Megumi saiu da cafeteria ignorando os chamados de Maki e Gojo, colocou as mãos no bolso do moletom que usava e seguiu seu caminho em silencio, ainda tinha sequelas da última luta, mas, pior que as dores físicas, era a dor em seu peito, o sentimento de que algo faltava
Foram 11 meses desde que o viu pela primeira vez, os 11 melhores meses de sua vida
Cada sorriso, cada grito, cada missão, cada lembrança o fazia sorrir ao mesmo tempo em que o fazia querer chorar
Olhou para o céu, o sol brilhante o cegou, como o sorriso dele, sempre radiante e alegre apesar da sina que carregavam, uma lágrima caiu, chovia dentro de si apesar de não ter nada a temer em seu futuro, sempre foram opostos
- Fushiguro! - Gojo tocou seu ombro, estava sério, sem a animação cotidiana - Não adianta fugir disso
- Por que ele?
- Você sabia que seria assim desde o início, nenhum de nós poderia impedir no fim
- N-não tem mesmo outro jeito?
- Infelizmente não, nós vamos o ver antes de exorcizarem o corpo, quer vir?
- Não, valeu
Gojo suspirou
- Fique bem
Megumi assentiu, fechando os olhos, ainda podia o ouvir rir, andou sem rumo lembrando de tudo o que viveram até ali, sem perceber seus pés o guiaram até aquele lago, com a agua cristalina, rodeado de árvores no parque onde sempre iam, onde foi pedido em namoro
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Estava a beira do lago, treinando mira ao jogar pedras no lago, no meio do lago estava ele, treinando o Punhos Divergentes, parecendo animado, Nobara estava sentada na sombra de uma árvore cansada, era dia de folga dos três
O sol já tinha se posto e as estrelas davam o ar da graça o mais novo saiu do lago caminhando até Nobara antes de ir até Megumi animado demais, o moreno sentiu um arrepio ruim
- Está jogando pedras?
- Sim
- Isso é um tipo de treino?
- Sim
- Está entediado?
- Sim
- Quer ir embora?
- Sim
- Podemos passar em uma lanchonete?
- Sim
- Namora comigo?
- Sim
- Está me ouvindo?
- Sim
- Isso é sério?
- Si-
- OUVIU ISSO NOBARA?! - A voz de repente alta assustou Megumi que respondia sem prestar real atenção - ESTAMOS NAMORANDO AGORA!
- Pera, que?! - Megumi encarou o garoto a sua frente que sorriu para si, os olhos brilhando, sentiu seu coração bater tão forte que qualquer um poderia ouvir
- Nem vem! Você acabou de dizer sim - Isso o fez corar, era verdade, estava tão decidido a o ignorar, como normalmente fazia, que disse sim sem perceber, não que fosse negar, na verdade ia ter um colapso e acabar no hospital antes de responder tinha certeza
Bastardo idiota gostoso de uma figa!
- Vamos logo! Eu tô com fome! - Ele o puxou e Megumi se permitiu ir
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Riu sozinho jogando pedras no lago, um nó em sua garganta, que saudades já sentia dele, lembrava dos planos que ele costumava fazer de madrugada quando escapava para seu quarto, ambos planejando um futuro que sabiam que nunca aconteceria
Droga! Sentia falta até daquele maldito demônio que tanto os atormentava, aparecendo nos piores momentos constrangendo os dois, como na primeira vez deles, no aniversário de Megumi, o ódio quando aquele filho da mãe apareceu foi tanto que o moreno broxou, na época ele queria matar o ser a tapas, mas depois de alguns dias se tornou uma piada interna entre eles, uma cena bem cômica realmente
Fez o selo com as mãos chamando seus cães divinos e suspirou tocando os pelos sedosos, ele amava fazer carinho neles e brincar com eles animado, fingindo que eram cachorros de verdade, de início Megumi odiava isso, o irritava de verdade, mas depois de um tempo, acabou por não se importar e até os chamava de vez em quando para os ver interagir, era fofo demais
Aquecia seu coração o ver feliz, ainda mais com o que o aguardava no futuro próximo
Um soluço deixou seu corpo enquanto o choro se intensificava ficando impossível de controlar, doía tanto! Por que as coisas não poderiam ser diferentes? Ele não merecia um destino tão cruel sendo tão bom
- Sabia que te acharia aqui - Maki se sentou ao lado do moreno
- J-já acabou? - Ele não conseguia controlar as lágrimas, era a primeira vez que permitia que alguém o visse chorar
- Já... ele está em paz agora, sem Sukuna por perto para o atormentar
Megumi assentiu fungando
- Gojo e Nobara?
- Eles foram para os quartos, não pareciam nada bem, eu disse que vinha atrás de você
Todos estavam sentindo, até mesmo Gojo se apegou dessa vez, doía como se fosse físico
Nenhum deles disse mais nada, ficaram ali, Megumi chorando sua dor e Maki o consolando em silencio, o sol se pôs e as estrelas cobriam o céu, o escuro da noite tinha se instalado a algum tempo quando Maki sugeriu irem embora
Megumi a acompanhou com a certeza que nunca superaria o amor de adolescência não importava quanto tempo passasse
Itadori Yuji sempre estaria em seu coração
FIM
Merci pour la lecture!
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