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Durante a dinastia Yi, em 1.392, a Coreia e a China resolveram selar um tratado de aliança, casando a princesa da China com o príncipe da Coreia. Mas tudo muda quando Huan-Chun e o soldado do futuro imperador, Chim-Hwa, se apaixonam. Acusado de traição, Chim é condenado à morte e no seus últimos suspiros, ele e a amada prometem se achar em suas próximas vidas para finalmente poderem desfrutar do amor que lhes foi ceifado. Por compaixão diante o amor puro dos dois jovens, os deuses concedem a chance do casal se encontrarem na próxima vida e viverem o amor, criando o fio vermelho. Séculos depois, dois jovens nascem com uma marca de rosa na perna, e que a toda vez que seus olhares se cruzam ela coça. É em uma das aulas sobre a história do país que descobrem a lenda Aka Ito.


Fanfiction Groupes/Chanteurs Interdit aux moins de 18 ans.

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Rosas

Escrito por: @Bigarmys/@Bigarmysss


Notas Iniciais: Oi meus amores, vocês estão bem?

Então dessa vez estarei trazendo a vocês uma one shot de aka ito, espero que gostem muito.

Mas antes de vocês começarem a ler, deixarei aqui quem é quem para vocês não ficarem confusos

Chim-Hwa = Jimin

Huan-Chun = Yoongi

Man-Shik = Jungkook

Syaoron = Taehyung


~~~~

Dinastia Yi, Coreia, ano de 1.392 d.C.


O Palácio do Imperador estava uma bagunça. Pessoas corriam de lá para cá, afinal a princesa da China e futura esposa do imperador estava prestes a chegar, e como iriam a recepcioná-la em meio à desordem?

Gi, que era o que nós chamamos hoje de governanta, parecia um furacão pelo enorme palácio, checando o quarto em que a princesa ficaria alojada de meia em meia hora.

Já o futuro imperador, Man-Shik, se encontrava na área de treinamentos juntamente com seu melhor amigo e braço direito, o soldado Chim-Hwa — os dois estavam com roupas de treinamento —, e empunhava uma espada enquanto guerreavam, ora rindo, ora zombando com a cara do outro quando ele se encontrava no chão.

— MAN-SHIIIIK! — gritou sua mãe.

— MAMÃE! — gritou de volta, e então Chim o deu uma rasteira, derrubando-o no chão e apontando a espada na direção de seu coração.

— Se você precisar ir para a frente de batalha tem que se lembrar que sempre seus homens estarão o gritando o tempo todo, afinal você é quem os comanda e lidera, tem que sempre os orientar prestando atenção ao seu redor, em quem o ataca. Qualquer mísera distração, poderá ser morto — falava o soldado em um tom sério, e sua feição também era. — Venha, você melhorou muito — disse, estendendo as mãos com um sorriso orgulhoso no peito, deixando o rapaz feliz consigo mesmo. Talvez seu pai se orgulhe de si. — Vá para sua mãe antes que ela venha até nós... — Coçou o pescoço em clara demonstração de nervosismo.

— Oh, O GRANDE CHIM-HWA TEM MEDO DA PEQUENA (NA ESTATURA) IMPERATRIZ! — gritava zombeteiro.

— É PARA TER MEDO MESMO! AGORA PASSA LOGO PARA O SEU QUARTO, MENINO. VÁ SE ARRUMAR QUE SUA NOIVA CHEGA A QUALQUER MOMENTO E EU NÃO QUERO MOLEQUE FEDIDO E SUADO PERTO DA PRINCESA!

— Já estou indo, mamãe — disse manso e de cabeça baixa; isso arrancou uma risada do Chim.

— TÁ RINDO DO QUÊ, MOLEQUE? PASSE PARA O SEU QUARTO E VÁ SE ARRUMAR IMEDIATAMENTE!

— Sim, senhora!

Estavam todos em frente à casa do imperador para recepcionar Huan-Chun, que era recebida pelo povo com alegria. A ansiedade em conhecer Huan e ver se ela era tão bela quanto retratavam era enorme para todos.

A carruagem parou diante o local em que todos esperavam. Um homem com vestes pretas, que lembravam as de um ninja, e que tinha o rosto tampado pela máscara, desceu de seu cavalo e foi até a porta, abrindo-a e entendendo as mãos para dentro. Uma delicada mão foi vista sendo segurada pela do sujeito misterioso, que não passou despercebido pelo Shik. O rosto não foi visto logo de primeira pelo fato da moça estar com a cabeça baixa.

Ainda segurando a mão de seu protegido, fez uma curta reverência e se virou para o homem, juntando suas testas e logo segurando as duas mãos.

— Xièxiè wô de xiõngdi! — O homem se ajoelhou e ela beijou sua testa.

— O que ela disse? — perguntou Shik.

— Obrigada, meu irmão! — respondeu Chim com uma curiosidade sobrenatural sobre aquela mulher.

— Yônguân bùyào qūfù yù wõ. Lái qilái gē. — Passou a mão na testa do homem e o fez levantar-se.

— Agora ela disse que não é para ele se ajoelhar perante ela, nunca, e depois disse para ele se levantar.

— Vejo que fala mandarim, soldado.

— É essencial que o braço direito do futuro imperador saiba a língua dos aliados e, principalmente, dos inimigos mais poderosos, majestade.

— Genzai no kōtei no migiude wa 2-ri made shika shiranai hazudesu. — “O braço direito do atual imperador não deve saber do mais que duas…”, disse.

— Karera wa watashi to onaji kangae o motte imasendeshita! — “Eles não tinham os mesmos pensamentos que eu tenho!”

— Ca mị̀ dị̂? — “Será que não?”

— No!

Tu es très beau, soldat! — “Você é bem bonito, soldado!”

— Pas plus que toi, princesse! — “Não mais do que você, princesa!” Chun arregalou os olhos e então sorriu.

— O que eles estão falando? — questionou a imperatriz, curiosa.

— Apenas o elogiei pela extensão linguística de seu soldado, Vossa Imperatriz.

— Ah, sim. Querido, apresente-se para sua noiva.

— Oh, claro! Princesa, eu sou seu noivo e futuro imperador, me chamo Man-shik e este com quem falou é Chim-Hwa. — Curvou-se para a moça, mas diferente dela, sua reverência foi a de um cavalheiro que corteja a dama.

— Prazer em conhecer os dois. Eu sou a Huan-Chun e este é meu irmão, Syaoron. — O homem se ajoelhou. — Não, não, querido, o que eu lhe disse? — Segurando a mão do rapaz, levantou-o. — Essa é a Ah-Kun, minha dama de companhia.

— Senhores... — Curvou-se.

— Venham, eu mostrarei o quarto de vocês...

— Desculpe-me o abuso, mas teria como meu irmão ficar em um quarto ao lado do meu?

— Claro, querida — respondeu a matriarca após um tempo em silêncio.

O imperador e a imperatriz acompanhavam Chun, sua dama de companhia e seu irmão até a parte dos alojamentos juntamente com Shik e seu fiel escudeiro, Chim.

A princesa hora ou outra discretamente olhava para o soldado, este quem sabia que estava sendo vigiado pela moça, mas fingia que nada acontecia. Por céus, o que estava acontecendo?

— Princesa Chun, como não sabíamos do seu irmão, não preparamos um quarto para ele, se importa se por agora ele ficar em seu quarto?

— Claro que não, imperatriz, é meu irmão, como ficaria incomodada com sua presença? — A moça tinha um olhar de ternura e brandura para o moço mascarado.

— Com licença, princesa, sei que é indelicadeza minha, mas por que seu irmão veste uma roupa semelhante com a dos ninjas?

— Realmente, Man-shik, foi muito indelicadeza sua.

— Ai, mãe — reclamou o rapaz após receber um tapa em sua cabeça.

— Tudo bem — disse a chinesa enquanto ria, já Chim poderia comparar a risada da moça com algo parecido com um canto de sereia, de tão bela que era. Ela olhou para o irmão que maneou a cabeça de forma positiva lentamente, quase imperceptível. — Syaoron salvou a vida de meu pai. Papai foi tentar uma negociação de paz com o Japão, quando os samurais foram atacá-lo. A família de Syaoron e a minha estavam preparando um ataque contra os samurais, os mesmo que atacaram papai...

— Por que? — interrompeu-a Chim, perguntando.

— Esses mesmos samurais massacraram uma vila de camponeses, a mesma vila da família de Syao; a irmãzinha dele de apenas 10 anos morreu. A família dele morreu no ataque, papai o salvou e o levou para China, cuidando dele e o criando como um filho. Syaoron não usa o tempo todo as roupas de ninja, ele só está usando para a minha proteção. Quando se sentir seguro quanto ao local, vestirá seu quimono.

— Você o trata como se realmente fosse seu irmão, princesa.

— Entenda, meu noivo, ele pode não ser o meu irmão de sangue, mas nossa ligação vai muito além disso, é uma ligação de laços, amor, carinho, proteção. Não me importo se ele não é realmente filho de meu pai e de minha mãe, ele continua sendo o meu irmão e nada e nem ninguém mudará o que sentimos um pelo o outro.

— Minha irmã teria a mesma idade que Chun, se ainda estivesse viva. Quando a perdi, meu mundo se arruinou e eu pensei que jamais seria feliz de novo. Eu me vi totalmente arruinado, então os deuses colocaram a Chunchi em minha vida e ela voltou a ter cor e a fazer sentido, senhor.

— Bom, acho que muitas perguntas já foram feitas e respondida, não acham que devemos deixá-los descansar? Eles fizeram uma viagem longa e cansativa, meus senhores.

— O soldado Chim tem razão, vamos — falou o imperador pela primeira vez.

Antes de se retirarem, Chim pôde ler claramente nos lábios da moça um “Obrigada”. Sorrindo ladino apenas, retirou-se do local.

A semana se seguiu e parecia que tudo estava tranquilo, tirando que sempre que a princesa se encontrava só com Chim, o mesmo inventava alguma desculpa para se retirar do cômodo, o que era um problema, já que isso só atiçava ainda mais a curiosidade da moça e seu interesse.

— Fugindo de mim, soldado? — perguntou em uma tarde ao se encontrar só com o homem, na arena de treinamentos.

— Não, por que eu estaria?

— Isso só você pode me responder, porque toda vez que me aproximo, você inventa algo e corre, literalmente.

— Eu não corro.

— Corre sim! — Seus rostos estavam a centímetros de distância.

— Não corro, não, e acabou o assunto.

— Então lute comigo! — Segurou o braço musculoso e molhado de suor do coreano.

— Não!

— Não venha com aquele discurso de que eu sou mulher e frágil e posso me machu...

— Como eu poderia ter um pensamento assim quando minha mãe era uma guerreira?

— O quê?

— O problema é que você é uma princesa e eu não passo de um soldadinho. — Havia um duplo sentido na fala do homem e isso não passou despercebido pela moça.

— Então é por isso? São as nossas classes?

— Você é a noiva do futuro imperador da Coreia, qualquer coisa eu poderia ser considerado um traidor e eu não posso morrer por ter traído a minha família. — Os dois estavam a alguns centímetros de distância um do outro.

— Lute comigo. — Os olhares de ambos acompanhavam os movimentos que seus lábios faziam. — Lute comigo — repetiu.

— Lute com ela de uma vez por todas, ela não irá desistir e irá te perseguir por todos os lugares, soldado — falou o japonês, irmão da princesa, ao sair de seu esconderijo.

— Droga! — resmungou o soldado, passando as mãos pelo seu enorme cabelo. — Escolha sua espada.

— Antes de iniciarmos quero lhe propor algo...

— Sem chances...

— Por favor, pelo menos me ouça, se você não quiser, eu respeitarei sua decisão.

— Droga... Diga.

— Se você ganhar, eu paro de te perseguir e até mesmo finjo que não existe, mas se eu ganhar...

— Se você ganhar...?

— Se eu ganhar, quero que converse comigo, não fuja de mim.

— Tudo bem — respondeu Chim após um tempo pensando.

Os dois lutaram durante um bom tempo, a princesa era boa, muito boa, mas não o suficiente para vencer o soldado.

Olhando para o guerreiro, Chun se deu por vencida e, com uma tristeza estranha em seu coração e olhos, se retirou da arena.

Uma semana se passou, em nenhum momento os olhares dos dois jovens se cruzaram, diferente de Shik e Syao, que estavam cada vez mais próximos.

Em uma noite, a princesa já se encontrava em seus aposentos, com sua camisola, quando escutou algo bater em sua janela. Curiosa, deixou o livro de lado e caminhou até a janela. Ao abri-la, ficou bastante surpresa e confusa ao dar de cara com Chim.

— Chim? Quer dizer, soldado Hwa? O que faz aqui?

— Eu vim lhe dizer por que eu não te quero por perto.

— Tudo bem, nã...

— Não fale nada, me deixe abrir meu coração para você... — Respirando fundo, continuou. — Desde que te vi meu coração palpita forte, minha mente só sabe projetar a sua imagem, minhas narinas só conseguem captar seu cheiro e meu corpo só quer ir em sua direção. Eu não sei direito o que é, só sei que não pode, isso não está certo, você irá se casar com o imperador e meu irmão de consideração.

— Eu também estou completamente apaixonada por você, Chim, e... E eu estou disposta a enfrentar tudo para ficar com você, até mesmo o imperador, e... — Então, sendo pega de surpresa, a princesa sentiu pela primeira vez os lábios do soldado nos seus e, como uma brisa fresca, seu coração se acalentou.

Mesmo perante a lei aquilo sendo errado, ambos os corações diziam que nada nunca foi tão certo, como aquele encaixe de lábios que se transformava em um ósculo.

Chun passeava com suas mãos pelo delicado peitoral do homem, que estava com uma camiseta de um tecido de algodão fino, sentindo todos os músculos do rapaz, já Chim segurava a fina cintura da moça e a trazia para cada vez mais perto de si. Sua mão direita foi subindo pela lateral do corpo da chinesa, sem ultrapassar nenhum limite, até que estivesse com a mão na maçã do rosto da garota.

O beijo se findou e então ambos encostaram suas testas sem abrir os olhos, com a respiração rápida e os lábios tão próximos que poderiam sentir eles.

O mês passou com o casal se encontrando as escondidas e recebendo cobertura do irmão da princesa. Chim não mentia quando o questionavam se ele não sentia ciúmes de sua amada com seu melhor amigo, mas ele sabia que era ele quem ela amava. Assim como os dias passavam, a data que eles colocariam em prática a fuga se aproximava.

Foi no sábado de manhã, em uma convocação oficial na arena de espetáculos que tudo aconteceu.

— Senhor imperador! — O soldado se ajoelhou em respeito e honra e, ao olhar para o lado, vendo sua amada ao lado de um homem que era bastante parecido consigo, concluiu que aquele fosse seu pai, se curvou em respeito àquele também. — Ma xià. — “Vossa Majestade.”

— Yuàn zhòng shén lianmin wô de érzi. — “Que os deuses tenham piedade, meu filho.” Foi naquele momento que soube que o imperador havia descoberto sobre si e Chun, e então deu um sorriso.

— Bàba? — “Papai?” A princesa tinha os seus lindos olhos arregalados.

— Dùibùqî nű'ér. — “Eu sinto muito, filha.”

— Bú, bú ní bùneng likāin Bàba. Wő aì tā, wő fěichàng ài tā. — “Não, não, você não pode deixar, papai. Eu o amo, amo muito.” A chinesa segurava a parte de cima do quimono de seda de seu pai e dizia tudo desesperadamente.

— Huan-Chun — chamou o soldado, a princesa automaticamente o olhou. — Wő ài nî.

— BASTA! — berrou o imperador. — Chim-Hwa, você está sendo acusado de envolvimento romântico com a noiva de seu futuro imperador, negue e será perdoado, mas em compensação será enviado para o batalhão do litoral. Assuma e será acusado de crime de traição e então receberá como pena, a morte.

O rapaz olhou para cada um de presente, começou pelos aldeões que rezavam para que fosse negado, depois para a imperatriz que chorava em silêncio e o olhava com compaixão, depois para Shik que o pedia perdão através do olhar, o imperador que estava inexpressivo, o rei da China, o irmão de sua amada e, por fim, aquela que tinha seu coração por toda as suas vidas. Ela chorava em pranto e negava com a cabeça, um pedido mudo para que dissesse que não havia nada entre os dois, mas como ele poderia dizer não ao sentimento mais puro que já pôde existir dentro de si?

— Eu assumo, imperador. Assumo esse sentimento tão nobre e belo que nasceu e cresceu em meu coração pela princesa da China. Huan-Chun, uma vez você me perguntou por que eu havia escolhido ser soldado e lhe respondi que não existia honra maior do que morrer por meu imperador, mas hoje, a resposta sobre a morte já não é a mesma.

— E qual seria?

— A morte mais honrosa que eu poderia ter seria essa. Eu prefiro morrer mil vezes do que negar meu amor por ti.

— MAAAAN-SHIK — gritou Syaoron, atraindo a atenção de todos. — Não, por favor, não.

— Você, como o futuro imperador, deve executar seu papel como tal, não seja um fraco e covarde. — Chim se ajoelhou no chão e abriu os braços com um sorriso no rosto.

— Eu aceito minha punição, Shik-Shik. — E então, a arena foi tomada por vozes, até que uma se sobressaiu.

— LANÇAR FLECHAS! — gritou o futuro imperador.

— NÃO! — Após o grito da princesa chinesa, tudo foi tomada pelo mais absoluto silêncio.

— Wő zài xiàbèizi jiàn. — “Vejo-te na nossa próxima vida”, falou o soldado em seu último suspiro.

Mesmo já morto, um dos soldados continuou a atirar flechas no corpo de Chim. Em um rápido movimento, a princesa correu rumo ao corpo de seu amado, sendo atingida por quatro flechas no caminho, fazendo-a cair e se rastejar até o coreano que tinha o seu coração e que já não fazia mais parte do mesmo plano terrestre que ela.

Todos olhavam para aquela cena horrorizados e, até mesmo, comovidos.

— Meu amor. — Sua voz saía entrecortada e era possível ver o sangue escorrer no canto de seus lábios devido à hemorragia que ela estava tendo. — Talvez não demore tanto assim para que finalmente possamos nos encontrar. — Tossiu, aproximou-se do corpo falecido do rapaz e repousou sua cabeça no peitoral do seu amor, pegou sua mão direita e levou até seu peito. — O que não podemos viver entre o plano dos homens, talvez os deuses tenham piedade e nos deixam viver no plano das almas, quem sabe nós não nos encontramos nos Campos Elíseos? — Sua voz era um sussurro. — Eu te amo em mil milhões de vida. — Selou seus lábios e então descansou sua cabeça no peitoral do soldado, fechando os olhos daquele corpo material para sempre.


...


— Professor?

— Sim, senhor Park?

— O que aconteceu com Syaoron?

— Vejo que tem alguém que está prestando atenção nas minhas aulas... Ele morreu.

— Tem registro de como foi sua morte?

— Boa pergunta, senhor Min. A flechadas...

— AAAAAAH! — Um grito doloroso foi ouvido por toda a arena. — VOCÊS MATARAM A MINHA IRMÃ, DUAS VEZES! — Syaoron tinha o rosto vermelho e banhado por lágrimas.

— Syaoron, meu filho, este foi o caminho escolhido por sua irmã.

— NÃO! Man-Shik sabia do romance dos dois, ele... Ele me prometeu protegê-la. — Usando suas habilidades de ninja, subiu no telhado e rapidamente foi até o soldado que havia atirado a flecha em Chun. Sacando sua espada, decapitou o homem e então, logo em seguida, uma flecha o acertou. — Eu te odeio, Man-Shik. — Essas foram suas últimas palavras antes de cair do telhado, e assim tendo o mesmo destino que os amantes.

— Uma nação, e com nação me refiro à China, não só perdeu sua princesa e seu príncipe — porque querendo ou não, Syaoron era, sim, considerado um príncipe —, como um pai viu seus dois filhos serem mortos a sangue frio. Man-Shik também perdeu. Existem registros de que o japonês foi o único amor do imperador, mesmo ele se casando com uma nobre local e tendo filhos, ele se afogou nas bebidas e, aos 36 anos, morreu, deixando 6 filhos, o mais velho de apenas 14 anos, que foi coroado ainda novo e tomou a frente de seu país. A princesa Huan-Chun tinha apenas 18 anos quando morreu e Chim-Hwa tinha 23 anos. Existe uma lenda bastante conhecida que surgiu na China e se popularizou no Japão, a qual dizem que surgiu com esses dois amantes.

— E qual seria? — falaram Jimin e Yoongi juntos, fazendo-os se olharem e seus rostos queimarem de vergonha, incentivando-os a desviar o olhar rapidamente.

— Aka Ito. Dizem que a lenda começou a ser contada pelo rei da China e que ele acreditava fielmente que sua filha e o soldado teriam sido abençoados pelos deuses e voltariam para a vida corpórea, para, finalmente, poderem viver o amor que lhes foi roubado.

— E como seria essa “Aka Ito”? — perguntou Jimin curioso.

— Aka Ito é um fio vermelho invisível, que une, liga duas almas em uma só, mais conhecido como almas gêmeas.

— E como duas pessoas sabem que são almas gêmeas? — Na hora que o professor explicaria, o sinal do intervalo bateu, e assim, todos os alunos cansados de ficar dentro da sala de aula saíram às pressas, restando apenas o professor, Jimin e Yoongi.

— Ora, ainda aqui? Não vão para o intervalo?

— Nós estamos curiosos a respeito dessa lenda — disse Yoongi.

— Sim. Como o Yoon hyung disse, como duas pessoas sabem que são almas gêmeas?

— Os deuses teriam amarrado um fio vermelho em alguma parte do corpo do casal, sendo assim, sempre que se afastassem, essa linha os traria um para o outro. E ao se encontrarem, um desenho surgiria em suas pernas. Um desenho que tem a mesma representatividade um para o outro.

— Nossa...

— Uau...

— Isso é tão... Uau — disseram, novamente, os dois alunos ao mesmo tempo, e isso gerou um sorrisinho cúmplice de ambos e um olhar de “Hm, vocês dois não me enganam, não” do professor.

— Obrigado, Seokjinnie hyung, pela explicação — falou Jimin ao se curvar.

— Sim, obrigado, professor Jin hyung. Iremos ir e desocupá-lo para o seu horário de almoço. — Os dois jovens saíram da sala sob o olhar do mais velho.

— Hm... — Era perceptível o olhar de satisfação do Kim e seu sorriso ladino.

— Jiminnie...

— Sim, Gi hyung?

— Gosto quando me chama assim, apesar de ser raro... — Sorriu.

— Gosto quando me chama assim também, apesar de ser raro... — devolveu a fala e o sorriso.

— O que você achou? Sobre o que o professor falou...

— Eu acredito!

— O quê?

— Eu acredito. Pode parecer bobo, mas eu acredito.

— Ainda bem...

— O quê? — Dessa vez, foi a vez do Park questionar.

— Porque eu também acredito. — Neste caso, ambos buscaram o olhar um do outro, a coceirinha que sempre fazia presente quando se olhavam apareceu, mas não os incomodava. — Eu estava pensando...

— No quê?

— Quer sair comigo? Sei lá, para pesquisarmos mais sobre Aka Ito e trocarmos ideias.

— Sim, eu quero. — O sorriso de Jimin era capaz de iluminar o dia do Min. — Me empresta seu celular, irei salvar meu número nele.

— Certo! — O mais velho tirou seu celular da mochila e o entregou para o mais novo, este quem salvou seu contato no aparelho do mais alto e então devolveu o objeto para o mesmo.

— Te mando mensagem mais tarde para marcarmos tudo. — Min deixou um selar no canto dos lábios do mais novo e dando uma piscadela saiu.

Jimin estava em choque, não com a ousadia e sim com a mudança de comportamento.

— CARAMBOLAS, PARK JIMIN! — gritou Jeon Jungkook o nome do melhor amigo e marchou de boca aberta até o mais velho. — Que porra acabou de acontecer aqui? Como assim o seu crush quase te beija na boca e você ainda está vivo para contar história?

— Jungkook, me belisca para eu ver se não foi um sonho. — Jimin estava desacreditado sobre o que havia acontecido.

— Tá bom! — Deu de ombros.

— AI! Doeu.

— Ah, mas foi você quem pediu, Jimin hyung. Desculpa, desculpa, Minnie, eu não queria te machucar. — Jungkook entrou em desespero ao ver os olhos de seu hyung cheios de lágrimas e então começou a chorar. Se você o perguntasse sobre sua reação, ele não saberia responder. Desde que ele conheceu o mais velho, existia esse sentimento dentro de si de que era seu dever protegê-lo de qualquer situação.

— Hey, tá tudo bem, Kookie.

— Mas eu te machuquei.

— Vamos fazer o seguinte — falou o Park, abraçando o mais novo. — Me paga um sorvete e pronto.

— Tá bom. — Fungou. — Mas eu terei que te mimar o dia todo e você não pode reclamar.

— Quem está reclamando aqui?

— Certo, irei comprar bastante besteira e você irá me explicar essa história com o Min, direitinho.

— Tudo bem. — E assim os dois amigos aproveitaram o resto do intervalo lado a lado, rindo.

Foi no final que seus caminhos cruzaram com o de Yoongi e Taehyung, este último quem cumprimentou Jimin e ignorou completamente a presença de Jeon. O Min cumprimentou os dois melhores amigos e pediu desculpa pelo comportamento do irmão, logo se curvou e foi atrás do citado, dar-lhe um puxão de orelhas.

O caso Kim-Jeon era complicado e estranho. Desde o primeiro momento em que seus caminhos se cruzaram, o mais velho demonstrou sentir ódio do mais novo, se você perguntasse para o mesmo o porquê, ele lhe responderia “eu só o odeio e pronto, não precisa de motivos”.

A semana se passou e, com ela, Jimin e Yoongi ficavam cada vez mais próximos e a história do Aka Ito foi ficando cada vez mais no fundo de suas mentes.

Quando perceberam, um mês havia se passado e Jimin e Yoongi estavam praticamente inseparáveis e, querendo ou não, Taehyung teve que aprender a conviver em harmonia com Jungkook sem deixar que o local ficasse com um clima pesado devido a sua raiva pelo mais novo, que nem ele mesmo entendia, afinal, seu irmão finalmente estava tendo a oportunidade de se aproximar do cara por quem nutria o sentimento chamado amor desde a primeira vez que se viram.

Mas não foi apenas Jimin e Yoongi que se aproximaram, Taehyung e Park até se chamavam de soulmate, Yoongi e Jungkook também estavam bastante próximos.

Nesse exato momento, encontravam-se no quarto de Jimin, ele, Taehyung e Jungkook. Os dois mais novos estava o ajudando a escolher uma roupa para o “encontro” que ele teria com o Min.

— Gente. — O mais velho fez manha. — O Gi estará aqui às 11h30 e já são 10h40, até agora vocês não me ajudaram a me arrumar, só ficam discutindo entre vocês e me fazendo vestir mil e uma roupas — falava Jimin fazendo caretas, enquanto gesticulava com as mãos.

— Tem razão, Jimin hyung, desculpa — falou Jungkook com uma expressão culposa no rosto.

— Tudo bem, Kookie. — Jimin depositou um beijo no topo da cabeça do melhor amigo e deu seu melhor e verdadeiro sorriso.

— Droga, tudo bem, tudo bem — disse Taehyung se levantando e caminhando rumo às roupas, separando algumas peças, afinal ele era estudante de design de moda. — Pronto, vá se vestir, Chim, anda. — Deu um tapa estalado na bunda do amigo.

Ao sair do banheiro já vestido, os amigos suspiraram, era fato que Jimin é um gato, mas aquela roupa tinha feito algo que ninguém pensou ser capaz, deixou Park Jimin perfeito.

Foi o tempo do mais velho passar seu perfume que a campainha tocou, anunciando a chegada do Min, este quem também estava perfeito aos olhos dos três mais novos.

— Uau...

— O quê? O quê?

— Eu não sabia que meu encontro era com um anjo.

— Hyung!

— O quê?

— Não fala isso, me deixa completamente envergonhado.

— Se sempre que eu te elogiar você ficar com essa carinha, pode ter certeza de que o elogio virá sempre.

— Ew, dá para os dois largarem de serem nojentos e irem logo?

— Kookie, sabe onde deixar a chave, certo?

— Sim, hyung.

— Bom, eu já vou indo.

— Hm, Taehyung?! — falou Jungkook vacilante.

— Sim?

— Você aceita carona?

— Por que não? — Após a fala do Kim, todos soltaram a respiração, coisa que nem perceberam que haviam segurado até o momento.

— Vamos, Park Jiminnie?

— Sim. Tchau, meninos, cuidado.

— Juízo e não façam nada que eu não faria...

— YOONGI HYUNG! — Repreendeu os dois mais novos.

Jimin e Yoongi estavam no carro do mais velho, parados a cerca de 25 minutos devido ao engarrafamento que pegaram. No carro tocava alguma música do Pink Floyd em um som ambiente, mas que se você perguntasse para os dois rapazes qual era, eles não saberiam lhe responder por estarem presos em suas próprias mentes.

— Yoon-Yoon?

— Sim?

— Você acha que os dois estão bem?

— Acredito que o Tae está realmente disposto a tentar ter uma boa relação com o Jungkookie.

— Eu espero. Jungkook desde o momento em que bateu o olhar no Tete sentiu um sentimento forte e puro, e com o passar do tempo percebeu que é amor, esse sentimento nunca mudou, mesmo com a forma que o Te o trata... — Jimin disse sem perceber.

— Pera, pera, pera... Jungkookie ama o Tae?

— Ops. — Jimin arregalou os olhos e se virou para o mais velho lentamente. — Não fala para o Kookie que eu te contei, por favor, e nem para o Te.

— Hey, hey, hey, calma, meu amor, esse será um dos nossos segredinhos, okay?

— Okay, hyung. — Jimin deu o seu mais bonito sorriso, sem perceber que Min o havia chamado de meu amor.

Eles chegaram ao parque. Yoongi estacionou o carro no estacionamento que havia logo à frente. Os dois pegaram a mochila e a cesta que continha o alimento deles e seguiram o caminho.

Os dois preferiram deixar para ver os brinquedos após comerem. Estenderam o forro e então abriram a cesta e se depararam com apenas dois sanduíches e dois pedaços de bolo e um refrigerante.

— Yoon?

— Taehyung! — disse de olhos fechados e respirando fundo.

— O quê?

— Aquela praga disse “Deixe que eu arrumo sua cesta de comida, Yoongizinho, farei tudo certinho. Você está tão cansado...” e eu confiei.

— Tá tudo bem, e nós nem podemos comer muito. Brinquedos, lembra?

— Tem razão, então vamos comer para podermos olhar os brinquedos primeiro e depois nos decidirmos.

— É assim que se fala!

Os dois comeram sob risos, troca de olhares e conversa. Após comerem tudo, guardaram suas coisas de volta na cesta e na mochila, e começaram a andar pelo lugar, até que se decidiram por irem em um carrinho que dava voltas por todo parque e passava por um túnel de dinossauros, que estava em exibição.

A fila estava um pouco grande, mas nada exagerado; na frente do casal havia três crianças de 7 anos conversando entre si e discutindo, o que arrancava alguns risinhos dos dois rapazes.

— Hey, moços? — chamou a menininha.

— Sim? — Quem respondeu foi Min.

— Vocês são lindos!

— Obrigado, princesa. Você é linda! — Yoongi devolveu o elogio.

— Eu sou Jun-Ah, esse é meu irmão Bok-Hun e meu meu primo Chan-Ih.

— Eu sou Jimin e este velho chato é Yoongi — apresentou-se Jimin juntamente com o Yoongi.

— Vocês são um casal?

— Ainda não, Jun‐Ah. — Yoongi deu uma piscadela após sua fala, o que deixou Jimin com o rosto quente e vermelho, o coração aquecido.

— Ai, que legal. Vocês ouviram meninos, logo, logo os rapazes bonitos serão um casal. — A garota pulava e batia palma de tão animada que estava.

Logo a garota voltou a brigar com os dois meninos e Jimin e Yoongi voltaram para o seu mundinho. Ambos estavam ansiosos para finalmente chegarem sua vez de ir no brinquedo, mas essa animação logo acabou ao que, de repente, o tempo começou a nublar e uma forte chuva a cair.

— Mas que porra.

— Yoongi! Tem crianças perto, maneire no palavreado — dizia Jimin, tudo com um falso sorriso nos lábios.

— Foi mal.

Meia hora havia se passado e o único sinal de que haviam recebido é que a chuva ora iria diminuir e ora aumentar. Yoongi já estava bastante frustrado por seu tão sonhado encontro estar dando errado e Jimin percebeu, afinal não havia gesto ou emoção que o mais velho sentisse que passasse despercebido pelo mais novo.

— Yoon, eu ainda tenho quinze reais na carteira, por que não vamos ao shopping comer algo?

— Eu só queria que esse fosse o seu melhor encontro... — Era perceptível que o mais velho se segurava para que as lágrimas não descessem.

— E está sendo... Só dele ser com você já se torna o melhor encontro da minha vida. — Dando um sorriso singelo, o mais novo estendeu as mãos, que logo foi pega pelo Min e saiu correndo puxando o mais velho parque afora, molhando suas roupas e encharcando seus tênis.

Já no carro os dois não conseguiam parar de rir, e toda vez que pensavam ter conseguido se controlar, a cena voltava a suas mentes, fazendo-os ter outra crise de risos. Yoon ligou o aquecedor para que nenhum deles pegassem um resfriado, devido à condição de suas roupas, e então ligou o carro, rumo ao shopping. E o caminho para a sua próxima parada foi repleta de gargalhadas e olhares intensos.

Os dois resolveram ir ao Habbib’s já que era o alimento mais em conta. O lanche seguiu a mesma linha que havia sido desde seu encontro, risadas, conversa que nunca tinha fim, olhares e dessa vez teve mão com mão. Algumas pessoas paravam para olhar o casal que tinha as suas roupas um pouco molhadas.

...

— Hm, hyung? Você gostaria de entrar e tomar um banho quentinho? Essa roupa está molhada. — A verdade era que ambas as roupas já estavam secas, só estavam um pouco geladas. — Eu te empresto uma roupa minha. — Jimin tinha a face totalmente vermelha, e seus olhos estavam fixos em sua mão, observando seus dedos brincarem em seu colo.

— Só tomar um banho? — Yoongi segurou o queixo do Park e virou seu rosto, ficando com os lábios tão próximos que eram capazes de sentir a respiração um do outro no rosto.

— E poderíamos, sei lá... abrir uma garrafa de vinho que tenho guardado. O que acha?

— Ideia melhor não tem, para terminamos nosso encontro.

Cada um tomou banho em um banheiro. Jimin pegou a garrafa de vinho e ligou o som. O recipiente já estava no final quando começou a tocar Again, da Noah Cyrus e XXXTentacion. Seus corpos estavam quentes, eles só não sabiam se era pela vontade louca de experimentar os lábios um do outro ou se era efeito do vinho. Talvez fosse a combinação dos dois.

Mas foi apenas na primeira vez que tocou o refrão que Min tomou a iniciativa e beijou finalmente os lábios carnudos do mais novo. Os dois suspiraram em meio ao beijo.

Yoon sentou-se no colo do mais novo e arrancou a sua camiseta, ficando com o tronco nu. O vento gélido da noite arrepiava cada pelo existente no corpo de ambos. Em um piscar de olhos, ambos estavam apenas de cueca.

— Hy-hyung? Hm... Estamos em meu jardim, tem certeza de que quer fazer amor aqui?

— Vamos fazer amor, Park Jiminnie?

— Eu irei, você não?

— Sim, eu irei fazer amor contigo. — E então chocou seus lábios novamente. — Essas rosas, o luar e suas irmãs estrelas serão nossas testemunhas.

E foi naquela noite onde Park Jimin e Min Yoongi foram um do outro pela primeira vez. Não só eles, mas um outro certo alguém estava bastante feliz e satisfeito pelo andamento do casal e até mesmo de Taehyung e Jungkook, os quais, após sair da casa de Jimin, foram para a casa do mais novo jogar e estavam tendo momentos harmoniosos entre si.

Após terem feito amor, os dois rapazes entraram na casa e tomaram outro banho e, nus, deitaram na cama do mais novo, apagando nos braços um do outro finalmente. Eles nem perceberam que a rosa, que existia em seus pés, agora estava vermelha. Essa observação só ocorreu no café da manhã.

— Yoon, me passe a geleia e a faca, por favor.

— Aqui, meu amor.

— Obrigado. — Ao pegar a faca, deixou-a cair no chão e então se abaixou para pegar. — Uou, não sabia que tinha tatuagem. Ela se parece com a minha, com a diferença de que é vermelha.

— Como assim “vermelha”? Eu nunca mexi nela, e eu nasci com essa rosa aí. — Rapidamente Jimin olhou para sua e percebeu que estava da mesma forma que do mais velho, isso o fez empalidecer e preocupou o Min.

Yoongi sentou Jimin em uma cadeira e deu um copo com água para o mesmo se acalmar.

— Hyung, você nunca percebeu nada de diferente na sua marca?

— Como assim?

— Coceiras, leve incômodo, essas coisas...

— Por quê?

— Olhe para ela e olhe para minha. — Yoon, que estava preocupado, ainda não tinha olhado para sua marca de “nascença” e tamanho foi o choque ao olhar.

— Como?

— Eu não sei, mas a única pessoa que pode nos responder é o professor Seokjin...

E assim se passou o final de semana. Mesmo ansiosos e curiosos, não deixaram de se curtir.

Com a segunda-feira, veio uma tensão maior. Suas atenções não estavam na aula e sim no que estava acontecendo.

Ao dar o horário do intervalo, Jimin e Yoongi praticamente correram em direção à sala que sabiam que Seokjin estaria.

— Senhor Park, senhor Min... — disse o Kim de costas para eles.

— Como sabia que éramos nós? — questionou Yoongi.

— Eu estava aguardando por vocês, demoraram, mas nem tanto...

— Do que está falando? — Jimin estava muito confuso, assim como o Min.

— Me encontrem no Café Le Paris às 15h30, juntamente com Jungkook e Taehyung. — Dando um sorriso, Jin saiu da sala, deixando os dois rapazes confusos.

Às 15h25, o grupo de amigos já se encontrava no local, os dois mais novos bastante confusos e os dois mais velhos curiosos e tensos.

— Pontuais... — disse Jin, colocando a maleta na mesa. — Já pediram? Não? Como querem receber a notícia que mudará a vida de vocês completamente se não tem nada no estômago de vocês? Garçonete! — chamou educadamente. Após fazerem seus pedidos, esperaram em silêncio.

Ao chegar o lanche de todos, a mesa ainda se encontrava em silêncio, se não fosse pelo sussurro de Taehyung e Jungkook que perguntavam entre si o que diabos acontecia, o que arrancou um sorrisinho de Jin.

— Tá bom, já chega! O que diabos está acontecendo aqui? — explodiu Jimin e falou ao soltar seus talheres, seu rosto demonstrava claramente que ele estava se irritando.

— Uau, sempre achei que o primeiro a se estressar seria o Yoongi, por seu temperamento...

— Você fala como se nos conhecesse...

— E eu os conheço melhor do que vocês mesmos.

— Desculpa, senhor Seokjin, mas o que o Tae e eu temos haver com isso?

— Tudo! Vocês dois notaram que as suas rosas ganharam cor, Taehyung já não sente raiva de Jungkook e se consideram amigos.

— Continuo sem entender nada. E como assim, Yoongi? Você foi no tatuador e pediu para tingir a rosa? Jimin, você também tem?

— Sim, Tae, Jimin tem uma rosa e é igual a minha, na mesma região. E eu não fui no tatuador, ela simplesmente amanheceu vermelha, a minha e a do Jiminnie...

— Isso é sinistro... — comentou Jungkook.

— Concordo com o Jungkookie — respondeu Taehyung pasmo.

— Jimin, Yoongi lembram da aula de história, que contei o conto de Chim-Hwa e Huan-Chun?

— Sim, como poderíamos esquecer dessa história? — respondeu Yoongi.

— Espera um pouco, quem são esses?

— Huan-Chun era soldado e braço direito do futuro imperador e Huan-Chun princesa da China e pretendente de Shink-Man, este quem era o futuro imperador. Chim e Chun se apaixonaram e iniciaram um romance. Eles pretendiam fugir para ficar juntos, mas então descobriram e os condenaram à morte. A não ser que ele negasse o amor dos dois... — Yoongi já estava bastante emocionado ao começar a contar a história dos dois amantes.

— Ele negou, certo? — perguntou Jungkook apreensivo.

— Não, Kookie, ele preferiu morrer do que negar o sentimento mais puro que ele já sentiu — respondeu Jimin, com uma lágrima solitária escorrendo por sua bochecha. Taehyung já chorava copiosamente como se em seu íntimo já soubesse que ele perderia alguém no final da história, Yoongi sentia seu coração dilacerar, Jungkook se sentia covarde e um monstro enquanto Jimin, ao mesmo tempo que sentia uma paz o inundar, também sentia medo de deixar alguém para trás. — Ele morreu por traição ao seu futuro imperador.

— E a Huan-Chun? — perguntou com um certo desespero.

— Ela recebeu uma flechada ao se aproximar do seu amado, Jungkookie — disse Yoongi em um sussurro. — Ela fechou seus olhos, dando seu último suspiro ao lado da pessoa que ela amava. — Yoongi estava de olhos fechados, como se lembrasse de cada detalhe, coisa que não aconteceu.

— Chun tinha um irmão, ele era japonês, foi adotado por seu pai. Ele morreu no mesmo dia jurando odiar Man-Shik, o homem que amava, deixando o Shik amargurado por matar seu irmão de criação, sua melhor amiga e o único que amou — falou Jin fazendo os quatro o olharem.

— Quem é você? — perguntou Jimin.

— Lembra da lenda do Aka Ito? — Jin devolveu a pergunta, ignorando o questionamento do menor. — O rei da China orou por nós, implorou para que fôssemos misericordiosos e que déssemos oportunidade dos dois amantes se encontrarem para que finalmente vivessem aquilo que lhes foi roubado. Também que seu filho, Syaoron, pudesse voltar e aprender a perdoar aquele que matou sua irmã. A imperatriz também orou para nós. Para que concedêssemos a oportunidade, aos que morreram injustamente, de viver aquilo que não se pôde viver naquela época. Também oportunidade de seu filho se perdoar. Por muito tempo não conseguimos unir essas quatro almas, mas agora... Agora finalmente conseguimos cumprir com nosso objetivo e não só unir esses quatro espíritos, mas unir também almas perdidas por séculos.

— O que quer dizer com isso? — questionou Jimin.

— Que finalmente demos por iniciado o Aka Ito, graças a vocês dois.

— Por que você sempre fala em primeira pessoa?

— Porque refiro a mim também, Yoongi.

— Minha cabeça irá explodir, eu... Você quer dizer que Jimin e eu somos Huan-Chun e Chim-Hwa?

— Finalmente, Huan-Chun, você sempre foi uma pessoa de uma personalidade bastante forte, que não conseguia acreditar naquilo até ver, sentir ou passar por algo que comprovasse que aquele fato era verídico. Não é à toa que só passou acreditar no amor após conhecer Chim-Hwa, este quem por sua vez sempre acreditou em uma divindade e foi o causador da esperança em você de que vocês poderiam sim se encontrar em uma próxima vida.

— Se Jimin e Yoongi são esse casal aí, e você chamou a nós quatro aqui, então quer dizer que somos a reencarnação de Syaoron e Man-Shik?

— Você continua bastante esperto, Syao, e com um raciocínio rápido.

— Se Tae é Syaoron, quer dizer que eu sou o Man-Shik? Eu fui a ruína da única pessoa que amei vidas atrás e continuo amando nesta?

— A vida é feita de escolhas, Jeongguk, seja qual caminho você seguir terá uma ação que irá causar uma reação. Man-Shik não tinha escolha e Chim-Hwa sabia que essa era a reação de suas escolhas, ele nunca te perdoou porque em sua visão não tinha o que perdoar, a morte de Chim foi uma ação para a reação de Chun, e Chun querer estar ao lado de seu amado em seus últimos suspiros, causou a ação do soldado que foi a causa da reação de Syaoron, diante à ação de Syaoron ao atacar o soldado, calhou outra reação que o levou à morte, e assim vai. Todos os nossos atos causam uma reação, que é uma ação. Seja ela negativa, como este que causou diversas mortes e infelicidade, como uma ação boa, como a do rei da China e a da imperatriz coreana ao nos fazerem uma prece por vocês quatro.

— Me perdoa, Syaoron — disse Jungkook, virando-se para Taehyung. — Aqui quem pede perdão não é Jungkook e sim, Man-Shik, o eterno admirador de vossa beleza e portador de seu amor.

— Eu nunca te odiei, Syaoron. Eu só não quis acreditar que minha irmã havia partido daquela maneira e por sua própria escolha, eu só quis alguém para culpar pela sua morte, mesmo sabendo que havia sido a escolha dos dois. — Jin podia ver as almas do antigo imperador coreano e do ex-ninja, que havia roubado o seu coração, conversarem e se perdoarem, assim como podia ver as almas dos dois amantes sorriem e sentirem paz, não somente por terem um ao outro ao seu lado, mas por ver aqueles que tanto amam se perdoarem.

— Agora as almas de Shink-Man, Syaoron, Chim-Hwa e Huan-Chun poderão ficar em paz, dando total liberdade para a alma de Jeon Jungkook, Kim Taehyung, Park Jimin e Min Yoongi. Aliás, Jimin, as suas inúmeras cicatrizes são reflexo da alma machucada de Chim, ela refletia através de cicatrizes feitas pelas inúmeras flechadas que ele levou, assim como a sua cicatriz, Yoongi; elas agora são inexistentes. Meu trabalho agora terminou. Hora de dizer adeus.

— Nós nunca mais nos veremos?

— Nunca mais é muito tempo, Jimin, veja isso como um “até breve”, até porque, quando menos esperarem, estarei lhes fazendo uma visita.

Os cinco se levantaram das cadeiras e com um breve aceno, Jin desapareceu como num passe de mágica, deixando o grupo de amigos espantado e logo riram. Yoongi plantou um beijo nos lábios de Jimin.

— Eu te amo!

— Eu te amo!

O grupo saiu da lanchonete com a sensação de que uma nova etapa havia se iniciado e isso lhes trazia bons sentimento.


Oito anos depois


Oito anos havia se passado. Jimin e Yoongi agora eram historiadores e, nas horas vagas, iam em busca de pessoas com histórias parecida com a deles para a criação de seu livro “O Amor Cura o Tempo". Eles estavam casados e haviam adotado um casal, que receberam o nome que tiveram em seu primeiro encontro; em sua primeira encarnação: Chim-Hwa e Huan-Chun. E claro, tinham também o cachorrinho Park Min Holly.

Taehyung e Jungkook levaram dois anos e meio para finalmente se tornarem um casal. Hoje o Kim era um fotógrafo renomado, assim como Jungkook era um artista plástico bastante famoso. Eles estavam na Noruega, fazendo mais um de seus trabalhos e pesquisas para a nova exposição, “A Cultura e Beleza da África”.

— Papai, papai, papai! — gritava a garotinha no topo da escada.

— Park Min Huan-Chun, ainda não foi dormir? — questionou Jimin.

— É que Chim e eu gostaríamos que o senhor contasse a história de como você e o papai se conheceram — falou a garotinha envergonhada.

— Depois vocês dois irão dormir?

— SIM!

— Diga para o seu irmão ir para o quarto do papai, Yoon está lá e ele adora ouvir também. — Jimin tinha um enorme sorriso.


— Prontas, minhas crianças? — falou Jimin entrando no quarto.

— SIM! — exclamaram Yoongi e as crianças super animadas. Jimin deitou na outra ponta da cama de casal dele e de seu marido, deixando os pequenos no meio.

— Tudo começou na dinastia Yi, no ano de 1392 d.C., quando a Coreia era apenas uma...


O fim é apenas o começo!

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Notas Finais: Bom, espero que tenham gostado meus amores, confesso a vocês que chorei escrevendo a primeira parte. Agora vamos aos agradecimentos.

Vou começar pela @migukie que fez a betagem, obrigada meu amor. Quero agradecer também à @yoonckyn pela capa maravilinda e que me salvou tendo que fazer a capa de última hora, você é um anjo. Quero agradecer todas as adm que tem paciência comigo, principalmente a @minie_swag e obrigada a você também @yinlua. E quero agradecer a todos vocês que deram chance à essa uma one shot, vocês são maravincrivel.

Se cuidem, meus amores e até a próxima!

26 Juillet 2021 21:50 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

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