rosabellaw Isabela Paula

Ronald achava que tinha todas as respostas e que não tinha mais nada a aprender. Hermione já tinha passado por poucas e boas para se prender a suposições dos outros. E a nossa pequena Rosa apenas queria seu pai por perto e quem sabe uma mãe de brinde. A vida desse policial estava dentro dos eixos, pelo menos até sua nova parceira chegar a Chicago para fazer sua vida balançar e virar de cabeça para baixo. Isso é bom, porque as vezes só é preciso ver as coisas por um novo ângulo.


Fanfiction Livres Déconseillé aux moins de 13 ans.

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Não foi um suicídio.

4:28

Depois de uma ligação feita pelo dono do motel, estou no carro a caminho do endereço.

Ao chegar vejo a multidão. Policiais e peritos criminais colhendo depoimentos, hospedes sendo contidos pela fita policial e tentando entender o porquê da aglomeração no quarto 7A.

-Luna, quais são as informações? - pergunto a minha parceira.

-Pelo que a dona do motel disse, essa garota pediu por um quarto e entrou sozinha. Algum tempo depois um casal que estava no quarto ao lado, ouviu o barulho de algo sendo jogado contra a parede e chamou o dono. Quando foram averiguar encontraram o corpo da garota no chão com o pescoço cortado e a faca em sua mão. - disse analisando o papel onde estava escrito o depoimento.

-Tem algum suspeito? - pergunto enquanto vejo a movimentação dos hospedes diminuir.

-Ao que parece ninguém entrou ou saiu, pois a janela e a porta estavam trancadas por dentro, não há sinal de arrombamento e para o nosso desespero. -ela para de falar e se vira em minha direção. - Eles não possuem câmeras.

-Como assim não possuem câmeras? - pergunto indignado indo em direção ao quarto com Luna em meus calcanhares.

-É algo como evitar que a intimidade dos clientes seja explanada. -enquanto formula essa frase me oferece um par de luvas. - Parece que aqui é normal homens casados se encontrarem com as amantes. - disse fazendo pouco caso.

Ao entrar no quarto percebo a decoração simples do motel de beira de estrada. Uma pequena mesa embaixo da janela, uma cama de casal com um criado mudo de cada lado, uma porta que provavelmente leva ao banheiro e uma TV de 24 polegadas pendurada na parede.

Logo abaixo do aparelho está o corpo da garota que não deve passar dos vinte anos, apesar de estar encurvada para frente vejo os cabelos castanhos escuros um pouco bagunçados, a camisola branca rendada no busto e manchada pelo sangue que escorreu de sua garganta.

-Já tiraram as fotos do corpo para análise e irão levá-la para o IML, vocês têm alguma suspeita? - pergunta Harry parando do nosso lado.

-É difícil ter alguma suspeita sem nenhuma prova né? - diz Luna indo em direção ao corpo. - Teremos que esperar o relatório da autopsia.

-Eu acho que foi um suicídio. -digo e vejo suas caras de indagação. - Encontraram a “arma” do crime em suas mãos, ninguém entrou ou saiu, pois só a menina tinha a chave. Eu duvido muito que ela tenha se levantado para trancar a porta com a garganta cortada. Não tem nenhum sinal de uma segunda pessoa aqui, apenas um copo de bebida e apenas uma bolsa de roupas.

-E o barulho na parede? - perguntou Harry. - Ela também se jogou contra a parede?

-Talvez tenha perdido o equilíbrio quando cortou a própria garganta, essas paredes são finas e do outro lado o som deve ter saído alto.

-Melhor esperar a autopsia. - disse Luna indo em direção ao estacionamento. - E eu tenho duas novidades para te contar Rony, vamos.

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6:09

-Como assim ir para outro distrito? - lhe pergunto sentindo meu olho direito pular.

-Você sabe que eu e o Neville vamos nos casar. -ela dizia tranquilamente andando pelo nosso escritório - Ele foi chamado para dar aula na DeVry University que é a maior universidade de Chicago, mas fica em outro distrito e seria muito cansativo o percurso da minha nova casa até aqui.

-Mas nós somos parceiros de casos desde o começo da nossa carreira, temos esse novo caso e dois antigos que ainda não resolvemos. - digo me escorando na mesa com os braços cruzados, encarando a loira que como sempre não entendia a gravidade da situação.

-Aí que entra a outra novidade, tem uma garota sendo transferida para cá. -após receber essa informação apenas senti meus olhos esbugalharem – E você vai ter que prometer ser bonzinho com ela, por favorzinho. -dizia em minha frente juntando as mãos como em uma prece.

-Eu prometo, mas quem te vê falando isso imagina que eu sou um monstro.

-Você não é um monstro, mas talvez tenha uma alma de velho, sabe? - vendo a minha cara de ódio solta uma gargalhada.

-Alma de velho? A situação só melhora né? - digo em tom de sarcasmo.

-Eu apenas sei que você não é fã de mudanças, pessoas novas em sua vida, pessoas felizes a sua volta... - fez uma cara de quem descobriu a resposta de um enigma - Pensando bem, você tem realmente alma de velho. -após sua fala a vejo correndo para a porta antes de ser atacada pela minha fúria.

-É sério isso? - nesse momento sinto o tique nervoso aumentar.

-Já vou, ela vai chegar de viagem amanhã e não esqueça de ser educado. -assim fecha a porta.

Sento na minha cadeira e respiro fundo, preciso me acalmar. Olho os porta retratos da minha mesa, vejo minha Lilá com um sorriso tão fácil e o nosso pequeno pacotinho ruivo no colo, ela sempre esteve tão linda. No outro minha pequena Rosa no colo da minha mãe em seu aniversário de dois anos, tenho que adicionar um lembrete para comprar seus morangos antes de visitá-la esse final de semana.

E não me esquecer de perguntar se ela acha que tenho alma de velho.

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7:05.

No dia seguinte chego para o meu plantão e de primeira vejo Harry caminhando em minha direção com a testa enrugada, logo só pode ser má noticia.

-Ainda não saiu o resultado da autopsia, mas as fotos tiradas estão na sua sala. -sigo em direção ao corredor, mas sinto o braço do Potter no meu ombro me fazendo seguir para o outro lado. -Dumbledore quer falar com você na sala dele, parece que a sua nova parceira chegou. - disse com um sorriso sacana.

-Quer que eu diga para a minha irmã que você está arrastando asa para a garota nova? - pergunto seguindo com ele até a sala do chefe.

-O quê? Não, estou falando que seria uma ótima oportunidade para você desencalhar.

-Só não quebro seus óculos porque prometi a Gina que não faria isso de novo. -digo e ele segue rindo pelo corredor, disfarço a minha raiva ao entrar no escritório de Alvo Dumbledore.

Ao entrar vejo o senhor de idade avançada com o mesmo semblante de calma, sentado atrás de sua mesa com seus óculos meia lua na ponta de seu nariz. Mas o que não esperava era encontrar com os olhos castanhos e um sorriso convidativo da bela moça sentada em sua frente.

-Bom dia senhor Weasley. - diz o senhor se levantando – Gostaria de lhe apresentar a senhorita Granger.

Ao dizer isso a moça se levanta e pude perceber as botas de salto, a calça jeans apertada e o casaco que batia em suas coxas. Ela não estava vestida apropriadamente para aquele ambiente e presumi que veio direto do aeroporto.

-Oi, me chamo Hermione Granger. - diz estendendo a mão e logo a apertei – Espero não ter problema entrar no meio de um caso.

-Ronald Weasley, está tudo bem.

-A papelada está quase em ordem, já conversei com a senhorita e a deixei por dentro do caso – Alvo diz se sentando novamente – Porque não a leva até o escritório que irão dividir para analisar as informações da vítima até eu terminar aqui.

-Sim senhor, vamos. -digo me virando em direção a porta e ela me acompanha, sinto os olhares de todos queimando em minhas costas e ao chegar no escritório percebo que a mesa de Luna já está vazia.

-Eu cheguei hoje então Dumbledore me deu o dia de folga para organizar as minhas coisas aqui. -ela dizia olhando em direção a antiga mesa de Luna – Mas amanhã estarei aqui para resolver o caso.

-Esse caso já está resolvido. -digo pegando o arquivo e analisando os dados da vítima e as fotos – Foi um suicídio.

-Como você sabe que foi um suicídio se ainda não saiu o relatório da autopsia? - perguntou confusa.

-Pode analisar o arquivo. - digo lhe entregando a pasta - Não tem nenhum vestígio que tinha outra pessoa com ela no quarto, não tinha jeito de sair ou entrar lá dentro, pois estava tudo trancado e a faca estava na mão da garota.

Vi ela se sentando na mesa, seus olhos analisavam parte por parte daquele arquivo como se estivesse montando um quebra cabeça. Por vezes suas sobrancelhas levantavam, seu nariz enrugava e sua boca formava um bico. Isso durou cerca de uns sete minutos, até ela abrir um sorriso e me olhar de um jeito sarcástico.

-Não foi um suicídio. - diz cruzando as pernas e me olhando em desafio.

-Porque acha isso? - lhe perguntei fazendo pouco caso e me sentando atrás da minha mesa. Ela se levantou, sentou em minha frente e abriu o arquivo em minha mesa.

-Nas informações diz que Katie Bell de 23 anos era destra, escrevia com a mão direita. -ela dizia apontando para as informações no começo da pasta.

-E se a senhorita não percebeu... - digo virando as folhas e encontrando a foto do corpo da garota – A faca foi encontrada na mão direita.

-Mas esse corte não foi feito pela mão direita. -ela diz virando mais folhas e encontrando a foto do corte – Em um corte a pele acompanha a faca, o lado que a faca entra a pele fica para dentro e por onde a faca sai a pele fica para fora. Está vendo que a faca entrou do lado direito e saiu do esquerdo? - ela dizia apontando para a imagem – Se ela fosse fazer o corte seria pela mão dominante que é à direita, porém não é possível ela fazer esse corte com essa mão porque seria um corte muito fechado.

O que ela falava fazia sentido, peguei um lápis e ofereci outro para ela e tentamos fazer o movimento do corte, porém era muito difícil para uma pessoa prestes a se matar fazer esse movimento.

-Não foi um suicídio. - digo isso mais para mim do que para ela, nesse momento diversas teorias passavam pela minha cabeça, mas nenhuma fazia sentido.

-Não disse? - seu olhar sarcástico faz com que eu nem mesmo agradecesse pela ajuda – Agora preciso ir aproveitar o meu dia de folga, mas amanhã nós continuamos. -assim ela se levantou e simplesmente saiu.

Sinto que não cumprirei a promessa que fiz a Luna.

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10 Juin 2021 01:52 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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