Histoire courte
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Sobre a minha curiosidade por operadores de brinquedos de parques de diversão

Existe um parque…


Tem bancos ao redor da área de lazer onde podemos sentar e observar e a área central, onde ficam os brinquedos. Lá… Apenas um carrossel e uma perspectiva engraçada: A certeza do perigo que não parece fazer mal. Coisas que podem machucar, mas na verdade não são nada nocivas. A adrenalina e a ansiedade sempre enganam os olhos de quem vê e quem sente elas no corpo.

Dos bancos enxergamos todos que estão rodando, brincando e também os que observam…aqueles que tem medo de estar lá, aqueles que queriam estar mas não podem por algum limite físico, aqueles que apenas optaram por não participar um tempo…aqueles que precisam de um convite para sair do banco.

Quem está no carrossel não consegue ver quem está fora, eles sabem que pessoas estão ali nos bancos mas é como se fossem invisíveis enquanto estão girando…as vezes nem conseguem ver quem está junto no brinquedo.

Abençoado o dia que descobri que a vida é exatamente assim … exatamente assim como quando brincamos.

Bom, eu já estive em um carrossel…

Mas em uma época diferente…a vida era mais romântica, menos automática.

Hoje temos uma fila para o brinquedo, todos se posicionam na sua vez e um operador inicia o giro.

A viagem é a mesma pra todos em duração…o operador termina o ciclo do brinquedo e todos saem. Defendem essa ideia como democrática.

Democracia era entrar em uma longa conversa apenas sentado, vendo as expressões faciais mudando de posição e não a paisagem…ou embalar para um lado e depois para o outro, sozinho no início da noite, apenas pra pensar naquela peça que a vida pregou.

E na hora que o carrossel tem que girar?

Me sentia um herói que tinha poderes de parar o tempo com a finalidade de ver uma nova pessoa embarcar e me sentia realizado vendo outros heróis em ação também.

Podíamos fazer analogia com a importância de uma mão estendida no nosso mundo

Ter o poder de frear o tempo…e de acelerar, afinal todo mundo vive pra sentir o coração bater um pouquinho mais rápido, nem que seja por uma vez.

O operador hoje sente o mesmo que eu sentia?

1 Septembre 2020 17:34 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

A propos de l’auteur

Arnaldo Zampieri Assimétrico como a vida é o meu trabalho. Dividindo essa existência em: Composições, crônicas, contos, poesias e HQs. Você me ouve no Spotify, através do podcast Sofá das Artes

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