petitange Petit Ange

Asclépio, o deus da medicina, tinha tamanho domínio sobre as artes curativas que podia até mesmo trazer homens de volta à vida... Um dom que trouxe o medo ao coração dos deuses, e a morte à sua própria porta. Mas, para aqueles que ficaram depois da grandeza de sua luz ter se esvaído, restou apenas um céu sem estrelas.


Histoire courte Tout public.

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Um Mundo sem Sua Luz

Eu sou uma médica. Mas, talvez, seja difícil para os mortais aceitarem que éramos iguais – ou, ao menos, tão iguais quanto um marido e sua esposa podem ser neste planeta. Tudo o que você sabia, eu também dominava, ou um dia dominaria; mas a glória ainda era apenas sua, e eu estava em paz com esse conhecimento.

Exatamente porque éramos os dois dedicadas à cura, é que tudo o que ouço não me é estranho. “Aquela pessoa está melhor agora”, ou mesmo “A vida continua”. Viúvas de guerra escutam estes mesmos absurdos o tempo inteiro, e também precisam engolir a bile como eu faço. O mundo dos homens é belo – afinal, foi nele que você nasceu, foi nele que nos conhecemos, foi nele onde fui feliz – mas também é cruel e caótico. Não existe regra nem árbitro, razão ou motivo, para o que acontece nele. Pessoas morrem todos os dias, e elas escutam as mesmas coisas todos os dias. E elas seguem em frente, porque quando se está vivo, é tudo o que resta.

A vida continua, eles dizem. Esta é uma frase favorita dos humanos – e eu me lembro o quanto você a odiava. Eu costumava achar engraçado sua aversão a ela; até que um dia, esta obsessão se tornou a sua própria ruína, levando toda nossa família para o mesmo vórtice no qual você foi consumido, e eu parei de achar uma característica adorável. Mas você nunca gostou de como os homens facilmente aceitam que a vida continua. Quanto a mim, eu não ligava para isso... Essas palavras não passavam de um som de estática, uma poluição como a fumaça de uma fogueira ou o sangue de um animal abatido descendo pelo rio.

Eu costumava pensar, na minha inocência divina, “é claro que a vida continua”. Parecia-me um tanto óbvio como essas frases se juntavam à outras como, “amanhã é um novo dia” (mas é claro que sim, é desse jeito que funciona o tempo), “não adianta chorar sobre o leite derramado” (mas por que alguém iria chorar justamente com isso?) ou mesmo aquele fatal, porém clássico, “acidentes acontecem” dito em tom conspiratório (não diga! É claro que acontecem).

Você nunca gostou de como estas coisas celebravam a impotência e a passividade dos homens, satisfeitos em viverem suas vidas um dia de cada vez, enquanto os deuses brincavam com seus destinos como crianças levadas amarrando gatinhos em galhos de árvores. Eu não entendia que você queria libertar a humanidade dos deuses – uma ideia absurda, que certamente o teria levado de mim muito mais cedo se fosse descoberta –, porque simplesmente eu via uma folha cair e só pensava que o inverno estava chegando. Eu não via a beleza nela... E talvez, por isso eu tenha me apaixonado por você, porque ao seu lado as estrelas se tornavam diamantes, e não somente pontos luminosos num céu que distribuía, igualmente, fartura e míngua.

Eu queria que você estivesse do meu lado agora, Asclépio.

Quem sabe eu poderia me consolar que você, também, é um pequeno diamante lá em cima agora. Que, de agora em diante, todos podem vê-lo pela coisa preciosa que eu o considerava.

Infelizmente, estrelas são apenas estrelas, e minha cama continua vazia e gelada todas as noites.

Mas, mesmo que eu não entenda a beleza das pequenas coisas como você conseguia, sem esforço nenhum (era por isso que sua cura era tão pura e tão boa, você amava a humanidade à despeito de sua fraqueza, como um pai paciente que espera grandes coisas de seu rebento promissor), eu consigo entender agora, ainda que um pouquinho, a celebração da impotência da humanidade.

Foi apenas depois do luto, esta coisa que rasgou minha realidade em duas metades distintas, esta coisa sem forma e sem calor que brilha a escuridão contida dentro dela como um prisma, trazendo novos tons de tristeza todos os dias ao meu coração, que eu passei a entender a força que existe por trás de reconhecer suas fraquezas. Existe um poder enorme e inominável em poder admitir sua ineficácia, e vê-la sendo repetida por aqueles ao seu redor, todos unidos no inevitável ato de viver um dia de cada vez, tentando escalar este buraco sem fundo que é o universo.

Eu sei que eu “estou falando grego” (estou aprendendo piadas na sua ausência, viu só? Nossa Aceso disse que existe uma grande propriedade curativa no humor, e eu estou começando a entendê-la) para você, e que sua pessoa jamais entenderia – jamais aceitaria, melhor dizendo – esta realidade. Você era um sonhador e esperava grandes coisas da humanidade e de você mesmo; você queria o melhor para nós, dentro dos seus termos. Mas a verdade é que nem todos os seres humanos têm a sua fortaleza.

Alguns são apenas como eu, aceitando que a vida continua e que a única coisa que podemos fazer é seguirmos com ela, porque enquanto estivermos vivos, é tudo o que nos resta.


Eu converso com a sua memória, agora que você não está mais aqui.

Tento me lembrar da sua voz e da sua presença, do seu cheiro e do seu toque, mas sinto que começo a me esquecer das pequenas coisas – o que você me disse quando nos conhecemos, na Ilha de Trinacia? Qual era a expressão que você fazia quando comia as suas comidas favoritas? O luto é uma coisa estranha, um espelho estilhaçado no chão, e eu percebo que minha alma já não consegue mais colar todos os pedaços de novo. Alguns se perdem no tempo, na crueldade do esquecimento, e eu me vejo ansiando por olhar para o céu quando isso acontece.

Seu pai, Lorde Apolo, veio pessoalmente à nossa casa naquele dia anunciar que você era uma estrela no céu agora... Não, uma constelação inteira. Serpentário, ele disse. Em homenagem às serpentes que rodeavam o templo, aquelas mesmas que se tornaram seu símbolo por sua pura negligência em manter a grama ao redor de nossa casa em um nível aceitável para que elas não pudessem se esconder ali.

Uma alma tão digna quanto a sua não podia ser renegada ao vórtice do esquecimento – e se não pudesse voltar à vida, não enquanto Lorde Hades mantivesse o domínio sobre sua alma – ao menos haveria alguma coisa para ser lembrado, de agora em diante. Os homens não esqueceriam da sua gloriosa história, então nós poderíamos descansar, nos sentirmos orgulhosos... Nós fizemos nosso trabalho, ele disse. Você fora vingado.

Eu não tive coragem de dizer ao seu pai que os homens não se importam com estrelas, Asclépio.

Que eu não me importo com estrelas.

Eu queria você de volta, só isso.

Um sonho impossível no meio de tantos outros sonhos que nunca vão se realizar, eu reconheço; os humanos são tão fracos e insignificantes, mas ainda assim, sonham tão alto, alto o bastante para todos os deuses saberem que nunca os alcançarão. Talvez, vivendo no meio deles por tanto tempo, nós tenhamos nos tornado um pouquinho menos divinos...

Tudo o que sei é que tive muito tempo para me casar com a ideia de que você foi estúpido – que ressuscitar os homens, desafiando o ciclo natural da vida, iria apenas trazer-lhe problemas, e que qualquer um com um mínimo de cérebro teria visto isso de longe –, e agora tudo o que me resta é o vazio da aceitação. Você escolheu sua vocação acima de sua família, e eu também tive muito tempo bem aqui, nos destroços da nossa história em conjunto, para me obrigar a aceitar isto... E, mesmo que eu não possa tirar satisfações com você, não mais, eu ao menos posso conversar com qualquer coisa que ainda resta da sua essência.

Sou uma médica, é verdade, e também uma semideusa. Mas também sou apenas uma mulher.

Uma humana, celebrando a fraqueza que você abominava.

Aquele templo (que eu acredito que, no futuro, irá se tornar seu lugar de veneração... Os homens já começam a contar, com admiração, sua história por aí) continua cheio de pessoas buscando conforto e cura – e eu tenho me mantido ocupada ajudando-os na melhor da minha capacidade. Foi graças a você que eu aprendi a alegria em ver o agradecimento nos olhos deles, a satisfação de um trabalho bem feito, a gentileza com que o coração se eleva quando alguém deixa nossos domínios com um sorriso e uma prece nos lábios.

Eu gosto de pensar que este é o seu legado – o seu presente para mim e todos os outros. Se você sumir da memória da humanidade, se tornando apenas um ponto brilhante no céu longínquo, uma nota de rodapé na História – apesar de que, creia-me, eu não permitirei que isso ocorra, pois continuarei me lembrando mesmo que todos os outros se esqueçam –, ao menos isto aqui continuará.

E, um dia, eu também vou segui-lo nesta luz com a esperança de encontrá-lo nos campos Elíseos, e minha memória também vai ser esquecida pelos mortais com bem mais facilidade, reconheço.

Este foi um mundo que eu só aprendi a apreciar depois de conhecê-lo – você, a alma bondosa que sempre o viu pela coisa maravilhosa e misteriosa que é –, e é apenas o correto sorvê-lo na sua ausência, quando eu sei que você gostaria de estar fazendo o mesmo. Sua tendência de lutar pela necessidade dos outros antes das suas próprias levou-o de mim, mas isso não significa que eu não posso, teimosamente, buscá-lo de novo... Não como Orfeu e sua Eurídice, mas apenas através desta fraqueza que você odiava, mas que eu aprendi a ver com outros olhos.

Mas, enquanto isso, até lá, eu ainda terei aprendido muitas outras coisas, e terei vivido tantas outras, apenas para ter muitas histórias para contá-lo quando nos revermos. O que você me deu foi a memória de um anil puríssimo, e um céu claro e repleto de estrelas é o que eu quero lhe dar em retorno.

Enquanto isso, até lá, eu continuo fechando os olhos todas as noites, a luz das estrelas subitamente brilhante demais para meus olhos. Engolindo a sensação de perda em meu peito, suprimindo a antecipação infantil e irracional de ouvi-lo entrando pela porta, se desculpando por ter demorado tanto assim, abatendo o desejo de esquecer do mundo apenas por alguns momentos em seus braços, como eu costumava fazer, e apenas apreciar o calor da sua vida, porque já faz tanto tempo desde a última vez que fiz isso.

Enquanto isso, até lá, eu continuo vivendo num mundo sem a sua luz.

20 Novembre 2020 14:41 17 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
8
La fin

A propos de l’auteur

Petit Ange Ela não escolheu a vida de escritora, a vida de escritora a escolheu para falar através dela.

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Olá, Petit! Gostaríamos, primeiramente, de te agradecer por ter abraçado um de nossos desafios. Fizemos o #ZeusPaiDeTodos com muito carinho, pensando especialmente em vocês, e receber esse retorno com contos cheios de emoção feito o seu nos motivam cada vez mais. Um Mundo sem Sua Luz já chama bastante a atenção pela sinopse. Não sabemos muito bem o que esperar da narrativa, mas de cara entendemos que uma perda aconteceu e que isso teve grande impacto para alguém. Os sentimentos embutidos na história provam isso: é muito nítido todo o sofrimento da semideusa e também o misto de esperança e desespero que ela carrega por conta de tudo o que viveu com Asclépio; um deus que admitimos não termos tido contato com até então. Quando somos introduzidos à uma história cuja narrativa inclui um deus, e como mencionamos anteriormente um deus que até então nos era desconhecido, esperamos ter uma visão mais abrangente de quem é essa divindade e o que representa. Temos então a apresentação de Asclépio, o deus da medicina, feito por sua amada, a narradora do conto, a qual não somos introduzidos. Afinal, quem seria essa médica semideusa que envolveu-se com Asclépio? Omitir sua identidade e uma introdução prévia à essa relação foi intencional para intensificar os sentimentos de sua perda e a falta que sente do amado? Então, falemos um pouco mais de nossa narradora. Apesar de não termos muitas informações sobre ela, há outras coisas impossíveis de não serem notadas, como a intensidade dos sentimentos que ela tem por Asclépio, e a forma como ela se mostra fiel não apenas ao deus como também aos ideais dele. O pouco que nos foi mostrado dessa semideusa foi capaz de demonstrar quão grande companheira ela foi para ele, o que também aumenta demais a carga emocional de toda história, evidenciando a perda e o luto enquanto ela tem esperanças de que Asclépio esteja em algum lugar melhor, brilhando em toda sua luz como faz uma estrela. O conto se encaixa no tema proposto pelo desafio, trazendo nuances da história de um deus que foi contra o príncipio dos seus e ignorou o desprezo pelos mortais, ressuscitando-os. Há também muitas reflexões presentes durante a narrativa quanto à natureza humana ao que se refere às perdas, simbologias, tais quais a presença de serpentes na ilha, criaturas que posteriormente foram relacionadas à medicina, e referências. Como autora, você conseguiu trabalhar bem com esses elementos e os introduziu de forma breve e clara enquanto seguia com o texto. Em relação à escrita, o conto tem uma boa ortografia e gramática e o mais interessante de tudo é que o tom usado na narrativa já remete a algo que lembra o sentimento de saudade, o que deixa tudo ainda mais profundo. Temos a impressão de que a narradora está presa a um monólogo conflitante enquanto restitui as memórias de seu amado. Foi muito bom contar com a sua participação no desafio! Seu texto decerto despertou muitas emoções durante a leitura. No mais, os resultados estarão disponíveis nas mídias sociais oficiais do Inkspired Brasil logo mais, dia 26/11. Fique de olho e boa sorte! 🤍
November 26, 2020, 19:24
Urutake Hime Urutake Hime
Olá! Eu fiquei intrigada com a sinopse e resolvi dar uma olhada, mas não esperava encontrar um texto tão intenso e que me deixasse tão pensativa, até mesmo um pouco chorosa no final. Apesar de não conhecer o mito escolhido para compor o enredo, foi completamente compreensível e está muito bem montado, principalmente para algo em 1ª pessoa. Viver um dia de cada vez é o que todos nós tentamos fazer, por mais banal que isto possa parecer e quando alguém se vai, essa dor se mantem, mesmo que venha um novo dia. Temos um ciclo realmente complexo... Quero dizer que gostei muito dos momentos "irônicos" da narrativa, dando uma quebrada na narrativa pesada, tanto que o meu favorito é o "falando grego", eu acabei rindo muito dessa parte. E ainda aprendi com a história sobre Serpentário, essa misteriosa constelação... Enfim, está tudo muito lindo, parabéns por este conto profundo ♥
November 25, 2020, 00:35

  • Petit Ange Petit Ange
    Primeiramente, muito muito muuuuito obrigada por ter dado uma chance à essa história. Fico contente que ela tenha sido do seu agrado! E depois disso, vamos aos agradecimentos de fato. Foi mesmo um desafio auto-imposto este de tentar a 1a pessoa para narrar esse tipo de conto. Mas o tom intimista pediu uma coisa mais assim, eu acho - e fico feliz que, apesar disso, ele ainda tenha te tocado. De fato, viver um dia de cada vez é uma lição tão entranhada na gente, mas que as vezes nós perdemos de vista... É sempre bom lembrarmos que estamos aqui nesse planeta pra sermos felizes, só isso, e aproveitar o caminho. Obrigada de verdade por ter gostado de tudo - até mesmo dos momentos irônicos, que eu jurava que não iriam casar no texto e que quase retirei hahaha -, fiquei honradíssima demais com seu comentário! <3 November 26, 2020, 01:55
A. G. Mars A. G. Mars
Que texto imersivo! A leitura flui de uma maneira que já não é mais ela a sofrer uma perda, mas eu, aqui em casa, sendo uma médica, uma semideusa, uma mulher que perdeu o homem que amava por um sonho. Acho esse tipo de imersão tão intensa, tão espetacular, uma forma de trazer o leitor a um sentimento que ele nunca teria de outra forma. Você definitivamente escreveu um sentimento, não uma história, e isso é muito lindo! Eu simplesmente amei essa história, sua escrita e sua intensidade. É o tipo de coisa que vou levar como pensamento para a cama antes de dormir, me questionando sobre seguir em frente, sobre o luto, sobre a própria fragilidade humana. Obrigada por esse novo tipo de insight!
November 23, 2020, 21:52

  • Petit Ange Petit Ange
    Que comentário maravilhoso, eu não tive palavras por um bom tempo pra responder à altura, me desculpa (e obrigada por ter esperado)... Muito muito muuuito obrigada por ter gostado dessa obra, significa muito pra mim, mesmo! Gosto de textos mais intimistas assim, que exploram sentimentos - como você disse -, e queria tentar fazer uma coisa parecida. Fico feliz que eu tenha conseguido fazer isso e ainda por cima emocionar os leitores. É muito bom saber que alguma coisa dele te tocou, e espero que continue tocando por um longo tempo depois. DESCULPA PELOS SENTIMENTOOOOS HAHAHA mas obrigada de verdade por eles também, me deixou honradíssima! <3 November 26, 2020, 01:51
Inativo1 inativo Inativo1 inativo
Meu Deus! O que foi isso que li agora?! Petit-san, sua história tem tanto sentimento que me tocou de um jeito que eu não esperava. Fiquei com uma vontade tremenda em abraçar essa semi-deusa. Mesmo eu imaginando, não sei como é a verdadeira dor de se perder alguém querido e como isso deve ser tremendamente triste para a pessoa. E até como essas palavras de apoio podem ser sem sentido, conforme narrado pela personagem. Foi muito legal você fazer uso de um deus um tanto esquecido como Asclépio. Juro que só fui saber da existência dele em Heróis do Olimpo de Rick Riordan. Parabéns e muita boa sorte com o desafio!
November 22, 2020, 16:11

  • Petit Ange Petit Ange
    Ahh, quem me emocionou fui eu isso sim! Obrigada de verdade por este comentário que me deixou até sem palavras por um bom tempo hahaha. De fato, o luto é uma coisa estranha e as vezes nada do que a gente fale penetra na pessoa que tá passando por isso... É um momento muito delicado, muito misterioso, e eu fico contente que pude passar ao menos um pouquinho disso no texto. Me desculpa por ter te deixado meio na bad, juro que não foi a intenção hahahaha. Mas muito obrigada mesmo assim, eu fico muito muito contente de verdade que o conto tenha tocado seu coração de algum jeito. É uma honra como escritora receber comentários assim. (E obrigada também por ter conhecido eleeee! Não sabia que iria ser tão desconhecido o Asclepio, jurava que sua lenda era mais mainstream do que pareceu.) November 26, 2020, 01:49
Pri Inácia Pri Inácia
Olá Petit. Gostei muito da forma como você abordou a difícil sina humana e quem sabe até divina de ter que seguir em frente não importa o que aconteça, senão que outra opção teríamos né. Triste e reconfortante. Parabéns.
November 22, 2020, 02:06

  • Petit Ange Petit Ange
    Ah, fico muito feliz mesmo que você tenha identificado este tema em especial - o de sempre ter que seguir em frente. É uma lição que tenho tentado aplicar à mim mesma, e quiçá aos meus leitores, se possível... Esse ano em específico ficou testando a gente nesse ponto, né hahaha. Obrigada de verdade por ter gostado do texto! <3 November 26, 2020, 01:43
CC C Clark Carbonera
Poxa, coitada dessa que não sabemos nem o nome! O luto por que a semideusa passa é tocante mesmo e a forma como você aborda a não admissão da morte por parte de um deus cujo trabalho é curar é extremamente interessante (os deuses gregos e romanos tinham sim essas características e sentimentos humanos)! Sua narrativa é sutil e muito fluida, levando-nos até o final dessa história com o coração na mão! Parabéns!
November 21, 2020, 15:53

  • Petit Ange Petit Ange
    Né, eu adoro como os mitos gregos eram cheios de deuses que não eram nem um pouco diferentes dos humanos - ao menos, emocionalmente. Nesse ponto, esse povo sabia contar uma história hahaha. Obrigada de verdade por ter gostado do conto, eu fiquei muito honrada com seu comentário! ;-; <3 November 26, 2020, 01:42
𝐏𝐒𝐘𝐂𝐇𝐎𝐂𝐀𝐓 . 𝐏𝐒𝐘𝐂𝐇𝐎𝐂𝐀𝐓 .
Olá, Petit! Bom dia. ⁽˙³˙⁾ Primeiramente, gostaria de agradecer em nome da Embaixada por ter se juntado a nós nesse desafio. É muito bom poder contar com a tua presença, e em breve você receberá um comentário mais detalhado feito pelo perfil oficial da Embaixada Brasileira. Enquanto isso... seu conto é incrível! No que se refere aos sentimentos, todas as emoções transbordam e somos tomados pelo luto da personagem enquanto ela narra tanto a grandeza de Asclépio quanto seu maior erro. Com certeza, uma perda muito sentida; e um deus que me era desconhecido, admito. Parabéns por sua narrativa! Um abraço e boa sorte. ♡
November 21, 2020, 13:35

  • Petit Ange Petit Ange
    Muito, muuuito obrigada pelo seu comentário! Fiquei tão emocionada, seriião!! E muito obrigada também por ter gostado do texto. Fico muito feliz que ele tenha alcançado seu objetivo, de fazer o leitor refletir nem que seja um pouquinho sobre essas coisas que a gente considera tão banais - viver, se enlutar, viver mais um pouco... Obrigada mesmo por ter gostado também do Asclepio, através das palavras dela (que ctz que devem estar pintadas pela saudade, ele não tinha cara de que era um marido lá muito responsável hahaha.) De verdade, obrigada mesmo pelo comentário maravilhoso! <3 November 26, 2020, 01:35
Karimy Lubarino Karimy Lubarino
Me abraaaçaaa! Quantos sentimentos este conto me trouxe! O luto de um ser que ainda tem muitos mais anos pela frente do que eu poderia sonhar deve ser algo completamente avassalador, e você fez com que eu conseguisse alcançar um pouco dessa dor. Eu achei bem interessante a parte que ela fala sobre já estar esquecendo dos momentos e dos jeitos dele. Isso foi de partir o coração. Parabéns pela história!
November 21, 2020, 11:19

  • Petit Ange Petit Ange
    [MANDA UM ABRAÇO PRA VC ME DESCULPA POR TER TE FEITO SOFREEER] Ah sim, de fato, é uma coisa que nós pobres mortais nem podemos imaginar né. O luto de um ser quase(?)imortal é uma coisa reservada só pra ficção mesmo, porque é muito além da nossa compreensão. Mas fico muito feliz que você, ainda assim, tenha sentido ao menos um pouquinho do que esta deusa sentiu. Obrigada de verdade por ter gostado da história! <3 November 26, 2020, 01:28
Alexis Rodrigues Alexis Rodrigues
Ok, vai ser um pouco difícil colocar em palavras a avalanche de emoções que seu conto me provocou, mas tentarei. Eu não esperava ver um conto sobre ele aqui, e o seu é uma grata surpresa. A forma como você escreve é de tamanha sensibilidade - e, de certa forma, tão íntima - que eu acabei chorando. Luto é uma coisa muito difícil de se lidar, eu sei bem, e a forma como você trabalhou a visão de uma semideusa acerca da nossa insignificância mortal e invejável é de tirar o fôlego (falando sério, o meu queixo deu uma tremida, mas eu me mantive firme pra não chorar um rio porque assim eu não teria concluído a leitura). Que conto divino ♡ amei ♡ Muito obrigada por essa história ♡
November 21, 2020, 01:09

  • Petit Ange Petit Ange
    Muitíssimo obrigada por ter gostado da história, seu comentário me deixou sem palavras de verdade! (E nossa, obrigada também por conhecer este deus. Fiquei surpresa que tão poucos fizeram o mesmo, eu jurava que ele era mais famosinho hahaha.) Fico muito feliz que eu tenha transmitido o que eu queria - a tristeza e o luto -, e se até mesmo consegui emocionar, então meu trabalho está feito. Me desculpa por isso, mas de novo, obrigada hauahauaha. De verdade mesmo! <3 November 26, 2020, 01:26
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