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Thiago Marcondes


Taka é um jovem que um dia fez parte do lendário grupo Trinity. Porém, nos dias atuais, ele é apenas um trabalhador comum, comedor de miojo e preguiçoso. Mas sua vida muda drasticamente quando conhece uma estranha garota e ao mesmo tempo, seu passado bate a sua porta e o leva de volta à vida que um dia deixou para trás.


Fantaisie Déconseillé aux moins de 13 ans.

#monstros #aventura #foice #vampiros #lutas #drama
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Nova vida.

Desde os tempos antigos, o mundo é dividido entre os humanos e os monstros, estes que possuíam grande força e sempre traziam caos e medo para a humanidade. Para enfrentar esses monstros, um brilhante cientista descobriu como utilizar o DNA dos monstros para a criação de poderosas armas. E assim surgiu um poderoso grupo chamado Trinity, composto por 10 membros, esse grupo era responsável por lidar com problemas relacionados aos monstros. Após anos de muito sangue e combate, ambas as espécies decidiram fazer uma trégua, respeitando uns aos outros e encerrando suas batalhas. Desde então muitos monstros vivem entre os seres humanos, simplesmente querendo uma vida normal e simples, e muitos outros se estabeleceram em várias regiões pelo mundo, como florestas, vilas, montanhas e oceanos. Esta é a história de um humano que vive ligado às duas espécies.


Já se passavam das 10 horas da noite, e a rua estava deserta e fria. Taka estava voltando pra casa da mercearia com um pacote de salgadinhos e dois pacotes de macarrão instantâneo. Era a única coisa que ele podia comprar com o pouco dinheiro que lhe restava.

- Ainda bem que achei o com sabor de galinha. Detesto o de tomate! - Taka pensou, enquanto olhava para o pote de macarrão sabor galinha de 1,99.

Ele estava usando uma blusa azul meio aberta com calças de moletom pretas.

- Com isso vou ter comida para os próximos 2 dias. – Pensou, com um sorriso confiante no rosto.

Quando estava quase virando a esquina de sua rua, Taka virou um pouco seu rosto para o lado em um sinal de curiosidade. Havia um beco ali. Estava muito escuro no fundo, mas claro na frente, devido à pouca luz que entrava ali que vinha do poste. Taka reparou que próximo ao meio do beco havia algo, ou melhor, alguém. E aquela pessoa estava revirando o lixo, parecendo procurar por algo.

-Olá. – Taka gritou esperando que aquela pessoa respondesse. – Precisa de ajuda?

A pessoa de repente parou de revirar o lixo em que estava e levantou a cabeça com surpresa, no susto ela começou a correr para mais fundo do beco escuro.

-Não precisa ter medo, venha até aqui. – Taka disse se aproximando mais um pouco.

Ele não era uma pessoa totalmente prestativa que se importava em ajudar os outros todo o tempo. Mas aquela pessoa tinha alguma coisa familiar, que ele conhecia muito bem.

- Oooi. – Taka falava mais alto conforme se aproximava mais e mais.

De repente aquela pessoa resolveu sair um pouco do fundo do beco onde estava e respondeu com insegurança.

- O que você quer? – A pessoa misteriosa disse com uma voz firme.

- Precisa de ajuda? – Taka repetiu. – Eu tenho comida. Se quiser eu posso te dar um pouco.

- Não quero nada, vá embora. – Disse a pessoa, agora com um tom de voz ainda mais forte.

- Tem certeza? Seu estomago parece discordar de você. – Taka disse com um pequeno sorriso, ouvindo a barriga daquela pessoa roer de fome. Parecia que ela não comia a dias.

De repente, a pessoa misteriosa resolveu se revelar, ainda desconfiada. Quando ela saiu da escuridão, Taka viu seus olhos vermelhos cintilarem na luz, e seus longos cabelos cor de prata reluzirem enquanto mexiam ao vento frio. Era uma garota, mais ou menos da sua idade, jovem e suja, mas muito bonita. Ele se perguntava o que ela estava fazendo ali.

- Uau. – Taka deixou escapar, admirado tanto com a beleza, quanto com a sujeira daquela garota.

- Venha comigo, eu moro aqui em frente. – Disse Taka estendendo sua mão na direção dela.

Mas quando a faminta menina começou a caminhar em sua direção, ela começou a cambalear de um lado para o outro como se não estivesse com forças nem para falar.

- Ei. – Disse Taka surpreso enquanto corria para ajudá-la. Em uma fração de segundos ele a pegou no ar, não deixando que ela caísse, ela já havia desmaiado e estava completamente pálida.

Taka a colocou em suas costas e começou a levá-la para seu apartamento. Ela era extremamente leve, provavelmente pelo fato dela não comer a bastante tempo. Enquanto a levava, Taka já sabia do que se tratava a situação em que estava se metendo, e devia ficar preparado para o que quer que poderia acontecer.

---Meia hora depois---

A garota de repente abre os olhos assustada, e se encontra em um pequeno quarto, ele era estreito, as paredes estavam desgastadas e algumas partes dela estavam sem pintura, com alguns pedaços de tinta descascando. Havia uma janela ao lado da cama e duas portas nos arredores, uma a direita e outra em frente à cama. O quarto estava quase que completamente escuro, com exceção de uma luz fraca que entrava pela fresta da porta em frente à cama. De dentro do quarto ela ouvia barulhos de panela e pratos.

Ela se levantou devagar, ainda muito fraca, quando reparou que estava sem as roupas que estava usando anteriormente, e ao invés disso estava usando um pijama masculino de ursinhos composto por uma camisa de manga comprida e uma calça de moletom. Ela então sai do quarto com vergonha e furiosa.

- O que você fez com minhas roupas? – Ela disse com um tom nervoso.

- Ah, você já acordou? Não precisava levantar, eu já ia te levar o jantar. – Disse Taka com um sorriso, enquanto colocava o macarrão instantâneo em um prato.

- Não mude de assunto! – Disse ela com uma voz ainda nervosa.

- Eu não podia te deixar usando aqueles trapos. – Disse Taka. – Aquilo estava mais fedido que meu cesto de lixo, então joguei fora.

- VOCÊ O QUÊ? – Hana grita surpresa.

- A propósito, qual é seu nome? – Perguntou Taka, ignorando completamente o nervosismo da garota.

Ela hesita, mas responde.

- Hana. – Ela diz de modo relutante.

- Hana hein, eu sou Taka, muito prazer. – Disse Taka terminando de colocar o macarrão instantâneo nos pratos. – Mas acho que agora não precisamos mais de apresentações né? Você dormiu na minha cama, está vestindo meu pijama, eu tô preparando uma janta pra você. É como se fossemos casados.

- Como é que é? – Disse Hana ainda mais nervosa e agora corada.

- Só tô brincando. – Disse Taka sorrindo e balançando as mãos pra frente e pra trás.

Taka então pega um prato de macarrão e entrega para Hana.

- Obrigada. – Hana diz desconfiada enquanto olhava para Taka.

Taka pega seu prato e se senta no chão de sua pequena sala de estar. Na sala só havia um tapete quadrado no centro e uma pequena mesa de madeira sobre ele. Taka coloca o prato sobre a mesa e chama Hana para se sentar junto a ele.

- Então essa é a sua casa? – Hana pergunta para Taka enquanto olha para cima e repara em uma marca de goteira no teto.

- Bem, sim. Não é uma coisa que se diga “nossa que lindo. Que lugar divino”, mas é um bom lugar pra morar. Não tem vizinhos barulhentos e é baratinho. Além disso, é um apartamento e não uma casa, e ele fica no décimo andar. – Disse Taka apontando pra uma porta de vidro que levava a uma pequena sacada.

Hana se virou e viu duas cortinas, atrás delas havia uma sacada com alguns vasos de flor vazios, e reparou que ventava muito do lado de fora.

- Você mora sozinho? – Perguntou Hana.

- Sim. – Disse Taka enquanto colocava uma porção de macarrão na boca.

- E você? – Taka perguntou. – Onde você mora?

- Longe daqui. – Respondeu Hana rapidamente.

- Então o que estava fazendo naquele beco? – Taka perguntou bebendo a água temperada do macarrão.

- Não te interessa! – Respondeu Hana nervosa.

Ela parecia querer esconder alguma coisa. Taka percebendo isso parou de fazer perguntas e terminou de comer seu simples, mas delicioso jantar. Ele espera Hana terminar de comer e com um sorriso satisfatório no rosto ele se levanta e pega ambos os pratos e os leva pra pia para lavá-los.

- Desculpe por perguntar tantas coisas. – Taka disse enquanto lavava os pratos. – Não era minha intenção te incomodar. Você pode dormir na minha cama hoje, eu durmo aqui na sala. O banheiro fica no quarto. E pode ficar tranqüila, não vou fazer nada de pervertido.

- Eu agradeço. – Disse Hana. – Mas por que você está me ajudando? Nós nem nos conhecemos.

- Por nada, eu só não podia te deixar naquele beco. – Disse Taka terminando de lavar os pratos.

------

Já eram 3 horas da madrugada. A porta de vidro da sacada estava um pouco aberta e alguns ventos fracos passavam por sua fresta, entrando na pequena sala. A sala estava escura e a única luz que havia nela era a da lua, que reluzia através das cortinas e chegava no pequeno colchão onde Taka dormia. O colchão estava no centro da sala e sua pequena mesa foi colocada no canto bem ao lado da porta da frente.

De repente, surge uma sombra na porta do quarto onde Hana dormia e começa a espreitar aquela sala escura e silenciosa. Era Hana, que observava o colchão no centro da sala atentamente, parecendo analisar algo.

Hana então começa a sair do quarto lentamente tentando ao máximo não fazer barulho. Ela se aproxima do colchão onde Taka dormia, seus cabelos prateados refletiam a luz que atravessava a porta de vidro, enquanto mexiam por conta dos ventos que por ali também entravam.

Taka estava totalmente coberto por um lençol branco. Hana puxa a parte de cima do lençol lentamente enquanto abre sua boca, revelando dois caninos enormes e brancos.

Quando ela termina de puxar a parte superior do lençol, ela percebe que não havia ninguém debaixo dele, e ao invés disso, ela se depara com dois travesseiros velhos e alguns trapos, que formavam algo semelhante a um corpo quando cobertos pelo lençol.

Hana que até então estava distraída, percebe através de seu forte instinto que algo estava presente na sacada atrás dela. Ela se vira rapidamente e vê uma pessoa sentada nas grades enquanto olhava para o horizonte.

Era Taka, que olhava calmamente para a cidade abaixo dele, e em suas mãos havia uma enorme foice de tom avermelhado com uma lamina prateada.

Hana, confusa e sem reação, caminha até a porta da sacada e a abre devagar, ainda sem entender o que estava acontecendo.

- Eu ouvi falar de alguns casos de desaparecimento nessa região que aconteceram nos últimos dois meses. – Taka disse ainda olhando para a cidade. – E quando eu senti sua presença naquele beco eu percebi na hora. Foi você não foi?

Hana apenas observava confusa sem dizer nada.

- Eu não pensei que fosse encontrar uma vampira quando me mudei pra cá. – Disse Taka, agora olhando para Hana. – Mas me parece que eu estou destinado a encontrar vampiros, não importa pra onde eu vá.

- Então, você já sabia sobre mim? – Perguntou Hana.

- Você já deve ter ouvido falar da Trinity não é? Eu era um dos membros dela. – Disse Taka.

- A organização que matava monstros? Sim eu conheço. – Disse Hana, ainda confusa.

- Eu era encarregado de matar principalmente vampiros. Então eu conheço tudo sobre vocês, seu comportamento, sua forma de pensar e até mesmo seu cheiro. Por isso nem mesmo precisei te ver para saber que você estava naquele beco. – Disse Taka.

- Então você já esperava que eu te atacasse hoje? – Perguntou Hana.

-Você aparentava não comer por dias. Era óbvio que um simples prato de miojo não saciaria sua fome. – Disse Taka

- E então? Agora você vai me matar? – Perguntou Hana com uma expressão séria.

Taka se virou e olhou diretamente para o rosto de Hana, ele estava com uma expressão triste, como se sentisse culpa.

- Não. Eu nunca mais vou matar ninguém. – Taka respondeu seriamente.

- Pelo contrário. – Taka continuou. - Eu te trouxe aqui para fazer um acordo com você.

- Um acordo? – Hana disse desconfiada.

- Mesmo com os casos de desaparecimento que eu ouvi falar. E mesmo que você estivesse querendo me matar a alguns segundos, você não me parece ser alguém ruim. – Disse Taka. – Você só faz isso para sobreviver, não é?

- Até porque, você estava procurando comida no lixo antes. Então você só procura matar pessoas como ultimo recurso. Estou certo? – Disse Taka. - É por isso que eu quero te fazer um acordo. Eu queria te convidar para morar aqui, comigo.

- Como é que é? – Disse Hana, confusa.

- Você pode morar aqui comigo. Não é muito, mas você vai ter uma casa, uma cama pra dormir e muito macarrão instantâneo de 1,99 para comer. O que acha? – Perguntou Taka.

- E por que eu confiaria em um antigo matador de vampiros? –Perguntou Hana.

-Vocês vampiros também já mataram muitos da minha espécie. Então acho que estamos quites. – Disse Taka. – E eu já te disse, nunca mais vou matar ninguém. Eu peguei minha antiga foice só por segurança.

- Mas se você não aceitar eu vou entender, mas vou ter que pedir que você se mude daqui. Eu não vou permitir que você mate mais ninguém dessa cidade. – Disse Taka, agora com uma expressão mais séria.

Hana recuou um pouco e virou sua cabeça para o chão. E depois de alguns segundos pensando respondeu.

- Certo, eu aceito sua proposta. Mas eu ainda não confio em você. E saiba que eu posso te matar se você tentar alguma coisa. – Disse Hana.

- Okay, okay, eu prometo. – Disse Taka aliviado.

- Mais uma coisa. – Disse Hana. – O que é essa foice enorme que você está segurando?

- Essa era a arma que eu usava quando eu era da Trinity. Como eu disse, só peguei ela por precaução. – Disse Taka balançando a foice. – Ainda bem que você é tranqüila.

- Então, já que você sabe o que eu sou, sabe também que ainda estou com fome. – Disse Hana.

- É verdade. Bem, se você prometer não me matar eu te deixo chupar um pouco do meu sangue ok? – Disse Taka.

- Sério? Tem certeza? – Hana disse sorrindo.

- Por isso eu quero que você me prometa que não vai me matar. Além disso, se eu morrer você vai ter que voltar para aquele beco. – Disse Taka apontando em direção à sacada.

- Ok, ok. Eu prometo. – Disse Hana abrindo a boca de apetite.

Hana chega perto de Taka e prende seu caninos em seu pescoço, Taka começa a tremer um pouco, enquanto Hana chupa seu pescoço com determinação.

Hana então solta seus dentes de Taka e se afasta um pouco dele com uma expressão desconfiada.

- Já terminou? – Disse Taka com a mão massageando o pescoço.

- Que estranho. É como se você... Não, esquece. – Hana então começa a pensar um pouco sobre o gosto do sangue de Taka. Ele possuía um sabor forte, um que ela nunca havia provado.

- Você tem alguma outra coisa pra comer? Seu sangue é ruim. – Disse Hana com uma expressão de desgosto.

- Muito obrigado, viu. – Disse Taka desapontado. – Só tem um pacote de salgadinho de milho que eu comprei. Como eu tenho que pagar o aluguel do apartamento, acaba não sobrando muito dinheiro pra comer.

- E como diabos você acha que nós dois vamos conseguir sobreviver só com isso? – disse Hana com uma expressão nervosa.

- Então né, eu pensei que você também poderia conseguir um emprego, nem que seja de meio período, só pra me ajudar um pouquinho. – Taka disse passando a mão na cabeça sorrindo.

Hana suspirou com dois dedos apertando a parte de cima do nariz com uma expressão de decepção.

- Tudo bem. – Ela consentiu. – Eu vou tentar conseguir um.

- Ótimo. Agora vamos dormir. Porque eu tenho que acordar cedo amanhã. – Disse Taka andando em direção a porta.

Ele coloca sua foice encostada na parede da sala e se deita no colchão.

- O salgadinho está no armário debaixo da pia. – Disse Taka apontando para a cozinha.

Hana vai até a cozinha e pega o salgadinho sabor milho. Ela então começa a pensar se fez a coisa certa aceitando a proposta de Taka. Mas fica aliviada que não precisou matar ninguém, e espera que continue assim.

------

Já haviam se passado 4 horas, mas para Taka pareciam ter se passado só cinco minutos desde que foi dormir. Ele estava acabado, e parecia um cadáver ambulante.

- “Boceja”, bom dia. – Disse Taka com os olhos fechados de sono, entrando no quarto onde Hana dormia para usar o banheiro.

- Bom dia. – Disse Hana, ela já estava acordada e vestia roupas pertencentes ao Taka que havia encontrado no guarda-roupas. – Você já vai trabalhar?

- Infelizmente. – Respondeu Taka enquanto lavava o rosto. – Trabalhar cedo é uma droga.

- Mas se eu não fizer isso não vou poder pagar o aluguel. – Taka continuou, enquanto colocava pasta em sua escova de dentes. – Eu vou deixar um pouco de dinheiro pra você comprar algumas coisas, como sua própria escova de dentes e algumas roupas. Mas compre só o necessário.

- Ok. – Disse Hana. – E eu vou começar a procurar um emprego hoje também.

- Ah, eu esqueci de te perguntar isso antes. Tem mais alguém com você nessa cidade? Ou você está sozinha? – Perguntou Taka.

Hana reluta por um momento, mas responde com hesitação. - Não. Eu estou sozinha. Eu vivia com alguém, mas não estamos mais juntos. – Hana tem agora uma expressão triste no rosto.

Ela para por um momento e olha com melancolia para fora da janela do quarto, que estava meio aberta.

- Sei. – Disse Taka. – Então que sorte que eu te achei né? Espero que a gente não precise se separar.

Hana se virou para Taka e esboçou um pequeno sorriso.

- É. – Ela disse.

- Bem, eu tenho que ir. – Disse Taka terminando de vestir uma camisa dobrada e arrumada de cor cinza. – Eu almoço no trabalho, então eu só vou voltar mais ou menos umas cinco e meia.

- Ta bom. – Disse Hana. – Eu faço o jantar hoje.

- Sério? Eu agradeceria muito. – Taka disse com um grande sorriso.

- Eu só queria poder te agradecer pelo o que você está fazendo por mim. – Disse Hana. Eu pensava que nunca mais ia poder viver em uma casa. Então, obrigada.

- Mas você não se importa de eu ter sido um assassino de vampiros no passado? – Perguntou Taka.

Hana balançou a cabeça.

- Você disse que não é mais assim, você é quem você é agora. E é isso o que importa pra mim. – Disse Hana.

Taka então percebe que já havia se passado muito tempo e que estava muito atrasado pro trabalho.

- Nossa, eu tenho mesmo que ir. – Taka diz com as mãos na cabeça enquanto corria pra fora do quarto. – Eu vou deixar o dinheiro na mesa da sala.

Hana ouviu Taka abrindo e fechando a porta do apartamento rapidamente. Ela começou a rir enquanto pensava no que Havia se metido, e lagrimas de felicidade começavam a descer por seu rosto e a cair no chão do quarto. Ela novamente teria um lugar pra chamar de lar.

---Alguns dias depois---

Eram por volta de 3 horas da tarde. Hana entra no apartamento e coloca algumas sacolas no chão e vai até a cozinha. Ela estava desanimada. Ainda não havia conseguido um emprego. Claro, ninguém contrataria uma pessoa que não possuía qualquer experiência de trabalho em outros empregos e que também não houvesse completado a escola, ou que nem ao menos tivesse um currículo.

Ela pega um copo d’água e o toma devagar, ela havia ido a vários lugares e comprado muita coisa. Taka havia deixado uma nota de 50,00 para ela, e mesmo que não fosse muito, para alguém que passou a grande parte de sua vida nas ruas sem dinheiro algum, 50,00 era muito dinheiro. E ela soube gastar cada centavo muito bem, comprando algumas roupas, incluindo um pijama, uma escova de dentes e alguns ingredientes para cozinhar. Apesar de viver a maior parte da vida sozinha, ela havia aprendido a cozinhar com sua mãe quando era pequena, e não esqueceu até hoje. É uma das poucas memórias felizes que tinha de sua infância.

Quando Hana guardava as coisas que comprou no armário, reparou em uma sombra estranha vindo da sacada. Ela se curva um pouco até a sala pra ver melhor o que havia ali, e o que viu era algo inacreditável.

Era de cor negra como carvão, com escamas cobrindo todo o corpo. Possuía duas asas enormes e garras que se prendiam sobre as barras da sacada, em suas costas havia uma grande espada dourada amarrada por uma faixa. E possuía dentes enormes. Hana só tinha ouvido falar de um ser assim em histórias de camponeses e em livros infantis. Bem ali, em sua sacada, havia um enorme dragão.

CONTINUA.



Enciclopédia de criaturas de um nerd desocupado

Eu, um nerd desocupado, venho por meio desta enciclopédia, catalogar o máximo de criaturas existentes neste mundo que eu puder, tal como sua classificação de perigo, onde é encontrada, suas forças e fraquezas e contar um pouco sobre elas.

Aparentemente essas criaturas existem a tanto tempo quanto nós humanos, ou talvez até mais, e nós sempre entravamos em guerra com eles em busca de seu território. O mundo desde sempre foi dividido em dois, através da enorme serpente do mundo que o separa em ES(esquerda da serpente) e DS(direita da serpente), nós humanos sempre ocupamos a ES, enquanto os monstros ocupam a DS, e as duas espécies sempre entraram em guerra em busca de todas as terras do mundo (aquele papo de espécie dominante e tal).

Mas nada tão grandioso aconteceu até a primeira guerra mundial em 1914, onde os seres humanos enfrentaram os poderosos gigantes, e muitos países saíram destruídos, além de restarem milhões de mortos nos campos de batalha. E por conta desse enorme número de mortos, em 1918, ambos os lados resolveram fazer uma trégua por um tempo. Mas então logo em seguida ocorreu a segunda guerra mundial, em 1939, onde um monstro bigodudo (não se sabe de qual raça ele era), liderou um exército de zumbis e trols contra os humanos, e com isso os zumbis espalharam sua infecção para um terço do continente central, e em troca, o continente central mandou duas enormes bombas para o continente morto, matando todos que viviam lá e tornando aquela área inabitável até hoje, dando a ele o nome que conhecemos atualmente. Foi um massacre, mas finalmente depois de anos de luta, os humanos finalmente venceram em 1945.

Os seres humanos sempre conseguiram lutar contra o poderoso arsenal de armas e poderes dos monstros, mas eles nunca tinham força o suficiente para fazer frente contra um exército deles de igual para igual. Não até 1997, onde surgiu um brilhante cientista que descobriu como adicionar o DNA de alguns monstros na fabricação de armas especiais, a primeira que surgiu foi um martelo que ele fez com base no DNA de um gigante poderosíssimo, e este martelo era empunhado para um homem enorme chamado Tyr, aparentemente quando o empunhava, Tyr possuía a força de um gigante, conseguindo destruir áreas gigantescas de terra, assim como montanhas e cidades facilmente.

A partir daí, o cientista começou a desenvolver mais armas feitas de DNA de várias espécies de monstros. Ao todo ele fabricou 10 armas especiais, que permitiam aos seus usuários possuírem as habilidades que seus monstros originais tinham, ou até habilidades que eram superiores as deles.

Este grupo de caçadores de monstros foi chamado de Trinity e eles dizimavam todos os monstros por onde passavam, salvando muitas cidades do medo e desespero. Porém em 2015, os monstros e os humanos fizeram um acordo de paz, onde as lutas iriam se encerrar e ambos poderiam viver nas terras um do outro. Assim o cientista decidiu encerrar as atividades da Trinity e acabar com as batalhas de uma vez por todas, o grupo se separou e a localização de seus membros é desconhecida. Em dezembro do mesmo ano, o cientista foi encontrado morto em seus aposentos, as causas de sua morte não foram encontradas, apesar de muitos acharem que foi assassinato.



Explicação sobre RANKS:

Ranks mostram o quão perigosos são as criaturas desta enciclopédia baseado na opinião deste humilde nerd desocupado.

Monstros de nível S são extremamente perigosos, do tipo que você não gostaria de encontrar enquanto volta pra casa à noite depois de comprar doritos no mercadinho. Eles podem te matar em segundos e são muito superiores aos seres humanos.

Monstros de Rank A são um pouco menos perigosos do que os Rank S, porém também devem ser levados à sério, pois se estiverem de mau humor ou não forem muito com a sua cara podem te tratar como um inseto e te esmagar, mas tem um lado bom, monstros deste Rank podem ser enganados ou possuem mais fraquezas que os Rank S, portanto você pode dar um jeito de se salvar se for um pouco sortudo.

Monstros Rank B são muitas vezes menosprezados e subestimados, (assim como nós nerds), mas também podem ser muito perigosos e é um erro mortal subestimar os tais. Eles são muitas vezes pacíficos e não gostam de encrencas, mas ficam uma fera se você xingar a mãe deles. Então já aviso, se o nome da sua mãe não for Martha, não queira brigar com um deles bancando o machão, pois será o ultimo erro de sua vida.

Agora vamos ao Rank C, estes são monstros que geralmente só pregam pequenas travessuras e peças com pessoas desavisadas, mas que não causam nenhum mau tão grande assim, você até mesmo pode capturar alguns deles e conseguir algo em troca de sua liberdade, então se quiser bancar o caça fantasmas é com estes que você deveria tentar.

Por ultimo e menos importante vem o Rank D, estes sim são monstros dóceis e bacanas, você até mesmo poderia ter um na sua casa e chamá-lo de Toby, (mentira, não façam isso. Se for pra ter um destes em casa pelo menos o chame de um nome legal tipo Lex blarks). Estes seres amigáveis muitas vezes até mesmo ajudam as pessoas e as tratam como iguais, então não apresentam perigo algum (mas não tentem colocar seu dedo na boca deles, eles podem te morder).




Criatura 001: Vampiro

RANK de perigo: S


Encontrado em: Não se sabe onde os vampiros vivem atualmente, eles se separaram e muitos deixaram de viver em bandos, provavelmente eles vivem por aí como pessoas comuns, com uma vida normal para não serem descobertos. (Agora que eu pensei, será que minha vizinha, senhora Gertrudes é uma vampira disfarçada? Bem que eu suspeitei quando ela bebeu uma garrafa de vinho inteira sozinha no natal. Aquela megera não me engana.)


Principais forças: Vampiros são muito fortes pelo que fiquei sabendo, eles possuem grande velocidade e seus ataques são capazes de destruir monumentos de rocha sólida, além de sua alta agilidade e desempenho em combate corporal. Além disso, eles são ditos como seres que possuem uma grande beleza (eu acho que gostaria de encontrar com uma vampira, só pra ver se isso é verdade sabe? Eu nem ligaria se ela me matasse logo em seguida. Pois é, eu sou um bosta mesmo). E como vocês devem saber, estes seres são capazes de sugar sangue de suas vitimas e deixá-los em estado catatônico ou até mesmo matá-los. Eles podem fazer isso para se recuperarem de graves ferimentos, ou muitas vezes, só fazem por diversão mesmo.


Principais fraquezas: Não se sabe a principal fraqueza de um vampiro, mas os caçadores da Trinity conseguiam derrotá-los facilmente com suas armas especiais, (cara, como eles eram legais), então não deve ser impossível matá-los, mas duvido que uma pessoa normal conseguiria.


Informações: Pode esquecer tudo o que você sabe sobre os vampiros de filmes e histórias, como crepúsculo (blergh). Os vampiros reais não usam capas, não são afetados pelo sol, estacas de madeira, alhos ou água benta, eles possuem características muito semelhantes aos humanos, se vestem iguais a eles e vivem em sociedade. Atualmente não há muitos casos de vampiros assassinos, acho que eles aprenderam a saciar sua sede de sangue de algum modo, bebendo vinho talvez. Mas às vezes eu ouço falar de desaparecimentos ocorridos em locais urbanos, seria preconceito eu afirmar isso, mas acho que podem ser alguns deles com espírito fraco e que não conseguem controlar seus desejos primitivos de beber um bom sangue humano caseiro.

21 Décembre 2020 18:18 2 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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Nicolas Marcondes Nicolas Marcondes
Meu Deus que incrível!!!
December 21, 2020, 20:29
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