Era uma vez, dois garotos que nasceram predestinados a serem melhores amigos para sempre e isso não era algo dito da boca para fora, eles realmente serão amigos para todo o sempre, suas próprias almas decidiram isso há muito tempo e nada no mundo ou universo seria capaz de destruir algo tão belo assim.
— Jimin-ah, para onde você está indo? — O garotinho curioso como de costume perguntou com dificuldade, se embolando nas poucas palavras que conhecia.
— Eu vou me mudar para o colégio, Taehyungie — respondeu o outro enquanto arrumava seus brinquedos no grande baú.
— E eu? Vai me deixar aqui sozinho? — indagou com um biquinho triste.
— Você vai para o colégio ano que vem — disse se virando para o amigo. — Não fica triste, eu venho te visitar.
— Não, Minnie! — Jogou-se contra o corpo do mais velho lhe abraçando. — Mamãe me disse que quando eu fosse para o colégio, que não voltaria para o reino até ser glande.
— Ah, Tae… — Jimin lamentou abraçando o amigo.
— Jimin — A voz calma do seu irmão foi ouvida pelos dois e Taehyung se afastou rapidamente limpando o rosto.
— Oi, hyung — disse e o mais velho apareceu na porta de seu quarto.
— O rei mandou você descer para se despedir dos Kim — informou.
— Certo. — Colocou o último brinquedo dentro do baú e puxou o amigo. — Vamos, Tae-ah.
Junto com seu irmão, Jimin e seu amigo caminharam pelos enormes corredores do castelo tão conhecido por eles rumando até a sala de visitas, onde a família Kim estava. Ao chegarem, esperaram para que abrissem as portas, feito isso passaram juntos lado a lado, encontrando com o rei, sua esposa e seu herdeiro.
— Mãe... — O melhor amigo de Jimin, correu até a citada abraçando as pernas da mesma, choramingando. — Por que eu não posso ir com o Jiminnie?
O mais velho dos amigos suspirou e trocou olhares com o seu irmão, este que entrou seguido por ele. Park se curvou para os presentes e se aproximou de seus pais, se sentando entre os mesmos. — Já seu irmão, se sentou ao lado de seu pai em silêncio enquanto observava tudo.
— Não é a sua hora ainda, querido, ano que vem você irá — disse a garota com calma.
— Eu tenho a mesma idade do Minnie, então eu pode ir! — exclamou birrento e irritado com lágrimas molhando o rostinho imaculado e delicado.
A mulher olhou para o rosto do marido, que observava o filho resmungar enquanto puxava o vestido da mesma.
— Se quer ir, vá. — Foi a resposta do homem, surpreendendo a todos.
— Kang! — reclamou a esposa.
— Pai, o senhor tem certeza? — O irmão mais velho e herdeiro da família Kim questionou.
— O que? Ele mesmo disse, já tem a idade, se ele quer ir esse ou o próximo ano tanto faz. — Deu de ombros pouco se importando.
— Jimin-ah, eu vou com você! — exclamou erguendo os braços no alto abrindo os mesmos para comemorar, mesmo que as lágrimas estivessem roubando a beleza de seu rosto, o sorriso grande e retangular demonstra toda a alegria que ele sentia naquele momento.
— Taehyung, você sabe que assim como você o Jimin teve a opção de ir ano passado, não é? — O seu irmão mais velho questiona interrompendo a comemoração do garoto. — Por que você não pergunta a ele o porquê disso?
Jimin se surpreendeu pela atenção repentina ser voltada para si, no entanto, pensou bastante no que dizer.
— Uhm… na verdade, foi uma escolha minha e pessoal — disse. — Taehyung-ah, como você mesmo disse, não iremos ver ninguém que conhecemos por muito tempo. É preciso tempo para se despedir e conseguir colocar tudo em ordem.
— Você deve ir porque quer e no seu momento e não porque Jimin está indo. — O irmão mais velho do Jimin completou a fala do mais novo. — Por isso que deve ficar, Taehyung-ssi.
— Yoongi-ah, não precisa ser tão formal com o Taehyung — pediu o pai do garoto. — Ele é apenas uma criança.
Taehyung encolheu os ombros fazendo um bico fofo, por achar que o mais velho estava brigando consigo. Yoongi era sempre neutro e nunca falava consigo diretamente, mesmo que ele fosse falar com o mais velho, o mesmo respondia educadamente, mas nunca prolongava o assunto.
— Mas eu não quero ficar sozinho — murmurou com a voz chorosa e Jimin se desesperou com a fala do amigo, porque, afinal, era verdade.
— Então, você não quer ir para o colégio porque quer, mas sim por medo de ficar sozinho? — questionou o mais velho.
Taehyung se encolheu mais concordando fracamente. Yoongi assentiu levemente com a cabeça, olhando para seu amigo que deu de ombros.
— Então, não vá, Taehyung-ssi, e eu lhe farei companhia nesse próximo ano que entrar — disse surpreendendo a todos.
— Espera- — A fala do progenitor do Taehyung foi cortada pelo pisão que ele levou do salto fino de sua mulher.
— Você é muito fofo, Yoongi-ah — disse a mulher no lugar do marido.
— Fofo? — indagou a si próprio.
Mais tarde, quando o rei Kim e sua família estavam se despedindo para ir de volta para o seu reino, Jimin e seu melhor amigo choraram muito pois não se veriam durante um ano inteiro.
— "Você é muito fofo, Yoongi-ah" — implicou o mais velho.
— Você é muito implicante, Seokjin-hyung. Vá embora logo! — Virou as costas para o amigo, este que riu.
— Não acredito que estou sendo destratado dessa forma, jamais pisarei os pés nesse lugar! — Bateu os pés no chão cruzando os braços.
— Não vai fazer falta. — Mesmo de longe o Yoongi respondeu ao amigo que bufou.
— Ah, é mesmo? Me lembrarei disso — resmungou e virou-se de costas também ao que esperava por seus pais.
Enquanto seguia seu caminho para a biblioteca, Yoongi foi interceptado por um serzinho de cinco anos com o rosto inchado e bochechas coradas, que segurava seu sobretudo com força fazendo os pequenos dedinhos ficarem avermelhados.
— O que houve, Taehyung-ssi? — questionou ao que se abaixava para ficar na altura do garoto.
— Você… vai me esperar eu amanhã? — perguntou com um rostinho abaixado na direção do seus pés.
— Por que você não me olha quando estivermos conversando? — O garotinho negou com a cabeça fazendo um bico. — Não é educado você olhar para outros lugares enquanto se dirige a uma pessoa que está a sua frente e lhe dando total atenção — repreendeu. — É desrespeitoso e um principezinho não pode agir assim. Você é ou não é um príncipe?
— Eu sou! — exclamou birrento levantando o rosto com um bico nos lábios finos. — Mas eu não tenho coroa igual a mamãe.
— Sua mamãe tem uma coroa porque ela era uma princesa e virou rainha — disse. — Príncipes não tem coroas.
— Mas eu quelo m-mui-to! — exclamou com dificuldade e o alfa sorriu.
— Sim, que tal se fizermos um trato?
— Qual? — perguntou curioso juntando as mãozinhas em frente ao corpo.
— Se você se comportar e ser um bom garoto durante esse ano, quando eu for rei, prometo mandar fazer uma coroa especial e exclusivamente para você.
— Sério?! — questionou animado e com os olhinhos brilhando.
— Sim, eu prometo.
— De dedinho? — Ergueu seu mindinho e aquela ação fez o garoto mais velho rir e corar.
— Certo. — Ergueu seu dedo mindinho ossudo e pálido, logo colando-o com o do menininho. — Eu prometo de dedinho.
Naquele dia, uma pequena chama pura acendeu no coração do alfa lhe aquecendo por completo e, para Taehyung, aquele foi seu primeiro contato direto com o alfa sério, o que lhe deixou muito feliz.
— Taehyung, vamos logo! Mamãe e papai estão te esperando. — Seokjin apareceu no campo de visão deles, mesmo estando consideravelmente longe.
— 'Pera, hyung! — exclamou apressado com medo do seu irmão lhe deixar ali sozinho. — Tchau, Yoongi-ah!
— Até logo, Taehyung-ssi!
Com um sorriso beirando os lábios, observou o menininho correr na direção do irmão, vez ou outra tombando nos próprios pés.
Aquele ano seria muito importante para ambos. Para aquele jovem príncipe herdeiro — que mantinha uma vida esforçada e coberta por estudos e regras própria —, sentia que Kim Taehyung era como fogo e iria aquecê-lo naquele frio congelante que assolava seu corpo, porém, sabia que se manter próximo demais do fogo, poderia se queimar.
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