisa. Como uma pequena chama ele avistou uma luz azul, surpreendido abriu os olhos e de novo, nada chegou a ver, fecho-os novamente e lá estava ela pairando a frente a uma pouca distância, a perseguiu até a alcança-la, como se pudesse tocá-la agarrou-a suspensa ao ar, e a pequena chama envolveu suas mãos. Levou as mãos aos próprios olhos para tirar a própria dúvida.

***

Abriu os olhos devagar, e percebeu o mundo a sua volta, não era mais aquela escuridão, mas agora, talvez fosse pior. Quando finalmente sentou-se, ainda sentia no ar o cheiro da devastação que o fogo causara, seus olhos só constatavam coisas desmanchando-se em cinzas ou em brasas vivas. Passava uma das mãos no peito para conferir a ferida da batalha, o local estava limpo e sem corte, como se nunca tivesse sido atingido, era confuso, às vestes ainda estavam rasgadas, mas a ferida tinha sido curada, ou nunca existira. Já não tinha mais ninguém ali, todos se foram, Aldain, seus amigos, até mesmo os cavaleiros, estava completamente só. O meio dia estava próximo, a névoa deixara o local a muito tempo, o sol estava entre nuvens e ele precisava partir. Juntou a curvada espada ao seu lado e embainhou-a, foi até o rio tomou água e partiu. Seguiu tropeçando enquanto avançava o curso correndo para dentro da densa floresta. Em sua maioria a entrada estava cheia de hera que descia do topo até as raízes das enormes gameleiras, tão enormes e frondosas que apenas uma só faria sombra para mais de 100 pessoas com certeza.

O homem caminhava o mais rápido que poderia entre os enormes trocos de roxinho que fazia a única trilha transitável, tomando todo o cuidado possível, o restante da florestava estava completamente emaranhada com a venenosa espinheira-mestra, o veneno de um espinho era capaz de paralisar um homem, dois seriam capazes de te fazer dormir por dias, se fosse espetado duas vezes e estivesse sozinho com certeza morreria de fome ou desidratação se não fosse forte o bastante até acordar, e por último três espinhos ou mais, morreria em menos de 30 minutos se o venene não fosse drenado antes dos 15 primeiros minutos. Ao final do dia sua caminhada floresta a dentro o levara a uma arvore chorosa, o que era uma benção ou se ele fosse supersticioso seria um problema. A arvore não era tão alta, porém espessa, talvez devido aos seus galhos fortes e pesados que saiam do seu topo e desciam até o chão, alguns até quase se conectavam com as raízes mais superficiais, o que era bom, naquele chão que subia inclinado e pontiagudo como a ponta de uma enorme rocha até a base da árvore formava uma proteção contra o frio que faria aquela noite. Estava quase sem folhas perto do caule, mas nos galhos mais finos e no topo estava repleto de folhagem. Talvez aquela arvore tivesse alguns bons anos de história. Estava decidido, ele acamparia ali naquela noite, mas precisava de algo para se aquecer, a parede natural dos galhos não seria o suficiente para aquecê-lo durante a noite, precisa de uma fogueira. Era arriscado acender uma fogueira em lugar como aquele, ele estava em um lugar elevado e o caminho não ficava muito distante dali, embora achasse muito difícil alguém caminhar na floresta a noite ainda assim não poderia descartar essa possibilidade, lobos famintos povoavam aquela região. Não tinha ninguém para reversar a guarda da noite.

Antes do cair da noite, ele decidiu cortar alguns galhos de espinheira mestra e arvores em volta para montar um boma para se sentir mais seguro com a fogueira e poder dormir e descansar para o dia seguinte. Tinha muito trabalho, desembainhou a longa lâmina, rasgou alguns tecidos e amarrou-os nos braços e começou cuidadosamente cortar as galhas de espinheira e colocar ao redor do único acesso ao pé da arvore e reforçava com galhas maiores. Após todo aquele trabalho minucioso ter acabado, precisava de lenha seca para a fogueira.

Mais distante que ele gostaria achou alguns galhos secos. Estava de cabeça baixa juntando alguns, quando ouviu um quebrar de galho seco de trás de uma arvore a sua frente. Largou calmamente os galhos que estava junto ao corpo, retirou a espada segurou-a firme e aproximou-se da arvore abaixado, olhou por sobre o pequeno arbusto e avistou uma pequena lebre. Pensou imediatamente na fome que sentia, até aquele momento ele não tinha reparado, mas havia levantado, lutado, foi aos mortos e voltou à vida se não foi um sonho, caminhou durante toda a manhã sem parar até aquele momento e não havia forrado seu estomago com nada. Se estivesse com um arco ao invés daquela lâmina pesada e longa, talvez tivesse uma chance de abater o animal ágil, tudo que ele poderia fazer agora era retornar para recolher a lenha, levar ao boma e acender sua fogueira. Virou-se, seus olhos foram de encontro aos olhos do animal de dentes famintos...

26 Août 2021 23:29 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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