luraywriter Luray Armstrong

Eijirou, um solitário cortador de bambu, encontra por acaso um belo homem que morava no profundo da floresta no alto da montanha, numa pequena casa com um belo jardim de flores. Dia após dia, ele volta para visitar o homem, mas nunca fala nada. Até o dia em que ele descobre sobre a verdadeira natureza daquele ser e, louco de paixão ou de estupidez, decide cortejá-lo. AVISO: PESSOAS COM ARACNOFOBIA / MEDO DE ARANHA TALVEZ SEJA MELHOR NÃO LER, OKAY? créditos da capa:Peter Schillinger.


Fanfiction Anime/Manga Interdit aux moins de 18 ans.

#kiribaku #gay #bl #smut
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Capítulo único - Lírio-da-aranha-vermelha

notas iniciais: Olá, esta fic pertence ao kiribaku month, dia 19: yokai!

Eu tive a ideia dessa fic vendo um documentário da vida animal kkkkkk explicando sobre a reprodução das tarântulas, vocês vão entender lendo a fic. Mas sim, o conceito é o Bakugou como um youkai aranha, uma tarântula macho, apesar que ele meio que exerce o papel da fêmea, do ponto de vista de como ele vai ser cortejado mas ENFIM. Acho que vcs entendem melhor lendo apjsoppoaksa.

Bakugou é um Jorōgumo, o nome japonês para youkai aranha. Geralmente esse youkai aparecia na forma de uma bela mulher e atrai homens para devorá-los, mas aqui o Bakugou é um homem e atrai homens e mulheres porque comida é comida. (pan vibes).

Higanbana é uma flor japonesa muito famosa. O nome em português é lírio-da-aranha-vermelha e eu achei isso adequado demais pra fic e pro Bakugou.

O kiri toca um instrumento japonês chamado shime daiko, uma especia de tambor que parece com isso aqui:

https://cdn.shopify.com/s/files/1/1843/5225/products/eisashime1_a440694b-f612-4ab5-8dd9-3bdcfe5a4d78.jpg?v=1581614498

A “música” que o kiri toca é basicamente isso aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=nHAlrWApb2U

Sem mais delongas, espero não ofender ninguém já que usei vários elementos da cultura japonesa aqui mas não sei muuuuito sobre nenhum deles, meu conhecimento de youkais mesmo veio de Inuyasha, então fiquem a vontade pra me chamar atenção em qualquer coisa. No mais, espero que gostem, boa leitura!






Kirishima carregava os bambus em seu ombro com cuidado enquanto descia a montanha. Estava escurecendo e ele tinha se afastado demais de seus colegas, sem ter certeza onde estava, no meio da floresta de plantas altas. Todavia, não muito longe, ele conseguia escutar o barulho de água correndo no rio, portanto sabia que conseguiria se achar, só tinha que fazer isso logo.

Tentando se aproximar do barulho da água para seguir o rio, que o levaria a aldeia principal de onde voltaria para casa com mais facilidade, Eijirou encontrou uma casa. Era uma construção simples, maior que sua casa por pouco, com apenas uma janela do lado que ele conseguia ver, mas não foi isso o que mais chamou a atenção dele.

Um homem loiro, de olhos vermelhos vibrantes e pele delicada, costurava num tecido que parecia macio, extremamente concentrado. Ele dobrava com agilidade, mexia na agulha com cuidado, montando desenhos e padrões. O estranho era lindo. O corpo não muito forte e delicado, a pele com aspecto macio e claro de quem não tinha que trabalhar no sol forte como Eijirou, o rosto fino parecia ter sido desenhado pelos deuses, os lábios rosados franzidos pela concentração, o cabelo loiro era rebelde e bagunçado pelo vento.

Eijirou sequer conseguia se mexer, prendendo a respiração para não alertá-lo de sua presença. Ele era lindo. Perfeito. Uma brisa do vento da noite tocou sua pele, e o cheiro das flores que cercavam a casa inundou seu nariz, o doce e suave aroma muito bem vindo, completando a sensação de estar presenciando uma cena divina naquele momento.

Depois do que pareceu horas e dias, ele finalmente notou que já estava escuro demais e devia se apressar para voltar para casa o mais rápido possível. Assim, triste, ele desviou o olhar da beleza pura daquele homem e seguiu o rio com rapidez.

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Desde então, Kirishima via o estranho todos os dias. Não sabia se era coincidência, se seu inconsciente lembrava o caminho que tomara naquele dia por acidente, mas todo dia, no fim da tarde, seus pés o guiavam para aquele mesmo ponto e ele via aquele mesmo homem, sentado no mesmo lugar, as mesmas flores, desenhando e ajeitando o mesmo tecido, que parecia mais perto de ficar pronto todos os dias.

Por fim, num dia particularmente mais frio e mais escuro, Eijirou se aproximou da casa de madeira para ver o tecido finalmente pronto, transformado num belo kimono rosa com flores brancas e rosas, como as do jardim, com detalhes laranja no obi que marcava a cintura fina do homem que o vestia. Se não o houvesse visto antes e reparado em seus traços, o confundiria fácil com uma mulher naquelas vestimentas. De qualquer forma, ele estava lindo, andando pela baixa plataforma de sua casa enquanto checava os detalhes do kimono e testava seu caimento no próprio corpo. Devia ter acabado de terminar a peça.

Descuidado e sem pensar muito, Kirishima deu um passo à frente, pisando num galho seco que estalou, ecoando seu barulho agudo pelas árvores e chegando aos ouvidos daquele que observava há tantos dias. Ele olhou diretamente para o cortador de bambu, seus olhos vermelhos penetrando outros olhos vermelhos, escaneando a alma de Eijirou.

Assustado ao ser descoberto, o ruivo correu e fugiu para longe, voltando para sua casa com seu coração acelerado.

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No dia seguinte, Eijirou descansava durante o almoço num restaurante, cercado por seus colegas de trabalho em sua mesa e rodeado pelo barulho alto das conversas das pessoas ao redor.

Apesar de não ser do tipo fofoqueiro, ele teve que prestar atenção na conversa de uma mesa próxima:

— Esses malditos youkais! — um homem berrou.

— A culpa é dele por se deixar levar pela beleza de um monstro, se fosse eu teria destruído esse demônio de uma vez, ele conheceria o que é um homem de verdade e eu traria sua carcaça para casa para comemorar! — um outro homem na mesa respondeu, ouvindo contrariado a risada de seus amigos.

— Você? Você derrotaria uma Jorōgumo? Mas que piada! Você tem medo até de besouros! — os dois riam, irritando o amigo que pagou de corajoso mas não conseguia responder mais.

— O que é uma Jorōgumo? Por que estão falando dessas coisas assustadoras essa hora do dia? — com uma voz doce, a mulher que trabalhava no local perguntou, enquanto servia o chá.

— Um yokai, coisa das trevas, isso sim! Um dos nossos samurais foi devorado por uma essa semana. Ouvi dizer que a desgraçada está morando no alto da montanha, entre as árvores e os bambus, escondida. Se eu acho esse monstro eu mesmo acabo com ela! — O mais alto dos homens disse, agarrando sua katana com força.

— Por que continua chamando de ela, ela, ela? Ouvi dizer que este Jorōgumo toma a forma de um homem! Hayato foi devorado por um youkai porque foi seduzido por um homem, ele claramente é… — O homem que havia sido zombado de medroso falou, sendo logo interrompido.

— Silêncio! Sabe que a família dele mandou manter isso em segredo. Se eles descobrirem que está espalhando isso por aí ninguém vai te proteger.

Eijirou engoliu seu arroz com dificuldade. Não é como se aquela fosse a única casa no alto da montanha, não é? Aquele homem delicado que ele viu bordando seu próprio kimono não poderia ser um youkai aranha grotesco que tomava a forma de um homem daqueles só para atrair sua presa e devorá-los, certo?

Mais importante: por que a possibilidade dele ser um monstro assassino não assustava Kirishima? Por que ele ainda queria visitá-lo novamente ao fim da tarde?

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Depois de passado um mês sem ouvir novamente sobre ataques de yokai, Kirishima já havia esquecido aquela história. O homem loiro, no entanto, ainda era uma constante em sua vida. Ele continuava se aproximando da casa e olhando-o por detrás das árvores, quase todas as vezes o outro retribuia seu olhar, mas nada fazia ou falava, como se esperasse que Eijirou tomasse uma atitude, fizesse algo.

Ele parecia gostar de costurar e tinha muito jeito com os fios e tecidos, pois Eijirou o viu fazendo outros kimonos, alguns de tons azuis, outros escuros como a noite, e mais alguns inspirados pelas flores delicadas do jardim de sua casa.

Em seus sonhos, Eijirou criava coragem para ir falar com o homem e recebia um belo yukata azul que era enfeitado por um obi vermelho de presente. Eijirou vestia a peça de roupa e descobria que ela combinava com o yukata que o homem vestia, que era vermelho com um obi azul, e ficavam lindos lado a lado. Sob a luz do luar e sentados na varanda da casa, eles se beijavam e se amavam noite adentro.

Eram sonhos que o deixavam suado e nervoso, mas que o deixavam feliz o dia todo e corado quando por fim encontrava o homem no fim da tarde. Ele não sabia o que o prendia e impedia de falar com ele. Talvez estivesse sendo covarde, como sempre.

Quando um outro boato sobre um Jorōgumo correu pelo feudo, Kirishima se sentiu assustado. Hidetaka, um nobre conhecido do local, havia sido devorado e muitos argumentavam que era pelo mesmo yokai que devorou Hayato. As pessoas passaram a ficar assustadas, outras desejavam montar um ataque. Muitos de seus colega pararam de subir ao topo da montanha.

Naquele dia, Eijirou trabalhou normalmente e pensou com muita força que não iria visitar o homem misterioso com o qual nunca trocara uma palavra. No entanto, seu próprio corpo o traiu e ele se viu encarando aquele homem, hoje vestindo um yukata leve, azul como o céu estrelado, apenas sentado na varanda, alguns fios claros em volta de seu corpo.

Então, Eijirou percebeu a verdade assustadora: ele não se importava. Mesmo que ele fosse um yokai, um monstro, um assassino. Mesmo que o devorasse. Ele não se importava. Talvez estivesse sob um feitiço do Jorōgumo, talvez já estivesse louco de sua rotina, talvez estivesse desesperado por adrenalina, por uma aventura. O fato é que não tinha medo, não se importava.

Naquela semana, Eijirou ouviu uma conversa no meio da feira. Entre as bancas de frutas caras que ele tentava barganhar, ele ouviu um homem com roupas de estudioso dizer:

— Eu vi! Parece que é assim que elas se reproduzem!

— E quem disse que eu quero saber sobre a reprodução de uma tarântula, Isao? Você que é um pervertido doente.

— Não sou um pervertido, sou apenas curioso. Não há nada de pornografico nisso, gosto apenas de estudar aranhas. Estou dizendo, esse tipo é muito interessante: o macho se aproxima e bate no chão com a pata em um ritmo, se a fêmea gostar, ela aceita ele como parceiro. Ela se aproxima e tentar brigar com ele, mas ele doma ela e deposita sua semente no abdômen dela, então vai embora.

— E se ela não gostar?

— Ela o devora. Se ele ficar tempo demais depois de entregar sua semente para ela, é devorado também. Mas eu acho incrível. Para mim, parece que ele está tocando uma música para ela ao bater no chão com a pata, assim como os pássaros fazem.

— Você é doido, isso sim!

Todavia, Eijirou não achou que o tal Isao fosse doido. Na verdade, ele achou o que ele disse muito interessante mesmo e decidiu que iria testar. Se realmente não tinha medo de ser devorado, nada de muito pior podia acontecer.

Ele visitou seu amigo TetsuTetsu, que costumava tocar o taiko para o exército, e pegou emprestado um shime daiko, única coisa que ele sabia tocar pois o amigo o ensinara e foi para sua casa praticar. Sozinho na casa escura e fria, ele teve ainda mais certeza de que não tinha medo. Além do amigo, que já tinha a própria família e filhos, ele não deixaria nada e nem ninguém para trás.

No dia seguinte, ele terminou seu trabalho mais cedo, descendo da floresta sem passar pela casa como há muito não fazia. Se banhou na beira do rio e vestiu a melhor roupa que tinha, que já não era muito, mas era melhor do que os trapos sujos que usou para trabalhar. Levando o instrumento em suas mãos com cuidado juntamente com o apoio baixo que era necessário, ele subiu a montanha e confiou em seus instintos para achar a casa embrenhada no meio da floresta, o cheiro doce das flores anunciando que ele estava perto.

Ele engoliu em seco quando chegou. O sol ainda estava se pondo, sem pressa, e sua luz banhava as flores. Era uma vista linda, mas o homem que procurava não estava ali. Torcendo para que ele estivesse apenas dentro de casa, Kirishima se sentou em frente ao jardim, arrumou o apoio e o instrumento em cima, segurando as baquetas com força. Tinha que se concentrar. Com sorte, seria aceito como parceiro da aranha que roubara seu coração.

Ele iniciou um ritmo frenético, batendo no shime daiko com cuidado, seguindo o ritmo mais rápido que seu amigo ensinara, tentando impressionar o homem loiro. Em poucos segundos o suor fazia sua testa brilhar, o esforço cobrando de seu corpo. Com concentração e disciplina ele seguia a música curta que tanto ensaiara nos últimos dias, a mão calejada tocando com facilidade.

Quando a música chegava ao fim e os músculos dos braços de Eijirou pulsavam de cansaço, o desespero tomava conta dele, achando que seria ignorado ou devorado, e ele não sabia qual opção era pior.

Pouco antes de terminar, no entanto, a porta da casa se abriu.

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Bakugou deixou o osso seco cair no chão e deitou suas costas no tatame fino, saciado. Sua mais recente refeição, um macho yokai que definitivamente não agradou-o ao tentar cortejá-lo, sendo digerida lentamente pelo ácido forte em seu estômago. Ele apreciou a pilha de ossos das refeições recentes no fundo de seu quarto por um momento, pensando que os humanos ficariam felizes com seu sumiço temporário já que estava saciado, finalmente.

Katsuki não pensou que se aproximar daquele pequeno feudo o renderia refeições satisfatórias, mas quem diria que os humanos ali estavam tão dispostos a cair em sua teia, não é mesmo? Não lhe faltaria comida por um bom tempo.

Olhando no delicado baú em seu quarto, ele escolheu outro kimono, para que pudesse lavar o que vestia que já estava manchado com o sangue da última vítima. O maldito não teve sequer a decência de manter o sangue para si mesmo enquanto era estraçalhado pelas presas de Katsuki e agora ele tinha que trocar de roupa por nada.

Já que preferia ficar na forma humana na maior parte do tempo, ele tinha muitas roupas belíssimas feitas por suas próprias mãos, que ajudam muito a seduzir e enganar os humanos. As pequenas criaturas costumam confiar facilmente em pessoas que se vestiam como nobres. Tolos. Mas tornava tudo mais fácil para Bakugou.

Assim que se vestiu novamente, um belo tecido preto com lírios-da-aranha-vermelha, ele ouviu passos ao redor de sua casa. O humano se aproximava cada vez mais, o que dificultava que fosse apenas alguém passando por ali por acaso. Talvez um humano que se perdera e decidiu pedir ajuda em sua casa? Poderia deixá-lo viver, pois estava se sentindo bonzinho agora.

Os passos pararam bem em frente a sua casa e Bakugou decidiu que mataria seja quem fosse se tocasse em suas flores. Tinha plantado apenas para disfarçar qualquer cheiro de carne em putrefação, mas gostava da vista agradável que elas proporcionam.

De repente, o humano começou a bater um tambor num ritmo acelerado, e à medida que o suor corria pela pele dele e o vento entrava pelas janelas, Bakugou percebeu que era o mesmo humano de sempre.

Sorriu, intrigado. O humano de cabelos vermelhos que sempre o visitava no fim da tarde, um cortador de bambu, sempre o intrigou. Desde o primeiro momento ele nunca disse sequer uma palavra, mas voltava todos os dias mais ou menos na mesma hora. Ele sempre assistia enquanto Katsuki costurava seus próprios kimonos, o olhar cheio de desejo beirando a admiração. Mas ele nunca fez nada.

E, no entanto, hoje ele chegou mais cedo. Bakugou sabia que não podia ser coincidência ele estar lhe cortejando da forma como faziam com sua espécie, por mais que fosse um humano. Ele se tornava cada vez mais interessante. Bakugou riu, pensando que ele tinha muita sorte em aparecer quando já estava cheio, afinal um yokai grande oferece mais saciedade do que qualquer humano, apesar da carne humana ser mais saborosa e mais divertida de caçar. Talvez pudesse ser misericordioso com ele.

Ele abriu a porta de sua casa, dando de cara com o humano exausto, que interrompeu a música assim que o viu, surpreso.

— Você tem alguma noção do que está fazendo? — Katsuki perguntou, o olhar vermelho correndo pelo corpo de Kirishima. Ele parecia ter se arrumado para a ocasião. Bakugou tentou não rir.

O humano engoliu em seco, visivelmente nervoso.

— Eu, eu...Eu estou apaixonado por você. Eu ouvi que era assim que...o seu tipo cortejava.

Bakugou não conseguiu disfarçar o riso dessa vez. Aquele humano tinha algum tipo de problema? Era muito fácil seduzir os humanos, mas daí a se apaixonar? Realmente tentar cortejá-lo? Seduzi-lo? Ele tinha mesmo muita sorte que Katsuki não estava com fome.

— Eu sou um youkai. Sabe disso, não é? Um tipo de Jorōgumo. Eu devoro humanos. Poderia comer você a qualquer momento.

— Eu sei.

— E está aqui ainda...por quê?

— Eu não me importo. — O humano disse, com certeza demais em sua voz para o gosto de Bakugou.

Katsuki soltou um riso de deboche. Com certeza estava se sentindo muito benevolente naquele exato momento. Assim, daria um aviso àquele humano.

Ele abriu sua boca, deixando milhares de fios de seda voarem por seus lábios em direção ao humano, agarrando-o por suas pernas e braços e trazendo-o para perto. Com suas enormes presas venenosas expostas e seus oito olhos enfeitando a face não mais tão humana, ele perguntou:

— Tem certeza?

Se deliciando com o medo no olhar do humano rodeado por seus fios de seda não mais ligados a sua boca ele sorriu, expondo ainda melhor os dentes brancos e perigosos. Fechou seus olhos para apreciar o cheiro delicioso do humano misturado à suas flores.

— Tenho certeza. — Katsuki piscou todos os seus olhos para aquela afirmação vinda do humano, suspirando.

— Qual seu nome? — ele perguntou, voltando a sua forma completamente humana.

— Eijirou. Eijirou Kirishima. — O homem respondeu, sorridente.

Katsuki analisou o sorriso de dentes curiosamente afiados, enfeitados por lábios vermelhos. Ele era belo e forte, mesmo vestindo trapos e com aquele cabelo horrível. O jeito desejoso com o qual ele olhava-o ainda estava lá, a respiração acelerada confirmando suas suspeitas.

— Sou Katsuki Bakugou. Eijirou...você é doido? — Katsuki perguntou, curioso de verdade.

Para sua surpresa, Eijirou riu.

— Não, apenas solitário.

Bakugou correu sua língua pelos lábios cheios. Fazia algum tempo que ele não tinha um parceiro, de qualquer forma. E mesmo que também fosse loucura, toda aquela coragem era excitante.

Ele se aproximou do humano e o beijou, experimentando. Eijirou logo agarrou sua cintura, as mãos fortes apertando sua carne com força e Katsuki sorriu pela pressa do humano.

— Você deve ir embora assim que acabarmos. Não vou deixá-lo viver se estiver aqui depois, entendido? — Bakugou perguntou, os olhos vermelhos fixos no outro.

Eijirou apenas beijou-o de novo, sem responder. As mãos dele logo abriram seu kimono com habilidade, espalhando a roupa pelo chão. As mãos calejadas corriam por sua pele com pressa, de forma rude, maltratando a pele humana macia com a qual ele escondia sua verdadeira forma.

Katsuki gemeu quando ele carregou-o para dentro da casa, suas pernas envoltas na cintura forte. As mãos rudes apertavam sua bunda, espremendo a carne sem piedade, com luxúria. Os gemidos de Katsuki eram abafados pela língua gulosa de Eijirou, que saboreava toda a boca molhada dele.

Sem muito cuidado, Kirishima deitou Katsuki no tatame macio da casa, sem reparar muito em seus arredores, concentrado no corpo torneado, músculos discretos se destacando em seus membros. Rapidamente, ele também retirou o próprio Kimono, jogando a peça de lado de qualquer forma, logo voltando a beijar o yokai.

Ele logo desceu sua mão curiosa para apalpar o pênis do humano, massageando o membro duro e grosso enquanto suas línguas dançavam em sua boca. Desceu seus beijos pela orelha do homem, mordendo e lambendo, logo descendo pelo pescoço, mordendo o ombro de pele morena beijada pelo sol e então descendo para os mamilos marrons, chupando o ponto que logo percebeu ser sensível.

A mão dele continuava passeando pelo seu corpo, rodeando sua cintura, apertando sua bunda redonda com força quanto mais prazer ele recebia. Sacana, Katsuki desceu pelo abdômen musculoso de horas de trabalho manual e abocanhou o pau duro entre as pernas do humano, lambendo e babando por todo o comprimento sem pudor.

Ele movimentava sua cabeça num ritmo lento, engolindo tudo e então voltando para trabalhar na cabecinha, sua língua acariciando a parte sensível, dando chupadas mais intensas, fazendo Eijirou gemer enquanto se enfiava mais fundo na garganta do yokai.

Com uma última garganta profunda, depois de enterrar seu nariz nos pelos pubianos do homem, Katsuki voltou lentamente, largando o pênis duro e molhado com um olhar depravado em seu rosto, beijando o humano de um jeito luxurioso, chupando a lingua dele.

Pegando seu óleo corporal rapidamente, Katsuki enfiou dois dedos cheios de óleo dentro de si, o calor de seu corpo aumentando ao se abrir para poder sentar em Eijirou. Sentiu as mãos dele em seu peito, brincando com seus mamilos como se experimentasse com eles, torcendo e ficando mais corajoso a medida que Bakugou puxava seu cabelo com a mão livre. Ele logo começou a chupar um dos mamilos, mordendo em seguida e sendo agraciado com um gemido agudo do youkai, que sentia seu pau cada vez mais duro.

Relaxado, Bakugou sentou no pau de Eijirou de uma vez, sentindo o homem segurar seu quadril e respirar fundo tentando controlar o próprio corpo para não gozar muito cedo. Katsuki sorriu e, sem pena, começou a quicar nele num ritmo rápido, seu corpo queimando de um jeito gostoso com a atividade física intensa.

Eijirou gemia enquanto apertava a pele de Bakugou tão forte que o loiro tinha certeza que ficaria marcado no dia seguinte e ele adorou esse pensamento. Sentia o pênis dele ir fundo dentro de si atingindo sua próstata com facilidade já que era o youkai que controlava a velocidade e o ângulo das arremetidas.

Ele sentava e rebolava com vontade, gemidos roucos saindo de sua garganta e enfeitiçando o humano que suava pelo esforço, o frio da noite que caia não era suficiente para apagar o fogo que queimava na casa de madeira, o barulho de encontro de pele com pele ecoando pelas paredes finas.

Eijirou forçou o quadril de Katsuki para baixo, fazendo o yokai sentar em seu pênis no ritmo que bem entendia enquanto sentia a entrada quente apertá-lo com força, contraindo a medida que o orgasmo do loiro parecia cada vez mais próximo. Sentindo as unhas do outro se fincarem em seu ombro, Kirishima gozou, se enfiando por completo no yokai que gemeu e rebolou lascivo, acertando a própria próstata e gozando.

Gozo escorria pelo abdômen de Eijirou e da bunda de Bakugou, que se levantou do colo do humano lentamente, se deitando no chão com um sorriso pequeno no rosto, satisfeito. Sentiu o ruivo cobrir seu corpo com o dele, o nariz deslizando por seu pescoço, cheirando a pele com intimidade.

— Eu disse para ir embora, não foi?

— Deixe-me ficar só mais um pouco, sim?

— Não. Quer mesmo arriscar que eu fique com fome depois de gastar toda essa energia? — Bakugou ameaçou, num tom muito mais suave do que pretendia.

Eijirou riu, sem um pingo de medo, e beijou Katsuki com volúpia, as línguas se enroscando numa dança luxuriosa e sem pudor. No entanto, Bakugou logo afastou o humano: sua ameaça não era vazia.

— Já apreciou a decoração do meu quarto, Eijirou?

Foi quando o humano olhou ao redor, vendo os ossos secos de humanos e youkais que enfeitavam a pequena casa de um único cômodo (não era como se o yokai precisasse de muito). Esta foi a primeira vez que Bakugou viu medo nos olhos do humano, mas não durou muito. Logo o olhar dele estava de volta em seu rosto, e com um último selinho ele finalmente saiu.

Todavia, enquanto olhava as costas largas do homem forte, vestido às pressas com suas roupas, andando de volta para a floresta para descer a montanha, Bakugou teve certeza que ele voltaria mais cedo ou mais tarde, por isso o permitiu ir.

Afinal, todo esse exercício abria mesmo seu apetite, entretanto, a carne humana era mais gostosa depois de uma boa e longa caçada.

19 Août 2020 19:36 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
2
La fin

A propos de l’auteur

Luray Armstrong Oiii Sou não binário e pansexual. Pronomes masculinos: ele/dele. Obrigado! Viciado em: SasuNaru, KiriBaku, WangXian. No meu perfil você encontra fics de Naruto, BNHA, PJO e em breve MDZS. Sejam bem viad0s! arte do perfil: Nathy Maki

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