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Ulysses Netto


Michael, à primeira vista um alfa que não representa perigo, mas só à primeira vista, líder de um grupo de delinquentes em expansão que lentamente ganhava fama numa parte pequena da cidade. E Robert, um ômega sem planos para a vida com o lema de "deixar a maré levá-lo", nada de especial além de ter um canal de vídeos. Tanto Michael, quanto Robert, são desconhecidos, com hábitos incomuns e estilos de vida opostos. Mas os dois possuem uma semelhança: Seus relacionamentos, sempre dão em nada. Mas o destino, ah o destino! O destino, fez com que esses dois se encontrassem e, deste rápido encontro, uma fagulha de esperança que vai se incendiar, o fogo da paixão queimará para esses novos amantes.


Romance Érotique Interdit aux moins de 18 ans.

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1° Capítulo

Robb, como gostava que o chamassem, acordou em sua cama, mas virou seu corpo para o lado direito com intenção de evitar os raios solares que passavam pelas janelas — clareando seu quarto tanto quanto uma rave — e usou o cobertor para esconder seu rosto, xingando um deus qualquer pela dor de cabeça e náusea que estava sentindo. Mas isso eram os efeitos comuns de qualquer ressaca, algo que ele já devia ter se acostumado desde que começou a beber aos dezessete e extrapolar aos dezenove, mas para a felicidade de seus rins aquilo acontece só aos fins de semana. Quando se deitou para o lado direito, seu braço esquerdo repousou no espaço vazio e mexido no que poderia ser minutos, quem sabe horas antes dele acordar, abriu os olhos e removeu o cobertor de cima do rosto e encarou o lado desocupado, mas se lembrando vagamente de alguém acompanhá-lo até sua cama na noite anterior, as dores na bunda serviam como um lembrete do que aconteceu. Ele se sentou em seu colchão e levantou o cobertor, comprovando a si mesmo que estava nu e, por causa da claridade que invadia o quarto, sabia exatamente onde suas roupas estavam. Mas ele não queria saber delas, e sim do parceiro sexual com quem conversou, bebeu e transou.


"Merda de claridade" pensou e usou o antebraço direito para cobrir seus olhos, e depois esticou seu corpo até a escrivaninha do lado da cama e pegou um controle branco com um único botão preto e o apertou, com isso as cortinas do quarto foram se fechando, o ajudando um pouco com um dos sintomas que sentia pela ressaca, e sem se importar com a falta de roupa saiu de sua cama e ignorou as roupas pelo chão quando saiu do quarto e olhou pelo corredor. Nenhuma voz, nenhum barulho naquele andar ou no inferior. Ele seguiu pelo corredor, mas não desceu a escada que levava ao primeiro andar, seguiu para o banheiro ao lado do quarto de hóspedes e abriu uma das gavetas perto da pia. Lá estavam inúmeros remédios para as situações mais suaves que se passavam diariamente, todos obviamente controlados. Os olhos do ômega foram até uma caixinha alaranjada com sua letra numa fita branca — dor de cabeça — e a abriu, tirou de dentro uma pílula e buscou por uma outra caixinha, desta vez marrom com a mesma fita e sua letra — enjôo — e tirou outra pílula. Apesar de fazer isso, estava concentrado em sua audição, como se fazendo isso pudesse ouvir com mais clareza qualquer coisa no andar inferior, mas o silêncio era absoluto.


"Onde ele está?" pensou e pegou um copo que deixava para aquelas ocasiões do lado da pia, pôs água até a metade, engoliu as duas pílulas e depois bebeu do líquido. Ele saiu do banheiro, esfregando com casualidade o cabelo escuro e seguiu para a escada que o levou ao andar inferior. Olhou em volta até encontrar seu celular na mesa de centro da sala, pegou o aparelho e não se impressionou por ter passado do meio dia ou pelo aparelho ter metade da carga ainda, ele só acessou o aplicativo de mensagens e encontrou o contato que procurava e mandou algo.


"Onde você está?" ~ Robert

"Em casa" ~ Amor

"Porque?" ~ Robert

"Nós terminamos ontem" ~ Amor

"Terminamos?" ~ Robert

"Espera, com quem dormi então?" ~ Robert

"Comigo. Nós terminamos, mas você estava bêbado demais e falou sobre sexo de despedida, concordei" ~ Amor

"Espera, terminamos e fizemos sexo?" ~ Robert

"Sim" ~ Amor


— Alfa filho da puta. — Foram suas primeiras palavras, além dos resmungos sentidos pela dor de cabeça, naquele dia. — Seis meses jogados no lixo. —


Ele ia mandar outra mensagem, mas o ícone da outra pessoa com quem estava conversando se tornou padrão, como se tivesse acabado de criar a conta no aplicativo. No mesmo instante, soube que foi bloqueado, que aquele término era definitivo e que se verem estava fora de questão. Ele inspirou e soltou devagar o ar dos pulmões, jogou o celular no sofá e esfregou os olhos antes de seguir para um armário perto da cozinha, abrir uma das portas e puxar de dentro uma garrafa de vodka e encheu um copo e depois olhou para a porta que dava acesso a varanda de sua casa, com a excelente vista para a praia que, por causa do dia chuvoso, não havia uma única pessoa se aventurando na areia ou na água. Ele olhou para seu copo de vodka ainda intocável, não sentia aquela vontade de beber que geralmente tinha da sexta até o domingo, vai ver seu corpo se adaptou a essa sensação, de certa forma, beber numa segunda-feira não era opção.


Deu de ombros e foi para a cozinha onde esvaziou o copo na pia e depois foi embora da área, subindo ao segundo andar e entrando em outro cômodo que não era seu quarto, mas tinha seu grau de importância por ser a área em que trabalhava, andou até uma mesa em formato de "L" e viu em seu computador que o seu vídeo, do canal que tinha num site focado somente em vídeos, com alguns milhões de inscritos e acessos diários, estava pronto para ser publicado. Então, ele publicou e saiu do cômodo, retornando para seu quarto e juntando as roupas do chão e jogando-as dentro de um cesto com outras roupas sujas. Ele seguiu para o banheiro de seu quarto e se demorou no chuveiro, tomando o banho mais frio que já tomou em sua vida, tudo isso para apaziguar um pouco mais a dor de cabeça, do enjôo que os remédios não foram capazes de diminuir, mas agradecia por ter vomitado o que tenha levado ao seu estômago, no entanto imaginou que não era coisa boa se fez sexo após o término da relação.


"Aliás, quem faz sexo depois de terminar? Eu devia estar muito bêbado mesmo para propor essa ideia" pensou assim que deixou o banho, se secou e vestiu algo de aparência casual e retornou ao andar inferior onde se jogou ao sofá preto e pegou o celular, verificando as últimas mensagens de amigos falando alguma idiotice e do grupo da família a respeito de uma reunião que haveria em algumas semanas.


"Podemos fazer isso na casa do Robert, é grande para todo mundo e tem uma boa vista, né?" ~ Tia Bernie

"Ninguém vem na minha casa" ~ Robert

"Ah, acordou agora ou só estava esperando o momento para falar alguma coisa?" ~ Tia Bernie

"Não importa, ninguém vem na minha casa" ~ Robert

"Robb, meu querido. Não iremos incomodá-lo e será por uma tarde. E os mais velhos moram perto de você. Eles se cansam com viagens muito longas" ~ Papai

"Tá, beleza. Mas a molecada não tem permissão de usar meu computador de novo. O último mexeu, entrou em site porno e tem uns fetiches estranhos." ~ Robert

"Eita, Lucas" ~ Tia Bernie

"Lucas…" ~ Papai

"Vão pro inferno, já estava lá quando fui mexer no computador" ~ Luquinhas

"Sei" ~ Robert


Robert olhou para a hora do celular, ainda era cedo para sair e lamuriar no bar da noite passada. Por isso o ômega continuou em seu sofá, mexendo nas redes sociais e alterando seu status de relacionamento e apagando quaisquer fotos com a outra pessoa. "Vamos para outra, mas só amanhã depois de beber hoje" pensou enquanto apagava cada uma das recordações que teve com o alfa que o chutou na noite anterior.

Depois de concluir esse serviço, confirmou pelo horário que já estava tarde o suficiente para sair e beber. Ele agradeceu mentalmente por ter mexido no celular enquanto o deixava carregando, só retornou ao seu quarto para vestir algumas roupas melhores daquelas que usava no momento e deixou sua casa. Ele seguiu para o bar de uma conhecida, do outro lado da cidade, para encher sua cara.



— Como assim você está me chutando? —


Era a pergunta de Michael para seu celular, ou melhor, para a pessoa do outro lado da ligação. O alfa andava de um lado a outro, não se importava que sua voz estivesse um pouco, ou muito, alta e a maioria dos seus conhecidos prestava atenção nele. O rapaz passou a mão desocupada pelo cabelo loiro.


— São três anos juntos, Tim. — Ele lembrou a pessoa do outro lado da chamada, fechando a mão desocupada em punho e golpeando a parede atrás dele fazendo, desta forma, com que as coisas pregadas tremam, mas não caíram. — Quem é o babaca? — Ele perguntou novamente, se controlando para evitar demonstrar reação da dor em seu punho. — Ah, vá para o inferno, cretino! Três anos juntos e não tem outro filho da puta? Vá mentir para outro, desgraçado! —


A cor de seu rosto se alterou para vermelho de ódio quando a ligação se encerrou. Seu ex, recente ex, desligou na sua cara. Ele segurou com força o celular e mirou seus olhos azuis nas pessoas que o encaravam, a maioria assustados com sua reação e outros fingindo lerem alguma coisa que ele não se importou, ele abriu a boca e expeliu um pouco de ar e se sentou na cadeira mais próxima, soltou o celular na mesa velha e esfregou os olhos.


— Eu preciso de uma bebida. — Ele murmurou para ninguém em especial, mas parou o que estava fazendo quando alguém se aproximou dele. Ele o olhou com rispidez. — Que caralhos aconteceu agora? —


— Nada, só quero dizer que a gangue está crescendo. Ficamos mais conhecidos na ala leste da cidade. — O rapaz informou, mantendo uma distância segura do líder enquanto deixava seu taco de baseball descansar no ombro esquerdo.


Michael, Mich para os íntimos, é líder de uma gangue chamada Night Wolves, atualmente com mais de quarenta membros e enfrentam constantemente outras gangues, buscando sempre mais reconhecimento. Michael olhou para alguns que pareciam ansiosos depois da declaração daquele homem, como se esperassem um sinal de seu líder para comemorarem. "Ah, que se dane" pensou, revirando os olhos e levantou o braço direito com seu punho fechado, um gesto que não passou despercebido por ninguém.


— Bebam até caírem, seus porras! — Disse alto o suficiente para que fosse escutado não apenas por aqueles que estavam próximos, naquele cômodo, mas também pelos outros que estavam do lado de fora. — Até caírem! —


Ele saiu quando escutou os gritos. Saiu do escritório com as mãos em seus bolsos, olhou pelo corredor e viu que as pessoas já estavam comemorando e carregando latas de cerveja, sorriu brevemente por sentir a alegria daquelas pessoas, mas que infelizmente não o contagiou. Ele seguiu ao primeiro andar e bateu na cabeça de alguém que fumava e bebia ao mesmo tempo, o olhou com rispidez antes de apontar para uma das paredes com a escrita tingida em vermelho, um claro "Não fume". Ele olhou uma última vez para a pessoa que apagou o cigarro no chão e tratou de seguir para a saída. Mais do que antes precisava de uma bebida, mas não queria que seus companheiros sentissem sua tristeza. Que ele queimasse no inferno com aquele sentimento de merda. Ele ajeitou as mãos dentro dos bolsos da jaqueta escura, sentiu o celular lá dentro e caminhou solitário pela noite. Não estava sem um rumo, ele tinha um lugar para ir. Seguiu para um bar a alguns quarteirões, um que sua gangue prometeu proteger de problemas e, por isso, recebem um desconto na hora do pagamento.


— Você está péssimo. — Falou o barista depois que ele se sentou numa cadeira perto do balcão.


— Eu sei. — Michael murmurou, sem olhar para o conhecido de longa data.


— Está tão triste quanto o John Danevoux por recusar o papel principal naquele filme de sucesso — O barista relembrou.


— Vá para o inferno. — Michael murmurou.


— Então, o que vai beber hoje? — O barista perguntou.


Michael não olhou para o lado direito quando outra pessoa sentou na cadeira até então vazia, ele só esfregou o cabelo antes de falar em uníssono com o desconhecido, com Robert.


— Vodka com gelo e limão. —

3 Août 2021 02:58 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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