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O navio pirata mais temido de todo o reino de Zambrigia atraca mais uma vez na capital, os boatos de que o Rei e o capitão da embarcação, Ellavan, estão fazendo negócios ás escondidas, ficam cada vez mais altos. O príncipe primogênito, Elliot, está cansado de todas as regras e ensinamentos de seu pai, ele não deseja ser rei, e acredita que seu irmão, Silvester, está mais preparado para o cargo de rei, por isso decide seguir os piratas para o Navio Caronte,o navio do capitão Ellavan, tentando descobrir algo sobre os tais negócios do Reino, mas seus plano de viajar escondido já não deram tão certo. Agora, descoberto pelos piratas da embarcação, o que ele irá fazer? sorte a dele que uma bela moça o ajudou a se alimentar, mas onde está o temido capitão? de certo não esta em seu navio... ou está?


Fantaisie Médiévale Interdit aux moins de 18 ans.

#258 #piratas #fantasia #principe
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Capítulo 1

Era mais um dia entediante naquele palácio, já estou cansado dessa rotina estúpida de "primogênito do rei". Eram regras atrás de regras, lições atrás de lições e tudo o que eu queria era poder ver através dos muros, os mares, as aldeias, tudo aquilo que me encantava, e que eu só poderia vivenciar pelos livros.

Andando pelos corredores do palácio, eu estava fugindo de qualquer uma das lições que o meu pai tenha mandado para mim, hoje eu já estou de saco cheio de qualquer coisa que venha com os "compromissos reais" acompanhado.

Quando virava a esquina em direção às portas que dão saída para o jardim, encontro meu irmão, encostado em uma parede, como se soubesse que eu estaria ali.

—O que está fazendo aqui, Silvester? Não deveria estar em uma de suas aulas? — Pergunto olhando em seus olhos.

—Eu te perguntaria o mesmo, se já não soubesse que está fugindo como sempre, e quanto a mim, estou a te esperar para te mandar de volta ás suas aulas. — Ele olha para mim com um sorriso debochado em seus lábios.

— Sabe que eu não vou fazer isso, não volto para aula alguma. — Eu disse sério, seus olhos azuis brilharam em diversão.

Eu nasci com os olhos castanhos e sem graça, já meu irmão mais novo puxou toda a beleza de nossa mãe, seus olhos azuis da cor do céu e seus cabelos pretos traziam toda a beleza que a realeza poderia ter.

— Sei muito bem disso, por isso eu resolvi dar uma volta com você pelos jardins, temos um assunto a tratar. — Seu sorriso se desfaz e toma uma expressão séria.

— Qual seria o assunto tão urgente para que você deixe as aulas de lado apenas para falar sobre? — pergunto realmente curioso, meu irmão sempre fora um aluno aplicado e dedicado, ele faltar alguma de suas aulas era algo realmente raro.

Ele olha para os lados e então fala em um tom mais baixo — Não devemos falar aqui, paredes tem ouvidos. — e sai na frente, em direção às portas.

Eu o sigo e assim que chegamos ao jardim, o observo pela milésima vez, plantas e flores de todo o mundo residem ali, estufas e mais estufas dos mais diversos tipos de vegetações estão instaladas por todo o jardim, o cheiro das rosas invade minhas narinas, me fazendo sentir uma paz enorme em meu peito, estar nos jardins me faz pensar em como é estar do lado de fora dos muros. Meus pensamentos são abruptamente interrompidos quando Sebastian se vira em minha direção.

— Já soube quem está de volta ao reino? — Ele pergunta com um tom de voz mais sério que o normal. Eu faço uma expressão confusa. Quem seria a ponto de fazer meu irmão perder suas aulas e o deixar tão preocupado assim? Ele continua: — Ellavan e sua tripulação.

Toda a cor se esvai de meu rosto, Ellavan era o capitão pirata mais temido de todo o reino, as crueldades que estavam ligados ao seu nome eram de arrepiar até o homem mais corajoso de Zambrigia, mas, o mais curioso, é que ninguém sabe o verdadeiro rosto do temido marujo, alguns dizem que em seu rosto existem as mais escandalosas cicatrizes de batalha, outros dizem que ele é um homem muito feio, e por isso não gosta de aparecer em público, mas existem aqueles que acreditam que Ellavan é apenas uma lenda, uma história que os marujos daquele navio contam para que sejam respeitados e temidos.

— Mas por que? o que eles estão fazendo aqui? — pergunto em um tom alto e assustado, recebendo um beliscão de Silvester em troca.

—Shh fale baixo! Como eu disse, paredes tem ouvidos. — ele fala em tom de repreensão. — Não ouviu os boatos? Estão dizendo que estão fazendo negócios com o Rei! Com nosso pai! Você precisa saber do que isso se trata!

Eu paraliso. — O que? por que eu? você mesmo não pode fazer isso? Aliás! por que temos que fazer isso? não é melhor deixar para lá? — Pergunto já tremendo, sei que essa não é a atitude que um futuro Rei deve ter, todo rei deve ser corajoso, mas eu não quero ser rei, então me deixo levar pelo medo.

— Você tá maluco? Se o Rei estiver mesmo fazendo negócios com esses bandidos, coisa boa não é, temos que impedir qualquer coisa que possa causar perigo ao reino! Afinal, você será rei, não podemos deixar que algo desastroso aconteça... — Ele diz a última parte com tristeza na voz. Eu sei bem da sua vontade de ser rei, mas o destino o fez o segundo na linha de sucessão, e, acredite em mim, eu adoraria mudar esta regra estúpida, tudo o que eu menos quero é ser rei...

— Nem me lembre dessa coisa de ser rei, a coroação está chegando, e eu estou apavorado...— eu digo, tentando desviar do assunto, as ideias dele de se meter em assuntos secretos do rei já deram errado muitas vezes.

—Não mude o rumo do assunto Elliot! precisamos saber o que está acontecendo. E quanto á sua coroação, não se preocupe, vai dar tudo certo, nosso pai já está cansado de cuidar dos assuntos do reino, mas tenho certeza que poderá te ajudar, além de você poder contar comigo também, é claro. — Ele coloca sua mão em meu ombro e aperta o local em sinal de apoio. — Agora me escute, eu tenho um plano para ficarmos á par desses tais "negócios" que o nosso pai está fazendo com esses piratas.

Após passarmos um tempo decidindo o que faríamos, achamos que a melhor ideia era usar meu título de "Primogênito do Rei, o Futuro Rei de Zambrigia" era a melhor opção para que pudéssemos saber o que estava acontecendo com nosso pai, para que recorresse aos piratas.

Estava indo rumo ao salão principal, onde meu pai recebia visitas e fazia reuniões. Silvester disse que recebeu a informação que os piratas estariam ali naquela tarde, agora me restava saber o porquê.

Assim que entrei no salão, vi meu pai sentado em seu costumeiro trono. "Trono que um dia será seu" uma voz em minha mente insiste em deixar isso bem claro, um arrepio percorre minha espinha e sinto meu estômago se embrulhar, eu detesto a ideia de um dia ser Rei, e tento ao máximo tirar esses pensamentos de minha cabeça. Assim que tomo meu lugar ao seu lado direito, ele me olha com uma expressão confusa.

— O que está fazendo aqui Elliot? Não temos nada a tratar hoje, está livre de seus compromissos. — Ele fala com a mesma voz que fala com os criados, como se eu não passasse de mais um de seus muitos empregados, e acredito que seja exatamente assim que ele me veja, apenas mais alguém para ele dar ordens.

— Decidi ficar e auxiliar o senhor em mais algum compromisso que tenha hoje. — Disse com a voz firme, as aulas para melhorar minha dicção realmente funcionaram, e me orgulho de não ter faltado em muitas delas...

— Não será necessário, não quero você por aqui hoje, tenho assuntos confidenciais a tratar. — Ele fala sem olhar para mim.

— Mas eu logo serei Rei, sendo assuntos confidenciais ou não, devo ficar para que no futuro eu possa cuidar de nosso povo. — Eu soo firme, firmeza que com certeza não aparece em meu rosto, eu estou suando frio, não tenho certeza se o plano de Silvester irá funcionar.

Ele desvia o olhar dos documentos para meu rosto, contenho minha expressão de medo e tomo uma expressão neutra, tento ao máximo não olhar em seus olhos e acabar fraquejando.

— Já disse que não o quero aqui, seria esse um pedido tão difícil de entender? — Ele eleva sua voz e eu já não sou capaz de sentir minhas pernas, o plano de Silvester não deu certo, terei de recorrer ao meu plano, o que pode ser ainda mais perigoso.

— Está certo, não irei incomodar, peço desculpas, meu pai. — Falo com a voz mais firme que nunca, meu medo de ser descoberto tentando ouvir os assuntos do meu pai era grande demais, mas afinal, o que eu tinha a perder, certo?

Antes mesmo de sair do salão, avistei um guarda e pedi gentilmente para que abrisse a porta e a fechasse, para fazer de conta que eu saí de lá, ele sorriu e o fez. As aulas que perdi para ficar conversando de bobeira com os guardas valeram a pena, consegui a confiança de muitos deles, que sempre me ajudam quando preciso escapar para o jardim uma vez ou outra.

Assim que o barulho da porta se fez ecoar pelo salão, me escondi atrás de um grande vaso de planta que ficava um pouco longe do trono, mas perto o suficiente para que eu possa ouvir qualquer conversa do salão.

Após um ou dois minutos escondido, ouço a porta principal se abrir, fazendo um dos mensageiros do meu pai entrar.

Após uma grande reverência ele fala:— Vossa Majestade, eles estão aqui.

Meu pai desvia o olhar dos documentos imediatamente e o encara.

—Mande-os entrar.

Assim que a voz do meu pai soa pelo salão, a porta se abre mais uma vez, revelando três homens com roupas em couro desgastadas, com brincos e levemente sujos. Os três se curvaram em uma reverência e o do meio levanta com um grande sorriso debochado em seu rosto.

— Vossa Majestade. — Ele diz com o sorriso ainda em seus lábios, sua voz é grave e é de dar arrepios no homem mais corajoso do reino.

Seria ele o temido Capitão Ellavan?

16 Mai 2021 02:11 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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