Um garoto mudo com síndrome de ostracismo, outro garoto surdo com surtos de raiva que saía socando tudo e todos por aí, mais outro garoto com epilepsia que não podia ficar um segundo sozinho sem que tivesse uma convulsão e mesmo assim era um anti social, um líder do clube de futebol aparentemente alegrinho nadando em uma depressão paralisante e totalmente clínica com empatia por suicídio. Ah, e claro, uma adolescente grávida enxotada pelos pais.
E tudo que aquele rato que era Nedzu lhe disse foi:
-- Faça eles florescerem.
Ótimo. O que era agora? A droga de um botânico?
-- Você é o único que pode ajudá-lo, Aizawa-san. Conserte eles, essas crianças precisam de você.
O que ele quis dizer foi: você é o único idiota que aceitaria e seu que nunca nega um desafio. E isso é claramente um desafio.
Oh, Nedzu não poderia estar mais certo. Mas se fosse fazer algo, iria fazer as coisas direito.
O moreno suspirou, sua mão direita apertando seu colírio de estimação. Pelo jeito, iria precisar muito dele.
-- Preciso da ficha detalhada deles. E uma sala vazia, espante o pessoal do reforço de química nos final de semanas. Mas não ache que eu sou um psicólogo, Nedzu. Vou fazer o que posso.
O diretor baixinho não pode deixar de rir, tinha uma boa idéia de como isso tinha "tudo" pra dar certo.
-- Você vai ter tudo e todo o apoio que precisa. Confio em você.
É claro que confiava. Era sempre pro pobre do Shota que enviavam esse tipo de problema.
-- Midoryia Izuku, Mina Ashido, Todoroki Shoto, Kirishima Ejirou e Bakugou Katsuki. Confio eles a você.
Mas, só tinha um único problema. O moreno devia ter perguntado os nomes antes de aceitar a proposta.
Ashido, Todoroki, Bakugou, Kirishima e... Midoryia. Ah, isso ia dar mais trabalho do que imaginou.
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