silverhyuka anne

Em coma por longos 5 meses após um gravíssimo acidente, Taemin acorda sem qualquer sequela. Ao menos, era o que se esperava diante de toda a situação. Infelizmente, por conta do acidente, o jovem Lee tem parte de sua memória perdida e com ela o sentimento que nutria por Minho. Entretanto, apesar de sua condição atual, um amor antigo ressurge. O amor entre Minho e Taemin poderia resistir a essa antiga chama apagada?


Fanfiction Groupes/Chanteurs Tout public.

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Broken

Dor, agonia e desespero. Foram as primeiras sensações que teve ao começar a despertar, mas aquelas sensações não eram reais, muito menos aconteciam naquele momento. Na realidade, eram lembranças, lembranças de algo que aconteceu. Não entendia muito bem o que era aquilo. Tentou se movimentar e correr para longe, para qualquer lugar que pudesse se sentir mais seguro. Sentia que se continuasse naquele lugar, poderia ser engolido por aquelas sensações confusas, mas que estavam se tornando cada vez mais fortes. Porém, por mais que tentasse, não conseguia se locomover com rapidez. A impressão que tinha era que quanto mais tentava correr, mais a gravidade o puxava para o chão, fazendo com que o impedisse.


Escuridão.

Medo.


Recognized


Sentiu seu corpo pesado sobre a cama. Percebeu, então, que aquela sensação era apenas momentânea e o que havia passado momentos antes de acordar era apenas um sonho. Se sentiu aliviado, mas ao mesmo tempo sentia-se estranho. Seu corpo parecia mais pesado que o normal, como se estivesse exausto, com aquela sensação de quem dorme pouco e só quer virar para o lado para dormir novamente. Havia alguma coisa errada. Foi então que resolveu abrir os olhos. Estes que, por algum motivo, demoraram a corresponder a seus sinais, sentindo uma enorme dificuldade de mantê-los abertos.

Vislumbrou então o teto branco, com uma luminária ao seu centro, iluminando todo o quarto. Estranhou aquele tipo de luminária no cômodo, o observando por alguns segundos até que sentisse incomodado com a luz, vagando com o olhos ao redor, tentando reconhecer o local.

Estava em um hospital.

Paredes brancas. Uma janela que deixava a luz do sol entrar. Havia um pequeno sofá no recinto e nele havia um homem sentado, de cabeça baixa, com os braços apoiados sobre suas pernas. Parecia pensativo.

Achou tudo aquilo esquisito. Não sabia onde estava exatamente. Reconheceu estar em um hospital, mas não se lembrava como e o porquê de estar ali. Suspirou profundamente, como se daquela forma pudesse espantar toda sonolência que sentia, ajeitando-se sobre a cama hospitalar. Seu pequeno movimento chamou a atenção do homem, que levantou-se apressadamente e seguiu em sua direção.

— Taemin!

O rapaz deitado levantou o olhar para que encontrasse o semblante do outro. Sua expressão demonstrava surpresa, em uma mistura de preocupação. Não entendeu muito bem sua reação, mas era evidente a surpresa em seu rosto. Umedeceu os lábios, tentando ajeitar-se mais uma vez na cama, agora com a ajuda daquele homem.

— Onde estou?

Sua voz saiu rouca e quase inaudível. Sabia onde estava, era claro. Porém, talvez perguntando daquela forma pudesse descobrir como foi parar ali.

— No hospital. Como se sente?

— Cansado. Parece que não descansei nada, me sinto exausto. E minha garganta está doendo um pouco.

— Deve ser por conta da intubação.

“Intubação?”, pensou.

— Por que eu estou aqui?

O homem ao seu lado o olhou, parecia ainda mais preocupado com a sua pergunta. Foi pego de surpresa mais uma vez e Taemin percebeu isso.

— Você não lembra de nada? — o rapaz deitado negou com a cabeça, mas sem perder o contato visual, ansioso por sua resposta. — Você sofreu um acidente, Taemin. Um acidente grave.

— Acidente?

“Acidente grave”, repetiu mentalmente. Aquilo não fazia sentido. Apesar de cansado, sentia seu corpo completamente bem. Conseguia se mover e não sentia qualquer dor. Olhou para seu corpo e não viu nenhum membro engessado ou enfaixado. Como sofreu um acidente grave e não se sente sequelado fisicamente?

— Eu vou chamar o doutor. Eu já volto.

Taemin observou aquele rapaz sair do quarto a passos largos, o deixando sozinho. Voltou a observar ao redor e tentar lembrar o que tinha acontecido. Um acidente? Mas como isso aconteceu? Como se acidentou e foi parar naquele hospital? Tentava forçar a mente, se lembrar do que estava acontecendo, mas não sabia. Não conseguia recordar.

Olhou ao lado de sua cama a procura de seu celular. Encontrou um aparelho, mas não era o seu. Ainda assim, o pegou para saber que horas eram. 03:00 pm. Naquele horário deveria estar na editora, onde trabalhava, e se perguntou se alguém avisou a empresa de que estava no hospital. Não queria perder o dia de trabalho.

Ouviu o barulho da porta novamente e rapidamente devolveu o celular onde estava. O doutor entrou no cômodo, aproximando-se de si com uma prancheta em mão, provavelmente seu prontuário.

— Como está se sentindo? — o médico o perguntou, tocando-lhe no ombro em um aperto leve, mas gentil. — Você deu susto em todo mundo por aqui, sabia disso?

— Como vim parar aqui, doutor?

— Você sofreu um acidente de carro, Taemin. E foi um acidente muito feio. Não consegue se lembrar? — o rapaz negou com a cabeça em resposta a pergunta. — Foi um trauma, é normal você não se lembrar do que aconteceu.

— Ele vai ficar bem, doutor?

Foi então que Taemin percebeu a presença do rapaz ao lado do médico. O mesmo homem que o estava o acompanhando no quarto. Perguntou para si mesmo quem era aquele homem e porque estava tão preocupado com a sua condição. Será que devido ao acidente acabou esquecendo das pessoas que conhecia?

Não passou despercebido pelo médico a expressão de Taemin. O rapaz parecia analisar o outro, franzindo sutilmente sua testa como se forçasse sua mente a lhe dizer o que estava acontecendo. O médico observou o rapaz que fizera a pergunta e voltou a atenção para Taemin.

— Você não o reconhece?

Taemin olhou rapidamente para o doutor e em seguida voltou a atenção para o homem que tentava identificar. Percebeu nas expressões alheias que esperava ansioso por sua resposta, por mais que estivesse claro que a resposta era negativa. Sentiu-se mal pela situação e pela provável frustração que o rapaz teria ao escutar de si que não o reconhecia. Ele provavelmente era alguém muito próximo para estar tão preocupado e por estar o acompanhando naquele momento.

— Eu sinto muito, mas eu não consigo me lembrar.

O médico observou a situação. Se afastou de Taemin, virando para o rapaz do outro lado e pediu silenciosamente para que este se aproximasse. E assim o fez, se aproximou e pegou em uma das mãos de Taemin, acariciando seu dorso gentilmente. Taemin não recuou e aproveitou a proximidade para olhar bem dentro de seus olhos, na tentativa de que em alguma lembrança em sua mente pudesse estar a memória daquela pessoa.

— Não sou nem um rosto familiar, Taemin-ah? — Taemin negou sutilmente com a cabeça, permanecendo em silêncio. — Bom… Eu sou o Minho. O seu Minho. Eu acho que vai parecer estranho para você, mas nós estamos juntos há três anos. E moramos juntos. Juro que não sou um estranho. Nós somos casados, no papel. Não consegue se lembrar?

— Por quê? Por que eu não lembro de você?

Taemin sentia-se inconformado. Não achava que Minho estivesse mentindo sobre aquela situação, caso contrário o médico iria intervir naquilo. Além disso, olhando nos olhos daquele homem sentia sinceridade transbordada de angústia. Queria se lembrar. Se Minho era a pessoa com quem estava, queria se lembrar dos momentos que passaram juntos. Não tirou os olhos nem por um segundo de Minho, obrigando a própria mente a se recordar de tudo.

— Taemin — foi a vez do médico se manifestar, aproximando dos dois. — Você ficou em período longo em coma devido um acidente gravíssimo. Minho acompanhou você em cada exame que precisou ser feito para analisar sua condição, além de ter ficado ao seu lado praticamente todas as noites. Por mais que seja preocupante, é comum nestes casos o paciente se encontrar confuso com a realidade. Nós vamos te examinar e descobrir o que está acontecendo. Procure descansar por agora, ok? Eu preciso conversar com Minho, mas ele volta logo para ficar com você e para vocês dois conversarem.

O rapaz desviou o olhar para Minho, que parecia um tanto apreensivo enquanto o médico conversava consigo, mas assim que seu nome foi proferido pelo mesmo, acabou por sorrir de canto brevemente. Minho avisou que logo voltaria para o quarto para lhe fazer companhia, saindo junto ao médico do quarto em seguida. Por um lado, por mais que não se lembrasse dos acontecimentos recentes, assim como não se lembrava de Minho, Taemin se sentiu um pouco tranquilo, por saber que tinha com quem contar naquele momento. De fato, não se recordava de Minho, mas este lhe trouxe certa confiança, ainda mais com o aviso do médico que lhe garantiu que aquele rapaz alto, de cabelos morenos e um semblante preocupado era a pessoa que esteve ao seu lado por todo este tempo.

Tentou tranquilizar-se, mesmo ainda um tanto inconformado com o fato de não se lembrar de Minho, aquele quem dizia ser seu marido. Taemin sabia quem era, de onde veio, o que estudou e onde trabalhava, mas não conseguia de forma alguma se lembrar daquele rapaz. Queria de verdade saber o que estava acontecendo, mas o que poderia fazer? Sua mente estava bloqueada e quanto mais pensava, mais confuso as coisas ficavam. Faria exames mais tarde para investigar seu estado e sua saúde. Ajeitou-se melhor sobre a cama, cobrindo-se com o lençol e fechou os olhos em seguida. As coisas se ajeitariam com o tempo; Pelo menos, tentou acreditar nisso, por ora.


Recognized


Em uma velocidade vagarosa, Taemin passou a sentir sua mão esquentar. Era um calor gostoso, visto que parecia tão familiar. Em seguida, um carinho singelo no dorso de sua mão o fez suspirar baixo. Era uma sensação tão familiar. Foi quando abriu os olhos e viu Minho sentado em uma cadeira ao lado da cama, segurando sua mão. E além dele, existia uma outra pessoa no cômodo que permanecia de costas para si, observando o lado de fora da janela, apreciando o anoitecer.

— Ei. — Minho disse em um tom baixo assim que o viu acordado, chamando tanto sua atenção quanto da mulher que apreciava a vista, que virou-se em sua direção. — Conseguiu descansar?

Concordou com a cabeça, enquanto tentava se ajeitar na cama para que pudesse se sentar na cama hospitalar com a ajuda de Minho. Em seguida, suspirou na tentativa de espantar aquela sensação de preguiça que sempre tinha ao acordar.

— Taemin-ah — ouviu a mulher o chamar, aproximando-se de si, mas mantendo certa distância, um tanto receosa. — Você consegue se lembrar de mim?

O rapaz a analisou por um breve momento. Não sabia se pelo sono ou pelo longo coma que passou as coisas ainda estavam um pouco embaralhadas em sua cabeça, mas aquela sensação de sua aparência ser tão familiar o tomou conta.

— Yoona? — franziu o cenho, ainda um tanto confuso com a conclusão que havia chegado. — Você está tão diferente.

— Você conseguiu se lembrar! — Por um momento, Yoona acabou dizendo com empolgação, mas rapidamente, quando se deu conta, virou-se para Minho, preocupada com o que Minho poderia ter achado daquilo. Afinal, seria estranho Taemin reconhecer Yoona e não Minho.

— Isso é um bom sinal. — Minho declarou, podendo ajeitar os fios longos de Taemin que cobriam parcialmente seus olhos, os colocando para trás de suas orelhas.

— Espere. Você não está chateado? — Taemin perguntou, um tanto desconfiado do que Minho poderia estar pensando naquele momento diante daquela situação. Minho, com um sorriso de canto no rosto, respondeu negando com a cabeça.

— É um sinal de que você não se esqueceu de tudo sobre você e sua vida. O doutor conversou comigo sobre e vai te dar os detalhes quando fizer o exame. Além disso, você acabou de acordar de um coma, Taemin-ah. Ver você bem assim, acordado, conversando e reconhecendo a Yoona já é ótimo para mim. Me deixa menos preocupado e mais esperançoso com a sua melhora.

— Minho tem razão. — Yoona complementou. — Ver você hoje é um milagre depois de tudo o que aconteceu naquele dia.

“O que aconteceu naquele dia”. Não foi preciso pensar muito para que Taemin entendesse de que dia a jovem se referia: o dia do seu acidente. Tinha sensação de que tudo que diziam a respeito deste acidente era mentira. Não porque duvidava que estivessem contando a verdade, mas era difícil de acreditar. Estava tão bem fisicamente, como poderia ter sido um acidente grave?

— Ei… — Taemin chamou a atenção dos dois que o acompanhava. — Quanto tempo eu fiquei em coma?

— Cinco meses. — O mais alto respondeu.

— E o que aconteceu comigo? Digo, o que aconteceu no acidente?

— Foi algo muito repentino, Taemin. Não sabemos exatamente o que aconteceu. Sabemos que você dirigia sozinho e que um carro bateu em você em alta velocidade. Você deve ter perdido o controle. O carro capotou diversas vezes e isso resultou em fraturas muito graves. Você quebrou o braço esquerdo, deslocou o joelho, bateu muito forte a cabeça e quebrou muitas costelas. — Nesse momento, Minho voltou para o lugar onde estava sentado anteriormente, ao lado de Taemin, suspirando pesadamente. — Você chegou no hospital desacordado e por assim ficou. Tinha perdido muito sangue e precisou de uma cirurgia emergencial. Durante os meses de recuperação, você sofreu uma parada cardíaca e bem no início da sua recuperação, uma convulsão. Por isso o doutor disse que você deu um susto em todo mundo do centro médico.

— Mas era algo de se esperar por conta do acidente que eu sofri, não?

— De certa forma, sim.

— Era muito estranho, Taemin. — Yoona continuou. — Você tinha algumas melhoras enquanto o tempo passava e quando enchia a todos com esperança de que acordaria em breve, seu coração parava repentinamente ou você tinha uma queda brusca no seu quadro clínico. Era como se…

— Como se você não quisesse mais lutar. — Minho completou.

Isso era estranho, vindo de Taemin, que sempre era cheio de vida e extrovertido como sempre foi, apesar de um pouco tímido. Desistir de viver assim inconscientemente era uma surpresa para si.

— Você estava sofrendo muito durante sua recuperação e enxergávamos isso. Eu estava preparado para o pior.

— Eu sinto muito por ter feito vocês sofrerem tanto.

— Não sinta, Taemin. — Yoona pegou em sua mão, a apertando levemente. — Nada disso foi culpa sua. Por agora, você só precisa descansar e se recuperar. O pior já passou.

Taemin concordou, sorrindo soprado para a amiga e apertando sua mão de volta em sinal de carinho. Estava feliz, afinal, de que o pior realmente tinha passado. Precisava se concentrar agora em cuidar de si para que voltasse a se lembrar do “recente passado” que havia perdido. Tudo o que queria era lembrar de sua história, de Minho e dos últimos acontecimentos. Só assim, poderia ficar tranquilo novamente.

De repente, Yoona pediu para Minho para que ficasse a sós no quarto com Taemin e sem insistir, Minho concordou. Disse que aproveitaria para comer algo na cantina do hospital e que mais tarde voltaria para não deixar o rapaz sozinho no quarto, visto que Yoona precisaria voltar para casa. Taemin agradeceu ao rapaz por aquilo, além de todo apoio com um largo sorriso, antes que Minho saísse do quarto. Yoona então se certificou que o maior estivesse longe para que pudesse então conversar com Taemin.

— Você não se lembra mesmo dele, não é?

— Eu queria muito Yoona, muito mesmo, mas eu não consigo. É como se esse pedaço da minha vida nunca tivesse existido.

— Sua cabeça deve estar emaranhada de perguntas, mas eu tenho uma coisa para te pedir. Confie no Minho, mesmo que você não se lembre que o conhece, ele é a pessoa que você confiaria a sua vida. Ele esteve aqui todas as noites ao seu lado desde o dia que você sofreu o acidente. Minho sofreu muito, eu nunca o vi tão mal durante esses meses. Ver você acordado é como se uma luz tivesse acendido novamente para ele. Eu acho que ele não sente tanto por você não se lembrar dele justamente porque o seu maior medo é te perder.

— Me sinto tão mal por não me recordar…

— Não sinta. Você não escolheu isso. Com o tempo, tenho certeza, as coisas vão voltar ao normal. Por agora, confie nele. Ele conhece melhor você do que eu, acredite.

— Eu farei isso, Yoona. Obrigado.

Yoona estava certa. As coisas, aos poucos, voltariam ao normal. Ele só precisaria encarar apenas aquela situação, por agora. Estava esperançoso de que sua memória pudesse retornar e que este pedaço de sua vida não ficasse perdido.

Tudo ficaria bem.

11 Août 2020 22:03 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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