Já viveram uma aventura sem sair de casa? Pois isto aconteceu comigo. Meu nome é Narla, tenho dezenove anos e vivi a mais incrível aventura que eu poderia ter imaginado. Pode parecer estranho o que vou contar agora, mas é a mais pura verdade. Dizem que os livros nos fazem viajar por diversos mundos e entrar nas histórias a cada linha que lemos. Bom, eu literalmente entrei em um livro.
Desde a minha adolescência, sou apaixonada por mitologia grega, adoro os mitos, os seus personagens, me interessa tudo o que for sobre esse assunto. Quando soube que uma autora escreveu uma saga sobre mitologia grega, fiquei louca para comprar o primeiro livro. E havia mais um detalhe, seria uma mitologia grega “diferente”. A curiosidade me tomou e esperei a data de lançamento.
Olha a coincidência: Adeus Olimpo foi lançado nas livrarias no dia do meu aniversário. Adivinha qual foi o meu presente? Fui à livraria e garanti o meu exemplar. Em duas semanas, li Adeus Olimpo, mas a história me encantou tanto que eu o reli diversas vezes, imaginando como seria incrível participar de um capítulo daquele livro ou dos outros da próxima história, o que não seria novidade para mim, pois eu sempre quis entrar nos mitos gregos e participar do que estava acontecendo.
Não sou muito de reparar em detalhes, mas Adeus Olimpo tinha um que me intrigou e eu mal sabia da aventura que me esperava. No final da contracapa, havia uma palavra escrita em outro idioma e, como sou expert em linguagem antiga, identifiquei que era um dialeto do grego antigo, uma palavra que significava “magia”. Porém eu não sabia pronunciar a tal palavra, tentei dizê-la em voz alta de várias formas, achei divertido, mas algo estranho aconteceu. Quando pronunciei o vocábulo pela última vez, meu quarto foi envolvido por uma luz e eu fui levada para dentro do livro.
Sério! Não estou brincando! Isto aconteceu mesmo, eu literalmente entrei dentro do livro.
No início estranhei o lugar, porém em poucos minutos reconheci onde estava, de tanto ler Adeus Olimpo, eu sabia que estava no monte Olimpo. Quase enlouqueci vendo todos aqueles deuses reunidos, porém o clima não estava bom, parecia que algo estava para acontecer…
Que besteira a minha! É claro que eu sabia o que ia acontecer, a Hera vai dizer que está indo embora do Olimpo. Naquele momento, estava sentindo mais emoção do que quando li o livro, pois estava vendo a cena ao vivo. Me escondi atrás de uma pilastra e acompanhei tudo de perto.
O Olimpo virou um alvoroço depois que Hera foi embora. Zeus chorava e eu pensava “Bem feito! Quem mandou ser um deus tão galinha?”, os outros deuses saíam para procurar por Hera. Tive muito medo de ser descoberta, mesmo que estivesse morrendo vontade de dizer poucas e boas para o Zeus, então me mantive quieta atrás da pilastra.
Porém, fui surpreendida.
— Quem é você?
Fiquei gelada na hora, me virei lentamente e vi a deusa Hebe na minha frente.
— Eu te fiz uma pergunta. Quem é você? – Ela me perguntou novamente, parecia estar um pouco impaciente.
— Eu… meu nome é Narla, senhora divindade. – Eu não sabia o que responder, falei a primeira coisa que passou pela minha cabeça. Fiquei morrendo de vergonha depois.
— Prazer em conhecê-la, Narla. Eu sou...
— Hebe, deusa da juventude. Não precisa se apresentar, eu te conheço muito bem... Ai, perdão.
— Está tudo bem. – Ela me respondeu de forma serena. — O que faz aqui no Olimpo?
— Bem, é uma história complicada de explicar.
— Então me explique como puder. Tenha certeza de que irei entender.
Comecei a explicar, contei sobre a minha paixão por mitologia grega, do livro que comprei e reli diversas vezes e de como fui parar no Olimpo.
— Parece que a senhorita se envolveu com algo mágico. Já ouvi falar desses objetos, há muitos espalhados por toda a Grécia, porém são bem raros de serem encontrados, tens sorte de ter se deparado com um. – Disse Hebe. — Esse objeto é algum pergaminho?
— Não, é um livro que comprei, mas jamais imaginei que ele era mágico e que eu fosse parar dentro dele ao dizer uma simples palavra: “Mageía”. – Percebi que Hebe estranhou quando eu disse “livro” e resolvi explicar. — Um livro é como um pergaminho, só que quadrado e com muitas folhas. Alguns servem para estudo, outros contam histórias, esses são meus preferidos, pois nos fazem viajar para lugares incríveis. Espere! Se estou em um livro, significa que tenho outros capítulos para visitar, posso ver todos os momentos do livro. Mas não tenho ideia de como fazer isso… — já estava tagarelando enquanto pensava alto as minhas possibilidades.
— Se um livro é como um pergaminho, então um pergaminho é a chave para a senhorita se transportar. Me disse que falou a palavra “mageía”, então talvez deva procurar um pergaminho com a mesma palavra e dizer qual momento deseja visitar. – Explicou Hebe. — Há uma sala cheia de pergaminhos, lá tem o que procura.
— Obrigada, farei isso. Foi um prazer te conhecer, Hebe. Só mais uma coisa, se eu quiser sair do livro, é só fazer a mesma coisa, por exemplo, ler “mageía” e dizer para onde quero ir?
— Isso mesmo. – Hebe confirmou. — Ah! Narla, se encontrar minha mãe, diga a ela que a amo e que sinto saudades dela. Posso ter enlouquecido, pedir ajuda para uma humana que mal conheço, mas tudo aconteceu tão rápido e qualquer ajuda, seja de onde for, é bem-vinda. Minha mãe foi embora, não se sabe onde ela está. Meu coração está apertado. Confesso que minha vontade é de ir com a senhorita e dizer isso pessoalmente a ela, porém não posso deixar meu pai aqui, ainda mais no estado em que ele está. Então, Narla, eu te peço, mande este recado para a minha mãe por mim.
Percebi o sofrimento de Hebe, ela estava bem aflita, seus olhos estavam quase se enchendo de lágrimas. Fiquei com muita pena dela.
— Pode deixar, eu digo para ela. - Falei isso e um leve sorriso no rosto de Hebe, que me agradeceu e me desejou sorte.
E fui em busca do tal pergaminho. Não foi difícil achar a sala, ficava atrás do salão dos tronos, difícil foi achar um único pergaminho no meio de tantos outros. Peguei um por um, olhei em cada parte da estante, li palavra por palavra.
Até que olhei para cima e vi um pergaminho na última prateleira. Só poderia ser ele, pensei, mas como eu iria pegá-lo? Estava muito alto. Tomei uma decisão arriscada, mesmo morrendo de medo de altura, resolvi escalar a estante até o pergaminho. Respirei fundo e comecei a subir em cada prateleira, um pé após o outro e tremendo por dentro. Quase me desequilibrei quando ouvi uma voz.
— Moça, o que está fazendo aí?
Levei um susto, me segurei na base de uma das prateleiras para não cair. Quando olhei para ver quem tinha falado, vi o deus Apolo.
— Perdão, eu só queria pegar um pergaminho que estava na última prateleira. – Respondi um pouco nervosa. — Eu me chamo Narla, sou uma leitora, vim parar dentro deste livro por magia e queria ver outros eventos. Mas preciso do pergaminho para isso e ele está na última prateleira.
— Entendo, Hebe me falou de você. – Disse Apolo. — Você poderia ter se machucado, um deslize seu em uma das prateleiras, cairia e teria uma bela fratura.
Ele me animou bastante com essa visão. Pensando bem e olhando para a estante, isso poderia ter acontecido mesmo. Imagine só voltar para casa com o braço quebrado?
— Hebe me mandou, pois sentia que precisava de ajuda e, pelo o que vi aqui, você precisava mesmo de ajuda. Vou descê-la para que possamos conversar melhor.
Apolo me levitou e me colocou no chão, agradeci, pedi desculpas e disse de qual pergaminho eu precisava. Acho que corei ao máximo quando ele me mostrou onde estava o que eu procurava. Sou bem distraída e não prestei atenção para ver que o pergaminho estava na primeira prateleira. Agradeci a Apolo pela ajuda, ele me desejou sorte e parti para a próxima parte da minha aventura.
— Mageía! Me leve para a construção das cidades chinesas!
...
Finalmente, cheguei à China... quer dizer, China antiga. Coloquei o pergaminho no bolso da minha calça e segui em frente.
Fiquei bastante admirada com o lugar, com sua cultura, suas belas e delicadas porcelanas pintadas de todas as cores, com as pessoas que riam e conversavam, me encantei com as crianças que brincavam sorridentes. E levei um susto.
Estava sendo perseguida por um dragão pardo imenso! Fiquei morrendo de medo, só torcia para correr bem rápido e não ser pega. Por sorte, alguém conseguiu domar o dragão antes que ele conseguisse me abocanhar.
Fiquei muito grata ao homem que me salvou, senti o meu coração falhar uma batida e quase desmaiei ao vê-lo: alto, loiro, olhos azuis, pele clara e bem musculoso.
— Senhorita, está bem? – Ele perguntou, eu apenas balancei a cabeça dizendo que sim. Me olhou de cima a baixo e achou estranho ver uma garota ruiva, com sardas, usando óculos, tênis e jeans na China antiga. — Por sua aparência e roupas, não é destas terras. Qual é o seu nome e de onde vens?
— Meu nome é Narla. E é bem complicado, mas sou uma leitora e vim parar dentro deste livro devido a uma magia. E você, quem é?
— Sou Ares, deus da guerra. Quer dizer, não sou mais, desde que deixei o Olimpo para acompanhar minha mãe. Sou um deus que ama a guerra, a luta, o conflito, na Grécia havia vários desses e eu estava presente em todos eles. Quando minha mãe me falou sobre as nações, tive um pouco de receio, pois deixaria tudo para trás para viver em uma nação. Mas pensei, se é uma nação, tem fronteiras e se tem fronteiras, é porque tem outros territórios que podem ser inimigos. Então, deduzi que estes cidadãos podem entrar em uma guerra e eu serei o deus perfeito para guiá-los em uma. Tem mais um detalhe, minha mãe disse que serei responsável pela próxima nação dela.
Ares ficou muito empolgado enquanto falava. E será que eu acabei de receber uma informação do que pode vir nos próximos livros? Bom, deixei isso de lado e foquei no que era mais importante.
— E sua mãe, onde está? - Perguntei à Ares.
— Está com meu avô, minha irmã e o Ixião. Estão ajudando os chineses a construírem as cidades. Venha, te levo até ela. - Ele me respondeu com a mesma empolgação.
Ares chamou o dragão pardo (sim, o dragão que tentou me atacar), subiu em cima dele e me chamou para subir também. Fiquei morrendo de medo, mas ele disse que não eu teria nada a temer, pois estaria em segurança ao seu lado. Aceitei a resposta dele, mas continuei com medo. Ares me levitou e fui colocada em cima da sela e partimos.
Senti um frio na barriga, mas, nesse passeio de dragão, pude ver a China antiga do alto, os campos de arroz, o solo arenoso, algumas pequenas cidades em construção.
Finalmente, chegamos e Ares me mostrou onde Hera estava. Em todo livro sobre mitologia grega, ela era retratada como uma deusa irascível e com uma expressão sempre fechada. Naquele momento, porém, vi uma Hera diferente, sorrindo, brincando, sua face estava mais serena, ela usava um belo quimono de cor rosa claro, seus cabelos negros estavam presos por um coque. Ares se aproximou dela, acho que falou de mim, pois ela olhou diretamente na minha direção e me chamou. Me aproximei bem receosa, procurava não falar muito, Hera podia até ter saído do Olimpo, mas o seu jeito rígido continuava o mesmo.
— Então, você é a tal leitora de quem meu filho falou. – Ela disse com uma voz séria e eu gelei por dentro. — Como se chama?
— Narla. – Respondi com a voz um pouco trêmula.
— Não precisa ter medo, não irei te machucar ou fazer algo contra você. – Hera falou com uma voz suave. — Ares, ajude Ixião e os chineses com as pedras. Eu e Narla iremos ajudar as mulheres a terminarem a pintura das porcelanas.
— Eu? – Perguntei espantada.
— Sim, aproveitamos e conversamos melhor.
Hera me levou até as mulheres e começamos a pintar as porcelanas. Me diverti muito fazendo cada desenho nas peças, pintando com as mais variadas cores; a pintura, assim como a leitura, é um ótimo passatempo.
Depois que terminamos o serviço, Hera me levou para um passeio por um jardim do palácio imperial e fiquei maravilhada com as flores que havia por lá. A deusa me contou sobre a sua experiência de fundar uma nação, de como estava sendo gratificante construir a sua própria, de ser reconhecida e venerada por isso. Ainda me contou que se sentia muito feliz com sua nova vida, pois, como rainha do Olimpo, ela nunca teve esse reconhecimento. Sempre admirei Hera, sempre a achei uma deusa forte que estava no lugar errado, mas, fundando a China, ela mostrava que era poderosa e poderia fazer coisas incríveis.
Eu mal podia esperar para ver a fundação dessa nação e da segunda nação dela. Aliás, eu poderia ver a fundação da China, seria o meu próximo passo. Me despedi de Hera, mas disse que em breve nos veríamos de novo, ela fez o mesmo e me desejou sorte. Peguei o pergaminho e disse:
— Mageía! Me leve para a fundação da China!
...
No livro, o palácio de Atlas é um lugar imenso, mas, pessoalmente, é gigantesco e muito bonito, tem um ar sóbrio, bem elegante e estava todo decorado de acordo com a cultura chinesa.
Dei uma volta pelo salão, os deuses do Olimpo compareceram à festa, vi que Afrodite ficou encantada com a decoração do lugar, reparei em Ilítia voltando para o salão junto com Zeus, parecia que os dois tiveram uma conversa bem séria. Depois, reencontrei Hera, mas só a vi de longe, ela entrava altiva, com um sorriso no rosto e segurando a filha nos braços, estava deslumbrante naquele quimono negro. Fui falar com ela, que me reconheceu na hora, fiquei encantada com Khayna, era uma graça a futura deusa da China com seus olhinhos puxados.
— Narla! Que bom vê-la novamente. — Disse Hera.
— Não disse que nos veríamos outra vez? – Brinquei com ela, já me sentia íntima da deusa. — Parabéns pelo país, tenho certeza de que a China será uma grande nação.
— E será, Narla! – Disse Ixião. — Hera é uma deusa incrível e tem ótimas ideias. A China irá crescer e prosperar.
— Agradeço aos dois pelos elogios. – Hera agradeceu.
— Ah! Me lembrei! Hera, tenho um recado da sua filha Hebe para você. Ela disse que te ama e que sente a sua falta. – Falei, mas senti que a deusa ficou um pouco incomodada. Com toda a educação, ela me respondeu.
— Obrigada, Narla. Também sinto saudades dela, a amo muito, espero um dia reencontrá-la e lhe dar um abraço.
— E você vai. Pode demorar, mas esse encontro vai acontecer.
Um pouco depois, Hera se retirou do altar e foi para fundos do castelo, aconteceria o momento que mais adorei ler, a conversa com Zeus. Não entrei na sala, fiquei do lado de fora ouvindo a conversa, que começou calma, mas depois ficou tensa. Hera começou a gritar e a falar de modo rígido, Zeus só pedia desculpas e pedia para ela voltar para ele, mas ela estava irredutível.
Depois de um tempo, Hera saiu da sala, tentava disfarçar que aquela conversa mexera com ela, respirou fundo e seguiu em frente, afinal de contas, decidiu ter uma vida nova e que começava a partir daquele momento. Zeus, por outro lado, ficou na sala chorando, estava sentindo o que é perder um amor. Pensei em dizer umas poucas para ele, que merecia perder Hera, pois nunca soube a respeitar, mas, ao vê-lo chorando ajoelhado no chão, confesso que senti um pouco de pena, por mais que ele tenha errado com Hera, a amava e não queria perdê-la. Os deuses também amam.
De repente, Zeus se virou e me viu, fiquei assuntada.
— Quem é você? – Perguntou ele com a voz chorosa.
— Eu sou Narla, uma leitora que veio parar dentro deste livro por magia. – Respondi.
— Se você veio de fora, então, deve ter vindo rir por Hera ter me deixado.
— Não! Eu jamais iria rir de um deus, principalmente do rei dos deuses. Sei que está sofrendo, mas você,... perdão, o senhor cometeu muitos erros com ela, sempre a traindo, nunca respeitando-a, não a enxergando como uma deusa incrível. Hera se cansou e partiu para uma vida em que teria tudo que não teve. E agora, está conseguindo isso vivendo na China, ela está feliz.
— Ilítia também me disse isso, me sinto tão culpado.
— Sei que está arrasado, mas, assim como Hera, deve seguir em frente, continuar sendo o rei do Olimpo e quem sabe até encontrar um novo amor. Claro que esse último fica à sua escolha, se não quiser, tudo bem, mas tire forças dessa tristeza, para seguir com sua vida e tentar ser feliz.
— Como posso ser feliz sem Hera? Ela é o amor da minha vida.
— Você vai conseguir, acredite em mim, você vai encontrar um novo amor. Bom, tenho que ir agora, mesmo eu sendo uma mera mortal, pense no que eu disse.
Me afastei dele e fui para outro lugar. Peguei o pergaminho, respirei findo e disse:
— Mageía! Me leve até Têmis!
...
Retornei ao Olimpo. Havia um evento sendo preparado, o casamento de Zeus e Têmis. Fiquei de boca aberta ao ver decoração: flores enormes e bem coloridas, plumas brancas, um cupido atirando jatos de perfume, as únicas coisas que eram razoáveis, eram as toalhas de mesa.
A reação de Afrodite diante daquilo foi engraçada, nunca havia visto algo tão brega, ri quando li no livro e também quando presenciei a cena. Queria conhecer a autora dessa festa, digo, a noiva, então fui procurar por Têmis.
Cheguei a um dos quartos do Olimpo e vi uma mulher de cabelos e olhos castanhos se arrumando. Passava uma maquiagem brilhante, vestia um vestido branco brilhante, cheio de plumas, a primeira palavra que veio em minha cabeça foi: perua. Tudo bem que disse para Zeus encontrar um novo amor, mas tinha que ser uma perua como aquela? Têmis notou minha presença.
— Olá! Veio me ajudar a me vestir? – Ela perguntou com empolgação.
— Não. Na verdade, sou apenas uma leitora que veio parar dentro desse livro, meu nome é Narla. – Respondi.
— Ah! Que legal! Alguém para conversar. – Têmis se levantou e deu pulinhos, o que mais poderia se esperar de uma perua? — Me diga, como estou, Narlinha?
Olha, ela pegou intimidade comigo. Eu respondi:
— Parece uma linda noiva.
— Obrigada! Mas ainda não estou pronta, falta colocar uma coisinha.
Têmis pegou uma tiara com pedras enormes e disse que iria usar no casamento, eu falei que a deixaria mais bonita. No livro não dava para notar, mas, pessoalmente, percebi que Têmis gostava de falar. Enquanto se arrumava, ela contava como conheceu e se apaixonou pelo Zeus, de como ele a pediu em casamento e da expectativa em ser a rainha do Olimpo, eu ouvi atentamente. Quando terminou de se arrumar, Têmis me perguntou novamente como estava e eu respondi:
— Continua uma linda noiva.
Pouco tempo depois, Têmis saiu, estava na hora de se casar. De longe, acompanhei a cerimônia, a noiva estava empolgadíssima, já o noivo... nem tanto. Ele estava de olho em Hera, de uma forma disfarçada, mas estava. Até que finalmente, Têmis e Zeus foram declarados marido e mulher, ela pulou no pescoço dele para beijá-lo. E assim acabou a minha aventura por Adeus Olimpo, peguei o pergaminho e disse pela última vez:
— Mageía! Me leve de volta para o meu quarto!
Fui envolvida por uma luz e estava em meu quarto outra vez.
...
Foi incrível o que vivi, entrei em uma história, conversei com deuses e vivenciei, pessoalmente, os meus momentos preferidos no livro. Fiquei ainda mais encantada por Adeus Olimpo, parece que essa saga de mitologia grega de um jeito “diferente” será incrível. Mal posso esperar por A Família Olimpiano e suas nações, Parte 1, quero saber quais deuses irão fundar as nações e espero que o livro venha com a palavra “mageía”, pois vou querer viver essa aventura.
Merci pour la lecture!
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